Say something escrita por Escritora anônima


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Realmente, muito obrigada a todas que estão comentando! Espero que gostem desse capítulo ((:



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Pov. Ally

Logo que minha mãe me mandou a mensagem, decidi trocar de roupa, pois estava com um pouco de frio e acabei escolhendo isso (http://www.polyvore.com/dia_na_fazenda/set?id=107977328) e perguntei para ela do corredor se os convidados já haviam chegado e ela assentiu, então fui pra sala, desci as escadas olhando pros degraus, porque quando não faço isso, eu acabo caindo e não quero pagar mico na frente dos amigos dos meus pais; quando cheguei a sala, onde todos estavam, levantei meu rosto e a primeira pessoa que vi foi Austin! Meu deus, o que ele está fazendo aqui? Não, não pode ser, ele deve ser filho dos melhores amigos dos meus pais! Estava tão chocada, surpresa e incomodada com sua presença que só consegui dizer “Austin” e ouvi-o dizer meu nome, também deve estar surpreso, aposto!

– Filha, eu achei que vocês não se reconheceriam, pelo visto, estávamos erradas Mimi. – disse minha mãe

– Então você me reconhece querida? – perguntou uma mulher loira, de olhos castanhos, muito bonita por sinal e suponho que é a Mimi.

– Desculpe-me, não me recordo de vocês.

– Tudo bem flor, sou Mimi Moon e esse é meu marido Mike Moon.

– Prazer em conhece-los Sr. e Sra. Moon, eu sou Allycia, mas podem me chamar de Ally!

– Ally, por favor, sem formalidades e eu já te conheço, na verdade, eu vi você na barriga da sua mãe, eu peguei você no colo quando pequena e convivi com você até os seus 8 anos de idade e nossa, você está muito linda! – disse Mimi

– Obrigada Mimi e realmente me lembro que aos meus 8 anos de idade tivemos que nos mudar para a França e vivíamos lá até meus 13 anos e depois, retornamos para Miami, onde estamos ate hoje.

– Ai Ally, ainda me lembro de quando você foi embora... Austin chorou tanto com a sua partida!- disse Mike

– Como assim?! – dissemos em uníssono

– Isso mesmo minha filha, você e Austin se conhecem desde pequenos, eram melhores amigos de infância, viviam brincando e correndo por todos os lados, ate que tivemos que rompe essa linda amizade para morarmos na França. Mas a partir de hoje, vocês voltarão a ser como antes, como unha e carne, voltarão a ser melhores amigos um do outro, pro que der e vier. – disse meu pai

Inacreditável, como assim eu e Austin éramos como unha e carne?! Não, isso é impossível, não tem como eu ser amiga dessa criatura fria, arrogante, estupida, idiota, imbecil e inútil...

– Meus amores, já que voltarão a ser melhores amigos, tem começo melhor do que um abraço? Acho que não né?! Então, vai, deem um abraço para matar as saudades de mais de 5 anos sem se verem. – disse minha mãe e Mimi

Então nos abraçamos, e nisso me lembrei de vagas lembranças da minha infância, sim, sempre nela, tinha a presença de um menininho loiro e com certeza não é ele, porque esse garotinho era gentil, amoroso, engraçado, fofo... Aquele menininho não pode ser essa pessoa cruel, fria, irônica, estupida, arrogante e idiota que me atormenta todos os dias da minha vida.

Pov. Austin

Ok, neste exato momento, estou abraçando a ultima pessoa no mundo em que eu pensaria, na pessoa que eu sinto prazer em irrita-la 24 horas por dia e que provavelmente me odeia, não, a Ally não pode ser a menininha linda e dócil que está na maioria das fotos no meu quarto, não pode ser! Não estou acreditando que maltratei minha melhor amiga de infância por mais de 2 anos, não pode ser ela e realmente, esse ato de carinho está me incomodando, mas tenho que assumir, o seu cheiro e o cheiro do cabelo dela são encantadores. E do nada, escuto um sussurro:

– Olha eu sei que você me odeia e eu também, portanto vamos fingir essa amizade por conta dos nossos pais certo?! Somente para deixa-los feliz e na escola, continuará como se nada tivesse acontecido, só agiremos desse jeito, enquanto eles estiverem por perto.

