A Vingança dos Sete escrita por Number Nine


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Obrigado há todas as pessoas que leram meu primeiro capítulo, tanto os que deixaram reviews quantos pros que só leram



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/455848/chapter/2

Quatro

Quando avistamos o Zoológico eu imediatamente avisei para Adam e as Quimeras com o meu legado que era para descermos ali. De algum modo milagroso ninguém havia percebido dois falcões gigantes e cinco águias sobrevoando o céu. Nunca pensei que os mogadorianos iriam me ajudar, duas vezes no mesmo dia.

– Esse é o lugar que devemos encontrar seus amigos, Quatro? – Adam me pergunta assim que desce de Areal.

Aceno que sim com a cabeça enquanto Bernie Kosar voltava à forma de beagle. Acho que a moda cachorro pegou porque todas as outras Quimeras se transformaram em caninos também. Até mesmo Areal, embora, ele tenha optado pelo visual quase lupino dos Huskys siberianos com pelagem marrom e os olhos dourados de sempre.

Não queria compartilhar isso com Adam. Mas estou preocupado, não consigo avistar nenhum carro pela rua. Não quero pensar no pior, que Sarah, Malcolm e Sam foram capturados ou mortos. Sacrifiquei muitas coisas para que eles conseguissem sobreviver e conseguissem fugir. De repente ouço o farol de SUV preto piscando pra mim.

Será que é Sarah? Não me lembro de um SUV preto na garagem do Nove. Olho para Adam e faço com a cabeça para que tomemos cuidado. A porta do carro se abre e Sarah e jogada para fora do carro fazendo um baque horrível no chão. Ela fica imóvel no chão, não sei se está ferida.

– Sarah! – Grito desesperado tentando correr em sua direção, mas sou detido pela mão pálida de Adam.

– Quatro se acalme, pode ser uma armadilha. – ele me alerta.

– John... – ela sussurra virando sua cabeça pra mim. – F-Fuja...

Um homem alto e musculoso que parecia medir mais de 2 metros de altura, com um, sobretudo negro mogadoriano sai do carro logo depois disso. Seu cabelo e cuidadosamente ajeitado para trás e ele exibia uma aura de terror mortal. Só não superava a aura de Setrakus Rá. Meu corpo fica meio trêmulo quando o vejo. Olho para Adam tentando saber se ele conhecia o cara e quisesse nos apresentar formalmente, mas sua expressão era de puro terror e medo.

– P-Pai. – Ele fala gaguejando e nervoso. Estava mais pálido ainda, se é possível isso.

Olho para aquele homem que ele chamou de pai e meu corpo gela. Adam é um traidor da raça dele, mas será que os mogs os pegaram e fizeram um trato com ele dizendo que se entregassem algum Garde ele iria conseguir ser perdoado. Me lembro da visão que tive quando estava na cabeça de Ella, será que aquilo era uma visão do futuro? Será possível que esse será o momento que vou morrer. Não quero imaginar as expressões de Marina, Nove e Seis ao sentirem mais a minha cicatriz em suas pernas.

– Numero Quatro. Sugiro que se entregue pacificamente, ou então irei executar essa humana agora mesmo. – o pai de Adam fala de modo frio e casual sacando uma espada mogadoriana de um metro e meio das suas costas. – o que vai ser?

Sinto meu corpo começar a soar e uma sensação fria e nauseante toma conta de mim. Não tenho escolha, não posso simplesmente deixar Sarah morrer, mas se eu me entregar vou estar praticamente entregando a guerra para os mogs. E também abrindo mão da liberdade da Terra. Meu corpo começa a se mover involuntariamente em direção ao SUV. Sinto um nó na garganta.

– Espera Quatro! – Adam berra atrás de mim. – Não confie nesse homem! Ele é o general Andrakkus Sutekh, ele é um guerreiro sem piedade, você não pode se entregar assim. Sarah irá morrer de qualquer maneira.

As palavras de Adam me tiram do meu transe. Recobro minha consciência. Não posso me entregar. Os olhos de Sarah se encontram com os meus. Ela sorri para mim e vejo ela dizendo obrigado em silêncio.

– Que seja então. – o general Adrakkus fala descendo à espada em direção as costas de Sarah.

–Não! – Berro o mais alto que posso, mas não serei rápido o suficiente.

De repente o general começa a cambalear e cai para dentro do carro. Um terremoto começa a chacoalhar toda a rua do zoológico e para minha surpresa era só nela que estava acontecendo.

– Rápido Quatro, salve a menina! – Adamus berra pra mim e batendo com o pé no chão.

