O Senhor de Gondor escrita por Will Snork


Capítulo 24
Capítulo 11 - O Povo Livre de Gondor




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Dyut, olhava para o céu de Minas Tirith, que estava totalmente coberto por nuvens negras que tampavam a luz do sol, e faziam com que o dia fosse tão escuro quanto a noite. As crianças de que ela cuidava temiam muito a escuridão, mas ela sempre tentava acalmá-las com canções, sobre o antigo povo e o antigo rei, usando a sua bela voz.

Huor, abriu o alçapão e entrou na casa, jogando espadas velhas em cima do tapete. Assim ao sair, muitos homens saíram atrás dele do alçapão.

— É chegada a hora. – disse Huor.

Espadas foram distribuídas para todos, e até mesmo as crianças mais velhas se equiparam com laminas pouco afiadas e enferrujadas.

Huor tinha uma expressão triste em seu rosto, e Dyut foi até ele acalmá-lo.

— Vai dar tudo certo. – disse ela.

— É esse céu. – disse Huor. – Ele engole a esperança de qualquer homem que o olhe de baixo, e a transforma em escuridão, corrompendo toda a nossa coragem.

Não demorou muito para todos naquela casa se prepararem, então Dyut abriu a porta dos fundos da casa sorrateiramente, e em frente havia dois orcs parados ao meio da rua. Então ela segurou seu arco, e colocou duas flechas nele, atirando elas e acertando os dois orcs ao mesmo tempo.

Na frente foram os homens, e logo atrás ela protegendo as crianças. Eles caminharam até um beco, onde outro grupo de homens e mulheres armados com espadas velhas, facas e vassouras foram encontrados.

— Todos foram avisados? – perguntou Huor para um velho que representava aquele grupo.

— Sim, senhor, todas as pessoas de Minas Tirith estão se mobilizando e se preparando, logo conseguiremos sair. – respondeu o velho para Huor.

Então Huor respirou fundo e ordenou que todos seguissem em frente. Muitas pessoas começaram a subir sob as casas, e assim pulando de telhado em telhado, até chegar ao portão principal de Minas Tirith.

Huor estava em frente, conduzindo uma parte do grupo de pessoas pela estrada. Ele se direcionou até o portão principal, e lá parado estava o grande meio-orc Bolach, com seu grande machado.

Bolach roncava quando eles chegaram, mas ele foi acordado por orcs que estavam de plantão para ele.

— Meu senhor, veja. – disse um dos orcs que cutucava Bolach.

Huor parou e disse para Bolach que abrisse o portão. Então ele se levantou, e todos temeram seu tamanho, que passava dos dois metros e meio. E ele era gordo e com um rosto horrível de se ver, confundido muitas vezes com um Troll, e considerado o mais feio entre os meio-orcs, e ele se orgulhava disso, por isso era o mais respeitado entre os orcs puros.

Bolach caminhou até Huor balançando sua barriga gorda, que o encarava sem temê-lo. Então ele parou na frente de Huor, e olhando para baixo disse aos cuspes em seu rosto.

— O que disse, verme?

— Quero que abra o portão. – respondeu Huor sem hesitar.

Então todos os orcs riram.

— E quem vai fazer isso? Você e esse bando de grilos? – disse Bolach olhando para os poucos homens atrás de Huor.

— Gondor irá! – respondeu Huor.

Então Bolach ergueu seu machado para atacar Huor, e Dyut gritou de cima do telhado de uma das casas que ficavam em volta.

— Agora!!! – E centenas de flechas foram atiras em direção a Bolach, que era um alvo realmente fácil de se acertar.

Vários homens e mulheres desceram das casas para atacar os orcs. Mas Bolach pouco se feriu graças a sua pele grossa e cheia de gordura, mas estava enfurecido, pois estava cheio de flechas fincadas em seu corpo, e isso o fazia sentir dor.

Bolach gritou e atacou Huor com seu machado, mas Huor era experiente e rolou para o lado, aproveitando que Bolach estava lento devido as flechas.

— Isso dói, dói muito!!! – gritava Bolach

Huor com sua espada, cortou a barriga do meio-orc, e Bolach caiu ao chão, fazendo um grande barulho por causa de seu peso. Ele pegou o seu machado para si. E assim morreu o primeiro entre os meio-orcs.

Os homens subiram as escadas e rolaram as manivelas que abriam o portão, e muitos conseguiram de exato fugir para fora de Minas Tirith. E poucos morreram na batalha contra os orcs, pois muito fugiram após ver Bolach morto.

Porém, a alegria desses homens e mulheres foi pouca. Pois quando estavam atravessando o portão, Sauron retornava da batalha e os encontrou.

Huor olhou horrorizado o cavaleiro negro, e mesmo com o grande machado ele temeu Sauron, mas temeu mais ainda por seu povo. Muitos corriam para as florestas enquanto Huor encarava Sauron e pensava em algo que pudesse fazer.

Sauron ordenou que os orcs atacassem os homens, e assim uma batalha em frente ao portão de Minas Tirith foi travada, e Huor via as pessoas serem massacradas pelos orcs fortemente armados com espadas longas e armaduras grossas.

Huor então se enfureceu, e atacou Sauron ao meio da ilusão que poderia vencê-lo, segurando o grande e poderoso machado negro de Bolach.

Mas quando Huor atacou Sauron, seu machado foi quebrado em pequenos pedaços como se fosse feito de vidro, e Sauron atravessou o peito de Huor com uma lamina negra.

— Sua bravura é lamentável. – disse Sauron ao retirar a espada do peito de Huor, e depois decapitá-lo.

Dyut viu seu pai ser morto por Sauron, mas não pode fazer nada, pois sua missão era proteger as crianças, e assim ela correu com elas para a floresta, com os olhos cheios de lagrimas por seu pai. E assim morreu Huor, filho de Gondor.

Muitas daquelas pessoas foram assassinadas e capturadas naquela batalha, porém muitas também conseguiram fugir para a floresta, sendo caçadas por orcs.

Dyut não chorava por seu pai, tentava ser forte, porém seus olhos estavam cheios de lágrimas. Mas a vontade de salvar as crianças era maior, e ela juntou poucas das pessoas que sobreviveram e os conduziu em segurança pelo caminho que levava até Rohan.


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