O Recomeço do Sempre escrita por Bru Semitribrugente


Capítulo 12
Respira Peeta, respira


Notas iniciais do capítulo

Ola, talvez esse capitaulo tenha ficado um pouco vazio, é porque eu estava empolgada escrevendo a fic de TAYNIP ai eu me lembrei que eu tinha que postar essa ai eu parei de escrever e comecei a escrever essa. Eu ja estava no embalo de Taynip. demorou um pouco para eu me acostumar de que não era mais Katniss e Peeta, e sim Taylor e Catnip, então eu podia colocar quanto mel eu quisesse mas eu consegui ( quem não leu as minhas outras fics não não entender essa parte)
em fim espero que gostem.
pov Peeta.



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P.O.V Peeta.

Parecia que a minha cabeça ia explodir, e quanto mais eu lutava contra as visões mais ela doía, ardia por dentro, queimava o fundo dos meus olhos, e flashbacks me invadiam a cada segundo. Eu fazia de tudo, tentava pensar em coisas felizes, tentava fazer todas as terapias de que o doutor me falou, tentei até a terapia de Finnick com os nós e por um tempo funcionou, mas só por um tempo. E o que causou isso? Eu não fasso ideia. Eu estive controlado por tanto tempo durante aquele dia, não entendo, eu achei que finalmente pudesse ter dado uma trégua, mas não foi isso que aconteceu, está pior dessa vez muito pior.

Depois que deixo Katniss em casa eu corro para a minha e tranco a porta.

— AAAAAAH! — tudo na minha mente doía, minha visão some, estou no escuro de volta, eu pisco tentando recuperar a visão mas nada acontece. Eu tropeço na mesa da sala e caio em cima de um vaso, uso a mão para amortecer a queda, mas acaba sendo pior porque minhas mãos vão ao direto encontro com os cacos do vaso, piorando em muito os meus machucados. Sei que esbarro em mais varias coisas, mas eu não consigo voltar a enxergar. É o som do telefone que me trás de volta a realidade, minha visão volta, vejo o estrago, minha cabeça ainda dói, olho para o relógio, já é noite, deve ser o doutor, atendo o telefone correndo.

— Alo? Ahhhh! — minha cabeça lateja.

— Peeta?

— Doutor? O que está acontecendo comigo? AAAAAAAAAAAAH!

— Peeta, eu preciso que você respire! Respire Peeta.

— Não dá. Minha cabeça! Ela vai explodir!

— Não ela não vai! Isso é o que ele quer que você pense.

— Ele quem Doutor? AAAAAAH eu não vou aguentar!

— A outra parte Peeta, a parte que não é você, ela está tentando tomar o seu lugar, não a deixe fazer isso.

— A culpa é dela! — eu estou me sentido ficar cada vez menos, como se estivesse me encolhendo dentro de mim mesmo, para dar espaço para a outra parte.

— Não, não é! Vocês dois tem um inimigo em comum, a pessoa que fez isso com você, ela está morta. A culpa não é da Katniss, é dessa pessoa que está morta o trabalho dessa parte sua, de matar o culpado já foi feito, ele era o culpado e ele está morto.

— AAAAAAAAAAAAAAAH a minha cabeça doutor! Dói muito. Se eu parar de resistir vai parar de doer!

— você não quer que aquela parte venho Peeta! Você não quer, eu sei que deve estar doendo, mas você tem que resistir!

— Eu não consigo mais! Me ajuda doutor! — a dor faz lagrimas escorrerem dos meus olhos, eu vejo imagens de Katniss matando pessoas, me matando, eu sei que não é real, mas dói saber disso, quanto mais eu luto para parar, mas a outra parte luta para vir, e essa luta toda faz as veias no meu cérebro estourarem.

— Peeta eu preciso que você respire, vai desacelerar o seu coração, e vai te acalmar. Respire!

Eu tento, respiro, mas em cada respiração eu vejo mais coisas, vejo mais coisas falsas, e saber que elas são falsas não estão ajudando em muito.

— Tente manter os olhos abertos Peeta, vai evitar que o escuro te preencha. Abra os olhos.

Eu os abro, mas tudo o que eu vejo são borrões misturados a imagens que eu não quero ver.

— Pense em coisas felizes, faça essas coisas ocuparem aquilo que você não quer ver.

