P.O.V. Katniss

Hoje é aniversario de Peeta. 25 anos, ele ainda aparenta ter seus 17, mas agora suas feições não são mais de meninos, são de um homem. Vão fazer três anos que nós estamos casados, e as vezes ainda parece que nós nem começamos a namorar, que ainda somos aquele garoto e aquela garota pintando paredes na madrugada. E eu gosto disso, eu tinha medo do que era ser casada, do que iria acontecer depois disso, mas até agora não aconteceu nada de mais.

Esse ano eu tive que me juntar a Delly para fazer uma festa surpresa para ele. Ela era a segunda pessoa que mais passava tempo com ele, as vezes isso me aborrecia, mas eu sei que eles são apenas amigos e que eu não tenho com o que me preocupar, o Peeta é meu agora, de corpo e alma. Até que a morte nos separe, mesmo nós não tendo falado isso no casamento. Está tudo muito corrido aqui, as pessoas passam para lá para cá, carregando coisas arrumando a casa e varias outras coisas nos lugares. Estamos na antiga casa de Peeta, agora casa de Delly, ela ofereceu o lugar. Eu tinha apenas perguntado a ela na semana passada se o Peeta iria gostar de uma festa surpresa, então ela me puxou para o canto da padaria e começou a falar como uma matraca sobre decoração e bolo, e tudo, e ofereceu a casa dela para que fosse mais surpresa e ela disse que iria me ajudar a cuidar de tudo. Mas eu nem tinha me decidido se era aquilo mesmo que eu ia fazer, eu estava colhendo informações, eu só tinha perguntado se ele iria gostar, mas depois que ela saiu saltitando pela padaria eu sabia que não teria jeito, eu teria que fazer a festa.

— Delly você não acha que já está bom de bolas? Não é um aniversario infantil. — eu digo. ela está pendurando bexigas no teto e nas paredes.

— Peeta é como se fosse uma criança Katniss e nós teremos crianças na festa também! — ela diz apontando para os netos de Greasy que estão brincando com algumas das bexigas que ainda não foram penduradas. todos que nós convidamos já estão aqui, só os amigos próximos do distrito, Haymitch está jogado no sofá, os filhos de Greasy estão arrumando as comidas na mesa Agenor e Alicia estão na padaria com Peeta para não mostrar suspeitas.

— O que você disse ao Peeta para se livrar do trabalho hoje?

— Eu disse que ele estava explorando de mais a minha pessoa e que eu merecia uma folga, e ele disse que eu podia ficar em casa já que ele não ia deixar a padaria aberta o dia todo hoje.

— você não acha que ele vai desconfiar?

— Não tem como saber, o Peeta pode ser bem tapado quando ele quer!

— Katniss onde eu coloco os doces? — Sam me pergunta.

— Põem em qualquer lugar! — eu digo.

— Em qualquer lugar nada! — Delly grita descendo da escada em que estava colocando as bexigas. — Coloca em volta do bolo em uma linha reta, por favor. — tenho certeza de que se fosse eu que estivesse 100% no comando só teria um bolo alguns salgados e um parabéns quando ele chegasse,acho que foi mesmo bom eu me aliar a Delly esse ano.— Katniss eu preciso de mais fita adesiva tem uma coisa no quarto de hospedes você pode pegar para mim?

