Just Friends escrita por Laia


Capítulo 10
Capitulo 10


Notas iniciais do capítulo

Então, como minha mãe diz, eu troco o dia pela noite então mesmo que o dia esteja quase amanhecendo...
Decidi postar mais um capitulo :)
E vocês realmente não tem nenhum pedido gente?
Podem ficar a vontade, as ideias de cena que recebo vou encaixar com o tempo...
Capitulo curtinho tambem... Mas as coisas estão melhorando u.u
Então, é isso...



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Ele não desceu do carro, demorou um pouco na verdade. Corri até o apartamento e me tranquei no quarto. Tirei o vestido e larguei na lateral do quarto junto com os saltos, vesti o pijama e tirei a maquiagem. Ouvi a porta da sala fechar e fiquei quietinha no meu canto.

É, os jogos começaram.

***

Ela saiu praticamente correndo pra ter chegado tão rápido. Ou talvez eu que demorei muito pra descer do carro... Não fiz questão de descer do carro e ir atrás dela.

Os jogos haviam começado...

Bati na porta de leve, ela não demorou pra abrir. Ficou escorada na porta e eu no portal...

–Manuela...

–Eduardo...

–Ta brincando com fogo garota.

Ergui uma sobrancelha. Ela mordeu o lábio...

–Digamos que eu gosto do calor. Boa noite.

Me afastei e ela fechou a porta, me deixando bobo ali.

***

Acordei no domingo com o toque do celular.

–ESQUECEU QUE TEM MÃE? Eu sabia que isso ia acontecer, sabia Manuela...

–Mãe, calma.

–Você disse que ia ligar sempre!

–Mãe, eu liguei na quarta...

–Mas hoje é domingo Manu, eu podia ter morrido!

–Mãe, para de besteira. Ta tudo bem por ai?

Ela contou que minha Irma ia conseguir voltar nas férias – me fazendo prometer que eu também voltaria - e que o Sam tava saindo com uma menina nova. Se durasse, talvez desse pra conhecer ela nas férias.

Passei uns 20 minutos com ela no telefone, contei tudo que tinha contado ontem pro Sam.

Desligamos e fui trocar de roupa.

Lavei o rosto, escovei os dentes e segui o cheiro do almoço. Na verdade, o cheiro de arroz só...

–O que temos hoje?

Me inclinei sobre o balcão e peguei um pacote de biscoitos no pote.

–Arroz novo com, adivinhe só – ele abriu a geladeira – ovo! Vai querer?

–Aceito. Mexidos por favor, não gosto deles fritos inteiros.

–Sim senhora.

Ele começou a fritar os ovos e colocou em um prato raso. Me servi de arroz e sentei de pernas cruzadas na mesa. Ele terminou de montar o prato dele e se sentou também.

–O que quis dizer com aquilo ontem?

–O que?

–“Sou um problema” – ele imitou minha voz – “Gosto do calor”.

Ele ergueu a sobrancelha, como se dissesse “e ai?”.

–O que tem?

–O problema é gostar do calor, ou o calor que é o problema?

O riso escapou, não consegui segurar.

–O problema meu caro, é que... Não tenho medo do calor. Tenho medo de sentimento. Acho eles um tantinho... Filhos da mãe digamos. Gosto do físico, do toque, do envolvimento do momento entende?

–Tem medo de se apaixonar? De ir alem do físico?

Me ajeitei na cadeira. A verdade era que sim, eu tinha medo de sentir algo. Mas ao mesmo tempo, eu tinha uma enorme curiosidade de saber como era realmente gostar de alguem, chorar, brigar, amar... Fazer de tudo por essa pessoa. Assim, alguem que não seja sua família, é claro. Mas eu não disse nada disso.

–Eu deveria ter medo?

–Voce mesma disse que os sentimentos são filhos da mãe Manu, deveria ter medo deles então?

A voz mansa, aqueles olhos me engolindo. Eu era uma boa jogadora, e ele também... Tinha até medo de pensar no que isso podia dar.

Me levantei e coloquei meu prato na pia, saindo sem olhar para trás.

–Talvez Edu, talvez...


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Notas finais do capítulo

Então? Mereço reviews?
Falando em reviews... Tenho que agradecer a Fernanda (Aiki san) e a Fabiana (Louise Marie) que sempre me deixar uma review suuuper fofa *-* suas lindas, muito obrigada, vocês deixam meu dia mais feliz :D
Então é isso povo, até o proximo :*