Made Of Honor escrita por Jupiter rousse


Capítulo 29
Barchelorette Party


Notas iniciais do capítulo

Não vou nem falar aqui para vocês sairem correndo para ler, MAS AVISO LOGO SEGUREM ESSES CORAÇÕES!



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Bom, em primeiro lugar as meninas tiveram que explicar o que diabos seria uma Despedida de solteira escocesa. E, então, Rose se viu, novamente, perdida no meio de uma tradição daquele maldito— sua mente fez questão de acrescentar - país. Estava farta daquilo.

 

Rose costumava ter o sonho de viajar para Escócia quando era mais nova, sempre achara um país tão bonito e morria de curiosidade para conhecê-lo. Quando visitara pela primeira vez, ficara completamente encantada e claro que ter Colin como seu guia turístico particular acabara contribuindo e, muito, para gostar tanto dali. Agora, na segunda vez que pisava lá, havia criado uma certa implicância por seus costumes, jamais imaginaria que a família de Colin seria tão apegada as tradições. Era de se esperar, afinal, estavam muito envolvidos na vida pública, Rose apenas nunca tinha parado para pensar nisso.

 

Mas ok, essa tradição em específico ela tinha que admitir que era divertida… Quer dizer, completamente louca, mas talvez pudesse sim deixar sua noite bem divertida.

 

As meninas a informaram que fariam um tour por todos os bares da cidade, pedindo alguns trocados por ai. Explicaram, também, que a panela servia para receber o dinheiro e que, em troca, retribuiria com beijos. Claro que Rose sendo Rose, dificilmente estaria confortável com a situação, mas Lily não era considerada uma gênia do mal atoa.

 

Afinal, fizera questão de alugar uma van para que todos pudessem ir juntos. E comprara, também, duas garrafas de tequila. Sim, tequila. A mesma bebida que havia sido responsável pelos maiores micos pagos na vida de Rose.

 

Lily você não presta.

 

No terceiro shot que virara com Roxanne, Rose jurava que poderia vomitar e, portanto, pensou que estar num carro em movimento junto com bebida, talvez não fosse a melhor idéia do mundo. Bom, pelo menos toda bebida e risadas quase inaudíveis pela música alta, fizeram a viagem parecer mais rápida que o normal.

 

Aparentemente, antes de subir para buscá-la, seus amigos já estavam bebendo. E claro, se não houvesse deduzido isso pela garrafa vazia de tequila abandonada no chão, teria reparado pelo fato de todos estarem felizes demais.

 

A ruiva se sentiu, então, naquele momento que percebe que todos os seus amigos já estão loucos e ela, completamente sóbria. E, visto que todos estavam rindo atoa, sua impressão era de que estava, constantemente, perdendo a piada. Pelo menos, Luke e Scorpius pareciam estar tão perdidos quanto ela.

 

Quando desceram no primeiro bar, Rose voltara a ficar vermelha só de pensar que teria que beijar vários estranhos naquela noite. Claro, apenas selinhos inocentes, mas ainda assim…  Meus deus, o que eu estou fazendo da minha vida? Hesitante, ficou para perto da porta da van, olhando a entrada do pub com olhos arregalados.

 

— Anda logo, Weasley - Dominique a puxou pelo braço - Sem frescuras.

 

— Vocês vão me matar de vergonha! - resmungou enquanto tentava tirar a mão da loira de seu braço, o que estava sendo impossível visto que ainda segurava uma panela.

 

— É tradição, Rose - Lily rebateu virando a garrafa de Tequila na boca, fazendo com que Luke arregalasse os olhos.

 

— Scorpius - Luke sussurrou - Ela vai voltar para casa carregada e eu vou precisar de um amigo nesse momento.

 

O loiro, que até então estava peculiarmente quieto, se permitiu rir do desespero do amigo.

 

— Sim, Rose - Roxanne riu, escancarando a porta do bar - É tradição. - Repetira as palavras de Lily com tanta malícia que Rose se perguntara se Scorpius resolvera dar aula de cafajestisse para a menina.

 

O pub era tão clichê que parecia ter saído de alguma cena de filme. A longa bancada de madeira se estendia de ponta a ponta do salão, preenchida por dezenas de pessoas que conversavam alto. Mais afastado do balcão havia duas mesas de sinuca e três televisões estavam espalhadas pelo lugar transmitindo jogos de futebol diferentes. Era tanto barulho que o primeiro impulso da ruiva fora de tapar os ouvidos, principalmente quando um bêbado passou, aos tropeços, gritando ao lado dela.