— Claro! — eu digo e começo a subir as escadas, eu vim poucas vezes aqui, só quando Delly cismava de dar uma festa de aniversario para ela mesma, ou um almoço ou jantar por motivo nenhum, mas sempre que eu subo essas escadas eu me lembra da primeira vez em que estive aqui, a tanto tempo atrás quando eu vi o Peeta de toalha no quarto dele, e que esses tempo ele me confessou que havia feito de propósito, eu sorrio olhando para o quarto que agora está vermelho e sem as estrelas que Peeta desenhou no teto. Eu entro no primeiro quarto que eu penso ser o de hospedes, mas não é. Então me lembro desse quarto, quando eu e Peeta começamos a namorar e ele se mudou para a minha casa, eu estive aqui para pegar os quadros dele, mas parece que eu não peguei nem metade naquela época. O Quarto é completamente branco, sem moveis algum, a única coisa que enche aos montes esse quarto, são os quadros de Peeta, tem quadros por todo o lado, telas coloridas com diversas pinturas, mas não é isso que me choca, o que me choca é o que estão desenhados nelas, na maioria crianças, na verdade só tem quatro crianças que se repetem em vários outros quadros, as vezes sozinhas, as vezes juntas, duas a duas, três a três, duas meninas e dois meninos, um menino com cabelos cacheados loiros com olhos cinzentos, e uma menina com cabelos negros cacheados e olhos azuis, um menino com cabelos lisos e negros e olhos azuis, e uma menina com cachos dourados e olhos cinzentos, e elas aprecem para todo o canto que eu olho, percebo que estou de boca aberta então a fecho. Começo a caminhar pelo quarto olhando mais de perto, não há duvidas de que esses quadros são de Peeta, eu tiro alguns da frente para olhar os que estão atrás, e me surpreendo mais, eu acho um quadro onde se encontro eu e Peeta na campina, eu com um bebezinho de olhos cinza e cabelos dourados no colo, e ele com uma menina com seus 8 anos sentada nas pernas dele, ela se parece comigo, na verdade todas essas crianças se parecem, comigo e com ele. Elas são as crianças que Peeta tanto quer e que eu tanto temo. Mas no desenho eu estou sorrindo, eu pareço feliz.

Eu não sabia sobre essas pinturas, Peeta quase nunca fala, na verdade nunca fala sobre esse assunto, ele toca algumas vezes mas não dá continuidade quando eu o corto. Eu não sei quanto tempo eu fico olhando para os desenhos, mas acho que muito já que eu ouço Delly me chamar mas já é tarde para sair correndo dali.

— Katniss? você achou a fi...— ela percebe a porta aberta e vai até lá.— Ai meu deus! Esse não é o quarto de hospedes!

— Eu percebi! —eu digo colocando o quadro da campina de volta no lugar.

— Não era para você ter visto isso! Ai meu Deus o Peeta vai me matar!

— Desde quando ele...

— Desde sempre! Mas para falar a verdade ele tem trazido muito mais desde que vocês se casaram!

— Eu não entendo, ele sempre me mostra as pinturas dele, mas eu nunca vi essas!

— Essas geralmente ele trás direto para cá, ele sabe o quanto iria te perturbar, ele sabe que você não quer, mas ele quer tanto que ele desenha as possibilidades, os dons dos cabelos e dos olhos, a quantidade, as feições, ele cria os próprios filhos! — eu suspiro, eu não sei o que fazer em uma situação dessas. — Sabe Katniss eu acho que esse é o melhor presente que você pode dar para ele.

— Mas eu não se é o melhor presente para mim! Ele me desenhou feliz em todos esses quadros, mas eu não sei se eu vou ficar feliz! U já me acostumei com a minha vida.

— você não acha que está na hora de uma pequena mudança?

— Isso não seria uma pequena mudança! Seria uma mudança enorme, eu não sei se eu seria uma boa mãe.

— É claro que seria, você faz de tudo para proteger aqueles que você ama...

— É mas isso nem sempre dá certo não é? — eu digo severamente, ela olha para o chão. — Me desculpe. Eu não sei o que fazer nessa situação.

— Tente ver pelo lado dele! Esse sempre foi o sonho dele, casar com você, formar uma família com você! A primeira parte já está feita, e eu tenho certeza de que ele vai fazer de tudo para realizar a segunda, ele só está esperando que você se adapte a isso.

— Mas veja pelo meu lado. Eu nunca quis isso! Nada disso, eu não sei se eu estou pronta para isso, eu não sinto que eu seja capaz de cuidar de uma criança.

— você cuidou da sua irmã.

— E veja onde ela está! — eu fui rude de novo, mas dessa vez eu não peço desculpa. Eu estou certa dessa vez.

— você não se sente sozinha? Toda a sua família se resume a uma mãe ausente e a Peeta! — agora foi a vez dela ser rude, mas ela também não pedir desculpas, porque ela também está certa. — Seria bom para você ter pelo menos mais um na sua família, eu tenho certeza de que quando você estiver com o seu filho nos seus braços você vai entender.

— Eu não sei. Eu tenho que pensar!

