Effie e Haymitch - Desde o Início (Hayffie) escrita por Denuyn


Capítulo 1
1


Notas iniciais do capítulo

Entããão... eu usei o Haymitch do filme ´-` me julguem, mas eu não consigo imaginá-lo como a tia Su escreveu, com os cabelos escuros e tals...
Espero q gostem da minha fic de Hayffie (é o nome do ship, não q vcs não saibam :v)



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~Pov Haymitch

– Haymitch Abernathy.

Meu nome na voz da mulher que fizera a colheita, Pekinns, soava pomposo e estranho. Não era pra ser assim. Eu era simplesmente Haymitch, ou Aber. Não deveria ser um tributo. Um objeto de diversão para aqueles babacas da Capital. Ah, eles acham que podem mandar em tudo, mas não podem mandar dentro da mente das pessoas. Não importa o quanto eles reprimam, o quanto tentem esconder tudo com propagandas extravagantes, “diversão” e os Jogos, as pessoas dos Distritos continuarão a odiá-los.

Naquele ano, o Massacre Quaternário estava “especial”, como alguns deles observaram alegremente na televisão no dia em que fui sorteado, já que contava com quatro tributos de cada distrito, em vez de dois. Pobre Pekinns. Estúpida e avoada como ela era, não daria conta de nós quatro.

Lembro-me que, mesmo antes de entrar no trem para a Capital, eu fizera um voto de silêncio. Assenti pacientemente ao ouvir minha mãe sensível choramingar e abracei-a, como um bom filho prestes a morrer. Abracei também meu irmão mais novo, deixando a entender que ficaria com muita saudade dele. Beijei minha namorada sem nem trocar qualquer palavra de carinho; apenas olhei fundo em seus olhos para que soubesse que ela sentiria minha falta. Segui os pacificadores sem uma reclamação ou lamento. Sabia que ninguém se importaria se eu morresse. Afinal, eu era só um do 12.

Fechei a cara durante toda a viagem até a Capital. Fingia ouvir ao que os outros diziam, mas só captei que conversavam sobre coisas triviais. Percebi que não tinham esperanças de sobreviver, assim como eu.

Assim que chegamos naquela cidade repugnantemente luxuosa, eles se amontoaram na janela e admiraram tudo enquanto podiam, sedentos dos reflexos coloridos das roupas dos habitantes da Capital. Cães sarnentos. Viviam no conforto às custas do trabalho, suor e sangue de tantas pessoas nos distrito, que não usufruíam de nem um quarto da riqueza que produziam.

Saindo do trem, nem parei para prestar atenção nos detalhes arquitetônicos ou fosse lá o que quisessem ver; eu não queria, queria sair de lá, não ir para casa, mas sim para outro mundo. Não os suportava; nenhum deles.

Segui até o apartamento em silêncio, olhando para o chão ao invés das paredes decoradas do elevador. Devorei a comida, provavelmente como um animal, mas não liguei. Não queria me importar e simplesmente saí da sala de jantar sem prestar atenção a uma palavra sequer. Joguei-me na minha cama e adormeci duas horas depois, com a mente vazia.

~Pov Effie

Sim, Effie Trinket. É minha filha, você a viu?

– Effie! Aí está você! Pelo amor de Deus, da próxima vez que quiser ver os tributos de perto, é só avisar!

– Mãe, eu só cheguei um metro mais perto – resmunguei, quase me esquecendo da voz anasalada – Só um metrinho! – repeti, reproduzindo a voz de minha mãe, aguda, clara e, principalmente, na moda.

– É bom mesmo! – ela se posicionou ao meu lado, como se aconchegasse em nossa casa ao invés de um lugar público – De que distrito esses daí são?

– Não sei... acho que onze, pelas roupas.

– Ah, querida, o que eu seria sem você! Minha borboletinha esperta!

Sei que ela teria apertado minha bochecha se eu não tivesse me aproximado mais da barreira de pessoas. Por que me aproximei? Ah, um dos tributos do 12 me chamara a atenção. Não sei como aconteceu, mas me senti extremamente atraída por ele e me aventurei por mais um metro, podendo tocá-lo se esticasse o braço. Lembrei-me de ter assistido quando fora sorteado; Haymitch Abernathy. Seus cabelos loiros estavam bagunçados e sujos, cobrindo seu rosto. Ele andava rapidamente, sendo que o perdi de alcance em segundos; parecia cansado e mal-humorado. Vi seu rosto duro na televisão, sua expressão que nada deixava transparecer. Não parecia ter dezesseis anos, definitivamente.

Seu olhar baixo e sua postura encurvada ficaram gravados na minha memória até a hora em que fui dormir. Tirei minha peruca azul (mamãe me dava dezenas de perucas de presente para encobrir meus cabelos loiros) e o vestido rosa-choque, colocando um pijama roxo. Imaginei que o tal do Haymitch estaria fazendo coisa parecida, sendo que nunca havia tido a oportunidade de vestir um pijama de seda e estaria fazendo isso apenas nas últimas noites de sua vida. Pobre coitado, devia saber que ia morrer. Adormeci no momento em que minha cabeça tocou o travesseiro.


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Notas finais do capítulo

Posto o próximo capítulo amanhã :3



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