Money Make Her Smile escrita por Clarawr


Capítulo 7
Let’s play a Love Game


Notas iniciais do capítulo

OLÁÁÁÁ Á Á MORES DA MINHA VIDAAAA.
Bom, antes de tudo, tudo, tudo, eu preciso me desculpar com vocês, porque eu fiquei quase um mês sem postar. É que, bom, minhas aulas começaram, eu fiquei toda atolada e aí o Carnaval acabou sendo mais doido do que eu esperava (RSSSSSSSSS) (brinks, antes que vocês comecem a pensar besteira) e eu mal parei em casa nos últimos dias. Eu comecei esse capítulo há uns das, mas estava difícil para terminar. Enfim, aí vem a notícia ruim: Eu estou com muito pouca inspiração para Money Make Her Smile. Porque o fato é que eu comecei essa fic só com os pontos principais definidos, ou seja, existem algumas coisas que eu sei que COM CERTEZA vão acontecer e já estão inclusive escritas. Mas o meio de caminho eu não sei como fazer, entendem? Por isso eu demoro. Mas não desistam de mim, prometo que ainda vai rolar muito amor, muita intriga, muita treta, muito badalo POAIDAPOSDIAOSDK
Enfim, já aviso que esse capítulo ficou menor do que eu gostaria. É que eu queria postar logo (eu fico agoniada quando passo muito tempo sem postar), então ele acabou um pouco antes do que eu gostaria. Eu queria ter colocado o encontro deles dois nesse mesmo cap, mas não consegui por motivos de: falta de inspiração e não querer que o capítulo fique enorme. Como eu sei que o encontro vai ser grandinho, eu optei por fazer separado (já já vcs vão entender do que eu tô falando). São exatamente 00h39 e eu acabei de colocar o ponto final na última frase, então desculpe se houver algum erro de português. Não acontece tanta coisa, mas é importante para mostrar que Annie e Finnick não vão se largar tão cedo AOPSDIPAOSDJKASDJL
Ah! E hoje a música tanto do título como do capítulo é "LoveGame", da rainha mother monster Gaga.



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“I wanna kiss you

But if I do then I might miss you, babe

It's complicated and stupid

Got my ass squeezed by sexy Cupid

Guess he wants to play

Wants to play

A LoveGame, a LoveGame”

Uma semana havia se passado desde que Annie e Finnick se conheceram e ela já tinha até meio que se esquecido do que havia acontecido entre eles dois. Mas ela não havia apagado o episódio de sua mente o suficiente para que a pergunta fatal deixasse de rondar sua cabeça: “Por que ele não me ligou?”

Annie não era nada insegura e nós já sabemos disso muito bem, mas ela ainda era uma mulher. E mesmo que não quisesse prolongar a relação com Finnick, ela não podia evitar se sentir levemente desconfiada de que algo não ia bem se ele não a ligara de volta. Nem que fosse para dar-lhe um belo pé na bunda no final da história, ela não aceitava com naturalidade a ideia de que ele havia se desligado dela mais do que ela havia se desligado dele.

– An, temos que fechar as contas das vendas de hoje. – A voz de Mags ressoou dentro da cabeça de Annie e ela levantou da cadeira onde estava sentada.

– Tudo bem, tia.- Ela respondeu, abrindo os arquivos de vendas no computador e retirando as notas fiscais das vendas do dia de dentro da gaveta cor de marfim embutida na mesa do computador.

Annie odiava fazer a contabilidade da loja da tia, mesmo que ela tivesse de trabalhar apenas com as vendas de um dia. Não é que ela não conseguisse trabalhar com os números, mas é que eles simplesmente tiravam seu sono e drenavam todo que havia de feliz no seu dia, porque sempre havia algum centavo que não batia ou alguma venda computada sem o dinheiro correspondente no caixa. Como se isso importasse. Como se elas precisassem do dinheiro da venda de um xale ou de uma pulseira.

Mags tinha aquela loja por esporte e por ser uma forma de ela não ser vista como uma perua preguiçosa por toda a alta sociedade da Zona Sul do Rio de Janeiro com quem ela tinha contato. Defendendo o discurso de que trabalho não é só para quem precisa do dinheiro, todos assentiam e concordavam quando ela dizia que amava sua loja e não a mantinha por dinheiro. “Aliás, eu mais invisto do que ganho” ela dizia. “É minha terapia, amo lidar com o público.”

