(Edward Pov)

Eu já havia passado de todos os meus limites, agora já não havia mas como eu escapar de Lucy, eu havia me entregado por completo, meu coração disparava voltando a vida, depois de tanto tempo.
Ela ainda me encarava, enquanto eu me aproximei dela, passando as minhas mãos em seu rosto quente, me aproximei a ponto de beija-la, mas o medo de machuca-la, de não resistir ao seu cheiro doce me conteve, beije-lhe as bochechas.
Ela me fitou com os olhos brilhantes , e se aproximou de mim, me deixando imovel, então sua voz saiu como um doce murmurio
- Posso lhe pedir algo? Ela disse me fitando
- Pode.. concordei com medo do seu pedido.
- Me Beije.. Ela pediu sem cerimônias, me encarando.
- Não posso, eu tenho medo de não resistir.. Eu respondi a fitando e vendo seus olhos ficarem tristes com minha resposta.
Mas eu tinha medo de não reisstir ao cheiro doce, e acabar tomando-lhe em meus braços, eu já não tinha o mesmo auto-controle, ainda mas quando aquele cheiro familiar, que eu não sentia a tanto tempo, me invadia profundamente tomando conta de cada pedaço do meu corpo.
- Será que podemos voltar a minha casa? Ela pediu enquanto eu podia perceber o tom de decepção em sua voz.
Se ela soubesse que toda a vontade que eu tinha era de toma-la nos braços, e beijar-lhe, abraça-la como eu não a abraçava há tanto tempo.
Ela ficou em silêncio durante toda a estrada até sua casa, acho que ela estava ainda absorvendo tudo o que eu havia lhe dito, apenas se ouvia o ronco da harley imponente na estrada, não demorou muito para que chegassemos a sua casa, estacionei a moto em frente a varanda.
Entramos ainda em silêncio, apenas nossas mãos nos uniam, ao passar pela porta, observei a Sra,Amber dormindo no sofá, como entrava um vento gelado, pude perceber pois ela estava encolhida, joguei-lhe o coberto por cima.
-Obrigado... Lucy agradeceu

-Venha.. Ela disse esticando as mãos e me puxando para cima em direção ao seu quarto.
Ao entrarmos no quarto, ela se sentou na beirada da cama, enquanto eu caminhei até a velha cadeira, e me sentei a fitando, sua expressão era de confusão, de angústia, ela parecia estar atordoada com tantas descobertas.
Eu não podia esconder a tristeza em meu olhar, pois eu ainda tinha esperanças de que ela se lembrasse de alguma coisa, do passado, mas eu estava cada vez mas certo de que se aquela era Bella, ela não se lembrava de mas nada,
- Há mas alguma coisa que você queira me contar? Ela me indagou percebendo minha expressão confusa.
- Meu maior medo é de que você fique com raiva de mim... Eu disse a fitando
-Só vamos saber se você me contar.. Ela retrucou
Eu precisava de alguma forma contar-lhe por que Bella pulou daquele penhasco, mas o medo de que ela finalmente me achasse um monstro, tomava meu peito, queimando a ferida, e me fazendo tremer.
- È sobre Bella.. Eu murmurrei
- Edward você não precisa falar sobre isso, se isso te faz sofrer. Ela disse me encarando com um olhar doce.
- Eu preciso te contar.. Eu disse enfático
- Bella se matou porque eu a deixei, porque eu achei que o melhor para ela, era permanecer longe de mim, porque eu já havia colocado-a em riscos demais. Eu terminei de falar enquanto toda a dor por relembrar daqueles fatos transpareceram em minha voz, e as feridas pareciam se abrir novamente.
- Edward. Ela sussurrou com os olhos cheios de lágrimas.
- Eu não posso julgá-lo por um erro do passado, apenas te peço não faça a mesma coisa comigo, pois te garanto que provavelmente aconteceria a mesma coisa. Ela respondeu com a voz repleta de dor.
Naquele momento eu me imaginei perdendo-a novamente, e quase não pude suportar, a dor foi intensa e cruel.
- Você não entende... Eu resmunguei
- Não, eu nã preciso saber os riscos que estou correndo, eu já estou envolvida com você, é tarde demais para voltar atrás.. Ela sussurrou me deixando emocionado, como aquela pequena humana podia ser tão tola novamente.
Ela voltou a me olhar com os olhos cheios de ternura, e com uma ponta de curiosidade em seu rosto, ela cruzou as pernas e me fitando perguntou:
- Quantos anos você tem?
- Você quer a idade real ou ficticia? Eu a indaguei
- As duas.. Ela exclamou
- Quando fui transformado eu tinha 17 anos, mas se você levar em conta que isso foi em 1909, eu tenho 100 anos. Eu respondi observando que sua expressão de surpresa.
- Não está espantada? Eu perguntei
- Não, porque estaria... Ela sussurrou
-Não vai nem me chamar de velho.. Eu provoquei
- Infelizmente a única que tá ficando velha aqui sou eu.. Ela retrucou
- Vejo que tem mas perguntas? Eu disse observando seu olhar curioso ainda.
- Dorme em caixões? Ela indagou
- Não, mito, e a proposito Eu não durmo.. Respondi a deixando boquiaberta.
