O Príncipe e a Rebelde escrita por Ami


Capítulo 6
Aula de Campo


Notas iniciais do capítulo

Sorry a demora, amores, a faculdade está consumindo minha alma! Mas eu amo o Legolas e amo a Tauriel, então não abandonarei a fic nem vcs q eu amo tanto! Obg pelos coments e pelo carinho, adoro vcs e espero que gostem desse capítulo!



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Legolas






Mais uma aula chata muito cedo. As pessoas acham que todo elfo adora assistir o nascer do sol. Não, eu gosto de dormir. Eu adoro dormir, na verdade.

Na verdade às vezes eu quero morrer só para não ter que acordar e aturar mais um dia.

Era de manhã, não dormi bem, não estava muito alegre e Tauriel estava alegrinha. Precisava englobá-la em minha esfera de negatividade depressa.

– Você tem merda na cabeça, é? - perguntei a Tauriel.

– Ke kié, Legolas? - ela falou de seu jeito natural (favelado).

– Nada, não. O que foi aquilo ontem? Coberta com o lençol do alojamento abraçando Fingon? Ele tem namorada. NA-MO-RA-DA.

– Sim, tem – ela admitiu, sorridente. Safada! Aceitava o papel de amante! Ai que vontade de esfregar a cara dela no chapisco – E eu sou a nova namorada dele.

Peguei ela pelo cabelo.

– Está maluca, é? Ele jamais largaria Ariel para ficar com você?

– Por que, Legolas? Porque eu sou uma órfã? Porque sou pobre? Vai cagar, vai! - ela secou os olhos. Aquele assunto certamente a fragilizava.

– Claro que não – eu me sensibilizei com a situação – Tauriel, eles namoram há muito tempo. Os pais deles se conhecem, vão na casa um do outro, tinham planos de casamento e já tinham até uma casa para morar.

– Quê?! - ela ficou surpresa.

– Oh, que bom que entende minha surpresa.

– Eu... eu não posso fazer isso. Não posso destruir um relacionamento tão sério – ela pôs a mão no coração e na consciência.

– Exatamente. Oh, sim. Não pode, não.

– O que eu faço, Las?

– O que faz? Termine com ele imediatamente.

Ela ficou muito triste. Ela ficou extremamente triste.

– Estou atrapalhando? - o professor perguntou, pigarreando e olhando para nós.

– Na verdade, está sim um pouco – respondi sem prestar muito a atenção.

– Muito engraçado, Alteza – ele falou zombando – Por que não vem ensinar à turma como se acerta um daqueles pássaros? É a aula de hoje.

– Então se eu acertar de primeira, estou liberado?

– Vou pensar no seu caso.

– Ok – peguei meu arco, o professor agitou um dos galhos da árvore e disparei olhando a velocidade do pássaro e prevendo onde ele estaria.

O pássaro caiu morto no pé do professor.

– Adiós – respondi com um leve aceno. Tauriel estava ainda cabisbaixa. Não tinha jeito, eu não conseguia ficar bem ou feliz sabendo que ela estava triste.

Mas eu queria porque queria que ela terminasse com ele. E aguardei uma atitude dela.





Tauriel







Estava sentada no jardim num banquinho branco arrancando pétalas de uma inocente flor. O clima ameno contrastava com o inferno que estava dentro de mim.

– Meu amor – Fingon falou, chegando e beijando minha bochecha – Você mandou me chamar?

– Sim – falei com uma expressão que mostrou que minha alegria não era imensa.

– O que houve? Está com uma carinha tão triste...

– Fingon, eu pensei bem. Eu... Eu não posso continuar com isso. Destruir um relacionamento tão bonito que você teve com Ariel. Ela chegou primeiro, ela tem direitos sobre você.

– Direitos sobre mim? Eu sou alguma propriedade que precise de contrato? Não estou livre para decidir o que quero para mim?

– Não foi isso que eu quis dizer. O que realmente acontece é que... Eu não me acho à sua altura. Você é tão maravilhoso e eu não sou importante.