 

Estava se encaminhando para o centro do salão, a fim de encontrar um banheiro e se esconder por alguns minutinhos… Quem sabe assim, as meninas fossem deixá-la em paz, sabia que não, mas tentar lhe parecia muito promissor. E, então, esbarrou em alguém.

 

— Ora, ora - um rapaz de aproximadamente 30 anos, com uma camisa de um time que Rose não soube identificar, segurando uma caneca de cerveja sorriu para ela - Parece que temos uma noiva aqui!

 

Petrificada de frustração que seu plano recém articulado já havia sido impedido, Rose se limitou a sorrir amarelo e acenar com a cabeça. O rapaz, parecendo satisfeito, colocou a mão que não segurava a caneca no bolso buscando por algo.

 

— Estende a panela, noivinha - disse em tom brincalhão retirando algumas moedas do bolso.

 

Morrendo de vergonha, a ruiva fez o que ele pediu, vendo as moedinhas caírem no fundo da panela. Rose abriu a boca para agradecer, mas quase que instantaneamente, ele se debruçou sobre ela e a deu um selinho. Boquiaberta, riu de nervoso.

 

— EI - ele gritou, com um sorriso de ponta a ponta e o bar inteiro pareceu encarar os dois - HOJE É A DESPEDIDA DELA E ELA TEM UM HÁLITO DE ANJO!

 

Desnecessário dizer que sentiu o rosto pegar fogo, como nunca antes.Várias pessoas gritaram para comemorar e logo Rose apenas escutava o som de moedas batendo no metal da panela e vários tocar de lábios.

 

De longe, o loiro assistia a cena com uma expressão indecifrável. Que merda de tradição é essa? Virou seu copo de whisky. Seria uma noite longa.

 

[…]

 

 

Já era o quarto bar que eles entravam e, talvez, agora Rose pudesse sentir os efeitos do álcool em seu corpo. Lily, Rox e Domi pareciam ter entrado numa máquina do tempo e voltado para época da faculdade na qual as três bebiam tanto que andavam, exatamente como agora, aos tropeços se segurando pelos ombros.

 

Aparentemente, apenas a boina e o chale que a cobriam já eram o suficiente para que as pessoas soubessem que ela estava em sua despedida de solteira. Pois logo se aglomeravam ao seu redor, desejando parabéns e "comprando seus beijos”.

 

Se, no início da noite parecia estar envergonhada, agora Rose dançava ao ritmo da música e ria junto com as pessoas tão simpáticas com ela. Não estava bêbada e podia reconhecer isso com facilidade. Graças a faculdade. Fez questão dessa nota mental. Mas sabia que estava mais alegre e solta que o normal, estava se divertindo e aquilo era bom para ela. Muito bom, principalmente se considerasse o quão estressada esteve nos últimos dias.

 

Anos frequentando bares e boates fizeram com que Scorpius desenvolvesse uma resistência fantástica para bebida. E, recentemente, fizeram com que ele começasse a odiar música alta, ambientes tumultuados e o cheiro de suor misturado a álcool no ar. Bom, talvez devesse culpar a ruiva por isso… Afinal, fora só ficar apaixonado que passara a detestar aquele estilo de vida. Não que gostar de alguém te impedisse de curtir todas essas coisas, mas no caso de Malfoy que apenas se submetia a essas situações para flertar com as mulheres, não fazia mais sentido… Agora que não tinha qualquer interesse em nenhuma delas, não valia a pena ir atrás das festas que costumava frequentar.

 

Por falar em mulheres, naquela noite em particular, já havia desviado de várias investidas. E, em sua maioria, mulheres bêbadas que o deixaram preocupado. O tipo de pessoa que poderia se aproveitar de uma situação dessas… Cerrou os punhos só de imaginar. E, também, havia as mais tímidas que chegaram a conversar com ele e a ouvir sua história de como se apaixonara pela sua melhor amiga. Dispensável dizer que várias delas soltaram suspiros apaixonados, seguido de frases “ela é tão sortuda" e coisas do gênero. Que grande merda. Lembrou de pensar na hora. Não poderia existir frase mais clichê. Merda, eu sou um clichê ambulante.

