Facção. Dos. Perdedores escrita por jonny gat


Capítulo 88
Reencontros e desencontros cíclicos.




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Frota não tinha dinheiro para pagar seu cachorro-quente, estava desempregado.

— E você, senhor Molly? – perguntou Picone. Estava se mostrando extremamente pão duro desde que tinha se tornado o protetor da Terra.

— Eu sou velho, sabe, a aposentadoria não é o suficiente pra cobrir minha alimentação. É essa coisa de reforma da previdência.

Picone teve que ceder às pressões sociais mesmo sabendo que o velho provavelmente tinha bastante dinheiro guardado em algum lugar. Porque ele era velho e tinha um tapa-olho. Ele parecia ter tudo que precisava. Pagaria para o velho para mostrar o quão educado era, apenas por isso, porque não queria nem um pouco bancá-lo.

Frota encontrou uma coisa em seu bolso enquanto em busca de algumas moedas. Por algum motivo esperou Picone se distanciar para verificar o que era. Não queria tirar ali dinheiro quando o rapaz estava pronto para pagar pelo seu lanche. A lanchonete era bem chique, o cachorro quente não era tão gostoso quanto o preço dizia ser. O preço dizia ser o melhor cachorro-quente do continente. Ele não queria comer cachorros-quentes nesse continente mais se o melhor gosto for esse. Quer dizer, nada contra o gosto, mas não valia todas aquelas pratas que ele não tinha.

Parecia um aparelho de reprodução de música que ele não reconhecia. Ele encostou e fez um barulho estranho, uma sílaba estranha ecoou na sua cabeça. Era um símbolo, mas por algum motivo ele sabia que representava uma sílaba. Qual era? Que símbolo era esse? Ele entendeu a sílaba depois que ela ecoou um pouco mais. Encontrou o lugar certo dentro da cabeça de Frota e se aconchegou lá, Frota estava de bem com isso. Ele e o símbolo conversavam um pouco e o rapaz de óculos escuros entendeu o que a sílaba queria dizer. Assim que tinham se entendido, as atenções foram voltadas para Picone que voltava entristecido por ter gastado tanto numa refeição que não foi tão saborosa.

— É por isso que não como em franquias de fast-food – disse Molly, percebendo o arrependimento nos olhos do protetor da Terra.

Frota colocou de volta no bolso o tocador de música.

Picone não se sentou, mas estava nesses momentos de estática.

— O que devo fazer para deter o mal? – O rapaz estava abalado depois de ir ao caixa pagar o lanche. Uma bola de neve de coisas ruins se formou na sua mente e agora estavam sendo analisadas pelo seu cérebro ansioso. Ele lembrou que devia proteger a raça humana, mas não sabia agora.

— Que mal? – perguntou Frota. Sentiu como se estivesse perguntando e já soubesse a resposta, foi estranho.

Molly olhou para baixo, pareceu decepcionado com o mundo por ter estar acabando. – Eu não sei... O mundo vai acabar...

— Você acha que aqueles caras que nos atacaram mais cedo são os que vão destruir o mundo? – perguntou Frota. Deveria ter se surpreendido essa súbita revelação do fim do mundo, mas sentiu que já sabia daquilo.

— Parte de nossos inimigos eram agentes maléficos desse governo opressor – disse Picone, esquecendo que até pouco tempo também era um.

— E o outro, o que por último você batalhou, é um Vril inimigo que já batalhei. Eu não esperava...

Frota pareceu surpreso, só um pouco, Picone bastante.

— Eu o derrotei, não há o que se preocupar. As pessoas do mundo estão bem protegidas agora. O mundo não acabará em minha vigia.

Picone pôde ter aceito a responsabilidade de proteger o universo, mas sentia que não tinha noção do que estava lidando. Nem ele conseguia ter essa noção, apenas seu mestre, com aquele olhar que podia olhar tão distante.

— Nós viemos aqui para derrotar aquele jovem... Cracker – lembrou Molly, com dificuldades. Estava cansado. Tantas coisas aconteceram naquele dia.

— A Anciã sentiu outras forças malignas dos Confins do Universo, mas não consigo contatar Shangri La para retornar ao Templo.

