The Bet escrita por Al


Capítulo 1
Capítulo Único - The Bet


Notas iniciais do capítulo

Heey, não sou boa com one-shots, mas adoro Jily, então sei lá o que saiu aqui, rsrs.



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Lily não estava sentada naquela cadeira a nem mesmo cinco minutos, mas mesmo assim não parava de checar o relógio de pulso, ansiando o fim da aula.

Era a última que teria nesse dia em questão, e mesmo que tentasse prestar atenção ao que a professora McGonagall dizia lá na frente, não estava conseguindo.

Lily queria ser a primeira a sair, fugir dali o mais rápido possível, para que assim não tivesse de cumprir aquela maldita aposta.

Ela normalmente encarava os desafios e suas consequências de cabeça erguida, mas definitivamente, não dessa vez.

Há alguns dias atrás, ela havia feito uma aposta, certa de que ganharia.

Com quem ela apostou? James Potter!

O que exatamente ela apostou? Se perdesse, teria de lhe beijar!

Oh sim, ela estava ferrada. Não deveria ter sido tão burra ao ponto de fazer uma aposta com James Potter, não depois de todos esses anos. Mas ela fora, e agora deveria arcar com as consequências. Mas não, em vez disso, Lily preferia fugir, porque como é que ela iria imaginar que sua melhor amiga iria ceder aos encantos de Sirius Black tão rapidamente?

Oh certo, quais os motivos da aposta? James havia debochado que Marlene – sua melhor amiga – não conseguiria resistir mais uma semana á Sirius, que vinha dando em cima dela desde o começo do mês.

Lily discordara completamente, dizendo que Lene nunca seria capaz de um dia pensar em se aproximar do maldito Black. E então eles fizeram a aposta. Se ela perdesse, teria de dar um beijo em James. Se ele perdesse, nunca mais a chamaria para sair.

De fato, o pedido de James era muito mais simples do que o dela.

Mas o garoto concordou, com a maior cara da pau, como se soubesse desde o início que ganharia aquilo. Eles apertaram as mãos e Lily sentenciou que nenhum dos dois poderia contar sobre a aposta para mais ninguém, e assim foi.

E então, três dias depois, Marlene apareceu agarrada á Sirius na sala de aula, nesta mesma aula em que Lily agora se encontrava.

Vaca. Era a única coisa que se passava pela cabeça da ruiva. Vaca, vaca, vaca! Mas que merda Marlene tem na cabeça? E agora, Merlin? Ah deuses, estou ferrada!

E então desde que o pulguento e a pessoa que se dizia sua melhor amiga haviam entrado na sala, James não parava de encará-la, com um sorriso tão grande que parecia que a qualquer momento seu rosto poderia rasgar.

E finalmente o tempo avançou, dando fim a aula mais angustiante da vida de Lily.

Antes que James ou qualquer outro aluno pudesse sequer pensar em se levantar, Lily já se encontrava saindo pela porta, e depois correndo pelos corredores de Hogwarts, tentando colocar a maior distância possível entre ela e Potter. Sabia que ele poderia correr bastante – e que ele com certeza viria atrás dela – então não perdeu tempo pensando para onde ir, somente correu.

Por fim, passou por frente das escadas que levavam a torre de Astronomia e decidiu que lá seria o melhor lugar para se esconder. Ah sim, finalmente a salvo. James nunca a procuraria ali.

Sentou-se ao chão.

Fora por pouco.

Mas só então lhe ocorreu que não poderia esconder-se para sempre, e um desespero lhe invadiu.

Ela não queria beijar James. Ele era um Maroto, e talvez tivesse até mesmo uma lista com o nome de todas as meninas de Hogwarts que já beijara. Lily tinha certeza de que seu nome era um dos únicos que não deveriam estar escritos, se ele tivesse mesmo uma lista. Ela não duvidava!

Oh, certo. Pensou. Uma hora ou outra terei de encará-lo, mas por enquanto, vou ficar aqui escondida igual a um rato!

Para tentar distrair-se, ela começou imaginar inúmeras formas de tortura que talvez usasse em Lene quando a encontrasse. Deu certo, porque logo ela não pensava mais em James.

Ah, que bela amiga eu fui arranjar!