Com o público rico, pode-se dizer. Porque sua loja no terceiro andar de um dos shoppings mais elitistas da cidade não era freqüentada pela classe média. Era exatamente aquele tipo de loja que pessoas normais como você e eu não entram porque sabem que não terão dinheiro para pagar por nada. Sabe quando você nem olha a vitrine de uma loja por medo de não estar vestido adequadamente e a atendente te lançar aquele olhar de reprovação através do vidro da vitrine? Então, essa era a loja de Mags.

Annie puxou a calculadora para perto de si e respirou fundo, se preparando para lidar com os valores das notas. Nesse exato instante, uma figura conhecida adentrou a loja e atirou a bolsa em cima do balcão onde Annie separava as notas pelos horários das vendas.

– Boa noite. – Disse Katniss, sorrindo de orelha a orelha.

– Katniss! – Annie exclamou, contornando o balcão a abraçando a amiga com força. – Meu Deus, faz séculos que você não vem me ver aqui na loja.

– Eu ia arrastar a Johanna, mas ela estava enrolada no escritório. – Johanna havia acabado de se formar em Direito e vivia carregando uma pilha de processos de seu chefe. Desde que ela conseguira um emprego em um escritório de advocacia, sua vida se resumia somente em ajudar seu chefe com divórcios litigiosos, pequenas causas, processos de danos morais e gritos impiedosos de “Johanna, vá buscar mais café!”.

– Por acaso é uma ocasião especial e eu não estou sabendo? – Annie perguntou, começando a se preocupar. – Ai, meu Deus, eu não esqueci o aniversário de uma de vocês, esqueci? Não, não, você faz em Novembro e a Jo em Maio, eu sei.

– Calma, An. – Katniss disse, começando a rir. – Só quis te fazer uma surpresa, não posso?

– Você chegou na melhor hora. – Annie sussurrou para que a tia não a escutasse. – Eu estava prestes a começar a contabilidade. Vem, vamos tomar um sorvete e aí eu fico bem longe desse livro caixa. – Annie implorou e Katniss riu. Poucas coisas assustavam Annie tanto quanto os números, desde a época da escola. – Tia, estou saindo rapidinho para tomar um sorvete com a Katniss, ok?

– Ah, Katniss está aqui. – Mags disse, surpresa, tirando a atenção da pilha de roupas que ela examinava cuidadosamente e alojava nas araras espalhadas pelos cantos da loja.

– Oi, Mags. – Katniss cumprimentou, indo até ela e dando-lhe um beijo na bochecha.

– Oi, querida. – Mags respondeu, abraçando-a de volta. – Não demorem, hein? O expediente ainda não acabou, Annie.

As duas saíram e pegaram a escada rolante que descia.

– Milkshake? – Katniss perguntou, iniciando um diálogo cifrado típico de conversas entre melhores amigas.

– Ovomaltine? – Annie respondeu.

– Bob’s? – Katniss rebateu.

– Ou Sundae? – Annie sugeriu, indecisa.

– Mc Donald’s, então?

– Top Sundae. – Annie decidiu.

– De chocolate. – Katniss completou e as duas riram.

As duas conversaram sobre suas vidas no caminho, mas por algum motivo Annie não mencionou que Finnick ainda não havia ligado e Katniss não mencionou encontro com Peeta no dia seguinte à noitada. Elas estavam na fila do caixa do Mc Donald’s quando Annie sentiu seu celular vibrando no bolso de sua calça. Ela retirou o aparelho e checou rapidamente o identificador de chamadas. A boca de seu estômago se contraiu levemente com o susto e ela virou a tela para Katniss.

– “Finnick”? – Ela gritou, fazendo as pessoas na fila olharem para a dupla com reprovação. – Atende, atende! – Ela disse num sussurro entusiasmado.

Annie pensou em recusar a chamada. Quem ele pensava que era para não dar sinal de vida por uma semana e esperar que ela o atendesse com um sorriso de cachorro empolgado no rosto? Ela não queria que ele pensasse que ela havia passado a semana inteira ao lado do celular esperando a ligação porque essa não era a verdade.