— Então não sabemos o que e onde estamos sendo atacado. A Terra pode acabar a qualquer momento.

O Sol estava se pondo. O que fariam amanhã?

— Tenho esse teleportador ainda – disse Picone, mostrando-o para todos.

— De volta para Shangri La? – disse Molly. – Não faça isso, você nem sabe se ele ainda está lá.

— Não diga asneiras, ele sempre esteve lá. Sempre estará.

Molly realmente não gostava da arrogância que o rapaz demonstrava em alguns momentos. Achava que ele sequer conseguia reconhecer essa arrogância. Era apenas tolice.

— Existem coisas que não podemos entender, entretanto – disse Molly.

Picone não parecia convencido.

— Não faça isso – disse Frota. – Não podemos perder você. – Fez um apelo um tanto sentimental para um personagem que tinha acabado de conhecer, Picone sentiu-se tocado pelo apelo do rapaz e decidiu não fazê-lo. Ele não podia se arriscar assim cegamente. Se ele não estivesse para proteger o universo, quem estaria? Era necessário.

— É verdade.

Nossos personagens estavam incomodados com a situação. Estavam para enfrentar a destruição do mundo, mas não sabiam como enfrentá-la ou se sequer eram capaz de enfrentá-la. Essa ameaça misteriosa.

Esse é um daqueles momentos estranhos da história que o autor não sabe para onde levá-la sem que tudo fique muito estranho. Ele fez isso muitas vezes nessa série e prefere prevenir que elas aconteçam novamente.

O que nossos personagens estavam sentido?

Molly estava sentindo, por algum motivo, um extremo vazio dentro de si mesmo.

Picone estava sentido uma grande responsabilidade e sentia a necessidade de procurar por essa ameaça misteriosa.

Frota estava incrivelmente se sentindo contextualizado com toda a situação. Ele não se sentia nada estranho. Como estava tudo bem, estava tudo bem em ir para sua casa alugada e dormir, né? Não ia pra lá há tanto tempo, desde o primeiro capítulo provavelmente. Esteve dormindo no barraco de Xupa Cabrinha por muito tempo e desfrutado da companhia muito chata daquele Xupa Cabrinha com amnésia.

Apesar de tudo, foi Molly que despediu-se: - Eu vou pegar o ônibus... Hã... Vejo vocês depois. Qualquer coisa, me liguem.

— Tchau, velhote, foi bom te ver. Vamos nos ver depois.

Molly deu um breve sorriso. Algo de bom tinha acontecido no seu dia, algo realmente muito bom. Sentiu um forte “eu te amo” vindo escondido nas frases do rapaz de óculos escuros, abraçou esse eu te amo e disse com seu aceno de despedida que amava o rapaz também.

Picone ficou apenas observando e quando lembrou que também tinha que se despedir seu aceno não chegou aos olhos do velhote porque já se encontrava fora da casa.

— Agora ele é o mais velho da gangue – disse Frota.

— Sim – disse Picone. Não tinha tristeza acumulada por conta da morte do seu mestre, mas não se sentia bem para falar assim do assunto da forma que Frota mencionara. – Frota, não é, meu caro companheiro? Não pude cumprimentar-lhe devidamente durante esse dia corrido. Prazer por tê-lo conhecido.

— O prazer é todo meu. – Frota estava começando a se incomodar pelo fato de Picone permanecer em pé, mas logo depois de cumprimentá-lo de volta teve o prazer de vê-lo sentado em sua frente.

A lanchonete não estava muito cheia porque as pessoas tinham alimentos mais saborosos para por em suas bocas, seja em casa ou em outras lanchonetes. Tinham realmente escolhido uma que se destacava pelo pior cachorro-quente possível de ser feito.

— Então, quem é Frota? – Fez essa pergunta estranha que não deve ser feita a não ser em entrevistas de emprego. Não devia ser feita em entrevistas de emprego também. Frota não saberia responder esse tipo estranho de pergunta, não nessa situação. Daria o seu jeito numa entrevista de emprego, mas esse não era o momento para fazer esse tipo de pergunta estranha. Estava preenchido de desconforto.

