– Capítulo 6 –

Corredor 23

A Fairy Tail estava na porta da grande Dark Guild, Laxus na liderança, logo atrás Mirajane e depois os membros. Estavam posicionados como os soldados do governo, informalmente falando, eles pareciam fortes. Um barulho de gongo foi ouvido, ao piscarem os olhos um loiro forte e alto apareceu do nada, usava roupas esportivas e segurava uma bola de basquete, ele estava com a cabeça baixa, levantou lentamente o olhar na direção da guilda que tremeu sobre seu poder, uma faísca saiu da mão do mestre. O garoto colocou os dedos no queixo como se estivesse pensando.

– Me chamo Ryouta Kise... Serei seu anfitrião – ele falou formalmente, parecia um garçom de restaurantes classe alta – Laxus-sensei venha até mim, por favor.

– Ryo-kun, pensei que o velhote havia destruído tudo... – Laxus falou se aproximando com sua esposa – Fico feliz que tenha sobrevivido, mas é uma decepção como seu mestre que você tenha ido para o lado escuro.

– Você também foi sensei, e olhe como está agora – Ryota estalou os dedos e toda a parte que os membros da guilda estavam caiu e um novo piso de terra se formou – Meu pai era tão mal quanto você na época...

– Kise onde eles estão – Mirajane surtou vendo todos sumiram – Kise!

– Acalme-se Mira! – Laxus repreendeu a mulher – Eu já cai nessa armadilha, é só um labirinto, deixe eles seguirem seus próprios caminhos.

– O esperado do Laxus-sensei... Me desculpe, mas vou ter que pará-lo – o loiro se posicionou e mexeu o cabelo.

– Vamos ver se você se tornou tão forte quanto diz – Laxus se posicionou – Mira não atrapalhe, essa é uma batalha por dignidade.

***

Evy, Maya, Nick, Max, Emi e Sato se juntaram em meio à bagunça, os outros membros haviam feitos seus próprios times e seguido por um caminho diferente. Como os seis se conheciam melhor se uniram em um cantinho até a multidão se controlar, estavam provavelmente em um labirinto gigante, cada parede tinha seis metros de altura, podiam imaginar o tamanho que tinha esse lugar.

– Certo alguém tem algum plano? – Maya falou olhando para todos na roda.

– Destruir – Nick passou o dedo indicador pela boca – Tudo!

– Eu estou com um pouco de medo desse lugar – disse Emi olhando para as paredes roxas, cheias de musgos e cogumelos verdes, ela se encolheu.

– Não se preocupe Yo-chan, vou te proteger – Sato falou abraçando a menina que sorriu.

– Vocês são tão fofos – Evy falou fazendo um bico, corada.

– Depois vai ser você e o Metal! – Exclamou Nick fazendo a menininha corar mais ainda.

– Na-não vai, eu não gosto dele – a menina cruzou o braços tentando esconder seu rosto vermelho.

– Coitadinho do garoto – Maya pensou alto sorrindo.

– Até você Nee-chan! - Evy se sentou aparentemente brava – Nick e Max só não estão juntos por que ele não tem coragem de se declarar.

As palavras foram lançadas ao ar, e depois de alguns segundos provocou uma onda de risos em todo mundo, menos no loiro que estava com as mãos para trás, seu rosto estava na cor de um pimentão.

– Eeeeh! Já chega, vamos nos concentrar em achar a saída! – Max mudou o assunto acalmando os risos.

– Sim, sim, temos que sair daqui... – Maya o apoiou retornando ao assunto inicial.

– Vamos tentar entrar em um corredor qualquer... Não temos muita escolha – Emi sugeriu se ajeitando no abraço do albino.

– Eu concordo, até por que esperar aqui não vai nos levar a nada! – concordou com sua namorada.

– Vamos nessa! – Nick levantou e socou a parede em que estavam encostados abrindo um buraco.

– Ai! – gritou uma voz feminina do outro lado.

– Nick tome cuidado, não vai ser legal ferir alguém da guilda – Evy falou levantando e olhando pelo buraco.

Lá estava um garotinho ruivo, usava uma toca verde e roupas infantis, ele estava sentado, sua testa estava vermelha – provavelmente Nick havia o acertado ali – ele abriu os olhos coçando-os de uma forma desajeitada, seus olhos eram verdes. Podiam dizer que era uma criança comum se não fosse pela marca vermelha na bochecha, o marcava como um membro da Dark Fairys.

– Olá – ele falou sorrindo – Me chamo Ullari Hannby...

– Nome de menina – Max sussurrou fazendo o ruivo rir.

– Você é um inimigo se apresente! – Nick gritou e ele soltou um suspiro confuso.

– Eu sou um inimigo? Vocês são do mal? – Uhany, como o próprio se apelidava perguntou inocente.

– Você é do mal, olhe a marca no seu rosto – Maya falou apertando-se para ver o garoto pelo buraco.

– Oh isso... Yume-sama disse que eu só poderia ficar com ela se tivesse essa marca.

– Onde está essa Yume? – Nick perguntou suspeitando.

– Entrem naquele corredor a frente que vou levar vocês – ele apontou para uma passagem um pouco a frente.

Os seis caminharam até lá, marcava em uma placa de madeira “Corredor 23” eles adentraram dando de cara com o ruivo sorridente. Ele se apresentou e começou a puxá-los por corredores e corredores, um mais estranho que o outro, aquele rosto era inocente até de mais, Nick desconfiava que pudesse ser uma armadilha, mas não tinha o que temer, eles estavam em seis e o garoto estava sozinho.