Mas, apesar de tudo, ela resolveu atender.

– Alô? – Ela disse, olhado para Katniss, que – diga-se de passagem. – parecia mais animada do que a própria Annie.

– Annie? – Ela ouviu aquela voz baixa e grave e pensou que tomou a decisão certa ao atendê-lo.

– A própria. – Ela respondeu, sorrindo. “Por que diabos estou sorrindo” Ela pensou, mas não conseguia fazer os lábios voltarem ao normal.

– Eu realmente queria ter te ligado antes, mas eu não sabia o que dizer e fiquei com medo de parecer um idiota. – Ele começou.

– E agora você sabe? – Ela perguntou, dando o dinheiro para que Annie pagasse pelo sorvete no caixa.

– Não. Eu continuo sem saber, mas resolvi ligar mesmo assim. – Ela quase conseguia vê-lo sorrindo do outro lado da linha. – Droga, eu perdi mesmo a prática com essas coisas. - Annie riu. – Eu quero te ver de novo. Muito. Quer dizer, quero muito te ver de novo. Quero muito te ver muito também, mas não sei se você vai querer me ver muito então vamos com calma. – Annie gargalhou, incapaz de fazer outra coisa.

– Olha, deixa eu te ajudar. – Ela disse, pegando uma colherada do sorvete. – Eu também quero te ver de novo. E acho que a gente deveria fazer isso logo, você não concorda? – Ela propôs, e sentiu Katniss soltar um guincho excitado ao seu lado.

– Concordo plenamente. – E de repente Annie se pegou dando um braço para ser uma mosca e poder ver Finnick nesse momento. Ver se ele sorria, se ele mordia o lábio pela ansiedade ou se ele torcia os dedos em nervosismo enquanto falava com ela.

Annie sabia que Finnick não era o homem de seus sonhos, mas ela sentiu a boca do seu estômago ficar quente e fria ao mesmo tempo quando pensou em vê-lo de novo. Talvez não fosse tanto por ele, mas pela expectativa de flertar de novo. De jogar o jogo da conquista novamente.

Há alguns dias atrás, Annie tinha dito para Katniss que não estava certa se Finnick era o cara com quem ela gostaria de gostar esse jogo. Mas, bom, ela não tinha mais ninguém com quem brincar. E ele parecia bastante interessado em jogar com ela.

– Você tem planos para amanhã à noite? – Ele arriscou.

Annie mordeu o lábio, pensativa.

– Não. – Ela disse, hesitante. Não queria parecer disponível demais para ele.

– Que tal passar a ter agora? – Ele perguntou. – Quero te levar para jantar.

– Posso saber aonde?

– Surpresa. – Ele disse e Annie revirou os olhos. Ela tinha um pouco de receio quando a coisa envolvia a palavra “surpresa”.

– Ah, não. Não, não, não, não. – Annie repetiu. – Olha, eu quero que dê certo. Se você não me contar onde nós vamos, eu não saberei como me vestir nem o que esperar. Imagina se você escolhe um lugar que eu detesto? Vamos evitar qualquer tipo de contratempo, ta? – Ela pediu, sua voz se amaciando no final. – Qual é a sua sugestão?

– Eu estava pensando em comida japonesa. – Finnick disse. – Você gosta?

– Hm, parece bom. – Ela respondeu. – Onde e que horas?

– Oito horas. Eu passo na sua casa para te buscar, o que me lembra que até agora eu não sei seu endereço. – Finnick observou.

Annie passou-lhe seu endereço e eles desligaram.

– Parece que alguém decidiu investir no Loiro Gostoso. – Katniss apontou, cavando o resto do sorvete com a colher.

– Sabe, Kat, eu acho que no fundo você e a Johanna têm razão. – Annie respondeu, distraída. – Eu não posso ter um gostoso desses me rondando e não me aproveitar nem um pouco. – Ela sorriu maliciosamente para a amiga e as duas começaram a discutir roupas para Annie e seu Grande Encontro no dia seguinte.

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Vai levá-la para comer comida japonesa? – Peeta perguntou, levemente desconfiado enquanto via o amigo zanzando de um lado para o outro na frente do espelho atrás da porta do único armário da casa.

