Reflexo escrita por SavannahW


Capítulo 19
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Olá! Bom sábado pra todas vocês.
Espero que gostem do capítulo xx



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Damon Salvatore

Chegamos atrasados por culpa do trânsito causado por um acidente na estrada que dava acesso ao aeroporto. Klaus já havia feito nosso check-in, dessa maneira só precisávamos entrar no avião, sorte nossa, pois chegamos em cima da hora.

Elena precisou despachar sua mala, por ser maior que o permitido como bagagem de mão, mas eu pude entrar direto no avião. Agradeci mentalmente por finalmente poder respirar fundo e parar de me fingir de forte. Procurei meu assento, corredor da classe executiva, ótimo! Ajeitei minha mala no local adequado e sentei, relaxando. Pus meus fones de ouvido, finalmente me sentindo confortável. Dei play na minha playlist de músicas antigas e fechei os olhos esvaziando minha cabeça de quaisquer pensamentos.

Cantarolava The Police quando senti um dedo cutucando meu ombro direito. Abri meus olhos e encontrei Elena me encarando. Ela apontou para a poltrona ao meu lado. Deus está me sacaneando forte! Bufei e então virei minhas pernas para o lado, dando espaço para que ela passasse. Péssima idéia, logo sua bunda estava em minha cara. Respirei fundo, me acalmando. Elena, você está testando minha paciência, só pode! E estava funcionando, logo senti seu delicioso perfume. Assim que sentou começou a prender os longos cabelos chocolates em um coque, de propósito, aposto. Ela sabia que eu não resistia ao seu pescoço descoberto. Respirei fundo novamente, olhando apenas para frente, mas minha visão periférica me permitia vê-la, o que era tentação demais. Então fechei os olhos e me concentrei apenas na música e logo adormeci.

Since you've gone I've been lost without a trace (Desde que você se foi, estive perdido, sem pista)

I dream at night I can only see your face (Eu sonho à noite e só consigo ver o seu rosto)

I look around but it's you I can't replace (Eu olho ao redor mas você eu não posso substituir)

I feel so cold and I long for your embrace (Sinto-me com tanto frio e eu desejo seu abraço)

I keep crying baby, baby, please (Eu continuo aqui chorando, baby, baby, por favor)

– Damon... – escutei Elena me chamar.

– Lena... Deixa eu dormir só mais um pouquinho...

– Dam, o avião já pousou. – disse docemente e passou os dedos em minha bochecha fazendo um carinho gostoso, sorri.

Abri os olhos e então me dei conta de onde estava. Olhei para Elena que me encarava com uma expressão calma, sorrindo. Arregalei meus olhos ao me dar conta: meu eu sonolento me denunciou! Soltei o cinto depressa e levantei. Peguei minha mala no compartimento próprio e sai do avião sem olhar para trás.

Elena Gilbert

Velei o sono de Damon durante todo o voo. Com cuidado, para que ele não acordasse, pus minha mão sobre a dele. Só com esse contato meu corpo todo se eletrizou, senti as borboletas no estômago se agitando cada vez mais com esse toque. Me senti tão bem, tão feliz que o tempo, infelizmente, passou correndo. Quando percebi o avião já havia pousado e os passageiros já desembarcavam. Tirei minha mão com medo de que Damon achasse ruim, guardaria esse momento apenas para mim, e chamei ele.

– Damon...

– Lena... Deixa eu dormir só mais um pouquinho...

Para minha surpresa meu Damon estava de volta e repetiu o que dizia todas as vezes que eu tentava o acordar. As malditas borboletas voltaram e eu me peguei chamando-o pelo apelido.

– Dam... O avião já pousou.

Num movimento involuntário passei meus dedos em sua bochecha. Eu sorri boba por aquele pequeno momento de intimidade. Eu quase podia esquecer de tudo que havia acontecido. Damon abriu os olhos aos poucos e me encarou. Em questão de segundos sua expressão foi de calma e despreocupada para surpresa e, talvez, enraivecida. Antes que eu pudesse dizer ou fazer algo, Damon se levantou, pegou a mala, e saiu do avião, sem ao menos olhar para trás. Suspirei derrotada. Eu já sabia que não seria do dia para a noite, mas não pude deixar de me sentir esperançosa com aquele pequeno gesto de carinho recíproco.

Levantei-me, notando que o avião se encontrava quase vazio, peguei minha bolsa e segui o caminho que Damon havia feito.

Após fazer uma parada na área de retirada de bagagens para pegar minha mala passei pela porta de vidro fumê que dava acesso ao restante do aeroporto de St Petersburg e encontrei o restante da equipe, incluindo Damon, num canto conversando.

– Desculpem a demora, minha mala parece ter sido a última a chegar!

