A Garota das Minas: A História de Wiress escrita por Rob Sugar


Capítulo 17
Três Finalistas




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Não posso mais enviar presentes com bilhetes ou irei ficar sem nada numa emergência.

Charles está na floresta.

Blair e o tributo do Distrito 11 estão nos confins do deserto.

Charles está com o lança-chamas.

Blair e o tributo do Distrito 11 não sabem disso.

Acho que não preciso me preocupar tanto. Ainda tem três tributos na floresta.

Se Blair der sorte, os três se matarão.

Mas Charles tem um lança-chamas e Blair não mataria seu “amigo”.

Estou tentando pensar em como tirá-la com vida destes Jogos. Para isso ela teria que matar os adversários. E eu estaria ajudando. Eu seria uma assassina em série e uma cúmplice de outra assassina.

Paro de pensar nisso. Nada aqui, ou lá, é sobre mim. Blair é a questão. Ela tem que sair viva destes Jogos. Eu estou do lado de fora, segura.

Quando estou pensando no que devo fazer, ouço a voz de Blair na tela e volto a prestar atenção em sua arena.

–Não sei se é seguro por ali, Barry. – Blair diz parada a alguns metros de uma saliência entre duas dunas – Estamos nos afastando cada vez mais da Cornucópia. E se fizerem um Banquete?

–Nós temos comida, armas e água. O que mais eles podem oferecer, Blair? – Barry responde – Vamos, eu sei que vai ser seguro.

–Acho melhor não. - Blair bate o pé – Eu sei que nestes Jogos tudo é difícil sem água. Só temos meia garrafa e eu não vejo cacto nenhum naquela direção. – Barry vai dizer algo, mas Blair continua – Temos comida, mas e se pegarmos alguma doença? Não temos remédios!

–Você viu o céu ontem! Só sobraram dois carreiristas, nós e seu amigo Charles! – Barry continua irritado. E está me irritando também.

–Charles! Meu Deus! Como eu consegui esquecer? – Blair põe a mão na testa. Quero dizer a ela que ele está bem, bem até demais, mas não tenho como – Vamos dar meia volta, ele deve estar se escondendo dentro de um carvalho. Coitado dele!

–Blair Woldorf, pare já! – Barry diz levantando sua espada e apontando para Blair. Droga – Vamos por aqui! Se seu amigo sobreviveu até só restarem dois carreiristas, com certeza ele sobrevive por mais um tempo!

–Barry, eu não sei como é a ética do Distrito 11. Mas no Distrito 3, amigos não ficam para trás! – Blair diz irritada. Barry pisou numa mina de reação equiparável as da Cornucópia. Tento me esquecer disso, pois me trás memórias ruins – Então, se você quiser ir, vá! Vá deserto adentro, cave um buraco, o problema é seu, mas eu vou atrás do Charles.

–Escute aqui! – a frase nervosa de Barry é interrompida por um clique vindo do deserto.

Começa a ventar e as dunas são levadas embora revelando inúmeros bestantes escorpiões. Antes que qualquer pessoa possa raciocinar, inclusive eu, Blair pega sua mochila e corre desesperadamente para longe dali.

Barry corre também, mas deixa para trás sua mochila e espada gigantesca, dando aos escorpiões algo para pegar por uns quatro segundos até que comecem uma caçada por dois tributos em ótimo estado.

A velocidade de Blair é um ótimo truque para esta situação, ela pode correr e ainda não tirou as botas de escalada, ou seja, até pelo lago congelado ela pode passar.

Só que depois do lago vem a floresta.

Onde Charles está com o lança-chamas.

A poucos metros de distância, Barry clama por ajuda. Ambos ainda correndo, mas Barry é grande e forte, não tem a velocidade de Blair e já foi picado algumas vezes pelos bestantes.

Blair desacelera o passo e atira uma faca num escorpião que está nas costas de Barry, que se sacode enquanto corre. Blair para de correr e atira todas as suas facas, mas a leva de escorpiões é enorme.

Blair pega sua mochila, tira um pão e atira para conferir se os escorpiões vão atrás da comida de humanos. Nada feito.

Os escorpiões avançam e Blair está cada vez mais perto do lago.

Quando ela menos espera, um escorpião pula em Barry, e logo em seguida pula em Blair, picando-a nas costas.

Ela grita de dor o mais alto que consegue, se atira no chão e rola até chegar ao lago. Um ótimo plano, por mais modificados que tenham sido, escorpiões não andam em cima do gelo.

Um canhão soa, e logo depois ouço um segundo. Blair está chorando; o que pode significar a morte de Barry. A tarja confirma minha teoria, mas ela só aparece depois de informar que a garota do Distrito 4 está morta também. Provavelmente Charles a encontrou vagando pela floresta em busca de segurança.

Pego o pote de creme e envio para a arena. Anexo a ele está um bilhete que diz “3sconda-se. Arma de fogo. Você corr3 p3rigo. – W”. Mais uma vez, ela vai entender o que eu quero dizer.

Dou conta que restam três tributos, e foi assim que eu terminei. Eu matei os outros dois. Eles eram do mesmo Distrito, o que, apesar de não querer dizer isso, facilitou a morte deles. Blair tem que lidar com alguém do seu distrito e um carreirista.

Ela pode simplesmente se esconder e atacar Charles de surpresa, pois se o Carreirista não atacar sorrateiramente, Charles com certeza o queimará vivo.

E Blair não é um marshmallow.


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Notas finais do capítulo

Gostaria de usar as notas finais deste capítulo para fazer uma divulgação sutil. MEU COMPARSA DE FICÇÕES ESCREVEU UMA HISTÓRIA MUITO INCRÍVEL SOBRE A FILHA DA KATNISS. Sutilezas à parte; o nicolarie mason fez uma fanfic intitulada A Filha do Tordo, que é muito boa, e se você gostar, surpresa: existe uma sequência. :D obrigado por lerem minha fanfic até aqui, e novos capítulos estão por vir!