O Coração da Rainha escrita por Ami


Capítulo 15
De Volta à Solidão


Notas iniciais do capítulo

Girlsssss desculpem a demora! Estou um tempo sem net, estou entrando na semana de provas, mas estou postando para aliviar a tensão da série, que está uma bosta!



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– Mary, eu te amo! Você sabe disso e a maior prova de que quer me usar é esse pedido que acaba de me fazer. Eu tenho sentimentos, Mary. Não sou seu brinquedo!

– Por favor, Bash - tentei beijá-lo, mas ele virou o rosto.

– Pode ficar com a camisa.

Ele foi embora. Estava muito triste. Bateu a porta e eu fiquei abraçada aos meus joelhos, chorando. Foi assim que se acabou minha tarde de prazer. Assim foi minha primeira penetração. Havia sangue nos lençóis.




Eu passei a noite no quarto, fiquei chorando. Essa tristeza me consumia. Por que não podíamos ficar juntos? Eu o conhecia há tempo suficiente para dar a ele meu corpo? Eu sentia que sim. Na verdade, sentia que nossas almas se conheciam há muito tempo. Fiquei segurando a camisa dele, sentindo seu perfume de ervas. A camisa que ele me concedeu após eu destruir seu coraçãozinho.

Não o mereço.

Será que o que eu sinto por Francis realmente é forte o suficiente para causar tristeza em Bash? Se eu amava Francis, como deixei Bash entrar em meu coração?

Eu simplesmente não entendo.

É tudo tão vago...

Foi tão bom aquele beijo, a maneira como apertou minha carne com suas mãos grandes... Sabem como são as mulheres... Revivem esses momentos mil vezes com cuidado para perceber se não fizeram nenhuma besteira. E eu fiquei revivendo o momento em que falei aquela besteira para o Bash.


No dia seguinte, haviam passado as horas e eu não tinha descido para comer ou beber nada. Acho que estava com febre, com indisposição, rinite. Não sei. Não queria sentar no trono naquela manhã;

Alguém bateu na porta e entrou. Meu quarto estava escuro, cortinas fechadas e eu sentada na cama, usando a camisa de Bash. E era o próprio, apressado e totalmente insensível. Quando entrou, surpreendeu-se com minha vestimenta e foi totalmente desarmado.

– Mary, parece que Francis está lá embaixo – ele falou com a voz alterada, virou-se e foi embora, inexpressivo.

– Bash – chamei, mas ele não parou – Bash!

Fui correr, mas minha perna se enrolou no lençol. Foi uma queda abrupta e um som oco da minha cabeça vazia batendo no chão.

– Pare de tentar chamar minha atenção! - ele falou, me ajudando a levantar.

– Eu consegui – falei, com as pernas e a cabeça doloridas.

– Mas está ferida.

– De que me adianta estar bem e saudável se você não me dá sua atenção?

– De que adianta te dar atenção se você quer a de mais alguém?

– Bash – segurei-o firme pelo pulso – Bash, eu não sei o que fazer. Eu estou perdida, tente se colocar em meu lugar!

– Diga o que sente por mim e quem sabe eu possa.

Sinto amor, tesão, luxúria, vontade que toque meus seios! Sinto tudo isso junto! Estou apaixonada!

– Sinto um desejo incontrolável – respondi.

Que resposta. Ele meneou a cabeça, decepcionado!

Mary, você nunca vai ganhar um jogo de perguntas e respostas, você é burra a nível executivo.

– Mary, eu quero mais que isso. Eu quero mais que seu corpo.

– Você gosta do meu corpo? - perguntei.

– Eu adoro seu corpo, Mary, mas eu quero uma família, filhos, acordar ao lado de alguém que me ame abertamente e isso você não pode me dar. Francis está lá embaixo. Vá para os braços de seu amado finalmente.

– Bash, espere – agarrei suas orelhas e o beijei, derrubando-o ao chão.

Meu dente em contato com seu lábio o cortou e respingou sangue. Bash apalpou a região, perguntando-se que asneiras mais poderia esperar de mim.

