Facção. Dos. Perdedores escrita por jonny gat


Capítulo 18
Se alguém é forte: é porque dormiu muito.




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Caso perguntássemos a uma criança o que ela deseja ser quando crescer, a resposta é quase sempre a mesma. Médica, Professora, Bailarino, Veterinário, Pedófilo, Astronauta... Porém havia uma criança que pensava diferente. Descreveu seu modo de pensar com uma redação ao primeiro dia de aula.

A professora de redação, entediada com aquele bando de crianças baderneiras, apenas esperou para que um ou outro entregasse o relatório em questão. Já sabia o que teria de avaliar, e provavelmente teria de lidar com enormes erros gramaticais. No entanto, como era uma avaliação de redação, pouco iria importar-se com gramática. São crianças, pensou, do terceiro ano, concluiu.

De fato apenas metades daquelas crianças sabiam escrever, o restante limitava-se a bagunçar a sala e fofocar. As fofocas eram bobas, de crianças. No entanto a fofoca que a professora de redação contara para os outros professores durante o intervalo não era tão boba assim. Nunca anteriormente pensara que uma criança, daquele tamanho, teria um pensamento tão perplexo e obscuro quanto aquele. Um pensamento de fato real, mas fora da realidade do mundo rosa e azul dos bebês de seis anos. Surpreendeu-se e arregalou os olhos ao erguer o papel, e ajeitar os óculos. Boquiaberta, tentava entender aquela linha de raciocínio. Era uma das primeiras redações a serem corrigidas.

Uma criança não conseguiria escrever algo assim, muito menos daquela forma. Aquilo fugia daquilo que um adulto consideraria um pensamento infantil, muito mais que banal.

Rick queria ser um político, pois isso lhe daria certas vantagens e poderia assaltar o banco público o quanto quisesse. Mas não escolhera essa profissão por ser aquela que amava, escolheu por causa do beneficio. Mandar em um país, receber grana alta e fazer o que quiser com as pessoas era algo que parecia bastante divertido, para si. Levou um zero, infelizmente. A professora, a partir daquele dia começou a vê-lo de uma forma diferente das outras crianças.

Não que se importasse com aquela nota vermelha, afinal, aquilo não era uma prova. E muito menos lhe reprovaria. Não em redação, matéria que era vidrado desde a primeira vez que pegou o Corão e leu feito um jovem muçulmano entediado. Apenas precisava melhorar a matemática. De números, apenas sabia que o quanto mais, melhor. E quanto menos, pior. Também sabia que a ordem dos fatores não altera o produto, porém isso não vem ao caso. Aliás, nem ao menos sabia dizer de forma correta quem seriam os fatores, ou o produto.

Seu grande problema em matemática lhe tirou a permissão de passar no vestibular e passou oito anos estudando no pré-vestibular para reforçar o estudo de exatas. Desistiu, vendo que seria impossível conseguir virar um político, e após lembrar a dificuldade que é para conseguir ser eleito.

Por alguns instantes de sua vida, em seu quarto muito mal iluminado alugado e pago por seu pai – tenente da força aérea – pensou no que virar da vida. Era uma decisão difícil, agora, deveria começar seus pensamentos do ponto zero. Apenas levava em consideração o fator dinheiro, que quanto mais ganhasse, melhor seria.

A conclusão foi simples, tão simples que se surpreendeu por nunca ter pensando nisso antes. Virar um policial, pois sendo um policial, estaria trabalhando para a justiça. Não que a justiça lhe fosse atraente, mas era cega. Enquanto tal estivesse na fila do Souza Cruz à espera de operação, cega, o jovem poderia conseguir o tanto de dinheiro que quisesse com propina, suborno, milícia e coisas do gênero.

Faturou muito, comprou uma casa, um carro, um iate, um navio, o grupo silvio santos, e de quebra ainda sobrou dinheiro para a aposentadoria. Caso quisesse, poderia aposentar-se. Porém, queria mais. Quanto mais, melhor.