 

Havia perdido a conta de qual dose era essa que descia amarga por sua garganta, mas, de novo, pouco importava. Seus olhos, como desde o início da noite, estavam atentos como uma águia. Não apenas de olho nas meninas, mas como principalmente, de olho em Rose. Claro, que vê-la dando milhares de selinho a noite toda não era exatamente o plano de noite ideal dele, mas também era a única forma de garantir que nada de errado acontecesse com ela. Ah sim, porque o primeiro engraçadinho que tentasse alguma coisa receberia um belo soco na cara.

 

Foi, então, que dançando Rose se aproximou dele. Estava risonha e linda, com os cabelos soltos ondulados e a boina inclinada quase caindo de sua cabeça de tanto que dançara.

 

— Scorp! - ela respirou de alívio ao chegar perto dele - Preciso que segure isso aqui, banheiro. Urgente. 

 

Ele só tivera tempo de segurar a panela que ela lhe entregava, antes da ruiva disparar em direção a portinha do banheiro que ficava no final do corredor a esquerda deles.

 

Balançando a cabeça, riu e foi caminhando até a porta para esperá-la. Ele próprio suspirou de alívio ao perceber que, além do corredor estar mais fresco, a música estava muito mais baixa. Uma paz muito bem vinda ao seus ouvidos.

 

Seus olhos repousaram, então, sobre a panela que segurava com as duas mãos. Assustou-se com a quantidade de dinheiro que estava ali, havia várias moedas e notas largadas aleatoriamente. Cada uma delas, uma boca. Que ótimo, cada dia mais adoro esse país.

 

Não demorou muito para que Rose saísse do banheiro e, pelo jeito, havia ajeitado a boina que agora estava mais centralizada em sua cabeça.

 

— Hey - cumprimentou-o com um sorriso - Obrigada, por isso eu realmente precisava muito ir ao banheiro.

 

Ele deu de ombros como se não fosse nada demais porque, na verdade, não era mesmo.

 

— E provavelmente teria derrubado todo esse dinheiro na privada.

 

— Ei, eu não estou bêbada assim - reclamou, apesar de rir - Mas realmente teria complicado minha vida levar essa panela lá para dentro.

 

— Você parece estar se divertindo - ponderou, avaliando com os olhos.

 

Aquele olhar intenso que Rose odiava, pois a fazia sentir nua. Totalmente exposta. Esse era o efeito que Scorpius Malfoy tinha nela, de que poderia, facilmente, ler sua alma caso quisesse.

 

— Sim - não fazia idéia de como havia feito para que sua voz saísse tão firme - Não esperava, confesso, mas até que estou me divertindo.

 

E isso pareceu o bastante para ele, Rose pode perceber. Um pouco desconfortável, ela estendeu as mãos para pegar a panela que o loiro ainda segurava.

 

Sem relutância, deixou que ela pegasse e assim que sua mão ficou livre, levou-a para dentro do bolso.

 

— É a única coisa que eu tenho - ele disse quase que em um tom de desculpas, estendendo a mão e deixando que algumas moedas caíssem na panela.

 

Rose estancou no lugar e sentiu, pela primeira vez nas últimas horas, o rosto esquentando novamente. Ele deu dois passos para frente, o rosto um pouco inexpressivo ainda que os olhos sorrissem.

 

Quando seus narizes estavam quase roçando de tão próximos, Scorpius infiltrou sua mão no pescoço dela, sentindo alguns fios ruivos macios por cima de sua mão. Ainda, um pouco abismada, a ruiva ergueu os olhos para vê-lo, já que era quase um palmo mais alto. Scorpius, sob o olhar dela, se inclinou devagar. Um leve tocar de lábios, assim como havia feito no jogo, e já fora suficiente para que o estômago dela afundasse. Mas ele não se contentaria apenas com isso dessa vez. No segundo que puxou o pescoço dela para cima, sua outra mão segurou possessivamente sua cintura e Rose ergueu-se na ponta dos pés para beijá-lo.

 

O barulho da panela caindo no chão abafou o suspiro que ela soltou quando, finalmente, sentiu a língua dele explorando sua boca. Foi o suficiente para que o Malfoy perdesse o controle e a prensasse, fortemente, na parede. A mão de Rose agarrou os fios loiros com força, enquanto a outra arranhava sua nuca. Scorpius mordeu seu lábio inferior, puxando-o com tanto desejo que poderia passar o resto de sua vida fazendo aquilo. Ela voltou a beijá-lo, dessa vez arranhando-o por de baixo da camisa. As mãos do loiro trilhavam um caminho de fogo por onde passavam e Rose podia se sentir, literalmente, derretendo com os toques dele.