– Mary, eu não vou cair nas suas armadilhas! - ele tentou se levantar, segurando minhas mãos e me afastando. Sentei por cima dele e tirei a camisa dele que eu vestia. Estava nua sobre seu corpo.

– Você quer meu corpo, Bash. Você precisa dele porque me ama...

– Francis está lá embaixo – ele lembrou.

– Francis pode ficar onde quiser.

Comecei a abrir os botões do sobretudo de Bash, revelando seu peito nu. Sorri malignamente ao perceber como o rendi facilmente. E comecei a lamber seus mamilos. Ele achou aquilo prazeroso, já nem me afastava mais, acariciava meu cabelo, ele era totalmente apaixonado por mim. Meus dedos apressados abriram sua calça, o que ele permitiu, gemendo meu nome. Eu o havia dominado. De pronto já o suguei com urgência, chupando deliciosamente seu membro. Ficou duro rapidamente. Chupei com força, eu estava prestes a perdê-lo. Então fui sugando mais e mais fundo até abocanhá-lo todo, subindo e descendo. Bash gemia segurando minha cabeça e se remexia na minha garganta.

– Mary, que delícia... chupa mais, meu amor.

– Bash, eu quero que me possua aqui, agora – pedi.

– Mary, meu irmão está lá embaixo. E quer vê-la. Isso se não estiver subindo as escadas.

– Não importa – deitei no chão e abri minhas pernas. Bash ficou entre elas e chupou minha genitália até eu lubrificar minhas pernas, o chão e puxar os cabelos dele loucamente.

– Se sentir dor e quiser que eu pare...

– Enfie tudo de uma vez – pedi.

– Mary... Não quero machucá-la.

– Você nem queria me possuir e aqui está você, já que faz tudo que eu mando, não hesite.

Ele colocou a cabecinha na entrada da minha vagina, que não tinha uma abertura muito grande, e empurrou com força para que entrasse tudo. Foi rápido. E gritei. Bash fez um gesto para que eu me silenciasse, mas eu não consegui. Fiquei gemendo de dor.

– Mary, quer que eu pare? - perguntou, preocupado.

– Não, Bash, coloque tudo de uma vez.

Ele continuou empurrando para entrar tudo com toda a certeza de que eu estava pedindo mais do que podia suportar. Eu já estava toda suada, sentindo dor. Abracei-o e fechei minhas pernas em volta dele. Ele apenas desceu suas calças para que não atrapalhasse e estocou devagar.

– Bash, agora sou sua, está vendo? Sou sua Mary, sempre serei.

– Você é minha. Só minha – estocou mais rápido – Só minha!

Ele grunhia enquanto metia bem fundo. Suava e meu corpo todo balançava. Eu não senti prazer, apenas uma dor horrível de uma árvore entrando em mim.

Toc toc toc.

A porta. A droga da porta estava trancada?

– Mary, ouvimos você gritando! - era Francis – Está tudo bem?

Não respondi. Bash continuou estocando e cobriu minha boca com as mãos. Minhas pernas estavam molhadas, tudo estava ensopado de suor. Meu corpo balançava de uma maneira sexual e deliciosa. Meu corpo pertence ao Bash agora.

– Mary, se não responder, terei que arrombar a porta – Francis prosseguiu.

– Estou bem, estou no banho – gritei esganiçadamente e mordi o lábio para não gemer alto. Não houve resposta. Bash me puxou e me colocou sentada sobre ele, puxando-me pra cima e pra baixo. Eu sentia cada estocada entrando bem fundo. E doía, ardia. Mas eu queria, eu queria ser dele. Beijei sua boca e continuei sentando por minutos, rebolando e gemendo. Bash lambeu seu polegar e começou a esfregar no meu clitóris e aquilo rapidamente acendeu um fogaréu de desejo dentro de mim. Sentei com força e violência, tornando altos os sons de nossas peles molhadas se chocando. Bash apertava meu peito com a outra mão.