Pensamentos felizes, os mais recentes, quais foram? Eu sei qual foi, foi aquele que me trouxe de volta. A visão de Katniss segurando Mariliza, e sorrindo, me fez vem quem sabe talvez, uma premonição do futuro, Katniss segurando uma criança, um futuro, eu sei que ela não quer ter um, e imaginar que aquele pudesse ser o seu, me fez sentir feliz, eu respiro enquanto imagino Katniss com a criança no colo, mas não é mais Mariliza, é uma criança, um bebê loiro, com cachos, e olhos cinzentos, uma mistura minha e dela, o nosso filho.

Minha respiração se normaliza, minha visão volta, meu coração desacelera. Eu estou de volta, por quanto tempo eu não sei.

— Peeta?

— Estou aqui! Eu!

— Que bom. Que pensamento foi esse que te trouxe de volta tão rápido?

— Katniss saiu hoje! — eu digo enquanto olho para a destruição em minha casa.

— Eu sei, falei com ela agora pouco.

— Ela pegou a neta de Greasy Sae no colo. E eu imaginei, ela segurando outra criança no colo. Um bebe loiro com olhos cinzentos.

— O filho de vocês!

— Idiota não?

— Funcionou não foi?

— Sim!

— Peeta estou preocupado com essas visões, elas não costumavam estar tão intensas, acho que seria bom você dar uma passada aqui para fazermos um checape.

— Sem chance!

— Vai ser melhor, assim eu vou estar atualizado com o que está acontecendo com a sua mente.

— Eu estou bem não está vendo.

— Você não estava segundos atrás.

— Eu não vou voltar para o hospital, principalmente o da capital, as lembranças são fortes demais, ao em vez de ajudar vai piorar tudo, é só você m dizer o que eu tenho que fazer.

— Katniss me contou sobre seus olhos, se está tão visível até para as pessoas você deveria vir.

— Ela te contou o que?

— Sobre seus olhos, sobre as pupilas, aquilo que eu te contei sobre tudo o que é obscuro fica melhor no que é obscuro, seus olhos estão mostrando a confusão em sua mente. Eu quero que você venha para que eu possa te ajudar.

— você já me ajudou muito. Obrigado! — eu desligo.

Katniss tem falado com ele sobre mim, ou melhor, sobre a minha saúde mental, se ela esta percebendo os meus olhos quer dizer que ela sabe que eu não estou tão bem quanto digo que estou.

Vou para o banheiro e tiro as ataduras encharcadas de sangue limpo os cortes e coloca ataduras novas, me olho no espelho, tem sangue no meu rosto, de segurar a cabeça com as mãos ensanguentadas, olho bem nos meus olhos, nas pupilas, faço um teste, penso em uma das lembranças criadas pela capital, minha pupilas se expandem, eu resisto e elas se contraem. Isso não é bom. Agora qualquer um pode saber como eu estou.

Vou dormir com a luz acesa, porque me lembro do que o doutor disse, o que é obscuro fica melhor no que é obscuro. Durante todo o tempo em que eu não pego no sono penso na cena, dela segurando o nosso bebê, e ela me faz dormir a noite toda.

De manha tomo banho e saio. Deixo alguns pães na casa de Haymitch que estava apagado no sofá. E vou para a casa de Katniss, quando ela abre, eu não sei o que dizer. Entro e evito o máximo o seu olhar enquanto cozinho.

— Peeta? — eu não me viro.

— Sim?

— Você está bem?

— Por que está perguntando? — me certifico de que ela não esteja olhando para mim, mas não acho que seja por isso, não estou tendo nada. Nenhuma recaída.

— Falei com o doutor Aurelius ontem. Ele me disse umas coisas, sobre você, sobre a sua saúde na verdade. — tiro a panela do fogo e desligo. Me apoio na pia e respiro fundo, não é outra recaída, é nervosismo mesmo. — como você está?

— Eu to bem. — ela se aproxima.

— Isso não é verdade, eu vejo nos seus olhos, literalmente, ontem eu vi. Por que você não me conta como você está?

— Porque eu não sei como eu vou reagir te contando essas coisas, e eu não quero que aconteça nada que não deve acontecer, principalmente agora, você está melhorando, e eu não quero estragar esse processo.

— você me ajudou muito! Por que você não me deixa te ajudar agora?

— Porque eu não quero que você se machuque! Eu não sei o que eu sou capaz de fazer!

— você não é capaz de fazer nada, a outra parte que é, o doutor me explicou isso também, eu sei que não é você.

— Se eu te contar e eu acabar reagindo mal pode ser que eu tente te matar de novo!

— Não vai ser a primeira vez que alguém tenta me matar!

— Eu não quero te machucar!

— Então não me machuque você é forte o suficiente para afazer isso, eu sei que é. Você mesmo me disse alguns meses atrás, que nós ficaríamos mais fortes sendo fracos juntos! Um ajudaria o outro, você me ajudou, por que você não me deixa te ajudar agora? — eu respiro fundo.