– Tudo bem, Elena. – Greg, um homem que eu já havia conversado algumas vezes na empresa disse – Segundo as instruções que Klaus me passou deve ter um carro aqui fora a nossa espera, o motorista vai nos levar ao hotel, vamos deixar as malas nos quartos e devemos seguir direto para o colégio.

Todos assentiram e nos dirigimos as áreas do estacionamento, não foi difícil encontrar o carro que nos esperava. Já dentro do veículo, Greg continuou a dar informações e pude perceber que ele era o “chefe”. Como as informações eram de interesse dos investigadores eu me poupei de prestar atenção, em pouco tempo chegamos no hotel.

Fizemos check-in. Teríamos quartos individuais, todos no mesmo andar. Subimos juntos, trocando algumas poucas palavras, e combinamos de nos encontrar em uma hora no hall do hotel. Entrei rapidamente em meu quarto e fechei a porta. A tensão entre mim e Damon estava me deixando enjoada, provavelmente de nervoso. Me joguei na cama, que por sinal era gigante, e respirei por alguns segundos. Eu parecia uma adolescente numa viagem de escola com o paquera no quarto ao lado, estava nervosa, ofegante e sem saber o que fazer. Estava olhando para o teto quando lembrei ter escutado John, outro investigador, comentar que era melhor nós usarmos roupas informais, para não chamar tanta atenção ao conversar com a vítima. Como eu ainda usava a roupa social que havia vestido pela manhã resolvi me trocar, coloquei uma calça jeans, uma blusinha solta estampada e uma plataforma de madeira.

Senti meu estômago roncar, então desci para aproveitar o tempo que me restava para almoçar.

Desci até o restaurante e notei a porta fechada, então decidi perguntar na recepção.

– Olá, boa tarde. O restaurante já está fechado?

– Sim, senhora. Hoje, excepcionalmente, nosso restaurante fechou as 14h.

– Ah, sim... – droga.

– Mas a senhora pode pedir um lanche ou algo do tipo no nosso bar, caso prefira. Fica ali a esquerda.

– Está bem, vai ser o jeito. – sorri – Obrigada.

Segui a direção indicada e sentei no balcão. Logo o barman veio me atender.

– O que posso servir para a senhorita nessa linda tarde?

– Eu estou com fome. – admiti – Tem um cardápio ou sei lá, algo do tipo? – o barman riu com o meu jeito e logo me entregou um cardápio – Obrigada.

– Se você aceita minha opinião, o lanche italiano deles é o melhor que já comi! – um cara que estava sentado duas cadeiras ao lado falou.

– Sério? – perguntei levantando uma sombrancelha.

– Faremos assim: peça, se você não gostar eu te pago um drink. – sorri com a audácia.

– Feito! Mas e se eu gostar? – perguntei me virando para ele.

– Ai você vai ter que me prometer que nos veremos de novo. – rolei os olhos.

– Ok. - fiz meu pedido, juntamente com um suco de laranja.

– Você não me disse seu nome. – o homem continuou o assunto.

– Você não perguntou! – sorri.

– Touche. Meu nome é Ezra. – estendeu a mão.

– Elena. – estendi a minha e nos cumprimentamos.

– Damon, prazer. – um braço estendido surgiu por trás de mim.

– Prazer, cara. Desculpa, eu não sabia que a Elena estava acompanhada. – Ezra se desculpou para Damon e eu pude imaginar a cara de namorado enciumado que meu moreno estava fazendo.

– Pois é, agora sabe.

– Bom, eu vou indo. Depois me conta se gostou do lanche, Elena. Até. – Ezra saiu envergonhado.

Damon se sentou na cadeira ao meu lado e eu sorri para ele.

– Quantos chifres mais você vai botar na cabeça do seu marido? – Damon perguntou grosso e meu sorriso murchou.

– Damon, não fala assim comigo!

– Falo sim! Você não pode ficar se insinuando para cada homem que aparece na sua frente! – respondeu bravo.

– Você... – lágrimas se formavam em meus olhos, eu não era assim, eu só estava sendo simpática! – Você é um babaca, Damon!

Sai e fui o mais rápido possível até o banheiro. As lágrimas já rolavam sem que eu pudesse controlar. Desde quando Damon se tornou esse homem sem sentimentos? Com um coração de pedra?

O pior é que eu sabia que ele não era assim, eu tive a confirmação no avião. Ele continua sendo o mesmo, e ele me ama. Mas por algum motivo ridículo está bancando o brutamontes idiota que só quer me machucar. Será revanche? Só pode ser isso, ele quer me machucar igual eu, infelizmente, o machuquei. Se for assim, parabéns Damon, você já conseguiu.


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Notas finais do capítulo

Podem admitir que ficaram com dó da Lena! hahahah :) Próximo capitulo durante a semana ou no fim de semana, caso eu esteja muito ocupada! Bjs