- Como assim? Ela indagou
- Não podemos, infelizmente é que nem lágrimas, também não a produzimos. Eu respondi
- Oh.. Ela exclamou
- Me conte porque você não caça pessoas? Ela me indagou
- Porque eu não quero ser um monstro.....Minha voz saiu fria e baixa...
Ela parou de falar se levantando, e se aproximando de mim, enquanto se sentava em meu colo , e passava os braços em volta do meu pescoço, confesso que sentir aquele cheiro tão de perto novamente, me deixou em estado de torpor, prendi a respiração, enquanto sentia o veneno queimando em minha garganta.
- Lucy afaste-se, isso é um erro.. Eu resmunguei a tirando do meu colo
Seu rosto estava magoado, e ela sussurrou com raiva:
- Que erro?
- Eu me permitindo ficar tanto tempo sozinho com você.. Respondi
- Eu não me importo...Ela respondeu
- Pois devia tomar mas cuidado....Eu a alertei
- Como eu já disse, sei que você não seria capaz... Ela me surpreendeu
- Mas alguma pergunta? Eu a indaguei
Ela me fitava com os olho cheios de lágrimas, se aproximou novamente colocando suas mãos quentes em meu rosto
- Você me ama? Ela perguntou me pegando de surpresa
- Podemos dizer que eu já não sentia isso faz algum tempo... Eu respondi
- Eu quero saber se você me ama? Ela voltou a perguntar
- Sim, Eu te amo! Eu deixei com que as palavras escapassem de  meus lábios como uma melodia...
Ela se aproximou e antes que eu pudesse reagir de algum jeito, seus lábios quentes enconstaram nos meus, fazendo com um grande choque eletrico percorresse meu corpo e com que todas as minhas emoções, já adormecidas há algum tempo
voltassem todas a tona, e me tomaram como um furacão.
- Lucy, não podemos nos permitir... Eu a afastei
- Deixa de ser bobo, eu não tenho medo do que você pode fazer. Ela resmungou, sem saber no que eu pensava naquele momento, seu cheiro queimando em minhas narinas, seu gosto em meus lábios,
a tentação era bem maior do que eu podia suportar, me levantei abrindo a janela para que o ar pudesse circular e aliviar um pouco a situação.
- Está muito dificil para você agora? Ela indagou
- Sim... Eu suspirei a fitando
- Mas você está bem... Ela respondeu
- Como sabe? Eu a indaguei
- Seus olhos estão claros o que quer dizer que você está de bom humor... Ela sussurrou
- Você é muito observadora, não? Eu disse a encarando
- Sim, costumo ser... Ela me respondeu
- Me conte o que você lembra de Billy Black? Eu a perguntei
- Hmm, vejamos só o conheci uma vez, eu era bem pequena, aquela foto lá na sala, foi a última vez em que o vi.. Ela disse estranhando a minha perguntar.
- Não vá me dizer que Billy também é um de vocês? Ela me indagou
- Não, ele não é um vampiro, apenas um velho conhecido.. Eu respondi, não poderia dizer a ela que lobisomens também existiam, e que ela havia estado com um
deles, acho que seria muita informação para um dia só.
- Oh, não sabia que conhecia Billy. Ela disse sorrindo
- Não, eu não o conheço, quer dizer meu pai que o conhece bem.. Eu respondi
- E você conheceu Jacob Black? Eu lhe perguntei temendo por sua resposta.
- Não, sei que é o filho de Billy, mas não tive a oportunidade de conhece-lo, ele morreu alguns anos antes de eu nascer. Ela me respondeu me pegando de surpresa.
- Jacob Morreu? Eu a indaguei
- Sim, pelo menos foi o que minha mãe me contou. Lucy respondeu enquanto deitava na cama.
- Mas porque pergunta? Ela me indagou
- Nada apenas fiquei curioso, ao ver sua foto .... Eu respondi escondendo meus verdadeiros motivos, que eram saber se ela se recordava de alguma coisa
que Bella tivesse vivido com os Blacks.
- Então nos vemos amanhã, acho que por hoje chega de perguntas, você precisa descansar Lucy... Eu disse beijando-lhe suavemente, ainda me contendo.
- Tchau meu amor... Lucy se despediu sorrindo...
Depois daquela tarde extremamente agitada, a noite parecia completamente calma, era como a calmaria depois da tempestade, eu estava absolutamente convencido de
que se Lucy fosse Bella, ela não provavelmente não se recordava de nada de sua vida passada, quer dizer de quando foste Bella, ela tinha um gênio e um temperamento
completamente diferente apesar da semelhança fisica.
Eu tinha que ter certeza de que estava apaixonado por Lucy Amber, e nao por um fantasma que eu sabia que não voltaria, que eu sabia que jamais a veria de novo.
e também eu não podia me envolver com Lucy, e a deixar como eu fiz com Bella, se acontecesse o mesmo fato tragico duas vezes, eu concerteza não suportaria dessa vez.
Eu lutava contra a angústia dentro de mim, contra a possibilidade de que se Bella voltasse, talvez ela não fosse capaz de me perdoar por tudo que eu a fiz.