A Irmã dos Winchester escrita por BlueBlack


Capítulo 20
Conversas.


Notas iniciais do capítulo

Aí está + um cap. pra vcs, lindos (usuários)!! Eu n sabia oq colocar no título, então coloquei isso! Kkkkk, n me julguem!!

Boa leitura!



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Dias depois...

Adam e Dean estavam em uma lanchonete tomando café da manhã, como eles chamam cerveja e hambúrgueres às oito e meia da manhã. Haviam acordado cedo e decidiram sair sozinhos e deixar Sam e Kate dormirem.

O mais velho deles acabou de engolir o que lhe restava na boca e o outro já esperava que ele dissesse alguma coisa.

– Vai comer só isso? – o mais novo havia comido uma torrada e tomado café.

– Respondendo pela terceira vez - sorriu cínico para o irmão. – Vou. Não precisa pegar no meu pé por causa disso, Dean. No pé da Kate, sim, até eu, mas no meu não.

O loiro revirou os olhos.

– Olha, eu só acho que gente como nós não devia se alimentar desse jeito, ainda mais de manhã!

– Podemos mudar de assunto?

– E falar do que?

– Ahn... não sei... que tal... da nossa irmã telecinética? – perguntou irônico.

Revirou os olhos outra vez, largou o sanduíche no prato e bebeu mais um pouco de cerveja encarando o irmão.

– Não temos mais que falar nisso. Sam já pôs um fim no assunto!

– É, mas foi contra minha vontade e eu sei... – se inclinou sobre a mesa. – Que contra a sua também.

– Odeio quando fala desse jeito. – murmurou. – Tá e vamos falar o que?

– Pode começar. Você tinha muito há protestar aquele dia.

– Não ia protestar, eu só ia... – suspirou. – Dizer que ainda não a achava segura.

– Ótimo porque eu penso o mesmo!

– Mas já não é a mesma coisa. – respondeu rápido. – Um mês se passou depois daquilo tudo e com Castiel fora de vista as coisas têm mudado entre nós quatro.

– Tá, mas você acha que esse anjo vai continuar fora assim por muito tempo? Logo ele aparece e a raiva que Kate sentiu no hospital aparece junto!

– Ela é madura o suficiente pra saber quando deixar de ter raiva de alguém. Acredite, ela treinou isso comigo! – disse num fôlego só e pausou. – E, aliás, estamos falando do Castiel! Kate o adora, sempre gostou dele. Duvido que guarde rancor dele por tanto tempo. Aposto que ela pensou no assunto. Ela vive fazendo isso! Pensando!

Adam riu.

– É verdade. Bom, então vamos tomar um rumo diferente. Você lembra de quando estávamos no hospital e a Kate contou a história da bruxa retardada que perdeu aquela pedra? – ele assentiu. – Então, estou querendo perguntar isso a um de vocês há muito tempo, mas Kate não poderia ouvir. – fez sinal para que continuasse. – O que acha que aquela pedra faz?

Dean pensou um pouco.

– Hum... eu não sei. Tipo, se foi essa pedra que deu poder à Kate pode ser ela quem a fortalece. Deve haver alguma maneira de extrair poder dessa coisa e dá-la a alguém.

– Já parou para pensar que esse anjo, a Anna, pode estar tanto atrás da Kate quanto da Pedra?

– Não.

– Zachariah deve estar fazendo o mesmo.

– Ah! Com certeza! Aquele cretino é capaz de tudo pra conseguir poder! Pode acreditar quando digo que ele é pior do que a Anna.

– Como assim?

– Bom, a Anna é um pouco manipuladora também, mas ele é mais forte e persistente. Conta as piores mentiras para conseguir a confiança de alguém ou a ajuda dela. Por isso quero manter especialmente ele longe da Kate.

*

Flashes e mais flashes corriam pela cabeça de Kate enquanto dormia. Era estranho. Nunca sonhara com flashes antes...

Anna... uma poça de sangue... Zachariah... a Pedra Negra... Sam, Adam e Dean com os olhares preocupados... Dean caído inconsciente e por fim... Kate com lágrimas encharcando seu rosto e gritando cheia de raiva com os braços abertos com fogo a rondando.

