As Aventuras dos Marotos escrita por Aki Nara
Cena 1 – Conversa de Primos
Enquanto Andrômeda aguardava a próxima aula, Sirius cabulava a sua e ambos conversavam sob a ponte.
- Por que você não voltou... – olhava os cisnes no lago – para casa no natal, Sirius?
- Alguém sentiu a minha falta? – ele pegou uma mecha dos cabelos da prima e começou a brincar com eles.
- Eu senti! – fitou o primo e ele suspirou – Fiquei sem ninguém com quem conversar.
- Eu não agüento ficar naquela casa, eu me sinto sufocado. Pela primeira vez na vida eu senti o que é ter um lar e na casa de um amigo que nem é parente meu, mas vamos mudar de assunto? – sorriu malicioso – Que tal o seu namorico com o Tonks?
- E que tal o seu namorico com a Margarida Abott? – quis dar o troco no primo, mas não surtiu o efeito desejado.
- Hum! Não deu certo – ele disse sem nenhum constrangimento. - Agora estou com a Melaine Grifth.
- Por Merlim! Você é mau – disse chocada – Você troca de namorada como troca de roupa.
- Não tire conclusões apressadas sobre mim, priminha – ele sorriu. – Não tenho culpa se elas não me deixam em paz – e acrescentou sem remorso algum. – Eu gosto de agradar a todas, mas pelo menos nunca vai ouvir minhas ex-namoradas deporem contra mim, eu sempre termino numa boa.
- Seu cretino! – deu um soco leve no peito de Sirius fazendo-o rir.
- Trégua! Que tal falarmos sobre os amigos? – ele fitou-a carismático – Não vejo mais o narigudo seboso grudado na Evans e isso atiçou a minha curiosidade.
- Ah! – seus olhos faiscaram de raiva. – Nem me fala desse crápula!
- Uhhhh! – ele encarnou. – Eu estou com medo mamãe – continuou cínico. – Eu te adoro priminha – e beijou-lhe a face rosada. – Eu nunca gostaria de provocar a sua ira.
- Eu não devia... – fitou desconfiada – mas estou entalada com essa história e se não desabafar, sinto que vou explodir.
- Sou todo ouvido! – ele curvou-se para prestar atenção e assim Andrômeda contou tudo para o primo.
Cena 2 – Delatando o Ranhoso
Muito depois de Andrômeda ter ido embora, Sirius continuou sob a ponte aguardando a chegada dos amigos.
- Como vocês demoraram – Sirius reclamou.
- Nós estávamos procurando, Peter – Remo suspirou. – Mas, ele sumiu de vista.
- Procuraram na cozinha? – Sirius revirou os olhos.
- Não! – James bateu a testa – ele deve estar lá mesmo.
- É lá que ele deve estar mesmo – Remo concordou.
- Então? – James fitou Sirius – Você conseguiu descobrir o motivo?
- Só conto... – Sirius fez beicinho ao que Remo gargalhou – se você me der um beijinho!
- Ah! Muito engraçado! – James sorriu – fala sério!
- Tudo bem! Sem beijinho, então? – fitou James e este lhe deu um soco leve no braço – Calma! Sem violência! – continuou seu show particular às custas do amigo. – Virando Matilda, então vamos a fofoca do ano – um breve suspense ante de continuar – o narigudo seboso se declarou apaixonado para Evans!
- E ela? – James empalideceu ao lembrar as lágrimas e seu coração se apertou. – Qual foi à resposta dela?
- Ela... – Sirius estava sentindo um prazer perverso em deixar o amigo em agonia e riu – deu um chute no traseiro dele.
- Espera! – James suspirou aliviado, mas prosseguiu. – E porque ela está triste?
- Por que a amizade acabou – Sirius suspirou exasperado por ter que contar os detalhes. – Evans escreveu uma carta ao Ranhoso, pedindo desculpas pó não poder corresponder, mas que queria continuar amiga dele e ele devolveu sem ler.
- Humm! – Remo limitou-se a assentir como se compreendesse a situação.
- E?? – James franzia a testa sem compreender. – Eu ainda não entendi.
- Puxa Remo! – Fitou o outro incrédulo – eu tenho que desenhar a situação?
- Creio que foi um golpe duro para a Evans – Remo disse tentando abrir a mente de James. – Afinal, ela perdeu não só um candidato a namorado, mas perdeu um amigo.
- Garanto que ela não perdeu nada – James foi categórico. – Em nenhum dos casos que você citou.
- Segundo Andy, ele é um crápula e eu digo que ele é um verme – Sirius continuou. – Ranhoso rasgou a carta e Andy teve que devolvê-la picotada. Nenhuma garota merece tanta desconsideração.
Sirius e Remo ouviram um baque surdo, James acabava de socar o pilar de sustentação da ponte de madeira quebrando-a em duas partes.
- Cool! – Sirius assoviou assombrado. – Me lembra de nunca mais tirar sarro da sua cara.
- Reparo! – Remo tirou a varinha e apontou para a madeira quebrada, deixando-a intacta. – Nem eu quero ser alvo da sua ira.
- Não se preocupem, pois não pretendo sujar as mãos com um verme. – James disse entre os dentes – mas, ele vai pagar por fazer a Evans sofrer.
Se James antipatizou à primeira vista, a partir daquele momento ele assou a odiar Ranhoso, ainda olhando para as nódoas das mãos que sangravam pensou que nunca mais deixaria o traste em paz enquanto pudesse infernizar a vida dele.
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