— Leve o tempo que precisar! — ela olha em volta procurando alguma coisa, anda até um lugar e pega um quadro, ela o trás para mim virado, e só quando chega perto de mim ela o desvira. — Ele trouxe esse hoje de manha! — ela me entrega e começa a sair do quarto.

— Delly? — ela se vira.

— Não conte a ele que eu vi esse lugar!

— você vai contar?

— Quando eu estiver pronta...

— Tudo bem! Não demore para descer ele vai chegar logo.

Eu olho para o quadro em minha mão, sou eu, com uma barriga grande descoberta, e dentro da barriga ele desenhou um bebê todo encolhido, eu estou segurando a barriga com as duas mãos, não eu não segurando eu estou acariciando, e tem um sorriso em meus lábios, e uma lagrima corre pelo meu rosto. Será que é esse o meu futuro? Fazer tudo aquilo que jamais passou pela minha cabeça?

Eu coloco o quadro no lugar e desço as escadas bem devagar, cada vez que eu pisco uma das imagens vem a minha cabeça, mil opções, mil possibilidades, mil decisões confusas e embaralhadas.

— Katniss você está se sentindo bem? — Greasy me pergunta. Eu estou sentada na escada, ele se senta ao meu lado.

— Estou!

— você parece confusa.

— E você parece uma vidente! — eu rio e ela também.

— O que aconteceu?

— Eu estou pensando nas minhas opções, nos prós e contras.

— De que?

— Aumentar a família! — eu me sentia segura em conversar com Greasy, se não fosse por ela eu teria demorado muito mais a falar com o Peeta de volta.

— Ele está te cobrando isso?

— Não! Nunca! Mas eu sei que é o que ele quer, é o que ele sempre quis!

— Mas não o que você quer! Nem o que você sempre quis!

— eu já não sei mais o que eu quero, eu nunca quis me casar mas aqui estou eu! — eu digo levantando a mão com a aliança. — O que eu devo fazer?

— Eu não posso te dizer o que fazer, se algo der errado você vai por a culpa em mim! — eu rio. — Pense! Organize essa confusão que está na sua mente, você vai fazer a coisa certa. — ela diz e se levanta. — Mariliza pelo amor de Deus coloca esse vazo no lugar! Onde está o Cody e o Corry! — eles passam correndo por mim brincando um com o outro, e eu me pego sorrindo, é estranho como sempre que pensamos em crianças, quando vemos uma a vemos de um diferente.

— Ele reclamou bastante mas vai vir! — Delly diz se apoiando na escada tapando a minha visão das crianças.

— O que você disse a ele?

— Que precisa que ele passasse aqui antes de ir para casa! E ele disse que era o aniversario dele e que ele queria ir para a casa para comemorar com a esposa e blábláblá de Peeta, mas ele vai vir.

— Ele disse isso?

— Não, mas eu sei que vai, eu disse que era caso de vida ou morte. Ele sempre vem!

Eu me levanto, não demora muito e a campainha toca ela vai atender e quando abre todos gritam.

— SURPRESA! FELIZ ANIVERSARIO PEETA. — eu sorrio o máximo que consigo nesse momento e vou até ele.

— Eu não acredito nisso! — ele diz sorrindo e entra. Ele me vê e me abraça.

— Parabéns Senhor Mellark! — ele me esmaga, mas eu me sinto bem em seus braços então não me importo.

— você fez isso?

— Na verdade eu tive uma grande ajuda da Delly.

— Mas sim! A ideia foi dela! — Delly diz fechando a porta abraçando Peeta. — Parabéns maninho! — de vez em quando eles se chamavam assim o que me deixava muito mais aliviada.

— Obrigado! — ela passa pelas pessoas e elas lhe dão parabéns. Depois o empurram até o bolo que Delly fez. Nós cantamos parabéns e as crianças começam a comer os doces e como em um filme eu as vejop sozinhas como se nada mais existisse além delas, e então eu começo a pirar de vez no lugar de Cody e Corry eu vejo os dois meninos que Peeta desenhou, e no lugar de Mariliza e da filha de Agenor eu vejo as duas meninas. Eu sou tirada da minha loucura quando as mãos de Peeta tocam meu rosto, eu olho para ele, suas sobrancelhas estão franzidas e ele me olha com preocupação. — você está se sentindo bem? você está pálida!

— Estou! Eu acho que esqueci de comer foi só isso!