Uma onda sísmica brota do asfalto e arremessa a SUV preta para cima fazendo-a capotar e ficar de cabeça para baixo. Não espero nem um segundo para correr e pegar Sarah onde ela estava caída. A pego em meus braços e vejo BK parado em minha frente com uma forma de um leão com uma maça de espinhos no rabo.

Vejo mais duas SUVs chegando seguidas por duas vans pretas. A situação não podia ser pior. Bernie lança um rugido assustador em direção aos carros, mas antes que elas pudessem chegar. Outro tremor dessa vez bem mais forte fazendo abrir um buraco de 10 metros na rua engolindo as duas SUVs e fazendo as vans baterem uma contra a outra.

Não consigo acreditar no que meus olhos vêem. Nunca pensei que fosse possível, na primeira vez achei q fosse sorte, mas agora sei. Adamus Sutekh é um mogadoriano que possui legados.

Vejos alguns mogadorianos saírem por cima das vans enquanto o General Andrakkus saia com um pulo de sua SUV. Furioso com sua espada em mãos

–Bastardo maldito! – ele vocifera para Adam. – Eu devia ter te matado no dia que nasceu!

– Também te amo papai. – Adam fala dando um sorriso sarcástico e se preparando para mandar a próxima onda sísmica.

Os mogs se reúnem em volta do general. Ainda tinham cerca de 20 deles contra mim, um mogadoriano desertor com legados e minha namorada desacordada. E mais seis Quimeras. Espera seis Quimeras!

“Pessoal, está na hora de se vingar dos caras que destruíram nosso planeta e fizeram experimentos em vocês” – digo por telepatia para elas.

Vejo BK dando mais um rugido e avançando contra os mogs no mesmo momento que eles avançam contra nós com seus canhões e espadas em mão. Ouço um uivo e vejo um lobo prateado de três metros saltar em cima de um mogadoriano partindo-o ao meio com suas garras enquanto arrancava a cabeça de outro com a boca.

BK transforma três deles em pó acertando com seu rabo maça. Vejo as outras Quimeras se transformando em animais assustadores. Um se transformar em um macaco de quatro braços, outro vira um cervo com chifres que pareciam lâminas.

Uso meu Lúmen para fazer minhas mãos arderem em fogo e começo a dar cobertura arremessando minhas bolas de fogo contra os mogs que estavam distantes das Quimeras tentando acertá-las com seus canhões. Ouço um gemido de Sarah abaixo de mim e olho rapidamente para ela e ver se ela está bem.

–J-John? –ela fala meu nome abrindo lentamente os seus olhos. – CUIDADO!

Só consegui ver um mog que passou pelas Quimeras na minha frente com uma adaga em direção a mim. Consigo pará-lo bem no momento em que ele iria me acertar e logo em seguida ouço um disparo de canhão e o mog se desfaz em cinzas.

– De nada. – Adam fala sorrindo com um canhão mogadoriano na mão.

Depois disso ele começa atirar em outro mog que estava tentando montar em Areal enquanto tentava crava uma espada Quimera. O resto da batalha dura mais 5 minutos e todos os mogs são dizimados com exceção do general Andrakkus. O pai de Adam aparentemente foi embora enquanto seus subordinados morriam.

–Isso foi demais pessoal! – grito alegre para que as Quimeras pudessem ouvir.

– Sim, mas agora temos que ir embora. – Adam me alerta. – Meu pai não iria sair da batalha se não planejasse trazer mais uns duzentos mogs pra vir aqui caçarem a gente, sem falar dos humanos que logo estarão aqui também.

Ajudo Sarah a se levantar apoiando seu braço em mim. Ela olha pra Adam meio espantada. Acho que ela percebeu que ele é um deles.

– Você é um mog? – ela pergunta.

–Sim. – Adam responde meio sem graça.

– Você está do nosso lado e tem legado?! – ela agora fala mais espantada.

– Sim... É complicado... Digamos que agora os lorienos são meu povo. – ele diz.

– Ei! Desde quando meu povo ta aceitando qualquer uma pra ser um de nós? – eu digo brincando.

Adam olha pra Sarah e depois pra mim e Sarah olha pra mim também.

– Ok, temos que ter mais gente pra nossa causa. – aceito minha derrota.

Sinto o barulho de um carro chegando. Me preparo para o pior. Vejo Sarah pegar um canhão e Adam se preparar pra mandar outro tremor com o pé quando vejo dois carros que parecem ter saído de um filme de carros de alta velocidade.

Vejo Malcolm e Sam saírem cada um de um dos carros. E eles olham pra nós incrédulos com o cenário da batalha.

– Hoje foi um dia daqueles. – Sam fala rindo. – Sarah você ta bem! – ele fala indo em direção dela e a abraçando. – Não acredito que você conseguiu escapar dos mogs e ainda por cima chegou aqui primeiro que nós.