Por um momento, enquanto atirava nos injustiçados e lhe roubavam o dinheiro pelo simples fato de terem dinheiro demais – o que lhe fazia pensar que eram ladrões, e não gostava de concorrência (um dos fatores que o levou a esquecer a política) –, decidiu relembrar seus conceitos. A justiça era cega, porém, não estava lidando com a justiça. A injustiça, era com ela com quem estava lidando, e até onde sabia tal não era cega.

Um dilema, continuar ou não continuar? Eis a questão. Decidiu não continuar.

Enfim rendeu-se a uma vida comum de um assalariado onde, mesmo tendo como patroa uma cega, não tentava aproveitar-se disso. Apenas aproveitava a máquina de café que comprou com o dinheiro que guardava para a aposentadoria.

Após relembrar toda sua vida, o jovem levantou-se.

Foi um sono meio que infeliz, sua cabeça latejava constantemente o que fazia sentir certo incômodo no pescoço. Depois, percebeu que seu pescoço já não era mais o mesmo e lembrou-se de um momento, o momento antes de ter desmaiado e perdido a consciência, lembrou das seguintes palavras.

“Acaba com esse daí”, era uma voz nada amigável. Vinda de um homem nada amigável e que principalmente não poderia ser amigável na situação, já que sua vida estava em jogo. Era uma batalha, uma batalha que Rick havia se metido.

Não gritou desesperadamente principalmente porque se lembrou de que ainda havia algo a fazer. Ainda devia checar onde estava, e não parecia ser um local familiar. Até onde lembrava, ajudava sua parceira de trabalho Ino a batalhar contra uns fugitivos vagabundos. Até onde lembrava, não serviu pra nada.

Estava lutando com armas, principal motivo para não usar toda sua força. A verdadeira força de Rick na realidade é contida em seus músculos, que, aparentemente frágeis e que não aparecem mesmo quando seu corpo nu está, são seus trunfos. O braço direito, é irmão do esquerdo. A perna é prima dos braços e tem como irmã a direita, e o que fica entre as pernas é o pai de todos e o grande poderoso músculo destruidor total usado para repelir técnicas de combate incríveis.

Quando seus olhos cansaram de permanecerem embaçados, podia ver um local similar a uma sala de hospital. Para piorar, um hospital público. Onde via uma janela, aberta e que iluminava a sala com a luz amarela do sol, também via um velho senhor – com pinta de doutor – dormindo e babando nos formulários que passara toda a noite preenchendo.

Sempre tivera um raciocínio bastante inteligente e rápido, e o que podia deduzir com a (pouca) informação que tinha era que estava no quartel general de uma facção que queria seus trunfos como membros, até porque não são braços que se encontram todo dia.

– Olá.

Ao ouvir a voz direcionou seu olhar um pouco mais para frente, onde viu um homem sentado em uma maca. Era amistoso, tirando o fato de que tinha como braço esquerdo uma metralhadora incrivelmente interessante. Algo amedrontador, porém não o suficiente para amedrontar o policial em questão. Parecia ser um piloto de fórmula 1, daqueles bem antigos. Podia apenas ver um bigode muito mal raspado abaixo daquele nariz ríspido, e uma boca seguida por um cavanhaque.

O homem estava estendendo seu único braço para cumprimentar Rick. Esse que levantou-se com os olhos pesados. Parecia ser uma mão fraca, e dependendo da proposta que o Senna lhe desse, decidiria acabar com a raça dele ou cooperar com a facção.

– Quem é você? – Parecia confuso.

Vendo que sua mão não fora apertada, o piloto recolocou-a no bolso de sua calça jeans, local onde tinha mania de guardar as mãos e esquentá-las.

– Prazer, eu sou Falcão – respondeu carismaticamente. Não parecia má pessoa e muito menos um ladrão, porém o policial lembrava-se vagamente da figura.

– Quero saber onde estou e em que furada me meteram – foi direto.