– Vou gozar, Bash, eu vou gozar, ai meu Deus.

– Goza, Mary. Goza, me lambuza, vai.

Começaram a vir as contrações do orgasmo com força total e eu senti o jato quente e forte dele se esparramando dentro de mim. O chão parecia um lago. Continuei fazendo aqueles movimentos por mais algum tempo. Beijei Bash. Seu rosto estava mais que molhado, estava derretendo, suas mãos deslizavam pelo meu corpo, pelos meus cabelos.

Ele caiu por cima de mim e beijou meus olhos fechados, meu pescoço, minha boca. E ficou sorrindo sozinho em seus pensamentos, apoiado nos cotovelos e me olhando, removeu meus cabelos de meu rosto e beijou minhas têmporas. Passou os polegares nas minhas bochechas, alisando com tanto carinho...

– Vá lá... para os braços de meu irmão agora - começou o festival do sarcasmo.

– Não diga isso, Bash – distribuí beijos em seus lábios.

– Tudo bem, Mary... estou me acostumando a ser usado.

– Você me usou também - beijei o beicinho dele e me levantei, vendo-o esparramado no chão.

Fui até minha tina de água e disse a ele:

– Não quer me acompanhar?

– Não – ele estava emburrado.

– Pelo menos me ajude a lavar as costas.

Ele nunca resistia! Eu fico abismada em como ele era meu cachorrinho de estimação! Ele me ajudou. Só lavou as costas, com aquela cara de emburrado, chateado. Raivoso.

Deitado em minha cama, nu, ele me viu colocando as roupas. Ajudou-me com os laços do espartilho e depois voltou à chateação.

– Você não me ama, Mary.

– Você nem sabe o que vou fazer.

– Vai se entregar para o meu irmão - ele levantou e ficou andando de um lado para o outro.

– Desde quando ficou tão ciumento, Sebas?

– Sebas? Que palavra feia. Desdiga isso.

– Desde quando ficou tão ciumento, Bash?

– Não sei!

– Não confia no seu taco? Não seja tão inseguro!

– Maldita você por me deixar assim.

– Bash - fui até ele e segurei seu rostinho - Páre de bobagens. Vou só conversar com Francis!

– Vou ficar olhando - ele me olhou ameaçadoramente - Se ele ousar olhar para seus lábios, eu juro que o mato!

– Mata nada! - fui até a porta, terminando de amarrar meu cabelo.

Assim que terminei, fui à sala.

Ali, Francis me esperava, bebendo os bons uísques da mamãe e conversando com ela, que tocava piano. Mamãe era excelente pianista. Renomada!

– Sim? - perguntei, sentindo-me leve - A que veio?

– Mary, eu fiquei com saudades – ele me abraçou – Por que foi embora?

– Ora, Francis... não estava disposta a ser assassinada pelo seu rei.

– Mas Bash já limpou toda a história.

– Não me importa, Francis. Nosso noivado está rompido, eu não quero voltar à França!

– Farei meu pai entender que o melhor é tê-la de volta!

– Ele nunca quis que nos casássemos. Ele me cozinhou! Você também! Talvez eu faça como minha prima Elizabeth, e não me case com ninguém!

– Não diga isso. Vamos, Mary, por favor! Eu juro que tento convencer meu pai.

– Não, Francis. Se quiser que continuemos noivos, que seja à distância.

– Mary...

– Adeus, Francis - desvencilhei-me das mãos dele e fui voltando ao meu quarto.

– Mary...

– Ela disse adeus, irmãozinho – falou Bash, indo até a sala e cheio de testosterona. Se ele se arreganhasse para mijar em mim ali, eu não estranharia. Sabia que o idiota do Bash não ia aguentar ficar no lugar dele só olhando!

Francis ficou atônito e cuspindo cada vez que tentava falar. Foi como se estivessem dando ESC nele.

– E o que o bastardo do Sebastian ainda está fazendo aqui? - Francis nem formulara algo agressivo, sem saber o que pensar.

– Bash me trouxe e agora é nosso hóspede - esclareci. Minha mãe riu nesse momento, zombando de mim.

