Just Friends escrita por Laia


Capítulo 38
Capitulo 38


Notas iniciais do capítulo

Hoje tenho coisa pra falar (aaaah novidade ¬¬) sorry
Primeiro: obrigada pelos reviews e até pela ideia doida que eu adorei receber do Edu e da Anne (vou deixar voces curiosos porque sim!)
Segundo: quem alem de mim gosta de historias com anjos? Quem gostar, uma das minhas lindas leitoras ta escrevendo e eu li, gostei e to aqui botando o link pra vocês lerem tambem :) http://fanfiction.com.br/historia/467832/Love_Destination
Se gostarem, falem pra ela e sejam fofos como são comigo *o*
Terceiro: o pessoal que comentou concordou - a maioria - com a segunda temporada. Não se quando vai começar e nem sei direito como vai ser, mas quando eu pensar direito e decidir falo pra voces :)
Hoje temos mais promessas, mais um desentendimento e mais ações impulsivas desses dois - musica de suspense tan tan tan taaaan
Laiane sua tosca --'





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Acordei com o telefone tocando.

–É né, não adianta... Eu mando ligar e você nunca liga! Eu vou morrer e você não vai sequer ficar sabendo Manuela!

–Oi mãe, que saudade também.

–Você ta bem? Como ta a faculdade?

–Tudo ótimo mãe, e com a senhora?

–Seu primo enlouqueceu! Mas não foi pra isso que eu liguei, sua prima, lembra que ela vai casar né?

–Claro, até prometi que ia voltar no fim do ano pra festa.

–Exato... Ela quer saber se você vai trazer sua amiga Suzy para colocar o nome na lista de convidados.

OPA!

Eu não sabia se devia levar o Edu. Ia apresentar ele como? Amigo? Minha mãe não ia acreditar... Nem o resto da família. Falar que morava comigo era fora de cogitação! Minha mãe me arrancava os cabelos e me arrastava pra casa do jeito que eu estivesse!

–Sabe mãe, ainda não falei com ela... Vou ver e ai eu ligo pra dar resposta ta?

–Mas tem que ser rápido viu? Ela tem que confirmar a lista pro Buffet!

–Pode deixar mãe.

Não parecia uma boa ideia levar ele – na verdade não tinha razão pra levar, mas sei que queria isso ao mesmo tempo... Queria apresentar ele pro Sam, e me livrar do John... Mesmo que eu tenha beijado ele naquele dia, ele ainda não era minha pessoa favorita no mundo. E certeza de que se ele estivesse comigo na festa, o John me deixaria em paz. Alem de que aquele beijo não significou nada!

Ele entrou na hora.

–Que bom que acordou, trouxe a janta.

Ele segurava uma sacolinha com duas embalagens dentro. O cheiro era bom. Mas sua expressão não estava lá das melhores...

–O que houve?

Ele largou a comida na mesinha de centro e pegou os talheres, se sentando do meu lado.

–Promete que não vai me bater, odiar ou qualquer coisa que eu possa ficar mal ou ferido?

–Ta me deixando preocupada...

–Promete?

Ele estendeu o mindinho, me fazendo prometer.

–É claro – cruzamos os dedos – Agora fala.

Abri minha janta e comecei a comer, para tentar fazer com que o nervosismo passasse. Eu nem sabia direito o motivo de estar nervosa.

–É que... Quando você viajou, eu tava puto da vida. Você tinha deixado ele te levar, era como se dissesse “eu prefiro ele!”, eu sei que não quis dizer isso, mas foi o que minha cabeça interpretou na hora. Acabei brigando com você e sai andando sem um rumo certo. Acabei sendo atropelado e uma garota que estava no carro é fisioterapeuta, me “atendeu” na hora. Ainda meio nervoso, sozinho e com o braço machucado, liguei pra ela. Saímos, ela veio aqui em casa para ver os desenhos, e ai você ligou e acabou ouvindo a voz dela no fundo. Sei que já resolvemos isso, mas é que fui no consultório dela agora. Meu braço ta luxado e preciso de algumas sessões de fisioterapia, porque depois da briga com o Caio... Piorou.

–Por que ta me contando?

–Não sei... Ela ficou chateada pelo que aconteceu porque quando você desligou na minha cara aquele dia, ela foi embora porque viu que não tava tudo bem. E agora eu sai do consultório dela, e fiquei pensando na vida. Achei melhor te contar, não sei por que. Só que não queria “esconder” isso de você entende?

E ai antes que eu percebesse, minha boca abriu e eu disse:

–Eu beijei o John na viagem!

Tapei a boca quase que imediatamente. Ele me olhou confuso.

–É o que?

–Antes de querer me matar, eu não sei por que raios fiz isso! E nem sei por que to te falando, é só que...

–Quem é John? - perguntou confuso.

–Meu primo...

–Ficou seu primo? – ele me olhou incrédulo.

–Em minha defesa ele tentou algo comigo tipo, a vida toda! E ai eu tava lá, e ele veio e ai quando eu vi eu já tava também e ai...

–Eu sou um otário mesmo! To aqui me sentindo mal só porque chamei uma menina pra sair e você ficou com outro cara! E ainda por cima ta tentando se explicar...