O rosto de Sarah fica meio corado.

–É mais ou menos isso. – ela fala rindo.

– Malcolm. – Adam fala olhando para o pai de Sam. – Você devia aprender atender ao telefone.

– Adamus! – o pai de Sam fala abraçando o magadoriano como um pai abraçando um filho.

Vejo Sam olhar para aquela cena meio enciumado. Depois o vejo olhar para as Quimeras que agora estavam na forma canina.

– Meu Deus não me diga que você assaltou um pet shop pra usar esses cães como reféns da polícia.

– Sam, esses cães foram assaltados de um pet shop mogadoriana e duvido muito que os policiais humanos queiram enfrentar quimeras espaciais. – Adam fala.

– Você invadiu outra base mogadoriana e dessa vez sozinho? – Malcolm pergunta incrédulo.

– Não exatamente. – Adam fala. – É uma longa história e melhor eu contá-la depois.

– Sim vamos sair daqui. – eu falo assumindo a liderança da conversa. – Já vimos por cima que Chicago está um caos.

– Eu dirijo! – Sarah fala entrando correndo em dos carros e da uma buzinada pra gente.

– Cara sua namorada acabou de ser seqüestrada e quase morta pelo general mogadoriano mais cruel e já está disso? – Adam pergunta.

– Ela já está acostumada. – digo brincando. – É só mais um dia normal para uma namorada de alien que está envolvido numa guerra intergaláctica.

– Deve ser. – ele diz indo buscar as arcas para pormos nas malas dos carros.

Sete

Começo a concentrar meu legado novo, mas acho q vou demorar um pouco pra conseguir ter controle total dele. Vejo que Seis já está invisível e que Nove está estalando seus dedos. E olha em minha direção.

–Pessoal eu fico na frente e Seis cerca eles por trás, Marina você tenta usar seu legado do picolé para congelar eles ou só o chão.

Vejo Nove caminhando com o lampião na mão. E se afastando um pouco de mim. Logo meu legado de visão no escuro volta a funcionar. E Vejo o que esta acontecendo. Apenas um vulto aparece indo em direção de Nove.

Não era um mogadoriano. Era só uma garota com uma camiseta preta e calça jeans com o cabelo preso num rabo de cavalo. Só não sei dizer qual é a cor do cabelo dela ou do olho porque meu legado me faz enxergar diferente. Fica tudo com uma cor meio esverdeada.

– Opa desculpa moça, mas essa caverna já foi reservada para nossa festinha particular. – ele diz com um sorriso pra ela. – Você é bonita, mas e só para quem tem convite.

A garota da um empurrão de leve nele e Nove cambaleia um pouco para traz. Ok, ela é corajosa. Entrar numa caverna sozinha e enfrentar assim um cara todo fortão como Nove. Pena que ela não sabe do que somos capazes.

– Idiota! – ela diz pra ele. – Essa caverna e minha e esse lampião é meu. Dêem o fora daqui antes que eu tire você e a garota ali atrás à força. Que nojo, espero que não tenham feito nenhuma sacanagem aqui.

Sinto meu rosto queimar de vergonha. Eu e Nove. Nem pensar. Agora lembrei de Oito, de algum modo se ela falasse isso de nós dois como um casal que escapuliu para ficar um pouco juntos não seria tão mal.

– O que? Não, não. – Nove diz dando uma risada forçada. – Ela é minha prima Beatrice, estava me ajudando com a festa.

Beatrice? Ta de sacanagem, agora entendo como John deve ter sofrido com ele.

– Esse é meu ultimo aviso. – a garota disse. – Caiam fora.

Vejo que Nove está se sentindo pressionado. Ele coloca a mão no ombro da menina e tenta falar algo no ouvido dela. Antes que ele consiga dizer algo a ela. A menina pega sua mão com um golpe quase de judô e aperta ela até eu ouvi o som de ossos se rachando. Ouço Nove dar um grito agudo e deixar cair o lampião.

O fogo do lampião não cessa ai cair no chão ele fica espalhado num canto da caverna sem avançar ou retroceder. Claramente uma obra de Seis. Mas ainda estou impressionada demais pra ver o que aconteceu. Aquela garota acabou de quebrar a mão do número Nove e ele nem sequer conseguiu se defender. Nem mesmo Seis conseguiria fazer algo assim. Definitivamente ela não é humana.

– Mas que merda é essa! – Nove grita de raiva segurando a sua mão quebrada.

– Eu avisei a vocês. – a garota fala num tom sem emoção.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pessoal deixem os comentários se quiserem e obrigado a todos que leram meu segundo capítulo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Vingança dos Sete" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.