– Suave na nave cara – aquele dialeto hippie irritava Rick –, você está no hospital. Não vê o seu pescoço? Quebraram ele bonito, fomos humildes e misericordioso por trazê-lo ao pronto socorro.

Rick não gostava do fato de ter o pescoço quebrado. Se fosse um acidente, ou uma catástrofe natural, tudo bem. Porém alguém havia quebrado seu pescoço, e isso feria sua moral como policial. O que diriam os outros tiras caso soubessem que o grande Rick tivera o pescoço quebrado por um fugitivo qualquer? Estava nervoso, e agora queria vingança pela perda dos movimentos do pescoço.

– Ah... Muito bem. Sabe quem foi o desgraçado que quebrou o pescoço?

– Foi o Frota, mas sem ressentimentos. Você já tem o seu pescoço de volta, e segundo o doutor, vai precisar usar isso apenas por mais uma semana – disse Falcão.

– Não me importa. Cadê esse Fruta?

– Frota – corrigiu o piloto.

– Sim, onde ele está? – Insistiu.

– Não sei, acordei agora e ao que parece ele deve estar lá fora – seus olhos também estavam pesados.

– Percebo que não está mentindo – disse, gabando-se de seu raciocínio rápido e inteligente.

– Mas creio que caso você terá a oportunidade de revê-lo caso entrar na nossa facção – garantiu Falcão.

Rick deu um sorriso, não errou no seu raciocínio longo e rápido. Sentiu-se um gênio, e injustiçado por não ter passado no vestibular pelo simples fato de não ter acertado uma questão de exatas. O resto, a área de humanas, acertou brincando.

– Isso foi uma chantagem? – Fingiu-se de ingênuo.

– Não, só garanti isso a você – respondeu o piloto, não querendo ser entendido da forma errada.

O policial fez pose de sábio ao colocar uma mão no queixo e apoiar o ombro na outra mão, nos joelhos dobrados pelo fato de estar sentado. – Então... Senhor Ayrton Senna...

Antes que o policial pudesse concluir, Falcão resmungou algo. Se havia uma coisa que não gostava, era de ser caçoado pelo seu visual de piloto. E para ser claro, odiava quando o confundiam com um piloto de fórmula 1.

– É Falcão – conteve a raiva.

– E quais seriam meus benefícios por entrar nessa facção, Falcão? Sabe, eu tenho família, um bom emprego... Se quer que eu trabalhe para você, tem que ser algo mais vantajoso do que meu emprego como policial. Algo grande o suficiente para ofuscar a vergonha de ser um fora-da-lei – na verdade, não tinha família.

– Isso não é comigo, é com o patrão. E ele não está no recinto – Falcão foi claro.

A verdade era que todos os membros não questionaram a respeito do capital, apenas aceitaram a oferta de Xupa Cabrinha. Porém esperavam ganhar alguma coisa, uma quantia alta, afinal matar o presidente é algo muito difícil... Além de ser uma missão perigosa e cheia de riscos. Algo em torno de doze milhões, ou mais, suspeitava o piloto.

– E o que a facção de vocês vai fazer? Vender drogas e sobreviver com o dinheiro da gatonet? Não é um negócio tão bom assim quanto parece – Dizia isso por experiência própria.

Por mais que haja lucro em trabalhos relacionados com “piratão”, “negócio autônomo”, “lan-house”, não há aposentadoria. Não há direito a maternidade – o que o policial considerava um ultraje – e muito menos de poder ficar em casa por quebrar a perna. Por contrário, nesse tipo de trabalho, você manda em si mesmo e o salário é o que você ganha. A única vantagem é estar livre de certos impostos.

– Matar o presidente.

Silêncio.

– Você devia fazer piadas mais engraçadas.

– Não era uma piada.

Rick arregalou os olhos e depois piscou umas duas vezes para recompor-se.