Esses flashes se repetiram até a menina conseguir acordar. Acordou ofegante e com os cabelos grudados na testa pelo suor frio. As imagens ainda passavam por sua cabeça e ela já tentava interpretá-las, mesmo sabendo que poderia pensar o pior. Balançou a cabeça antes que isso acontecesse e se levantou. Olhou ao redor e deu falta de Adam e Dean. Por um momento ficou com medo, mas então viu uma folha dobrada em cima do laptop de Sam. Leu-a e entendeu tudo. Mais aliviada, ela olhou para o irmão que ainda dormia e foi para o banheiro tomar banho.

Enquanto isso, Sam também sonhava e pela expressão que fazia não era uma coisa muito boa...

Ele e Kate estavam sentados na grama de uma clareira linda e riam bastante. Não havia conversa só risadas. Ou... havia conversas, mas ele não podia ouvi-las. Um tempo depois, a menina parou de rir e começou a puxar pedaços de grama. Uma lágrima correu por sua bochecha e ela disse: “Não acho certo ficarmos rindo...Não acho certo eu ficar rindo”. Ele respondeu: “Tem que parar de pensar assim”.

Depois... o lugar não era mais tão bonito quando antes. A grama ficara seca e escura. O rosto de Kate sujo e mais triste do que ele já viu. Sam sentiu suas mãos molhadas e quando as olhou, estavam ensanguentadas. Seu rosto estava arranhado. A cena mudou. Estava em pé e Kate saíra dali. Dean apareceu com a feição raivosa e os olhos lagrimados. Já vira seu irmão assim. O loiro disse: “A culpa é sua! Isso tudo é culpa sua! Você ficou confiando nela quando não devia! Sabia que ela era perigosa e olha o que aconteceu! É bom que não fique chorando, seu cínico!”. Os olhos de Sam estavam realmente marejados. Dean nunca falou dessa maneira com ele. “Agora não adianta mais!”. Continuou o mais velho. “Agora sim você pode ficar ao lado dela, pode ‘protegê-la’ como sempre quis fazer! Mas é claro que você vai fazer isso mesmo. VOCÊ SEMPRE FEZ AS ESCOLHAS ERRADAS!”

Isso o acordou. Ofegante, ele se sentou e passou as mãos nos cabelos. O que Dean quis dizer com tudo aquilo? O que aquele sonho significava? Será que Sam voltara a ter premonições? Perguntas e mais perguntas rodavam sua cabeça. Uma última imagem lhe veio à mente: Kate com lágrimas encharcando seu rosto e gritando cheia de raiva com os braços abertos.

A porta do banheiro foi aberta e isso lhe chamou atenção. Kate saiu de lá penteando os cabelos e ela, sem saber o que começar a falar, disse:

– Bom dia.

– Ahn... bom dia.

– Tá tudo bem?

– Tá sim. Só me desliguei um pouco.

“Ah tá que eu vou acreditar nisso, Sammy!”, ela pensou, mas deixou pra lá.

– Cadê os outros? – o rapaz perguntou.

– Foram tomar café... – respondeu pegando o papel outra vez. – Ai! – ela riu. – Sam! – ele a abraçara por trás. – Que foi?

Ele ria também. Deu de ombros à pergunta dela.

– E aí? Vamos esperar eles? – a menina perguntou ainda abraçada a ele.

– É, acho melhor...

A porta foi aberta e Dean e Adam entraram.

– Já estão abraçados? – o loiro zombou.

– E vocês? Já estão abastecidos? – Kate retrucou.

– Bom, eu sim... O Adam... – olhou para ele. – Nem tanto. – colocou o lanche de Sam e Kate na mesa.

– Não se preocupe. – ela disse pegando seu lanche. – O Adam sempre foi assim. – abocanhou o hambúrguer.

Foi ouvido um bater de asas e quem menos esperavam ver naquele momento apareceu todo machucado em frente às camas. Castiel cambaleava devido à fraqueza.

– Castiel?! – Sam e Dean disseram juntos e foram até ele segurando-o pelos braços. – Que aconteceu? – Dean perguntou sério.

O anjo ia desmaiar, mas foi posto sentado na cama.

– Anjos... eles... me pegaram. – disse.

– É e de jeito! – o loiro brincou ainda com a cara amarrada.