Picone não tinha motivo algum para fazer essa pergunta e só fez por falta do que mais dizer. Isso funcionava geralmente quando estava cantando as outras senhoritas da boate.

Não teve que encarar a continuação do diálogo porque no momento que olhou mais a fundo da loja, um homem incrivelmente forte com um olhar matador e heroico mostrou-se presente no estabelecimento. Tinha enfrentando quinhentos inimigos na Nova Zelândia e ganhado a guerra para os Estados Unidos e estava lá porque era o final do filme, iria tomar o seu cachorro quente e voltar para a sua vida normal. Fim.

Picone percebeu rapidamente a forte presença do rapaz e se sentiu incomodado demais para continuar ali. Retirou-se para o banheiro lentamente porque não queria mostrar que era devido ao recém-chegado que estava se retirando.

Frota ficou feliz por reencontrar Robin e Robin não pareceu nem um pouco feliz, continuava parecendo muito imerso na atuação do filme Herói de Guerra 3: Guerra Fria A Vingança para mostrar qualquer reação.

— Venha comigo, homem, temos que procurar um lugar próprio para conversarmos.

Frota não sabia se estava tudo bem em sair sem antes se despedir de Picone. Imaginou que ele entenderia. Saiu para a rua iluminada com aquelas lâmpadas caras que iluminam quase nada e precisam de uma voltagem diferente das lâmpadas mais comuns e amarelas. Alguns poucos veículos passavam pela rua em uma velocidade bem devagar, grandes prédios estavam ao redor. Todas as lojas estavam fechadas.

— Podemos conversar aqui? – perguntou Frota.

— Acho que sim – dessa vez, Robin respondeu e olhou para Frota. Viu que o amigo também estava feliz em revê-lo.

— Por onde esteve? – Frota estava pronto para correr pra abraçá-lo lá dentro da lanchonete. Ainda queria, só que agora parecia meio estranho. Estava numa situação tão séria que abraçar não cairia bem no contexto, apesar de não saber bem que situação era essa. Quer dizer, sabia. Era complicado. Ele sabia, mas não sabia como sabia e ao mesmo tempo não sabia o que realmente era, só que sabia de algo e isso dava o efeito que já tinha ideia do que seria dito por Robin.

— Não sei se aqui é seguro o suficiente, mas podemos conversar – disse, e pausou, olhando pro chão e virando-se de novo para Frota. Conversas sérias devem ser feitas cara a cara, só esses heróis sem graça de filme que não querem revelar sua identidade que conversam de costas para seus informantes na polícia. – Eu estive treinando, como eu tinha te avisado que era pra onde eu iria. E você, o que andou fazendo?

Era uma pergunta difícil para Frota. – Durante muito tempo eu não fiz nada – e tentou escolheu palavras para o que tinha acontecido no último dia – hoje eu não sei o que aconteceu. Algo bem maluco aconteceu. Como foi o treinamento?

— Foi bem normal por um tempo. Aí o líder do clã apareceu e várias coisas malucas aconteceram. Entrei em coma, fui derrotado por um inimigo poderoso, descobri meus poderes, salvei minha vila, derrotei um inimigo sem que eu tivesse ciência que era um inimigo... A última semana foi meio estranha.

— Nossas histórias são parecidas – disse frota, o vento leve da noite batendo em seus cabelos, o que o incomodava muito. Entretanto não se sentia incomodado por isso nessa situação em especial.

— Eu viajei bastante – disse Robin.

— Eu também – disse Frota. – Acho que fui pra outra dimensão ou algo assim.

— Outra dimensão... – pensou Robin. Era estranho, durante os últimos dias desde que acordou não tinha se lembrado do chip em sua nuca. Poderia ter usado o teleporte pra se locomover, mas por algum motivo isso não parecia certo agora que tinha se lembrado dessa habilidade. Ele já se sentia realizado com os poderes que tinha adquirido, o teleporte era uma técnica que apenas recorria no Robin antigo. Ele era um Robin novo. – Faz muito tempo que eu não me teleporto.

— Faz muito tempo que eu não uso minha luva. – Não teve realmente a chance de batalhar ou de utilizar sua luva nos últimos capítulos. As situações de perigo que ocorreram estiveram fora de controle demais para que fosse útil. Quase foi útil na batalha contra Terry. A luva serviu para amedrontá-lo mesmo Frota não a tendo ativada.