Uau, eu não a odeio e saber que ela me odeia, me deixou confuso, nunca pensei que alguém naquela escola me odiasse... naquela hora só queria responder “Não Ally, eu não te odeio, na verdade, eu gosto de você, só te trato dessa forma, na escola, porque você é a única pessoa que me vê como um menino idiota e sem sentimentos, usa coisa que eu realmente não sou”, mas nunca vou responder isso, porque há anos venho construindo barreiras e defesas em mim mesmo para ser uma pessoa fria e sem sentimentos e não vai ser uma menina estranha que vai rompê-las, não mesmo. Então decidi que a melhor resposta seria de uma maneira que eu conheço bem, muito por sinal.

– Claro, minha nova querida melhor amiga! Vou adorar passar momentos com você por nossos pais! – respondi ironicamente

E ela simplesmente me respondeu com um: “Babaca”

Após finalizarmos nosso abraço, Ally tentava demonstrar felicidade, mas na minha opinião, não conseguiu, porem provavelmente a nossos pais sim, porque logo, eles mostraram um sorriso.

– Ally, minha filha, como vocês são bons amigos, leve Austin para passear na fazenda! – disse Lester

– Sim, papai, vamos meu querido novo melhor amigo!

Somente assenti rindo com sua pequena ironia entrelaçando sua mão com a minha, apenas para irrita-la e na frente de nossos pais, não as desfez.

Logo que saímos de vista de nossos queridos pais, ela olhou incomodada para nossas mãos e disse:

– Agora que nossos pais não estão vendo, pode soltar minha mão, por favor?

– Ah claro. – e assim, desfiz aquele ato.

– Mas Ally, será que por esse fim de semana não podemos tentar ser amigos ou pelo menos esquecer essa briga entre nós? Por nossos pais?- perguntei com ansiedade pela resposta, certamente seria não, mas eu ainda tinha um pouco de esperança que ela aceitasse minha proximidade pelo menos por esse fim de semana.

Pov. Ally

O que?! O menino quer ser meu “amigo” nesse fim de semana depois de tudo que fez comigo? E agora, o que eu respondo? Não sei, estou tão confusa e sem pensar acabei respondendo:

– Ok, mas somente por esse fim de semana, porém...

– Sempre tem que ter um porém né?!

– A condição para ficarmos mais próximos esse fim de semana é você me explicar porquê me trata de um jeito tão frio, sem sentimentos na escola.

Meu deus, o que eu acabei de falar? Cadê você consciência quando necessito de você! Por que eu falei isso? Agora, ele deve estar pensando que sofro com o que ele me faz passar e eu não sofro, ok, eu sofro um pouco, mas não a ponto de fazer essa pergunta!

Perdida em meus pensamentos, acabei escutando Austin falar:

– Desculpe-me, mas isso é um motivo muito pessoal, nem meus amigos sabem, acho que não estou pronto para contar agora, mas prometo tentar te contar ainda nesse fim de semana.

Uau, então quer dizer que Austin tem sentimentos? Não acredito! Posso estar fingindo desprezar sua resposta, mas senti que é um motivo realmente muito pessoal e que ele sofre com esse motivo, e muito.

– Tudo bem, então depois você me conta ok?

– Certo. – ele responde

– Então vamos tentar começar uma amizade começando com um passeio a cavalo. Sabe cavalgar?

– É obvio que sim! Sou o melhor. – ele disse se divertindo

– Ah duvido, eu sou melhor que todos, meu bem. – disse me divertindo também

– Então o que está esperando? Quero te provar que sou o melhor, vamos logo cavalgar! – ele disse me desafiando

– Ok, senhor humilde!

É, acho que Austin não é uma pessoa tão insuportável como pensei, talvez tenha sido bom aceitar a proposta dele! Mas agora só tenho que pensar em prova-lo que sou melhor. E assim, o levei para o haras para escolher um cavalo...

– Olá senhor Mario, sou eu, a Ally, lembra-se de mim?

– Olá Srta. Ally, mas é claro, e seu cavalo está lindo!

– Awn, como está o meu pudim (isso mesmo é o nome do meu cavalo, porque ele tem uma cor que me lembra o caramelo do pudim)?

– Hahahahahahahaha, como? O nome do seu cavalo é pudim? Mas por quê? – perguntou Austin

– Isso mesmo Sr. Moon, o nome do cavalo da Srta. Ally é pudim, pois quando ela era pequena e ganhou o cavalo, como ele tem uma cor que lembra caramelo, colocou o nome dele de pudim. E sim, me conheço você, porque quando era pequeno, vocês sempre vinham pra fazenda.

