Já era noite, Hermione estivera na biblioteca desde o último suspiro da Lula Gigante antes de descansar em um sono profundo, infinito e inacabável; o animal que entretera os alunos de Hogwarts durante muitos anos morrera durante o pôr-do-sol, provavelmente, mais uma vítima de envenenamento; desde o início do ano muitas das fantásticas criaturas que tinham Hogwarts como habitat morreram. O grindylow que residia na sala do professor de Defesa Contra As Artes Das Trevas morrera envenenado há três semanas, unicórnios haviam sido encontrados mortos na orla da Floresta Proibida,tronquilhos, centauros, acromântulas, e outros seres mágicos morreram envenenados, em apenas dois meses. Não existira explicação para tais fatos ainda, porém o ocorrido deixara alguns alunos indignados, os mesmos queriam solucionar o mistério que rondara Hogwarts após a batalha por seu mundo.

Hermione andava pelos corredores apressadamente, com o intuito de chegar ao Salão Principal a tempo para o jantar, porém, por um descuido, a garota tropeçou, caiu,e se viu dentro de um armário de vassouras, e, por contra-vontade, ouviu algo que a fez continuar ali, ouvindo o que não lhe era permitido:

"-Não podemos continuar com isso.

–Devemos terminar nossa missão! Essa droga chamada Hogwarts tem que ser fechada! Se matar seres não for suficiente, envenenarei pessoas, a começar pelos trouxas e traidores do sangue.

–Faça como quiser, só não me meta em seus planos imundos.''

Hermione permaneceu estática, até que os passos ecoassem distantes e não lhe oferecessem perigo.

Quando saiu do armário a garota estatelou-se, acabara de ver o dono de uma das vozes que ouvira segundos atrás, permaneceu quieta, até a desconhecida pronunciar-se :

–Não lhe ensinaram que é feio ouvir a conversa alheia? Grifinória inútil! Vocês trouxas imundos sempre ficam metendo o nariz onde não são chamados.

–Você não tem nada que me perguntar das coisas que fiz ou não. - Hermione já estava a virar-se para ir embora quando a sonserina a acertou covardemente, pelas costas.

–Sectumsempra! Petrificus Totalus! Obliviate! -bradou a sonserina antes de colocar Hermione novamente no armário de vassouras e trancar a mesma no local.

Acabara o jantar e Hermione havia sumido, Gina, preocupada, foi procurar a amiga, a ruiva andou por vários corredores, abordou muitas pessoas, olhou em muitos armários, até encontrar Hermione.

–Finite Incantatem. Vulnera Sanentur. Vulnera Sanentur... -Gina murmurava, preocupada demais para saber se estava executando os feitiços corretamente.

Hermione abriu vagarosamente os olhos, fitou Gina e indagou:

–O que faço aqui?

–Eu ia te fazer essa pergunta agora, Mione. Não se lembra de nada?

–Não. Exceto que estava indo para o Salão Principal, jantar com você.

–Não tem problema, vem. Vamos para o salão comunal. Já está tarde.