Pretty dress escrita por pennyweather


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Um leitor! Uau, seja muito bem-vindo. Estou no comecinho de uma história na qual venho pensando há muito tempo, então, por favor, leia com carinho.



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A garota do vestido branco corria. Seus cabelos dourados como o sol eram bagunçados pelo vento, por vezes dificultando sua visão. Seus pés, descalços, esmagavam as folhas do chão. Estrondos e gritos atrás de si. À sua frente, uma incerteza tão grande quanto o seu medo. Lágrimas rolavam por seu rosto, manchando suas bochechas rosadas.

Tick, tock.

Faz o relógio.

Tick, tock.

Incessante como os berros que a cada passo pareciam mais distantes.

O tempo escorria por entre seus dedos. O céu cinza que pairava sobre as copas opacas das árvores da campina escurecia cada vez mais com o passar dos minutos. Era uma atmosfera assustadora, e a menina sentia medo. Um medo que simplesmente a corroía por dentro, passando por todo o seu corpo até entalar na garganta. Tentava com afinco usar o som das bombas atrás de si como incentivo, mas era impossível.

Quem estava deixando para trás?

Suas pernas falharam quando a realidade atingiu-a bem no peito. Logo não conseguiria mais correr. Estava completamente perdida, fora de si. Lançada na escuridão de seu próprio pânico, a menina do vestido branco sabia que havia perdido completamente o seu chão. Havia perdido até a si mesma, de certa forma. Sentia como se estivesse em um sonho – ou melhor, pesadelo – do qual não conseguia sair. Droga, as árvores pareciam todas iguais... A sensação era de estar correndo sem estar, de fato, saindo do mesmo lugar.

Ela sentia dor, muita dor. Não por conta da fadiga que a corrida causava, ou pelos cortes e arranhões em seus pés. Era algo muito pior: vinha de dentro. Aquela dor que não aflige apenas o corpo, mas também a alma. Era somente uma menina perdida, correndo por entre as árvores. Sem nome, sem casa, sem família. Sem nada.

Foi quando seus joelhos cederam. Foram de encontro ao chão, sujando-se com a terra úmida. Definitivamente havia perdido todas as suas forças. Inclinou o tronco para frente, apoiando-se pelos cotovelos, cometamente ofegante. Abriu a boca e tentou engolir o máximo de ar que seus pulmões aguentavam. Estava cansada, e a sua vontade de viver esvaía de seu corpo aos poucos, junto com a sua energia para correr. Simplesmente não aguentou mais. Começou a berrar, desesperada. Só queria ir para casa... Porém não havia mais casa para onde fugir. Jogada em meio às árvores, sozinha e sem rumo, ela começou a chorar. Cada grito, uma agonia. Cerrou os punhos, socando o chão e, subitamente, sentiu frio. O tipo de frio que atinge a espinha, até mesmo aquele ponto mais profundo da alma. Não, não, não...

Tick, tock.

Mais um estrondo.

Tick, tock.

E, então, tudo ficou preto.


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Notas finais do capítulo

Dúvidas, elogios, críticas e sugestões são muito bem-vindas nos comentários, viu? ;-; Reviews incentivam muito um autor, e eu garanto que não quero parar de escrever tão cedo.
Penn



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