– É importante para mim. A mais importante de todas.

Meu peito parou. Ele beijou minhas mãos. Conquistou meu coração e não havia espaço para mais ninguém.

Eu o amava, tinha certeza disso.

Nós andamos pela escola felizes da vida, exibindo nossa felicidade. Era o melhor dia da minha vida.







Legolas







Era o pior dia da minha vida.

– Alá, Legolas, não é sua namorada?

– Era tudo mentira – respondi – Eu nunca gostei dela, só fiquei com ela por caridade.

– Ah bom, então assim sim.

Meus amigos me achavam um panaca.

– Perdeu pro bonitão hein, Legolas. A Tauriel não perde tempo.

– Essa daí é mercenária mesmo.

Olhei ameaçadoramente para quem tinha falado isso. Logo Haldir! Peguei ele pelo colarinho e falei:

– Nunca mais repita isso!

Quando o coloquei no chão ele estava assustado como se tivesse visto o próprio diabo. Eu queria me matar. Fui embora para casa, não conseguia mais ficar naquela escola.

Cheguei no meu quarto e comecei a quebrar tudo. Revirei a mesa, as cadeiras, meus instrumentos musicais.

– Por Pai Painho do Méier, Legolas, espero mesmo que você esteja possuído por uma entidade maligna porque senão eu vou te jogar na masmorra! - meu pai falou, massageando as têmporas.

– Por favor, pai, não estou com ânimo para sermões.

– Sermões? Como é que é? - ele colocou a mão nas ancas – Minhas palavras são belas e sábias. Se me ouvisse, certamente não estaria por aí revirando os móveis.

– Vossa Majestade nem sabe o que aconteceu.

– Ora, por favor... E eu nunca fui menino?

– Não sou um menino, pai. Sou quase adulto.

– Que seja, Legolas – ele sentou-se do meu lado na cama – Vamos lá, me diga que grande inferno astral é esse que está enfrentando.

– O senhor não vai entender.

– Não subestime seu pai.

– Ah pai... Não sei. Por onde eu começo?

– Comece explicando por que fez essa nova organização caótica no quarto.

– Então – comecei – Estou passando por trouxa na escola. Eu inventei que Tauriel e eu estávamos namorando apenas para me livrar da chata da Arwen.

– Legolas!

– Ela é chata, sim. Quer ouvir a história toda?

– Continue. Mas continue com cuidado! - ele me lançou olhos mortais.

– Só que agora Tauriel está namorando com Fingon. E estão apaixonados. E eu estou passando papel de trouxão.

– Ah, meu filho. Que problema besta. Esclareça que foi apenas uma brincadeira. Namore outra garota, mais bonita e mais elegante que ela. Não precisa ser Arwen.

– Mas, pai, eu não... eu não, eu...

– Eu eu eu o quê? Desembucha, Las!

– Eu, é que eu.. eu não posso, eu não consigo, eu...

– Ah – meu pai me olhou tocando o terror total – Espero que não esteja gostando dessa menina, Legolas, porque isso seria realmente muito desagradável. Primeiro eu iria querer rir, como quero agora. Depois eu a mandaria para bem longe. Certo?

– Credo, pai. Não, eu não gosto dela. Mas e se gostasse? Qual o problema dela?

– Rebelde, teimosa, fala mal de mim. Além disso, é inconveniente e sem nenhuma estirpe. Sem nenhuma elegância, sem nenhum nome. Não, Legolas, seu destino é grandioso. Um grande e alto senhor élfico. Não destrua isso, faz o favor. E arrume essa bagunça antes que eu te dê uns cacetes hein.

Fiquei murmurando um pouco. Meu pai sempre cagava para os meus problemas. E eu entendo isso. Sou um adolescente, ele é um rei. Não que eu dê muito trabalho a ele, mas os problemas dele são em grande escala.

Eu estava com um humor glacial no dia seguinte. Era aula de Prática de Campo. Estava com meu arco e Tauriel, ali perto, me viu e se aproximou.