– Então você deve ser mais realista. E onde está o patrão, também? Vai me dizer que ele saiu junto com o tal do Fruta? Caso quiser contratar-me, precisará de um ideal menos ridículo e um salário de bom gosto – Rick levantou-se, como se tivesse a real intneção de sair dali o quanto antes. Não estava mais interessado em ajudar os membros da facção, quem quer rir tem que fazer rir. E não via graça nenhuma naquilo para rir ou conseguir um riso.

– Ele saiu também, antes de eu acordar – revelou Falcão, levantando ao mesmo momento. Tinha ordens de não deixar o tira fugir e obrigá-lo a se juntar ao grupo.

Por algum tempo, encararam-se. Olhares assustadores, prontos para a batalha. Não poderia aceitar aquele convite, por mais que fosse interessante. Os ideais da facção eram ridículos e poucos lhe pareciam atraentes. Matar o presidente é uma loucura qualquer que não daria uma boa margem de lucro, além de ser algo... Ridiculamente comunista. E para que matá-lo? Fama? Dinheiro? Poder? Vingança poderia ser a resposta, mas não era. O verdadeiro ideal do homem de terno branco era algo muito mais justo e respeitável. Era o ideal de um mocinho – diga-se de passagem –, queria que a justiça fosse algo efetivo na sociedade. No entanto o grande problema era que Xupa Cabrinha não lembrava do ideal, que não será mencionado apenas para manter um suspense desnecessário. A situação do homem de terno branco será retornada daqui há alguns capítulos.


O olhar de um encarava o de outro, e o de outro encara o olhar de um. Seus olhos pouco a pouco iam revelando intenções certamente assassinas, já preparavam o punho.

Dez por cento. Era essa a porcentagem geral de sua força muscular que seria necessária para derrotar Falcão. Por mais que pareça um daqueles simples casos de subestimação que todos nós estamos cansados de ver, não era. Falcão nunca foi um lutador tão habilidoso, era amador nesse cargo mesmo tendo como mãe uma das maiores campeãs de luta livre feminina de todo o país. Não gostava muito de lutas, preferia pilotar ou assistir documentários relacionados à aeronáutica. Fingir que estava pilotando também estava de bom tamanho. A verdade era que seu pai, Cláudio, fora um exemplar piloto de caça e morreu na Guerra. Sua mãe, ainda uma jovem cheia de esperança, por mais incrível que pareça não chorou. Muito menos traumatizou, tanto que adotou um jovem apenas para ensiná-lo a pilotar e poder viver uma fantasia vendo aquele jovem como Cláudio, seu tão amado marido.

Dez por cento era exagero.

A experiência do policial Rick pesava demais nesse confronto, o que fazia com que a força total de Falcão equiparasse a cinco por cento da do policial. O piloto colocou seu braço sobre a metralhadora, estava preparado para atacá-lo. Não sabia, é claro, que pólvora não tinha efeito no tira.

Foi quando a porta rangeu que as atenções dos olhares de pavios curtos direcionaram-se para outro local. À porta, para ser mais exato. E pôde ver um garanhão muito mal intencionado abrindo-a e entrando ao local. Seus passos não demoraram a entender o que acontecia, e logo já estava com a luva vestida.

Rick olhou para Frota, porém não abaixou a guarda para Falcão. Não era um amador, e isso lhe daria uma enorme vantagem. Até mesmo cinco oponentes poderiam ser observados por tal, cada um com sua devida atenção. Porém por mais que fosse um homem inteligente – em certos aspectos –, de curto raciocínio e com um grande senso de observação, nada lhe garantia que conseguiria desviar de cinco ataques. Não esperava muitas coisas caso o piloto tentasse usar os punhos ou as pernas, seria mais divertido tirar doce de criança do que desarmar o golpe de tal. Talvez até mesmo ficar parado fosse uma boa opção, o golpe não doeria tanto.

Quando olhou para o estuprador, de primeira conseguiu identificar aquela luva. Okami Kenon, pensou, era de fato um objeto muito importante para toda a história da informática e biotecnologia mundial. Muitos a consideram como aquilo que revolucionou o mundo, e fez com que deixasse largar a chatice que era.