Pov. Austin

“A condição para ficarmos mais próximos esse fim de semana é você me explicar porquê me trata de um jeito tão frio, sem sentimentos na escola.”

Eu não posso explicar pra ela o motivo, não posso, como disse antes, não posso deixar que uma menina estranha quebre todas as minhas barreiras e defesas, não posso! Portanto, não estou pronto para contar o motivo e não contarei, mas penso que se eu contar, talvez ela me entenda e realmente nos tornaremos amigos de novo. Agora estou aqui no haras, no qual descobri que Ally tem um cavalo chamado pudim, zombei o nome e um senhor chamado Mario está me explicando o motivo e também disse já me conhecer. Isso quer dizer que eu e Ally fomos mesmo melhores amigos de infância, enquanto estou refletindo sobre isso e o que teria acontecido se Ally não tivesse se mudado, simplesmente escuto uma pessoinha gritando...

– Austin, austin, AUSTIN!!! Você está me escutando? Hein?! Hein?! Planeta Terra para Austin! Sr. Mario, acho que Austin enlouqueceu de vez.

– Oi, o que você disse? E não, não enlouqueci coisa nenhuma.

– Ah graças a Deus você voltou ao normal, não quero um companheiro louco de fim de semana! Então vamos cavalgar, meu cavalo é o pudim, escolhe um pra você logo, não temos o dia inteiro!

– Certo, Sr. Mario, o que o senhor recomenda para eu ganhar dessa pequena?

O que?! Eu disse pequena? Como?! Não sou próximo a ela, não posso chama-la assim!

– Digo, Ally!

– Eu recomendo o cavalo que o senhor sempre usava quando vinha aqui, o panqueca! E sim, Ally pediu para você escolher um nome pra ele e você escolheu panqueca.

– Hahahahaha, ok, então pode ser esse mesmo!

Após escolhermos nossos cavalos, fomos cavalgar pela fazenda e uau! É muito gigante, Ally me mostrou tudo que tinha lá e eu comecei a refletir, porque mesmo eu maltratava ela, porque eu zoava ela, porque eu irritava ela, sinceramente, ela não merece isso, meu deus, por que eu fui tão tolo em fazer isso? Tudo para eu me sentir odiado por alguém, como eu fui egoísta, meu deus, como eu sou egoísta, mas eu prometo, a partir de hoje, nunca mais vou zoar essa menina, nunca mais!

– Austin, austin, você está bem? Por que está quase chorando? – perguntou Ally preocupada.

– Que?! Ah me desculpa, não estou quase chorando, entrou areia no meu olho!

– Hahahahaha, você está mentindo! Não tem areia aqui.

Ops, me dei mal!

– Tudo bem, caiu um cisco no meu olho!

– Desce daí e eu assopro pra você!

Eu desci e ela também, quase que no mesmo tempo, a hora que ela soprou, estávamos muito próximos, e enquanto ela tentava olhar pra ver se havia mais alguma coisa, acabei olhando em seus olhos. Meu deus! Como eles são lindos, são profundos, hipnotizantes, como eu nunca percebi isso! E eu sempre a chamei de feia, estranha e ela é totalmente o contrário disso.

– Pronto Austin, já retirei seu cisco! De nada. – ela disse rindo

– Ei, você nem me deu tempo de agradecer, mas muito obrigada! – e por um impulso acabei abraçando ela, foi um abraço verdadeiro e não um fingido como o ultimo, primeiramente ela ficou surpresa com meu ato, mas retribuiu logo em seguida.

– Pronto esse é o meu obrigado!

– Exagerado! – ela disse rindo

Parece que esse fim de semana vai servir para eu abrir meus olhos e perceber que tudo o que eu considerava importante para mim, na verdade, é irrelevante! Perceber que as pessoas que eu considerava estranhas, na verdade, são lindas tanto no interior como no exterior! Perceber também, que eu fui um idiota de maltratar minha melhor amiga de infância, na pessoa, que antes, eu mais confiava no mundo! Está decidido, eu vou contar pra ela o motivo de eu maltratá-la, ela merece saber, mas não agora, vou esperar por um momento.

– Eii Austin, to ganhando de você, vem me alcançar, senhor humilde!

– Não me desafie Srta. Dawson!

E assim, foi o primeiro dia na fazenda, com muita diversão e descontração, agora tenho que me arrumar para o jantar, de acordo com minha mãe, é muito importante, então vamos ver o que é essa coisa importante...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e um feliz natal a todos ((:



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