— Bom isso é o que não falta aqui! — ele diz apontando para a mesa que parece que foi reabastecida.

Eu tento me manter alerta as conversas, mas sempre que uma das crianças passa por mim eu me sinto dentro do quarto branco de novo.

— Bom gente muito obrigado por tudo, mas acho que está na hora de irmos não é? — ele diz pegando a minha mão.

— Mia já?

— Vocês não estão vendo que ele quer ficar sozinho com a esposa para poder comemorar o aniversario na cama?

— Haymitch! — varias pessoas dizem ao mesmo tempo.

— Mas é a verdade gente!

— Vamos ignorar o que ele disse! amanha sem moleza para ninguém viu dona Delly. Nove horas na padaria! Você precisa de ajuda para arrumar tudo isso?

— Não, eu me vira chefinho! — ela diz. As pessoas se despedem e começam a ir embora.

Já está tarde, então quando chegamos em casa eu vou direto para o banho, e quando saio Peeta vai.

— Sabe dessa vez você me pegou! — ela diz ainda no banheiro.

— você não pareceu muito surpreso!

— Eu esperava aquilo de Delly não de você!

— Mas foi praticamente ela que fez tudo!

— Eu não esperava que você nem estivesse no meio, então já foi uma surpresa e tanto. você e a Delly trabalhando juntas? Foi um ótimo presente de aniversario.

— você sempre diz que nós temos que conversar mais e nos interagir mais, então eu achei que seria um jeito de começar.

— Isso foi uma ótima ideia! — ele diz e sai do banheiro enxugando o cabelo, ele está de bermuda, e nada mais. ele se vira para mim e sorri, o mesmo sorriso que tinha no rosto do garotinho em um dos quadros, e eu não consigo mais guardar isso em segredo, ele se vira, e guarda o relógio na gaveta.

— Peeta eu vi o quarto branco na cada da Delly! — eu digo de uma vez só para não perder a coragem. Eu vejo seus músculos ficarem tensos, ele larga a toalha na cômoda e se vira para mim, acho que ele não esperava ter essa conversa agora.

— Por que ela te mostrou?— ele diz mas acho que ele estava falando sozinho porque foi muito baixo.

— Ela não me mostrou, eu estava procurando o quarto de hospedes e entrei sem querer nele.

— Era para ele estar trancado! — ele coloca a mão entre os cabelos e olha para o chão. — Katniss eu...

— Por que você não me contou? — eu interrompo. — Por que você não me mostrou? Por que estava fazendo tudo aquilo escondido, e ainda colocando Delly no meio?

— Porque eu sei o que você vai falar! Mas eu não posso evitar, é isso o que eu quero, é o que sempre quis e eu precisava ter pelo menos uma esperança, e pintando tudo aquilo eu sinto que é aquela a minha esperança eu pinto o que eu quero ter um dia! — ele esrá tentando me fazer sentir pior?

— você está me fazendo parecer a vilã aqui. A menina má que não te deixa realizar o seu sonho.

— Mas eu não penso assim, eu penso que talvez ainda seja sedo para eu conseguir te dobrar, o meu plano era fazer você querer aos poucos.

— Mas isso nunca fez parte da minha mente como você ia me fazer querer sem gerar toda essa discussão.

— você também não queria casar! Mas você aceitou! Eu não sei quando mas você passou a querer, eu achei que pudesse acontecer o mesmo.

— Peeta um casamento e um filho são completamente diferentes!

— Mas eles tem uma coisa em comum! você nunca quis nenhum dos dois! Mas veja! — ele diz quando eu começo a falar, ele anda e se senta na beira da cama a minha frente. — eu só tenho uma pergunta para te fazer. Por que não?

— você sabe porque não!

— Por que nunca fez parte dos seus planos! Mas sabe, nunca fez parte dos seus planos ir para jogos, nem sair viva deles, nem voltar para eles, nem explodir uma arena, nem causar uma revolução, nem casar comigo. você percebeu que seus planos nunca se realizam? — eu começo a falar mas ele me interrompe de novo. — Uma vez você me disse que queria esquecer o passado e começar uma nova vida. E se você colasse essas coisas na sua nova vida?

— Peeta eu não consigo pensar em ser mãe!