“Olá, Lírio”. Alguém sussurrou ao seu ouvido, fazendo-a pular de susto.

James a encarava com um sorriso brincalhão, aquele que a irritava profundamente.

“Eu devo ter roubado a varinha de Merlin em uma vida passada, só pode”. Choramingou, colocando a cabeça entre os joelhos. “O que você quer Potter?”. Dessa vez, falou mais alto.

É claro, Lily sabia muito bem o que ele queria, mas mesmo assim perguntou, tentando pensar em um modo de fugir dele novamente.

James não respondeu, e isso fez com que ela erguesse a cabeça para olhá-lo. Ele agora estava sentado ao seu lado, e a encarava, sério. Ela franziu a testa, não entendendo mais nada.

Um sorriso amarelo apareceu no rosto do moreno, fazendo com que ela ficasse cada vez mais intrigada.

“Você me odeia mesmo, não odeia?”. Perguntou, por fim, agora buscando os olhos dela. Ela olhou dentro dos belos olhos castanho-esverdeados dele, e só conseguiu ver sinceridade neles. Sem que conseguisse conter, a resposta veio imediatamente.

“Não, James”. Disse, e sorriu quando o viu arregalando os olhos. “Eu realmente não te odeio”.

E mais uma vez ele nada disse, só que dessa vez, o sorriso que se abriu em seu rosto era grande e brilhante.

Era verdade, ela não o odiava. Talvez não gostasse do modo como ele agia, arrogante, confiante demais. Talvez não gostasse do modo como ele tratava as garotas, como se fossem descartáveis. Talvez não gostasse do modo como ele não parava de persegui-la. Mas ódio? Não, definitivamente não. Ódio era um sentimento muito forte, e James não havia feito nada de realmente fatal para que recebesse seu ódio.

Ele talvez fosse muito criança, muito irresponsável, mas definitivamente não poderia sentir ódio do garoto. Na verdade, ela não costumava sentir ódio de absolutamente ninguém.

E nenhum dos dois percebeu, mas ficaram alguns minutos somente se encarando, observando um ao outro.

“Ódio é um sentimento muito ruim para se sentir por alguém”. Continuou ela.

James sorriu novamente. Na verdade, o sorriso nem havia sumido de seu rosto desde que ela confessara que não o odiava.

Certo, talvez ele não fosse todas as coisas que Lily pensava que era. Porque James não havia nem mesmo mencionado a aposta, e até agora não falara nenhuma besteira, e nem lhe convidara para sair. Estava sendo um grande progresso.

E depois de algum tempo, ele levantou e bateu as mãos na calça, para tirar o pó. Lily não pode evitar olhar para sua bunda, sentindo-se corar. Para sua sorte, ele não viu.

“Vemo-nos por ai, Lil’s”. Abaixou-se e depositou um beijo em sua bochecha, então saiu. Assim, simplesmente saiu, sem lhe convidar para sair, sem lhe dizer alguma graçinha, e sem nem mesmo cobrar a aposta!

Aquele era mesmo James Potter?

***

James já estava na metade da descida quando ouviu um grito atrás de si, chamando-o. Reconheceria aquela voz em qualquer lugar, em qualquer situação. Lily logo apareceu no topo das escadas, correndo em sua direção.

Ela de certo havia resolvido que na verdade o odiava, e estava vindo jogar isso na cara dele? Por favor, Merlin, que não seja isso!

Quando chegou mais perto, percebeu que a ruiva estava um pouco corada.

Lily aproximou-se correndo, e sem nem mesmo pensar no que estava fazendo, jogou seus braços pelo pescoço de James.

“Lily, o que você está fazendo?”. Questionou ele.

“Estou lhe pagando uma aposta”. Disse ela, e antes que ele tivesse tempo de reagir, grudou seus lábios aos do moreno, que permaneceu estático por alguns segundos antes que realmente se desse conta do que estava acontecendo. E por fim, ele retribui ao beijo.

Afinal, pensou ela, beijar James Potter não é tão ruim assim. Eu definitivamente poderia repetir mais algumas vezes!


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Notas finais do capítulo

Erros? Me avisem, please! Qualquer comentário é bem vindo, mesmo se for pra criticar, para que eu possa melhorar a história. A opinião de vocês é importante, afinal.



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