A História Sempre Se Repete - 2ª Temporada escrita por EvansPotter


Capítulo 39
Ecos


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeey amores
bom, por incrível que pareça eu ainda estou viva. Não sei se vou resistir até o final da fic. Estou achando que alguém vai vir aqui me matar. Mas como eu já disse meio milhão de vezes nesses últimos dias, acreditem, não foi fácil fazer esse final.
Quem quiser pode me passar o e-mail por MP que quando eu terminar de postar essa fic, eu mando o outro final para vocês por e-mail. Mas só quando eu terminar de postar ok?
Mas continuem lendo e comentando por favor, nem que seja para me xingar ou ameaçar.



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P.O.V. Rose

“Se conseguir isso eu engulo mais uma vez o meu orgulho e volto na mesma hora. Feliz! Por que é o que eu sempre vou fazer! Sabe por que, Rose? Porque eu te amo!”

A voz de Scorpius invadiu minha mente, percorrendo todos aqueles anos que me separavam daquele corredor nas masmorras de agora. E a imagem dele também invadiu minha mente. Vestido naquele uniforme verde de quadribol da Sonserina, passando perto de mim na arquibancada.

“Oi, ruiva! Não... Espera... Oi minha ruiva!”

E de repente ele estava em pé do lado daquela cama de hospital com Claire embrulhada em cobertores nos braços fortes dele. Ele estava sorrindo para mim. Feliz. A alegria da chegada da nossa ruivinha preenchendo todo aquele quarto.

Ok, Rose, nossos filhos vão ter o sobrenome Weasley para manter essa louca afastada.”

Será que isso teria dado certo? Será que ele ainda estaria aqui? Claro que não, Rose, não seja burra. Isso não mudaria nada. Absolutamente nada. Do mesmo jeito de que nada do que você possa fazer agora vá mudar alguma coisa.

– Ah! Vejo que a senhorita voltou! Estava com saudades de ver esse casalzinho juntos! Scorpius tem estado muito preocupado com a senhorita.

– Ela sabe, professor. Visitei ela todos esses dias na enfermaria.”

E visitou mesmo. Me lembro de quando acordei e ele estava bem perto, mexendo em um dos cachos do meu cabelo, com um pequeno sorriso no rosto. E agora eu nunca mais vou ver isso quando eu acordar. Nem vou ter mais os braços dele me abraçando durante a noite. Me protegendo.

“– É serio Rose. Eu... Eu tenho medo que ela possa te machucar outra vez.

– Você pode me defender.

– Como você precisasse de alguém para isso, ruiva.

– Quer dizer então que você não vai me defender, doninha?

– Ah, Rose! Eu sempre vou te proteger.”

– Os dois estão dormindo, Rosinha. – Papai disse entrando na cozinha e se sentando na cadeira a frente da minha na mesa.

Apenas confirmei com a cabeça e beberiquei o chá já frio da xicara em minhas mãos, acho que apenas para não precisar falar absolutamente nada.

– Como vocês chegaram aqui? – Perguntei alguns minutos depois.

– Claire foi pela rede de flu até em casa. Ela começou a gritar na sala e nós viemos logo para cá. – Ele respondeu em voz baixa.

Assenti mais uma vez com a cabeça.

– A mamãe já deve estar voltando. – Papai falou de repente, e me lembrei subitamente de quando era pequena e perguntava onde minha mãe estava quando ela demorava um tempo a mais no Ministério e meu pai chegava antes em casa. Mas dessa vez eu não tinha percebido que ela não estava ali. Eu só conseguia notar uma ausência.

– O que?

– Ela já deve estar voltando.

– O que? Voltando da onde?

– Ela foi até a casa dos Malfoys.

Parecia que alguém tinha me dado um tapa na cara. Draco e Astoria. Eles ainda não sabiam. Como eu podia ter esquecido disso? E agora mamãe ia sozinha falar com eles.

– Eu que devia ter ido.

– Tudo bem, Rosinha. É melhor você ficar aqui mesmo. Além do que, vai que algum dos dois acorda outra vez. – Ele falou apontando ligeiramente com a cabeça para cima.

“– Mamãe! – Claire correu e me abraçou quando eu finalmente desci as escadas até a sala.

Me abaixei para abraçar ela e Matt apertado. Pelo canto do olho vi meu pai lançando um olhar para mamãe. Ele sabia que alguma coisa estava errada.

– Cadê o papai? – Matt perguntou, olhando em direção à escada, esperando Scorpius descer e abraça-lo também.

– Ele... – Comecei, mas no mesmo segundo voltei a chorar sem controle.

Senti alguém me levantando do chão e me colocando sentada na poltrona perto da lareira, só então percebi que era meu pai. Ele me segurou pelos ombros e olhou fundo nos meus olhos, acho que talvez buscando a confirmação silenciosa para a conclusão a qual ele havia chegado.

– Venham aqui. – Minha mãe falou se sentando no sofá e chamando Clar e Matt, assustados e com os rostos traçados por lagrimas, para o lado dela.

– Cadê o papai? – Claire perguntou alto.