— Por que não? Antes eu entenderia, antes nem eu iria querer, mandar meus filhos para a colheita vê-los sofrer o que eu sofri, mas não há mais jogos vorazes, não tem porque não pelo menos pensar na hipótese.

— Peeta eu não serei uma boa mãe! Eu já cuidei de duas crianças e as duas se foram! — eu digo quase gritando mas engasgo no final pensando em Rue e Prim.

— Não foi sua culpa Katniss, você não teve cuida, você cuidou dela melhor do que qualquer um cuidaria, você manteve a Prim viva, sozinha enquanto a sua mãe estava doente e seu pai morto, você cuidou da Rue até o seu ultimo suspiro, não me diga que você não será uma boa mãe porque eu tenho certeza de que será.

— Peeta você não vê, eu quero diminuir o numero de pessoa que vão correr perigo por minha culpa, eu ainda tenho inimigos par ai, e eles ferem as pessoas que eu amo, um filho só coloria isso a prova. As pessoas são más Peeta.

— É com isso que você se preocupa! — ela diz sorrindo uma lagrima escorre do seu rosto, ele está sorrindo de verdade, ele está verdadeiramente feliz? Por que? Não estávamos discutindo aqui? — você já está protegendo alguém que você nem queria ter! — eu penso no que ele disse. E é verdade, desde sempre, eu não queria ter filhos para que eles não fossem para os jogos, eu queria protegê-los da capital, e agora, eu continuo os protegendo, mas de um outro perigo, eu sempre pensei neles, em protegê-los como se de certa forma, eu pensasse em tê-los e em sempre mantê-los seguros, e por isso eu não os quis ter de verdade. Ele percebe a minha confusão mental. — Katniss você não está mais sozinha. Eu estou aqui. E eu também vou lutar até o meu ultimo suspiro para protegê-los se nós os tivermos, eu vou estar com você, você não acha que está na hora de começar a tentar?

— Peeta eu não sei, eu... eu não sei...— Mas na verdade eu sei, eu passei o dia todo olhando aquelas crianças brincarem, eu senti algo além de confusão quando eu vi os quadros de Peeta, eu não ficaria mais sozinha, eu teria uma família de volta, assim como Delly me disse, eu só não sabia se eu estava pronto para isso. — Eu não sei se eu sou capaz de...

— Por favor! Vamos pelo menos tentar, eu sei que você vai ser capaz. Eu vou estar com você sempre! Sempre. — sempre é uma palavra muito forte para nós. — Por favor! — ela diz eu olho para ele seus olhos se fixam nos meus, e eles me atingem de um jeito que não consigo explicar. Olhando para aquela imensidão azul, uma imagem vem a minha mente, a imagem da garota de olhos azuis e cabelos negros e do garoto de olhos azuis e cabelos negros, o quadro da campina segue essa imagem e eu foco no meu rosto feliz segurando o bebê loiro, e a imagem termina com o quadro que Peeta levou hoje, de mim grávida e chorando de felicidade segurando minha barriga, com o bebê, o meu bebê. E Talvez eu pudesse ser mais feliz daquele jeito, do mesmo jeito que eu achei que eu não seria feliz casada e eu estou sendo, talvez eu seja feliz com um filho. Mas eu ainda não tenho certeza absoluta disso, mas eu não vou saber se não tentar. — Por favor. Só uma vez, só uma garota ou um garoto! Por favor! — ele se aproxima e seus olhos ficam maiores e mais perto, e eu me foco neles e em mais nada. —Por favor! — ele diz e me beija levemente. — Por favor! — ele repete isso em meio os nossos beijos, e quando ele percebe que ganhou o que queria, ele para de dizer e passa a me beijar mais intensamente, e quando eu vejo já estou deitada com ele por cima de mim. — você não sabe como está me fazendo feliz nesse momento Katniss! — ele volta a me beijar. E as coisas começam a esquentar e por alguns momentos eu esqueço de porque estamos fazendo isso e me concentro somente no momento. E só quando termina que eu percebo que é real, nós não usamos proteção alguma, essa foi a primeira tentativa para algo que eu jamais quis ter, mas que talvez seja bom para mim. Eu só não sei se eu serei capaz de fazer tudo isso. Mas eu ainda tenho um tempo para me acostumar com a ideia, não vai acontecer logo de cara na primeira tentativa.