– Vou, ué. – Finnick respondeu, abotoando a blusa preta e procurando seus sapatos. – Qual é o problema?

– Finnick, restaurante japonês é coisa cara. – Peeta observou, parecendo preocupado.

– Relaxa. Olha, eu recebi essa semana. Não vou ficar te devendo nada. – Finnick garantiu, referindo-se às contas do apartamento que os dois dividiam.

– Não estou preocupado com isso. – Peeta respondeu, dando de ombros. – Só não quero você se endividando por causa de mulher.

– Ai, que bonitinho ele está preocupado. – Finnick afinou a voz, mas logo voltou a falar sério. – Obrigado, moleque. Mas está tudo sob controle.

– Então boa sorte. – Peeta disse. – E, não se esqueça, camisinha sempre. – Peeta alertou, não conseguindo conter um sorriso atrevido.

– Há, há, há. – Finnick forçou a risada. – Cadê as chaves do carro? – O carro de Peeta já não era mais de Peeta há muito tempo. O veículo já havia se transformado em uma espécie de transporte público compartilhado pelo trio de amigos. Finnick era o que mais abusava da gasolina do Ford seminovo de Peeta.

Peeta jogou o molho de chaves, fazendo-o cruzar o ar e aterrissar em cheio na mão de Finnick.

– Amanhã tem faculdade, então... – Ele sorriu diabolicamente. – Eu volto a tempo de contar os detalhes.

– Me poupa. – Peeta respondeu, rindo, no exato instante que o amigo atravessou a porta de casa rumo ao corredor do prédio.

Finnick desceu pelo elevador de serviço que dava acesso direto à garagem, deu a partida no carro e ligou o rádio, abismado, como sempre acontecia quando ele parava para pensar a respeito, com como havia topado com uma mulher tão incrível quanto Annie.

Por algum milagre, o trânsito não estava congestionado, então ele chegou à casa de Annie em pouco mais de vinte minutos. E foi nesse exato instante que ele pensou se não estava cometendo um grande erro.

A entrada do prédio de Annie era, sem sombra de dúvida, a mais luxuosa que Finnick já havia visto na vida. Ele já desconfiou que a coisa toda era perigosa quando descobriu que ela morava nos arredores de Ipanema, mas agora ele começara a se perguntar se não era melhor dar marcha à ré e sumir dali o mais rápido possível.

Finnick encarou as enormes portas de vidro escuro e o caminho entremeado por pequenos canteiros com as mais delicadas flores.

O que eu estou fazendo aqui?

Ele encarou o celular, ponderando. Finnick simplesmente não se sentia capaz de lidar com uma garota como Annie, acostumada desde sempre com tudo do bom e do melhor. Agora ele podia levá-la para jantar, mas como ele ia fazer no fim do mês, quando a geladeira de seu apartamento estava praticamente vazia e seu salário já havia evaporado? Ele não ia poder dar à Annie tudo que ela sempre teve, e subitamente ele se sentiu mal por isso.

Uma pequena parte de sua cabeça observou: “Ninguém aqui está planejando um casamento. Isso é curtição, Finnick. Esse tipo de coisa só vira problema depois dos primeiros dois meses de namoro.”

Fazia sentido. Ele não tinha como saber se as coisas com Annie funcionariam, se durariam ao ponto de ele ter de começar a pensar nos problemas financeiros. Finnick respirou fundo e digitou a mensagem.

“Já estou aqui embaixo.”

Afinal, apesar de tudo, ele não poderia se atrever a desperdiçar a chance de ver Annie de novo por nenhum pretexto.

Nenhum.


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Notas finais do capítulo

Tô aqui nas finais para dizer a vocês que eu prometo (MESMO!) tentar (TENTAR!!!!!!) não demorar tanto com o próximo capítulo. É só que as coisas tão complicadas para o meu lado, amorecos. E é bom deixar claro que eu prometo TENTAR, em breve eu entro em provas/testes e terei que fazer mil trabalhos enormes e chatos que tomam muito do meu tempo. Entendam o lado da sua autora aqui. Vocês sabem que eu amo vocês.
Espero que tenham gostado.
Beijo, aperto na bunda e um cheiro no cangote.



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