— você quer dar uma volta? Andar ajuda um pouco.

— Claro!

Nós saímos e andamos por um tempo, sem mãos dadas, sem nada.

— Você vai me contar?— ela pergunta depois de um tempo, acho que ela percebe que eu estou enrolando.

— Se você vir meus olhos... Prometa que vai se afastar de mim. Não só agora, mas sempre! Prometa que não vai estar por perto quando eu...

— E se você precisar de ajuda?

— Prometa, ou então eu não contar nada.

— Tudo bem eu prometo. Como que funciona.

— Eu vejo coisas, coisas falsas, que não existem, imagens criadas pela capital, e imagens que o veneno me faz imaginar, são coisas horríveis, são coisas sobre você. — eu dou uma pausa para ver a sua reação, ela me olha, não com pena, nem com medo, mas como se eu fosse seu treinador, e estivesse ensinando algo que a faria sobreviver. — Eu fico no escuro, não enxergo nada alem das visões, e é por isso que as minhas pupilas dilatam. Quanto mais eu tento resistir pior é parece que tudo isso faz muita pressão no meu cérebro, o doutro me explicou que quando muita pressão é feita no cérebro as veias pequenas e insignificantes estouram, não causam dano nenhum além de uma dor insuportável. E quanto mais eu resisto mais dói, e teve vezes que eu parava de resistir, porque a pressão diminui e para de doer, mas era quando eu estava a milhares de quilômetros de distancia de você quando eu sabia que não podia te causar mal, mas agora não posso desistir, porque você está aqui, e eu também.

— Não existe cura?

— Os médicos estão trabalhando nisso, mas já me injetaram tanta coisa que acho que meu corpo criou alguma resistência a qualquer coisa que possa me curar. — ela fica em silencio por um tempo.

— O que houve com as suas mãos?

— Resultado de uma recaída.

— Está sangrando você deveria ir ao médico.

— Eu não sou muito fã de médicos e hospitais.

— Por quê?

— Porque quando eu estava sendo torturado na capital, toda a noite eu era levado para o hospital, onde faziam os métodos mais dolorosos de cura rápida, para que pudessem me torturar de volta depois.

— Isso tudo é culpa minha! Se eu tivesse simplesmente enfiado aquelas amoras na boca você não estaria sofrendo desse jeito. — sua voz falha eu olho para ela e ela está chorando.

— você realmente acha que eu teria deixado você comer aquelas amoras?

— você nem teria visto, era simples, mas eu não fiz, porque eu sou egoísta eu queria viver, e eu não queria te matar, eu não medi minhas conseqüências, e aqui elas estão ver você sofrer por minha culpa. — as lagrimas enchem seu rosto nós paramos de andar.

— O que você acha que teria acontecido se você tivesse comido as amoras?

— Eu estaria morta, você vivo, e todo mundo que morreu por minha culpa também!

— você realmente acha que eu estaria vivo? Eu teria enfiado a flecha que estava na minha perna no meu coração e teria morrido antes mesmo do aerodeslizador aparecer.

— Pelo menos você não estaria sofrendo desse jeito

—Verdade. Eu sofreria muito mais em ver você morta por minha culpa. Como estaria Panem se você tivesse comido as amoras? Provavelmente mais duas crianças iriam morrer esse ano, e no ano que vem e no outro e no outro, porque a capital ainda estaria de pé, Snow ainda estaria de pé, e para que serviria a sua morte? Uma prova de um amor que nunca existiu salvar alguém com que você nem se importava? — ela me encara, as lagrimas ainda descem por seu rosto, sua expressão é de decepção.

— É isso o que você pensa que eu fiz? Eu poderia ter simplesmente te matada se fosse assim! Se eu pensasse do jeito que você acha que eu pensei, mas eu não o fiz. Eu não acreditava que a capital pudesse ter te mudado tanto. Eu estava errada. — ela sai correndo de volta para a vila.

O que foi que ela disse? Eu ouvi errado ou ela acabou de declarar alguma coisa para mim?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
e recadinho já sei quando TayNip vai estrear. DIA 21 DE JANEIRO, vou postar o link aqui. já tem o nome, a capa, e alguns capitulos,
já a de percy jackson eu acho que vai ficar mais para fevereiro. Mas eu já sei tudo o uq é para acontecer nela.
eu repostei os capitulos que eu tinha escrito no outro computador quem quiser dar uma olhada.
espero que gostem de tudo, e comentem!
adoro vocês