– O que pretende continuar fazendo aqui nesse castelo com minha noiva?! - Francis aproximou-se tanto de Bash que trocavam bactérias. Mas como Bash era mais alto, não sentia nenhum tipo de medo. Apenas se entreolhavam como lutadores antes do gongo.

– Ele é meu vassalo agora – falei – Está sob jurisdição da Escócia e nada pode tirá-lo daqui, inclusive seu pai.

– Meu pai ficará sabendo disso – Francis foi embora batendo pé. E pegou seu cavalo para partir - Cuidado com sua reputação, Mary Stuart!

Eu não falei mais nada a ninguém, não devia satisfações a ninguém. O que eu ia fazer da minha vida? Talvez Bash esteja me espionando, pensando que fui me reconciliar com Francis. Não importa. Em primeiro lugar, eu me amo! Fui caminhar sob o pôr-do-sol. No fundo sei que não devo me casar com ninguém. Quem sabe seja essa a solução.

E o danado estava mesmo atrás de mim. Chegou sem fôlego e se ajoelhou no chão.

– Mary, obrigado por me proteger – Bash falou, após correr muito atrás de mim. Estava ofegando e sua voz saiu totalmente zoada.

– Hey, não se incomode com isso – dei a mão a ele e ajudei-o a levantar-se. Ficamos andando a esmo e sem rumo pelos jardins frios da Escócia – Você é meu protegido agora.

– Eu gostei disso. Posso aceitar isso – ele dizia, contente e satisfeito. Beijei a mão dele enquanto ele se sentia o tal.

– Não se controlou naquela hora nem agora, Bash, não pode fazer isso.

– Eu não conseguiria ficar no quarto esperando você voltar, imaginando vocês dois juntos.

– Bash, como pode me amar sentindo essa insegurança toda?

– Sou inseguro porque você não me ama, Mary. E eu já sei disso.

– Está enganado - ri, andando à frente.

– Você me ama? - ele puxou minha mão e num impulso já estava colada a ele. Não sei como Bash fez isso.

Desfiz nosso contato, fechei-me dentro do meu manto e voltei a andar.

– Onde aprendeu a fazer amor tão bem? - perguntei.

– Em lugar nenhum, Mary – ele respondeu, fulo da vida com mais uma indagação sem resposta – Eu era virgem, também, Mary.

Sorri. Segurei as mãos dele, os ventos balançavam meu vestido. Ficamos frente-a-frente. Pisei em seus pés e disse:

– Será que confio em você o bastante para me permitir andar de costas?

– Vamos ver – ele começou a guiar meus passos e fomos andando.

– Pelo que me lembro, já fizemos isso – eu ria.

– Sim – olhando nos olhos dele, iria para onde quisesse me levar.

– Bash, você é a pessoa que mais quero na vida. Se não for para ficar com você, não quero ter ninguém mais. Eu te amo.

Ele ficou me olhando um pouco até entender. É como dizer a alguém: "FULANO MORREU" sem preparar a pessoa emocionalmente antes. Agredi ele com essas palavras. Ele, eu acho, não acreditou. Mas seus olhinhos brilharam tanto!

Ele me beijou sem esperar mais palavras. Segurou minha cintura e eu fechei minhas pernas em volta dele e meus braços em volta dos seus ombros. Parecia um macaquinho agarrado ao dono.

Aquele foi o melhor beijo da minha vida. Estávamos girando ao sol frio e em meio à neblina das pastagens escocesas. O que poderia ser melhor que isso? Os lírios espalhavam o aroma no ar.

Quando desci do colo de Bash, vi Francis parado na distância, recostado a uma árvore e um cavalo encoberto pela folhagem. Bateu palmas sarcásticas.

– Ora, ora, ora, se não são meu irmão e minha noiva trocando afetos! Seus ratos traidores!









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Notas finais do capítulo

O que acharam??? Comentem please T_T
Obg por acompanharem!
Beijossssssssssssssssssssss :*



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