Se afastaram dele e, junto com Adam, formaram um círculo ao redor de Castiel.

– Quem foi? – Adam perguntou.

– Uns dos seguidores de Zachariah. Queriam minha ajuda.

– Pra que? – foi a vez de Sam.

Olhou para Kate que estava totalmente séria e com os braços cruzados. Ela soltou uma risada nervosa com a ação dele de aparecer no quarto deles de repente só por que estava machucado.

– Kate? – Adam chamou. – Não vai falar nada?

– Se eu abrir a boca garanto a vocês de que não vão gostar do que vai sair. – ela respondeu.

Os três reviraram os olhos frustrados.

– Ainda está irritada com ele? – Dean perguntou e ela apenas o encarou em resposta.

– Olha, Kate – Castiel começou se levantando e fazendo cara de dor pela dificuldade. A menina tinha que admitir que não suportava vê-lo daquele jeito. – Sinto muito por tudo que eu disse a você. Imagino o quanto isso fez mal aos quatro. Eu devia ter dito à pelo menos você, mas de qualquer forma eu não podia esconder. Um telecinético, principalmente um com os seus poderes, precisa ter noção do que vai enfrentar e eu tinha que ter certeza da minha confiança em você. O que eu havia dito não fez nada bem a vocês, eu sei, mas acho que também os ajudou a pensar no assunto. Vão dizer que não ajudou em nada? Eu...

– Tá bom! – ela o interrompeu. – Chega, Castiel! Já entendi. Perdoo você e... também peço desculpas pela maneira como eu reagi no hospital. Reconheço sua intenção.

– Ok - Dean começou. – Agora que já está tudo certo entre a gente ou... vocês, podemos voltar ao normal, né? – esperou alguma reação. – Sam, tem algum caso?

– Não entendo sua definição de “normal”. – Castiel disse com a voz mansa.

O loiro revirou os olhos.

– Tem sim. – Sam respondeu. – Muitos e há vários dias.

– Por que não nos disse nada? – Dean perguntou.

– Porque... – sentou-se à mesa onde estava o laptop e o abriu. – Eu queria perguntar ao Castiel sobre o que estava acontecendo. – digitava. – Tudo isso aqui não é normal. Nunca tinha visto uma coisa assim antes. – virou a tela para o campo de visão do anjo.

Uma matéria de jornal tinha como título “Possível estrela cadente chama a atenção de cidadãos”. A foto de uma parte do céu com um ponto brilhante estava em destaque na página.

– Grande coisa! – Kate disse indiferente.

– A questão, Kate, é que uma estrela cadente seria, na verdade, um meteoro e não é esse o caso. Pelas fotos e a matéria, o que eles descrevem é uma coisa que nenhum ser humano já vira. Eles cercaram o local e não estão deixando ninguém chegar perto.

– Há quanto tempo isso está acontecendo? – Castiel perguntou.

– Uma semana. E sabe quantas pessoas já morreram? 700.

– Ata! – Kate duvidou.

– É sério. Faz exatamente uma semana e exatamente setecentas pessoas já morreram. Claro que não só nessa cidade, duas. – concluiu. – Tem alguma ideia do que seja? – perguntou ao anjo.

– Onde ele caiu? – perguntou.

– Na divisão entre essa cidade e Beaumont.

– Beleza! – Kate exaltou. – Vamos até lá!

– Kate. – Sam suspirou pesado. – São 4 horas de viagem.

– Não to falando de carro. – olhou para o anjo. Todos os olhares se voltaram pra ele.

Isso bastou para que ele os transportasse até lá. Apareceram na mata que logo à frente havia o meteoro. Sam, Adam e Castiel estavam atrás de uma árvore. Os outros dois se encontravam jogados no chão. Dean por cima de Kate que gemia pelo peso do irmão.

– Vocês estão bem? – Adam perguntou.

– Ótimos! – o loiro respondeu um tanto irônico. Saiu de cima da irmã e a ajudou a levantar.

– Fale por você. – ela disse. – Na boa, Dean, faz uma dieta. E Castiel, treina o seu teletransporte.

– Kate, - Adam começou. – Você não acha que está muito reclamona, não?

– Olha, vocês me dão motivo pra isso.