Meu pai sentou no braço da minha poltrona e apertava forte o meu ombro. E eu tentava desesperadamente me controlar. Eles precisam de mim e eu preciso deles. Eu precisava contar para eles sobre Scorpius.

Mas eu não contei. Eu não consegui fazer isso. Mamãe contou a eles.

– Pai! Pai! – Claire gritou e saiu correndo em direção as escadas no segundo em que minha mãe terminou de explicar o que tinha acontecido.

– Papai! Pai! – Matthew foi atrás dela.

Mas antes que eles pudessem de fato chegar à escada, meu pai segurou os dois e os trouxe de volta ao sofá. Apenas estendi meus braços para eles e os dois vierem correndo me abraçar e chorar no meu colo.”

Isso tudo não pode ser verdade. Ela não conseguiu finalmente tirar o Scorpius de mim. E dessa vez de um jeito que ele não vai poder voltar.

– Você nunca vai me perder, Rose.

– Nem para ela?

– Muito menos para ela, ruiva.

– Promete.

– Prometo.”

É, mas é verdade, Scorpius, ela finalmente te tirou de mim.

– Mãe! – Claire gritou lá de cima. Corri até o quarto dela, já imaginado que a Parkinson estava ali de novo, apesar de papai já a ter levado até o Ministério, mas Claire estava sozinha no quarto, sentada na cama no escuro.

– O que foi, Clar? – Perguntei me sentando do lado dela.

A ruivinha apenas me abraçou e começou a chorar alto. A deitei sobre as minhas pernas e comecei a fazer carinho na cabeça dela, enquanto deixava as lagrimas mais uma vez lavarem o meu rosto.

“Não chora, ruiva.” A voz dele atravessou mais anos e anos na minha cabeça. Mas agora é impossível não chorar. Até porque não tenho Scorpius me confortando contra o peito dele enquanto diz essas palavras e passa as mãos pelo meu cabelo.

– Mamãe, eu falei para o papai que eu estava com medo dela. – Claire disse entre soluços. – Mas ele disse que eu não precisava ter medo porque vocês não iam deixar ela fazer nada com a gente.

– Eu... Clar...

– Eu odeio ela, mamãe. – Ela falou se levantando do meu colo e me olhando firmemente. E eu vi, naqueles olhos tão iguais os de Scorpius, que ela estava falando a verdade. Também a odeio, Claire. Você não tem ideia do quanto eu a odeio, ruivinha.

A abracei outra vez no momento em que Matthew apareceu na porta do quarto e caminhou lentamente até nós duas. Ele se sentou do nosso lado na cama de Claire e começou a chorar baixinho, se agarrando a minha cintura e deitando a cabeça nas minhas pernas. Claire começou a fazer carinho na cabeça dele, passando lentamente a mão por entre os fios de cabelo bem loiros dele.

– Mãe?

– Oi, Matt?

– Ele não vai voltar mesmo, não é? O papai.

– Não, Matt. Não vai. Mas eu, você e a Clar vamos ficar bem juntinhos agora, ok?

– Mas mamãe, é sempre o papai que joga quadribol comigo.

– Eu sei, meu amor.

– Eu posso jogar quadribol com você se você quiser, Matt. – Claire falou ainda fazendo carinho na cabeça dele.

– Não dá. Eu jogo na sua vassoura quando jogo com o papai. Eu não tenho uma vassoura.

– É, eu sei, mas é melhor comprar uma para ele antes que se machuque na sua ou quebre a da Claire outra vez.

– Ótimo! Eu escolho uma vassoura para ele!”

– Eu compro uma vassoura para você, Matt. – Falei mais uma vez tentando manter a voz firme.

– Não precisa, mãe.

– Então como você vai jogar com a Claire?

– Eu não quero jogar com a Claire, mamãe. Eu quero jogar com o papai.

– Eu também posso jogar com você, Matt. – Meu pai disse da porta do quarto. Acho que ele estava ali a um bom tempo nos observando. – Sabia que eu joguei na Grifinória quando estava na escola?

– Sabia. – Matthew falou em voz baixa.

– Então... quer jogar comigo?

– Não... desculpa.

– Venham para o meu quarto. – Chamei. – Querem dormir comigo hoje?

Eles confirmaram apenas balançando a cabeça e fui com eles até meu quarto. Os dois levaram um bom tempo para dormir. Meu pai ficou o tempo todo nos olhando da porta e me abraçou apertado quando passei por ele depois que Claire e Matt já tinham dormido.

– Acho melhor vocês três ficarem lá em casa por um tempo. O que acha? Tem espaço para vocês lá.

– Não sei, pai.

– Quer ficar aqui?

– Não.

– O que você quer, Rosinha?

– Scorpius. – Falei olhando para ele e sentindo meus olhos transbordarem outra vez.

Ele me abraçou ainda mais e beijou o alto da minha cabeça.

– Pai.

– Hum?

– Eu acho que não consigo criar os dois sozinha.

– E quem disse que você está sozinha?

– Pai...

– E, além disso, você vai conseguir passar por isso, você é forte, Rosinha.

Rose, a ultima coisa que você é, é fraca.”


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