— Eu ganhei poderes novos – disse Robin. Frota não tinha uma informação parecida com essa pra dizer, era apenas um ser humano comum e não liberaria novas habilidades com o decorrer da história.

— Como são?

— Eu consigo voar, foi assim que viajei de onde treinei até aqui. Era bem distante.

— Uau – Frota achou bacana.

Um táxi passou numa velocidade muito imoral diante deles e apenas observaram, nesse momento de casualidade e conveniência na vida deles depois de tantas coisas bizarras e sobrenaturais. Quem diria que mesmo depois de terem presenciado tudo que presenciaram nessa vida ainda estariam ver táxis ultrapassando a velocidade limita da via urbana e sendo parado na frente por uma viatura policial para levar uma multa e alguns pontos na carteira?

Já tinham presenciado coisas estranhas em suas vidas, mas foi em uma época distante. Tinham visões diferentes do mundo do que as que têm hoje.

 Frota escapou da prisão e queria viver, apenas viver, livremente. Não ligava se fosse viver normalmente ou viver sendo amaldiçoado pela energia escura. Foi amaldiçoado pela energia escura, encontrou Molly, encontrou Mario, foi curado... Encontrou Robin e com ele buscou uma vida normal.

Robin escapou do laboratório que era feito de cobaia para viver livre, apenas viver. Não ligava se fosse viver nas ruas ou se fosse viver normalmente. Foi amaldiçoado pela carnificina e lei da rua. Perdeu os amigos que escaparam consigo, perdeu o lugar que chamava de casa... Encontrou Frota e com ele buscou uma vida normal.

Ambos nunca tiveram um lugar onde realmente pudessem chamar como casa por tempo o suficiente para que pudessem se curar das brutalidades e das injustiças que viveram. Robin teve as ruas, turbulentas demais para conseguir planar seu caminho durante o que deveria ser a primavera da sua vida. Suas folhas e flores não conseguiam florescer naquele clima predatório. Robin teve sua casa quando chegou ao alto escalão do crime organizado, sendo um assassino. Tinha o breve sentimento de segurança e afeto às pessoas daquela cidade que julgava estar fazendo bem. Perdeu o seu lugar na sua cidade de um dia para o outro...

Frota teve também as ruas. Cruéis, que o exploraram. Teve a prisão, que não foi melhor que as ruas... Conseguiu escapar rápido, para o seu próprio bem. Molly, um velho, lhe deu asilo. Uma grande confusão e uma jornada pelo tempo-espaço de um viajante no tempo que queria matar o seu pai para dominar o mundo enquanto dizia aos outros que queria na verdade salvá-lo rompeu com sua gentil rotina com o careca.

Os rapazes encontraram um lar um no outro onde viveriam suas rotinas de gente normal onde buscariam paz. Não demoraram pra descobrir que não é na vida comum que se encontra paz, ela também não é feita pra isso.

Robin tinha dificuldades para dormir em dias quentes, acordava a cada hora por desconforto. Certa noite, pouco antes de terem visitado Xupa Cabrinha, cansou-se de não conseguir dormir tanto que se esqueceu do cansaço acumulado das longas horas seguidas do trabalho do início da semana. Era quarta-feira. Frota gostava de chá, Robin nem tanto, mas tomou o costume por morarem juntos. Quem acordava mais cedo arrumava o chá, então Robin foi lá arrumar.

A luz caiu e não conseguiu mais fazer seu chá. Desistiu daquilo tudo, estressado – estamos falando do Robin do passado, com baixo temperamento –, aderiu à ideia de beber água e comer miojo cru no café da manhã. Enquanto encontrou certa dificuldade pra cortar os pedaços duros de miojo Robin percebeu que a vida comum não era feita pra encontrar paz. E como a vida maluca também não era, pois foi essa versão da vida que esteve experimentando desde cedo, a vida não era feita pra encontrar paz. Estava saturado das longas horas de trabalho e das desventuras que se encontrava na rotina de um homem comum que tentava fazer algo da sua vida. Talvez assim seja mais fácil entender o que levou o rapaz a convencer a si mesmo e o seu companheiro de aluguel a visitar o conspirador de terno branco.