Aproximaram-se da mesma árvore e observaram os policiais que rondavam o local.

– Não vamos ficar aqui, vamos? – a menina disse rude e começou a andar, mas Dean a segurou pela blusa.

– Wow, wow, wow. Que vai fazer? Chegar lá e dizer que quer que eles saiam para um anjo olhar o meteoro?

– Mais ou menos... – voltou a andar.

– Não! – Sam sussurrou. – Kate!

Ela chegou perto dos policiais já falando.

– Com licença, senhores.

– Ei! Não pode estar aqui! – um deles (que não parecia passar dos 25 anos) disse em tom ameaçador. – Quem é você?

– Sou Eliana Hallie, FBI. – mostrou um distintivo. - Preciso que saiam deste local.

– O que o FBI faz num caso de meteoro? Desculpe, mas acho isso aqui não é da sua conta. – ele riu tosco olhando para os outros que os cercavam.

– Olha aqui! – ela começou alto. – Não me importa o que você acha! Quero que saia, e você vai sair, se não eu jogo aquele meteoro na sua cabeça! – disse como uma louca.

Ele gargalhou, ou pelo menos fingiu, e chegou mais perto dela. Segurou sua cintura e aproximou seus rostos. Dean, vendo aquilo, se encheu de raiva e tentou interferir, mas Sam o puxou de volta.

– Deixa ela. – disse.

O policial foi descendo a mão e quase a beijando, mas Kate chutou o membro dele e se afastou.

– Vadia! – ele xingou.

– Como é? – foi a vez de ela ameaçar.

Ele revirou os olhos e fez sinal com uma das mãos para que os outros o seguissem para fora do local.

– Obrigada! – ela disse cínica.

Esperou que não pudessem mais ver o meteoro e chamou o anjo mais os irmãos.

– Viu? – ela disse mais para Dean. – Sei o que faço!

– Percebe-se! – o loiro retrucou.

– Vem, Castiel! – ela puxou o anjo em direção ao meteorito.

Ele observou o fragmento por um tempo e o rondou. Colocou a mão nele e ficou tonto.

– Ei, ei! – a menina chegou perto dele. – Sai daí! – disse com um tom irritado e o agarrou pela manga do sobretudo puxando-o. – Você tá bem?

– Estou.

– Já sabe o que é isso? – perguntou um pouco impaciente.

– Acho que sim. Não é nada demais. Só os anjos descontando sua raiva.

– Descontando na gente?! – ela perguntou indignada. – Castiel, não acha que está na hora de você ter uma conversinha com seus irmãos? Fala sério! Não basta o que estão fazendo com nós, agora precisam matar humanos? Não acredito que estão fazendo isso só por que não me alio a eles!

– Kate, se acalma. – Sam disse se aproximando dela.

– Pode não ser só isso. – Castiel disse. – Tenho ouvido os anjos e parece que estão irritados com outras coisas também.

– Tipo? – Dean disse.

– Com Anna. Estão irritados com a Anna. Parece que ela não quer a mesma coisa que eles. Não sei o que ela quer, mas não é bom.

– Tá, mas e o Zachariah? Ele também está caçando a Kate.

– É, mas ele está trabalhando a favor do céu.

– Como assim? – Adam perguntou.

– Zachariah quer a Kate para matá-la, pois ele desconfia que quando ela ficar poderosa irá matar todos os anjos.

– Olha, seria uma honra matar o Zachariah, mas não vou matar todos os anjos. – a menina afirmou.

– E o céu aprova a ideia de matar uma humana? – Dean perguntou.

Eu não, mas se for matá-la para a sua sobrevivência e a ação não partir deles... sim, apoiam. Mas, se ela fosse viver, teria que se aliar ao céu. Caso contrário, eles a convenceriam de outra maneira.

– Não sabe mesmo o que a Anna quer? – Sam perguntou. – Porque... se não é matar a Kate, é muito mais grave, não é?

– Obrigada, Sam! - a menina ironizou.


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Notas finais do capítulo

A parte que o Castiel volta é + parecida com o ep. 13 da temp. 5.

Kkkkkkk Pudim da Luna, lembrei de vc em "bruxa retardada que perdeu aquela pedra" kkkk.

Comentem, pessoas lindas!



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