– Legolas, você não dormiu essa noite? - ela me perguntou.

– Não te interessa.

– Credo, seu cavalo! Que que eu te fiz, hein?

– O problema é só você existir.

– Quer discutir? Vamos discutir, Legolas! Eu já adoro um barraco!

– Bem se vê. Moradora da comunidade, mesmo.

– O que aconteceu com você?

– Está me fazendo passar vergonha, Tauriel.

– Bom, posso dizer o mesmo de você.

– Não é sobre agora – toda a raiva veio à tona – Todos os meus amigos estão me zoando. Acham que você me trocou por Fingon, Está me fazendo passar por trouxa, pau molão.

– Legolas, eu não vou bancar a sua namorada para sempre!

– Mas carácolis, quantos dias se passaram desde nosso beijo?

– Nosso beijo DE MENTIRA? Não sei, era muito DE MENTIRA!

– Vocês – o professor apontou a gente – Se não se incomodarem em parar de conversar, formem dupla para a prova de campo.

– O que temos que fazer? - perguntei.

– Soltamos orcs nessa floresta. Nós a chamamos de Pequena Fangorn. Quem capturar mais orcs vence a disputa.

Eu estava totalmente sem paciência para esse desafio, mas tinha que aceitar. Senão me chamariam de pau super molão.

Quando entramos na floresta, Tauriel estava com um pouco de medo. Os nossos companheiros de turma sumiram, se espalharam, se esfumaçaram.

Eu andava pensando na minha vergonha e na tristeza da minha vida, quando Tauriel gritou. Apontou para mim. Deu um tapa na minha cara quando me virei.

– Aranha! - ela berrou, pegando o arco e seguindo a aranha.

– Porra, Tauriel! - apalpei meu rosto. Ela disparou e acertou a aranha. Tauriel não era ruim na mira.

– Ela estava no seu cabelo!

Bufei e cerrei meu punho. Estava tremendo de raiva. Ela já havia esgotado toda a minha paciência.

– Ali! - ela apontou. Ela estava vendo tudo. Eu estava muito distraído.

– Ali o quê? - perguntei, indo na direção em que ela apontou.

– Um orc!

Era tudo que eu queria ouvir. Precisava de algo para descontar minha raiva. Vi uma movimentação na folhagem e disparei. Estava doido para quebrar algum pescoço. Quando cheguei lá era apenas uma lebre. Eu a errei, por sorte. Não queria ter assassinado um bichinho assim sem necessidade.

Tauriel gritou. Apalpei minha cabeça. Seria outra aranha? Não! Um orc a imobilizava e apalpava o nariz agora porque ela o cabeceara.

– Tauriel! - gritei e ela se abaixou. Acertei o orc entre as sobrancelhas.

– Legolas! - ela gritou – Atrás de você!

Já virei apalpando minhas espadas. Tomei um golpe de porrete na orelha e fiquei parcialmente surdo por alguns minutos. Caí. Tauriel pulou no orc com uma voadora e saíram rolando barranco abaixo. Eu tentei me recuperar peguei meu arco tremendo um pouco e alcei uma flecha da aljava e me levantei. Acompanhei-os com o olhar, mas errei a flechada. Tauriel pegou sua espada e duelou com o orc com todo o nervosismo. Ela chutou a cara dele e ele deu uma cabeçada que a fez cair. Foi quando eu o acertei uma vez, no ombro. Ele puxou Tauriel pelo pé e girou-a. Jogou-a longe. Então eu o acertei na garganta e ele tombou.

Foi quando senti o frio nas costas. Tauriel gritou.






Tauriel






Eu tinha acabado de cair no chão quando vi Legolas acertando a garganta do orc. Estávamos salvos por enquanto.

Não. Não estávamos.

Um deles pulou atrás de Legolas e meteu a espada nas costas dele.

Legolas, não!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Comentem comentem *_*
Será que o Legolinhas ta apaixonado mesmo?!
Beijos, flores, não acho que vou demorar tanto a postar de novo, to com um pouco de criatividade! Beijos!!!