Daylight escrita por JulySantos


Capítulo 11
Epílogo




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Os olhos de Edward estavam vermelhos e sua cabeça doía, entre suas mãos estava a mão magra e delicada de Bella, Renée estava de pé, segurando a outra mão da filha. No canto do quarto, estavam Carlisle e Esme, um abraçado ao outro, Esme chorava, era uma pena perder aquela jovem, e ela chorava por ver a dor do filho, estavam também Rosalie e Emmett.

Ele não queria fazer aquilo, mas depois de uma longa conversa com Renée e com seus pais, ele decidira fazer a vontade de Bella, ela nunca quis ficar dependente de aparelhos para sobreviver, pois saberia que isso traria mais sofrimento para todos.

Quando o Médico desligou os aparelhos, Renée encolheu-se como se tivesse levado um tiro, enquanto Edward se inclina e colocava a cabeça sobre o peito de Bella, ouvindo seu coração, e sentido a respiração leve, quase inexistente.

Quase não levou tempo, as batidas de seu coração diminuíram lentamente, e lentamente ele parou de bater.

–Me desculpa, amor, me desculpa. – Ele disse sentindo sua garganta fechar.

Ninguém ousou se aproximar mais dele, e dizer alguma palavra de consolo, todos sabiam que não iria adiantar de nada, só restava deixa-lo se despedir dela, e torcer para que ele seguisse em frente, assim como as pessoas devem fazer quando perdem alguém que amam.

No dia seguinte...

–... Que Deus abençoe sua alma, e a receba em sua casa, amém.

– Amém.

Enquanto as poucas pessoas que compareceram ao enterro de Bella, Edward sentou-se na grama, e ficou ao lado da lápide da amada.

– Edward, vamos para casa, você não pode ficar aqui. – Rosalie disse se aproximando do irmão.

– Eu não quero.

– Vamos, brother, vai ficar tudo bem. – Emmett disse querendo ajudar.

– Não vai ficar tudo bem Emm, não vai. Eu a quero comigo, isso não é justo... Não é justo, tirarem ela de mim assim, não é justo, eu não tive tempo de aproveitar tudo que eu queria com ela, nós nem pudemos ir ao cinema, não é justo, Emm, não é justo. – Ele parou de falar, quando um soluço o interrompeu, e então uma crise de choro voltou.

– Oh, Edward, não chore por favor, não chore. – Rosalie disse, já chorando ao ver o estado do irmão, ela ajoelhou-se na grama e abraçou-o. – Vamos enfrentar isso, eu te prometo. Só vamos para casa, por favor. – Ela pediu.

– Depois, Rose, depois, eu vou ficar mais um pouco com ela. – Ele disse limpando as lagrimas com a costa da mão.

– Ok, vamos te deixar um pouco sozinho. – Ela murmurou se levantando. – Fique bem ok? – E se afastou, encontrando com os pais, e avisando-os sobre o irmão.

Edward respirou fundo repetidas vezes tentando parar de chorar, mas a cada vez que parecia que ele havia vencido o choro, uma nova onda de dor surgia em seu peito e seus olhos enchiam de lágrimas novamente. Definitivamente isso não era justo.

Não era justo com Bella.

Não era justo com Edward.

Não era justo com o amor deles.

Não era justo com ninguém, mas quem disse que a vida é justa?

O que eles não poderiam ter vivido juntos? Quantos momentos ele não poderiam ter compartilhados de puro amor?

Ele riu em meio ao choro, pensando nas imensas possibilidades que poderiam ter acontecido caso eles tivessem sido, apenas mais um casal normal, como qualquer outro.

Será que eles enfrentariam muitas crises? Obvio que enfrentariam, afinal que casal não as enfrenta? E o ciúme, com toda certeza estaria presente na relação, ele sabia que o quanto poderia ser ciumento, e imaginou se Bella o seria, afinal no pouco tempo em que estavam juntos, não houve espaço para o ciúme.

Perguntou-se, se em algum momento, ele iria dormir em um hotel por conta de uma briga sem fundamentos, apenas por que um deles não queria dar o braço a torcer. E filhos? Eles teriam tido filhos? Claro que teriam, Edward se imaginava cuidando dos filhos deles, e ele sabia que se espelharia no próprio pai para conseguir ser o herói dos pequenos.

Ele sabia que em algum momento a relação deles ficaria desgastada, e ele não havia ideia de como faria para recuperar a sintonia de um casal, mas ele sabia que eles teriam dado um jeito nisso.

Então ele percebeu que ele estava certo em ter feito tudo o que fez, estava certo de ter casado com Bella, ela era a pessoa certa, o único problema, foi ela ter partido tão cedo.

Ele conseguia ver um futuro tão claro, como se ele estivesse em um cinema, vendo uma cinebiografia de sua vida, ali estava ele chegando em casa com seu bom e velho volvo prata, a casa era tão familiar, quanto essas de comercial de margarina, estava com o rosto cansado, mas sorriu assim que a porta foi aberta e um menininho de aproximadamente 4 anos apareceu com um sorriso lindo no rosto, e logo atrás dele estava Bella, linda e grávida, ele beijou a cabeça do menino e ainda abaixado depositou um suave beijo na barriga de Bella, e logo depois selou os lábios com os dela sussurrando um boa noite.

Qual seria o nome dos nossos filhos? Ele se perguntou, e depois sorriu pensando se seria uma briga na hora de decidir, quem escolheria afinal?

Ele suspirou alto, sentindo-se até um pouco mais leve.

Sonhar as vezes nos faz ultrapassar barreiras que dor nenhuma pode alcançar.

Ele olhou para o nada e se pegou admirando a vista que ele tinha daquele ponto onde estava, quase esqueceu do por que de estar ali, o sol estava se pondo e o crepúsculo era simplesmente lindo, ele observou enquanto a luz do dia ia levemente sendo escondida pelas nuvens que tampavam o sol.

Então lentamente ele levantou-se, e colocou a mão sobre a lápide.

– Você foi a luz do meu dia, Bella, eu te amo, princesa, eu te amo.

Começou a andar em direção a saída, parou á uns seis passos de onde estava antes, respirou fundo, ergueu a cabeça e continuou seu caminho.

Eu te amo, Bella.


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Notas finais do capítulo

Bem, esse foi o ultimo cap da fic, e eu sinceramente espero que tenham gostado. Sei que a maioria queria a Bella viva, mas sempre quis que ela morresse mesmo, e gostei do resultado.
Obrigada a quem comentou.
beijos
July.



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