O pensamento do policial era óbvio, não dava para disputar força com aquele homem, ou melhor, com aquela luva.

Agora o seu objetivo era outro.

Com certeza mais de dez por cento seria necessário para fugir, um quarto de seu poder total, concentrado nas pernas, era o suficiente. Porém deveria ter cuidado, sabia dos privilégios da luva em relação à velocidade e os temia.

Não ligava mais para sua moral ou sua honra como policial, o importante era sobreviver e para isso deu a largada.

Não conseguiria escapar pela porta, protegida por Frota. Apenas poderia tentar a janela, por trás de Falcão. Mas a sala era pequena, e seria difícil de fintar os oponentes naquele pouco espaço. Livrar-se do piloto não seria difícil, não havia facilidade apenas em tentar esquivar de algum projétil ou algum ataque do querido Frota.

Correu, porém, sentiu algo no quadril. Um soco de Falcão, mais forte do que esperava. O efeito surpresa o surpreendeu (não me diga), e por isso não pôde ignorar o golpe. Agonizou por um milésimo de segundo e logo após, vendo a hesitação do amador para golpeá-lo novamente, aproveitou a situação. Escapara.

Quando chegou à rua – vazia – correu de forma magistral antes de sentir uma dor imensa na perna. Frota havia o pego.

– Desculpe por não conseguir acertá-lo com êxito, Frota.

– Não foi necessário, consegui pegá-lo.

Falcão surpreendeu-se. Em uma fração de segundo, Frota conseguiu acertar o adversário, por mais que esse também fosse veloz.

A imensa dor que Rick sentia era proporcional à velocidade do estuprador, que ao que parece havia acertado Rick com um soco, e não com um projétil. Um movimento rápido, tão rápido que nem mesmo um observador de primeira categoria como Rick, um mestre da visão, pôde prever. A dor estava na canela, o que era covardia. Força é igual á massa vezes a aceleração, o que gerava no afetado uma reação enorme e uma dor maior ainda. A reação não ocorreu, porque Rick estava no ar. Talvez fora acertado alguns segundos atrás, quando pulava a janela, e como conseqüência, empurrado alguns centímetros no ar. Ou antes, não sabia de certo quando havia sido acertado.

Tentava ignorar a dor, dizendo a si mesmo frases como “dor é psicológica”, mas não teve grande sucesso. O golpe foi forte, e a conseqüência por não ter visto aquele golpe foi grande. Talvez não pudesse correr com total de sua força por alguns dias, ou semanas. Não pensava que seus pés seriam necessários, porém, com o pescoço também danificado, aquilo tudo junto tornava-se um grande problema.

O que mais lhe perturbava, enquanto corria, era o quão baixa estava sua moral. Aquela mancha roxa em sua canela provavelmente seria motivo de risada na delegacia, mesmo se Rick colocasse como desculpa o fato de que seu adversário continha uma Okami Kenon – o que ninguém acreditaria.

Corria com o máximo possível. Lembrou-se de que não sabia onde estava, e que era melhor tentar se localizar. Conseguiu identificar ao ver uma bituca de cigarro e uma camisinha usada ao chão. Black Dog, a região mais podre do país – mesmo sendo provida de uma ótima rede de esgoto e saúde.

Não sabia como retornar para a delegacia onde estava, ou na floresta onde sua moral caiu graças ao pescoço quebrado. Procuraria o quartel policial mais próximo e procuraria informações. Olhou para o lado e pôde ver um homem de farda negra, um ponto negro, bastante longe. O restante da rua, vazia.

Pensou em perguntar àquele ponto negro onde estaria o quartel mais próximo, porém, aquela aura não lhe era muito amigável. E preferiu andar reto, na outra direção.

Quem sabe caso encontrasse alguém por ali, um bom cidadão – o que não aconteceria – perguntaria a ele. Por ironia do destino, o bom cidadão que encontrara era um caolho misterioso.


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