E Se Tivesse Acontecido? escrita por Dai


Capítulo 11
O Último Desejo


Notas iniciais do capítulo

Oiii! olhem eu akiii! gente dedico esse cap pra minha perra tatah, e a td mundo q recomendou!
Espero q gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/448806/chapter/11

O Carro de Carlos Daniel corria pelas ruas do México. Voltando para casa, Carlinhos Daniel adormeceu nos braços de Paulina. Em momento algum ela deixou de acariciar os cabelos do garoto. Assim que os portões da mansão Bracho se abriram, Paulina sentiu um calafrio percorrendo-a completamente. Aquelas malditas borboletas outra vez levantaram voo, deixando-a inquieta.

Carlos Daniel deu a volta no gramado e estacionou o carro frente a escadaria. Com rapidez, ele fez a volta no carro e abriu a porta para que ela saísse com o garoto.

–Quer que eu o leve? –perguntou quando Paulina parou frente a ele com o garoto nos braços, agarrado a si.

–E... –envergonhou-se. –Tem algum problema se eu coloca-lo na cama? –perguntou com a garganta seca.

–Claro que não... –tentou sorrir.

–O-obrigada. –gaguejou ao olha-lo nos olhos.

Aquele não era o Carlos Daniel que um dia ela conheceu. Mesmo estando perdido em aflições, quando Paulina adentrou a mansão pela primeira vez, havia um resquício de felicidade no olhar dele. Algum dia ele havia sido feliz, e naquele instante, quando seus olhares se chocaram, Paulina percebeu que aquele brilho havia morrido. Onde estava?

–Deixe-me ajudar-te. –ele forçou um sorriso caminhando a passos largos frente a ela, ele abriu a porta para que ela passasse mais facilmente com o garoto.

–Obrigada. –Agradeceu. –Posso? –perguntou ainda envergonhada.

–Claro. –ele sorriu, desta vez, o sorriso verdadeiro era mais presente.

Paulina subiu as escadas com Carlinhos e o colocou na cama. Com todo o cuidado, beijou sua testa e cobriu o menino com o edredom azul. O coração de Paulina batia acelerado. A dor contida nele não podia ser expressa em palavras, era horrível. A Despedida havia chegado. Tentando conter o choro que vinha a sua face sem controle, ela beijou o menino mais uma vez e sussurrou baixinho.

–Te amo filho. Vou te amar pra sempre. –respirou profundamente. –Me perdoe.

Paulina saiu do quarto secando o rosto. Ela nem percebeu a presença de Carlos Daniel quando saiu a passos largos do quarto do garoto.

–Paulina, espere. –Chamou a voz arrepiante dele. As borboletas malditas levantaram voo mais uma vez.

–Boa noite Carlos Daniel. –falou ela baixinho caminhando rumo as escadas. Ela caminhou até o topo da escada e tocou sua mão ao corrimão. Um toque preciso, mas leve, a segurou pelo pulso.

–Por Favor... vamos conversar. –pediu com a voz baixa e necessitada. Paulina temblou.

–Não temos nada que conversar, Senhor Bracho. –olhou no fundo dos olhos, tentando esconder a dor do seu coração com a frieza.

–Não me trate assim, por favor Paulina. –sua voz era baixa e terna. –Perdoe-me, sei que destruí tua vida, mas...

–Não tenho nada que te perdoar. –Repreendeu o choro em sua garganta quando o interrompeu. –Sou bem grandinha para saber o que faço. –jogou as palavras e uma lágrima.

–Apenas alguns minutos. Por favor. –Os dedos dele deslizaram para a mão dela, acariciando-a com o polegar. –Que seja a última vez, por favor.

Todos os impulsos nervosos de Paulina foram acionados por aquela pequena carícia. Seu coração contraiu-se completamente com as palavras dele. Era uma rajada de quente de verão sobre a tempestade fria de seu coração. Ela respirou profundamente e as lágrimas cobriram sua face.

–Adeus Carlos Daniel. –falou quase inaudível.

Carlos Daniel congelou com as palavras dela, e quando ela virou-se para ele, ele não suportou. Segurando-a com firmeza pela mão, a virou de frente para ele e colou seus corpos um ao outro. Paulina em um susto, apoiou as mãos aos braços dele. Suas bocas estavam a milímetros de se tocarem. Seus olhares revezavam-se entre as bocas desejosas e os olhos. Os corações que batiam desenfreadamente, soavam como o compasso da canção na mente deles. Carlos Daniel deslizou a mão para a nuca dela e a firmou.

–Perdoe-me... –sussurrou olhando-a nos olhos. Ele mirou os lábios dela e prosseguiu: -...Mas Preciso.