Ele levantou e saiu nervoso. Droga, droga, droga!

–Edu espera...

–Esperar o que? – se virou do nada, me fazendo tropeçar no meio do corredor – Não vou esperar você me contar como foi ficar com esse tal John ai! E muito menos vou ficar pra te ouvir lamentando...

–Perai! Então você pode fazer a merda que quiser e eu tenho que ouvir suas lamentações, enquanto eu não posso sequer tentar me explicar?

–Exatamente!

–Me poupe Eduardo!

–Pelo menos quando eu lamentava era de verdade!

–Ta me chamando de falsa? Pelo menos eu não saio apostando com o nome de outras pessoas por ai!

–Vai começar com isso de novo? Ficar jogando na cara a vida toda?

–Vou sim, e sabe por quê?

–Por que Manuela?

–Porque eu posso! VOCÊ fez a merda e quem levou um murro fui eu! Alem da vergonha né... Pelo amor dos deuses, qual o seu problema?

–Meu problema? Perai, você levou um murro, eu fiquei com metade da cara destruída!

–Vamos discutir quem apanhou mais agora? Eu nem devia ter me machucado pra inicio de conversa, não tinha nada haver com isso!

–Não teria acontecido nada se você não tivesse ficado toda jogada pra cima do Caio!

–Então a culpa é minha?

–Não – ele parou nervoso. Como de costume, soltou um “tsc” e apoiou uma das mãos na parede – eu não disse isso.

–Deu pra ouvir na sua voz. Sejamos sinceros Eduardo...

–Você quer mesmo terminar essa discussão?

Eu não queria, mas ao mesmo tempo, queria ir até o fim!

–E se eu quiser? – infelizmente minha voz soou menos segura do que eu esperei.

–Ta falando serio? – ele levantou uma sobrancelha, descrente no que eu tinha dito.

–Mais ou menos...

–Sua indecisão ainda me mata um dia...

–Eu sei... É só que, o que rolou com o John, não significou nada. Mas eu sei que essa menina significou algo pra você.

Doía falar isso em voz alta. Por que era tão difícil tentar explicar algo?

–Esse é o problema Manu? Ela ter significado algo?

–Talvez... Mas pera, você que começou a discutir!

–É claro! Você vira pra mim falando que ficou com seu primo como quem diz “comi um biscoito no lanche!”. Como se hoje mais cedo eu não tivesse virado e te falado que estava gostando de você! Só pra deixar claro: eu não tenho esse costume!

–Costume de falar?

–Costume de gostar de verdade!

Fiquei muda. Aquilo foi um tapa da minha cara! Eu não sabia o que sentia na realidade. Digo, em relação a ele, é claro. Eu não sabia explicar, e eu odiava isso. Odiava o fato de sempre reparar no seu sorriso, e como amava seus olhos. Odiava aquele cheiro que era só dele e me envolvia por completo. Odiava aqueles olhos completamente negros e como eles me dominavam e me engoliam de uma forma inexplicável. Odiava como não conseguia definir nada que vinha dele. Odiava como ele me tratava e me deixava sem ação, sem resposta, sem jeito...

Ai, o que ta acontecendo comigo?

–Edu eu...

–Eu sei... Não precisa tentar se explicar ta? É só que, eu não to acostumado com isso também, então vamos devagar ok? Mas, você bem que podia começar a cooperar ein?

Os dedos passavam de leve pelo meu rosto, num movimento delicado.

–Como assim?

–Primeiro, vamos deixar isso por agora ok? Vamos esquecer esse seu primo porque querendo ou não, e mesmo não gostando de saber, já aconteceu. Eu vou ter algumas sessões com a Anne...

–Anne?

–A fisioterapeuta. Quero que possa confiar em mim, ultima coisa que eu quero agora é fazer mal pra você de alguma forma e... – ele bufou, meio incrédulo nas próprias palavras – Quero que se sinta bem em estar comigo.

O “estar” foi em outro sentido.

–Não fala isso, por favor.

–Por que não?

–Porque ai você começa a ficar fofo, e se eu começar a te ver um cara fofo ou legal... Ferra com tudo! E talvez...

–Talvez?

–Talvez só não seja pra ser entende?

–Manu, eu não to te pedindo em casamento! To pedindo pra você dar uma chance pra si mesma! Não pra mim, mas pra você Manu... Você merece isso.

Meus olhos ardiam. Eu confiava nele, confiava demais até... Eu não sabia o que sentia pelo Edu, e nem mesmo sabia se queria descobrir. E isso me assustava de uma forma inexplicável.

–Vamos deixar tudo como tá? Por favor.

Ele abriu um meio sorriso no canto da boca e concordou, vindo na minha direção. Desviei.

–Vamos jantar então.

Voltei para o meu prato e liguei a TV. Não falamos mais nada durante o resto da noite.


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Notas finais do capítulo

Esses dois não cansam de discutir né? E o que acharam da discussão dessa vez?
Hoje postei mais cedo, não sei por quê...
Enfim, é o que temos para hoje
Um beijo da Laia pra voces :*