 

Foi a vez dela puxar o lábio dele com violência e em resposta, o Scorpius segurou-a pela coxa, com tanta força, que Rose levantou alguns centímetros, arqueando as costas e tombando o pescoço. O loiro deslizou o nariz pelo pescoço branquinho dela que tinha seu coração tão acelerado, batendo tão forte em seu peito, que parecia capaz de explodir. O gemido que escapou de seus lábios foi inevitável ao sentir Scorpius beijando, com volúpia, seu pescoço e a ruiva puxou, para si, as mechas loiras dele.

 

Havia tanto desejo acumulado que parecia que os dois entrariam em combustão. Seus corpos não poderiam estar mais grudados e, ainda assim, não pareciam perto o suficiente. Ele arranhou a coxa dela, que continuava erguida na lateral de seu corpo e Rose voltou a beijá-lo, agora de maneira lenta e torturante, tão provocativa que o levava a loucura. Scorpius rosnou com as mão dela brincando com a barra de sua calça. Rose podia senti-lo contra ela e a sensação era extasiante, assim como o aperto da mão dele em sua cintura.

 

O beijo foi, aos poucos, atingindo uma calmaria, assim como o mar após a ressaca das ondas. Scorpius entreabriu os lábios para buscar por ar, os dela também entreabertos apenas roçando nos seus. A mão do loiro segurava, agora de maneira leve, a cintura dela e a outra estava apoiada na parede. Rose acariciava, lentamente, os cabelos dele enquanto a outra mão subia para repousar em seu peito, desenhando pequenos círculos ali. Trocaram mais alguns selinhos e Scorpius passara a afagar a bochecha dela. Os dois estavam estáticos demais para ter coragem de se mexer ou sequer abrir os olhos, portanto apenas continuaram parados, longe de tudo e todos, completamente entregues aquele momento.


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Notas finais do capítulo

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH GRITO INFINITO! Não consigo enumerar a quantidade de vezes que eu reescrevi essa cena porque queria que ficasse mais que perfeita! Não sei, no entanto, se eu fui capaz de atingir esse objeto MAS foi, até agora, a versão que eu mais gostei. Desculpem por ter demorado dois dias, sendo que havia dito que os capítulos seriam diários, mas além do Rio de Janeiro ter alagado na Terça eu ainda tive que reescrever a última cena milhares de vezes!

Primeiro de tudo, preciso agradecer pelos reviews tão tão carinhosos (como sempre) e gorduchos, vocês sabem que eu enlouqueço com os reviews gorduchos! (ps: ainda não os respondi porque vim correndo para postar, mas já já respondo). Sério, vocês são as melhores leitoras ever! Segundo, NÃO ACREDITO QUE TANTA GENTE VEIO FALAR COMIGO NO TWITTER (SÉRIO). Confesso que achei incrível e agora só quero ficar falando nele kkkkkkk de verdade, muito obrigada! Vou só pedir para me avisarem que são, as vezes fico um pouco perdida, então mandem um oizinho e digam qual fic vocês acompanham!

Bom, eu amei esse cap com todas as minhas forças (Não só pelo momento caliente, vocês já sabem que minha mente é terrivel), mas também por esse ambiente divertido/pelas meninas na nostalgia da faculdade/ Luke e Scorp sendo super atenciosos com elas sem serem aqueles machistões chatos e controladores. Por falar na cena caliente, bom confesso que o desejo de terminar e fazer com que eles transassem loucamente FOI MUITO GRANDE! MAS não queria que a primeira vez dos dois fosse enquanto a Rose ainda estivesse noiva :( Acho que, a primeira vez que você compartilha um momento tão intimo com uma pessoa especial, merece mais do que ser fruto de uma traição. Scorp merece mais, Rose merece mais e, tadinho, até o Colin merece mais! Por essas e por outras que eu resolvi acabar o cap num momento super fofinho mesmo.

AGUARDEM O PRÓXIMO CAPÍTULO PORQUE VAI DEIXAR VOCÊS LOUQUINHAS!

Amo vocês.

Beijos ❤️



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