***

– Oaw! A guilda está vazia! – exclamou Aki barulhenta e fofa como sempre.

Os seis haviam chegado a Fairy Tail depois de uma cansativa viajem automaticamente Neel e Suky caíram no chão como se fossem pedras, Kin estava logo atrás carregando a pequena Mana que procurava pelos membros da guilda. E Myu bem no fundo carregava a bagagem de todo mundo.

– Kin-san cadê todo mundo? – Mana perguntou descendo das costas do maior.

– Eu gostaria de saber – ele bagunçou os cabelos da menina sorrindo calmo.

– Neel-kun você está bem? – Aki perguntou olhando como se fosse um gigante para o garoto deitado.

– To... Tão... Bem... Que... Minha roupa... Sumiu... – Aki reparou que ele só vestia suas calças, expondo a barriga musculosa.

– Oh Kami – a azulzinha colocou a mão no rosto corado.

– Qual é o seu problema? – Kin cutucava o corpo do garoto com um graveto enquanto tampava os olhos da pequena Mana.

– Uffa... Cheguei – Myu falou largando toda a bagagem no chão – Agora vou buscar a parte da Suky...

– Oh! Coitado do Myu-san! – a pequena falou pensativa.

Os cinco entraram na guilda deixando o carregador de malas pra trás, a Fairy Tail estava mesmo totalmente vazia, olharam por todos os andares separadamente e retornaram ao salão principal. Até que notaram o albino, filho de Laxus sentado dentro do bar com as pernas apoiadas no balcão, bebendo.

– Eles estão na Dark Fairys... – disse ele indiferente.

– O que estão fazendo lá? – Suky perguntou em duvida.

– Guerra... E bagunça – Metal apareceu em uma cadeira comendo ferro.

– Finalmente! – Suky e Neel gritaram juntos e tocaram as mãos, correndo para fora da guilda com os olhos brilhando.

– Neel-kun espere! – Aki saiu gritando guilda a fora.

– Vou te levar pra casa Mana-chan e de... – foi interrompido pela cara brava da garotinha que mais o fazia rir do que ficar com medo – Certo, você vem com a gente, mas nada de se arriscar.

– Yeap! – gritou a menininha em pulos.

E assim partiram para a guilda do mal que há tempos todos queriam socar e pisotear. Menos é claro os excluídos e o garoto que enfim chegava, Myu. Ele olhou em volta, largando as tralhas de Suky pelo caminho, não gostava da menina nem de qualquer coisa que a pertencesse, olhou para o três garotos que se agruparam perto do balcão do bar e se aproximou.

– O que ta rolando? – o ruivo perguntou encostando-se à mesa.

– Bem vindo aos excluídos... Se quiser tomar um drink com o cara a direita são 2.000 jewell e se quiser tomar um drink com o cara a esquerda são 3.000 jewell.

– Ei por que ele vale mais? – Metal perguntou confuso.

– Por que ele tem cabelo azul e é mais velho, cala a boca e bebe seu leite – Raite respondeu ríspido.

– Eu não vou tomar drink com ninguém – Soui falou quebrando o clima.

– O que ta rolando? – Myu perguntou de novo com uma cara de bobo.

– Ta rolando uma guerra contra a Dark Fairys... – Metal enfim respondeu.

– E por que vocês não foram?

– Laxus não permitiu – Soui respondeu com um ar esperançoso.

– E por que vocês não foram? – Myu repetiu a pergunta como se aquilo não bastasse.

– É, por que vocês não foram? – Raite se escorou na mesa comendo alguns amendoins.

– Isso ta me irritando! – exclamou Metal.

– Levantando todo mundo, vai, eles devem estar na porrada nesse momento então não quero ver vocês chorando, confiança e força no coração! – Myu virou e saiu andando como um cavaleiro, olhou pelo canto dos olhos e viu que nenhum dos três se mexia – Vocês não vem?

Ninguém respondeu, ele fechou o punho, voltou no balcão, pegou Metal com uma mão só e o jogou para fora da guilda. Soui rapidamente começou a andar na direção da porta.

– Ótimo! – ele falou e acenou para Raite fechando as portas da Fairy Tail.

– Esses babacas...

– Tão babacas quanto você... – uma mulher de longos cachos dourados surgiu no balcão, estava deitada e usava apenas um biquíni dourado.

– Kara... Há quanto tempo... – Raite sorriu malicioso, olhando a menina da cabeça aos pés.

– Sim, mas pode parar – chutou o rosto do garoto e desceu da mesa – Eu vim tratar de um assunto sério... Nosso filho...

– Ele ta muito bem com você e...

– Cala boca... Como eu estava dizendo – o garoto rangeu os dentes nervoso – Ele está mais forte do que nós!

– O que? Quanto anos ele tem?

– Quatro seu pai idiota, ele herdou toda magia!

– Ele tem quatro anos e tem minha magia do trovão e do Take Over?

– E a minha do tele transporte e das esferas mágicas.

– Isso é impossível sua vadia, não brinque comigo.

– Vadia é a sua mãe, avise a sua guilda que eles vão perder para um garoto de quatro anos! – ameaçou a mulher.

– Ele é da Fairy Tail, tem nossa marca no braço direito!

– Ele tem a nossa marca no braço esquerdo! – os dois bateram na mesa nervosos.

Continua...