Eles queriam aquela vida de volta, e queriam pedir ao outro para que voltassem àqueles dias. Eram estressantes, mas... Havia esperança de que encontrariam paz, algum dia, se voltassem a procurar empregos cujos patrões os explorariam e comeriam miojo cru de manhã. Só que não existia maneira de se livrarem do caminho que tinham entrado agora. Que caminho era esse? Como sabiam isso? Eles tinham essa convicção, e o que mais irritava os rapazes era que não sabiam o que estava acontecendo e nem sabiam como estava acontecendo. Frota não podia pedir a Robin para que voltassem ao apartamento antigo assim como não podia abraçá-lo agora.

— Eu tenho que te dizer algo, mas não sei como te dizer – disse Robin.

— Eu também – disse Frota, iria dizer que sabia o que o rapaz iria dizer sem saber o que rapaz iria dizer.

— Eu não sei o que estou pra dizer ou porque eu te disse pra chamar aqui. Não sei de onde vem esse clima sério. Não sei de nada... Estamos aqui agora e tenho algo pra te dizer, só não sei o que.

— Eu sei o que você vai dizer – revelou Frota.

— E o que é? – Robin ficou curioso.

— Eu não sei. É como você, eu sei o que você vai dizer sem que eu realmente saiba o que você vai dizer.

— Estamos em situações parecidas – disse Robin.

— Sim – Frota concordou.

Robin ficou procurando o que era que tanto precisava dizer que era tão sério e importante.

— Desde hoje sinto que estou fazendo parte de algo muito importante. Alguma coisa tipo...

— Salvar o universo? – completou Robin. – Sinto-me assim desde que reacordei depois de ser derrotado pelo inimigo que te falei. Eu nem sei o que é o universo.

— É, eu também, amigão. – Era bom que seu amigo também se sentisse assim, porque assim poderiam se entender. – O que me incomodava é que eu nem sei o que podemos fazer pra salvar o universo, ou do que. Quer dizer, é aquela coisa. Eu sei sem saber.

— Nenhuma ideia?

Frota se lembrou da sua viagem à outra realidade.

— Quando eu fui a outra dimensão o mundo lá parecia estar em seu fim. Não existia vida, encontrei poucas pessoas lá. E essas pessoas pareciam estar fugindo sempre da ameaçada de serem atacadas.

— Do que?

— Uns robôs estranhos e redondos nos atacaram. Tudo ficou bem. – Lembrou-se do outro Molly. – Eu acho...

— Nós não vamos lutar contra esses robôs, disso eu consigo ter certeza. Vamos lugar contra alguma coisa parecida com eles.

— Outros robôs?

— Não... – Robin pareceu com dificuldade de saber encontrar a palavra certa. – Alguém.

Não deixou nada esclarecido para o jovem de franja. Cada pessoa é alguém.

— Não sei como, mas relaxa... Eu, essa certeza cega. – Foi interrompido pelo herói. – A flecha da justiça dentro do coração do guerreiro mais poderoso dessa galáxia deixar-me-á sábio de quando cruzarmos com esse sujeito. Não será uma batalha fácil, prepare-se, Frota!

— Hã...

— Isso também está acontecendo ás vezes.

— Tudo bem. – Frota não estava no estado de achar as coisas estranhas. – O que vamos fazer até lá? Voltamos pro Xupa? Eu não sei o caminho, parece que faz tanto tempo que não vou pra lá.

— Não... Eu me encontrei com Xupa, ele só vai nos deixar com mais dúvidas. Vamos por aí, vamos fazer umas coisas.

— Ah, ok – Frota concordou.

— Eu posso... Te carregar? – perguntou Robin, tímido.

— Como assim?

— Te carregar pra voarmos juntos.

— Pode. – Frota gostou da sugestão.

Voaram juntos pra fazer suas coisas antes de encontrarem seu inimigo final.

— Nós vamos salvar o universo? – perguntou Robin, enquanto voavam.

Frota não sabia responder esse tipo de pergunta. – Não sei – respondeu, nos braços de seu homem.


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