Just Friends escrita por Laia


Capítulo 52
Capitulo 52


Notas iniciais do capítulo

Era pra ter voltado antes, mas minha irma tava no computador, sorry. Mas o importante é que to aqui postando de novo né?
Depois dos comentarios eu tinha meeeesmo que voltar kkkkk
E GihSalvatore, não moooooooorra! kkkk
Novo ponto de vista de outra pessoa :) espero que gostem



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Eu estava de riso frouxo. Estávamos comendo pipoca com leite condensado e vendo canais aleatórios na TV.

Meu telefone tocou.

–Espera Gus! – protestei.

Atendi. No primeiro momento, não entendi nada do que ela tava falando. Mas então percebi que ela chorava desesperada!

–Calma Manu – já disse me levantando e apressando o Gus pra baixar a TV – Ei, respira e não faz bobagem! To indo ai ta? Ta bom meu bem, já comeu hoje? Come alguma coisa... Não Manu eu não... Tá bom! To indo, calma!

–O que foi Laura?

Olhei apavorada pro Gus.

–Eles brigaram e dessa vez... Eu não sei o que aconteceu, mas to preocupada. Ela disse que o Edu saiu doido de lá! Sabe onde ele foi?

–Ele saiu? Ai meu deus, preciso ir pra casa AGORA!

Ele se calçou correndo, me deu um beijo rápido e correu pra fora de casa.

Ninguem sabia que a gente tava junto, pelo menos ainda não... Mas isso não importa agora!

Peguei o primeiro casaco que achei e corri pro carro. Não demorei pra chegar, o porteiro já me conhecia então nem se importou comigo.

O elevador nunca me pareceu tão lento! A porta estava destrancada, entrei e meu coração até doeu com a cena. Ela estava abraçada nos próprios joelhos, a cabeça baixa. Devia estar chorando desde que ele tinha saído, já estava até soluçando.

Sequer notou minha presença até eu me ajoelhar ao seu lado.

–Ei meu bem, to aqui, calma – aninhei ela, seu corpo todo tremia – Vamos sair do chão pode ser?

Ela só confirmou com a cabeça. Ajudei ela a se levantar e a sentei no sofá. Ela não dizia uma palavra. Deixei ela e fui buscar uma coberta, enrolando seu corpo encolhido logo em seguida.

–Quer conversar sobre alguma coisa?

Ela fez que não com a cabeça. Percebi o machucado na boca, mas não conseguia/preferia nem pensar que algo poderia ter acontecido.

–Manu, você comeu hoje? Digo, comida mesmo, algo que sirva de refeição.

Ela só abaixou os olhos já vermelhos. Eu sabia que isso era um não.

–Eu vou preparar alguma coisa e você vai comer, nem quero saber se quer ou não.

Encontrei algumas coisas na cozinha, fiz um purê de batatas, não ia forçar ela a comer algo de verdade, e eu sabia que ela gostava de purê.

–Aqui – coloquei o prato na sua frente. Ela afastou com as mãos, fazendo cara de nojo.

Ela já tinha se acalmado um pouco. Me sentei do seu lado e ela deitou no meu colo. Meu celular vibrou.

“Edu ta aqui, puto da vida! Dessa vez a Manu vacilou... Ela ta bem? :/”

Não dava pra responder enquanto mexia no cabelo dela, mas já era bom saber onde aquele outro doido tava.

Ficamos ali por mais um tempo. Chorou por mais um vinte minutos e depois levantou de uma vez, me dando um susto.

–Eu sou idiota por acaso? Eu não fiz nada de errado, então pra que to chorando por aquele idiota!

Epa! Não era isso que eu esperava...

–Vai me contar o que aconteceu ou não?

Ela pegou o prato, se encolheu mais ainda na coberta e começou a falar.

–Lembra da festa que você me largou? Eu bebi e acordei do lado de um cara ai... E adivinha? Era seu primo! Oliver – ela falou em um belo tom de desprezo – E ai, tive que ligar pro Edu me buscar em um lugar que eu nem sabia que existia. Essa historia tinha ficado pra trás, mas hoje, o Edu me deu um susto enquanto eu arrumava a mala, e eu joguei a primeira coisa que achei: minha saia de couro! O problema é que quando eu esvaziei os bolsos pra lavar, um papel ficou lá dentro, um bilhete. DO SEU PRIMO! Quando joguei a saia no Edu, o tal papel caiu e ele leu.

–O que tinha escrito?

–Algo sobre eu passar a noite com ele e ter sido maravilhosa! Eu não sei o que aconteceu naquela noite, mas sei que não dormi com ele!

–Manu... O Oliver não ia deixar o papel por nada né?

Ela me olhou indignada, quase engasgando com o purê.

–Mas eu... Eu não fiquei com ele, tenho certeza!

–Ta, desculpa! Mas e ai?

–Ai ele falou um monte de merda, eu rodei a mão na cara dele e...

–E...?

–Ele veio pra cima de mim.

–Como assim? Ele...

–Pra cima de mim no bom sentido – ela tentou me explicar.

–Não existe bom sentido pra isso! – ela me censurou com o olhar – Ta, desculpa. Mas é que vocês dois tão sendo idiotas!

–É o que?

A Manu era cabeça dura que só! Odiava estar errada!

–Você deu razão pra ele desconfiar! Ta, parte da culpa é minha, mas ninguém enfiou a tequila goela abaixo em você Manu! Bebeu porque quis! Admita isso!

–E daí? O que tem haver uma coisa com a outra?

–Se você começasse a parar de complicar tudo, talvez não estivéssemos tendo essa conversa e eu estaria com meu gordinho!

Falei sem pensar!

–Como é que é? – ela quase gritou com os olhos arregalados.

–Isso não vem ao caso... – fugi logo do assunto – o foco aqui é você e o Eduardo! Eu nunca vi casal tão fofo, doido e completamente imbecil! Putz Manu, admite que gosta dele, que não queria que ele fosse embora, que queria ele aqui e não eu.

–Não tenho que admitir nada – ela era orgulhosa, fez um esforço enorme pra falar aquilo. Os olhos ameaçavam chorar novamente, a voz tremia.

Eu odiava ver minha amiga assim. O pior de tudo, é que ela mesma se magoava tentando negar algo que era tão obvio.


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Notas finais do capítulo

Narração da Laura, gostaram? Digam digam digam!
Então até amanha povo, beeijos :*