Carlos Daniel acabou com o espaço entre ele e Paulina. Suas bocas se tocaram com desejo e fome. Ele a firmou ainda mais contra seu corpo. Ela temblava nos braços dele firmando-se apenas no corpo tão perfeito que tinha ao entorno de si. Paulina envolveu os braços no pescoço dele, e com os dedos, bagunçava seus cabelos negros. Seus lábios não paravam de se mover. O Ar os deixava ofegantes, mas não foi capaz de cessar aquela troca de... de que?

Carinho?

Carência?

Amor?

Necessidade?

Paulina descolou seus lábios dos dele. Seus olhos não conseguiam se abrir. Ele era o seu veneno. Carlos Daniel não soltou-a de si. Olhando cada milímetro do rosto dela, murmurou.

–Tão distinta... como não percebi? –perguntou a si mesmo em um tom mínimo.

Paulina fez menção de afastar-se dele, mas Carlos Daniel firmou sua nuca ainda mais. Paulina abriu os olhos em um estalar e sua íris verde mirou o olhar negro dele. Ele outra vez a embriagou. Ambos com a respiração ofegante encararam-se em busca de respostas. Seus olhares tentaram conversar, e quando ela relaxou o rosto, ele não pode conter. Sua boca cobriu a dela outra vez, entregando tudo de si em um beijo. Paulina o correspondeu, necessitava dele. Era um erro, mas o coração clamou, e ela teve de ouvi-lo. Quando ela caiu em si, já ofegante e rendida aos braços dele, deslizou as mãos com pressa para o peito dele e quando descolou seus lábios, o empurrou.

Abrindo os olhos o olhou por um mísero milésimo de segundo. Seus olhares se tocaram e sua mente gritou um “não” em tom ríspido em seus pensamentos. Em um passo atrás, Paulina não encontrou chão. Era o primeiro degrau da escada. Ela desequilibrou-se, seu corpo tombou para trás. Em uma fração de segundo o tempo pareceu parar. Paulina olhou no fundo dos olhos de Carlos Daniel, perdeu-se ali. Ela pediu ajuda sem palavra alguma. Paulina esticou uma das mãos de encontro as dele. Ele esticou-se para segurá-la. Seus dedos se tocaram, mas ele não foi capaz de segurá-la. A fração de segundo desapareceu, e em uma alta velocidade, o corpo dela caiu escada abaixo. Paulina bateu de costas nos degraus e logo seu corpo girou, fazendo-a bater a cabeça no chão com força.

–Paulina! –Gritou ele quando a perdeu de seu alcance.

Quase em um salto, ele desceu a escadaria, ajoelhando-se ao lado dela. Paulina estava de bruços, e quando ele tocou seu rosto, seu olhar chocou-se com um corte na têmpora.

–Paulina! Paulina! –chamava ele em desespero. –Santo Deus! Paulina! –chamava-a tocando seu rosto.

Em um ato impensado, a virou de barriga para cima e a agarrou em seus braços. Levando-a para fora da casa, colocou-a no banco do carona e a prendeu firme com o cinto de segurança.

–Santo Deus, não deixe que nada aconteça com ela. –suplicava apertando o cinto ao peito dela. –Por favor. –chorou.

Carlos Daniel fez a volta no carro e deu vida aos motores, enquanto Paulina permanecia desacordada ao seu lado. Ele sabia que mover o corpo dela após a queda, poderia prejudica-la, mas ele não conseguiu ficar sem fazer nada. Em pouquíssimos minutos parou em frente ao hospital central. Carlos Daniel, descendo do carro aos berros, pediu com urgência uma maca. Ele desatou Paulina que naquele instante, ela moveu-se e gemeu com dor.

–Paulina, fala comigo! –implorou entre lágrimas. –Não desmaie, por favor. –Chorou agarrando-a no colo.

–Ai! –Gemeu cerrando os olhos.

–Calma, já estamos no hospital, calma... –conversava com ela, tentando mantê-la desperta.

–Minha Cabeça... –Ela cerrou os olhos com força. –Dói muito.

–Calma, querida, calma... Converse comigo, Paulina. Consegue apoiar-se a mim?

–Sim... –murmurou. Carlos Daniel passou uma das mãos pelas costas dela, e outra debaixo de suas pernas. Ela envolveu seus braços no pescoço dele.

–Vou te levantar. –avisou-a. Quando ele a moveu, Paulina agarrou a camisa dele com dor. Seus olhos se abriram e ele a mirou no fundo dos olhos. O tempo outra vez congelou, e ali, parecia existir apenas os dois. O som de suas respirações serviam como tom musical. O olhar de Paulina cansou-se e foi se fechando. Carlos Daniel sentiu a dor da perda bater de frente com ele.

–Por Favor, Paulina! –a chamou.

–Não me deixe... –A mão dela ao pescoço dele, pesou. –Carlos Daniel...

Ela fechou os olhos lentamente e seu corpo perdeu a sustentação. Aquele foi o último pedido dela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E Agora?? :O
o q vai acontecer com a Lina??? :O O.O
comentem! beijooos!
Dai♥