A pessoa que chegara se manteu no escuro.Era um homem.Alto e com um bom porte fisíco.Seu rosto estava encoberto pelas sombras.
Os semideuses presentes no local,sentiam o quão antigo era o poder que irradiava dele.Mas não dava para saber ao certo o que -era.
–Ora,ora,ora se não são meus semideuses favoritos.Demoraram um pouco a chegar. -Falou o homem.
Percy já ouvira aquela voz antes.
–Quem é você? -Perguntou Lucas.
–Pr...-Percy começou a falar mas algo impediu de a palavra sair.
Nenhum dos presentes conseguiam falar mais,exceto o homem.É como se algo apertasse as cordas vocais deles,impedindo-os de falar.
–Eu esperei muito que vocês chegassem aqui.Seria mais fácil para mim do que simplesmente "pega-los".Vocês caíram direitinho,sendo os peões dos Deuses em busca do objeto.Vindo até a mim. -Disse o homem com um tom de superioridade.
Depois disso todos eles desmaiaram.
A primeira a acordar foi Luize.Ela estava amarrada a uma cadeira por correntes de ferro.Estava escuro.Alguém se mexeu ao seu lado e agarrou a mão dela.
–Lucas?
–Sim.
–Sabe onde estamos?
–Não.Você sabe?
–Acho que estamos no chalé que é anexado ao pavilhão.
Lucas soltou um suspiro de frustração.Ele tentara,inutilmente se soltar das correntes mas nada adiantou.
–Você acordou agora? -Perguntou ela.
–Foi.
–E o Percy e Annabeth?
–Eu estou aqui. -Anunciou Percy com a voz carregada.
–Cadê a Anne?
–Não sei. -Disse ele tristonho.
Horas se passaram sem eles saberem notícias de Annabeth,sem saber onde estavam,no escuro com fome e sede.O desespero de Percy era grande.Ele não se preocupava se iria conseguir sair dali ou não,se estava com fome ou sede,ele só se preocupava com Annabeth e o bebê.
De supetão a porta lateral se abriu.O homem misterioso entrou,estalou os dedos e eles adormeceram novamente.
Quando acordou,Percy estava no pavilhão.Luize e Lucas não estavam com ele.Sua visão estava turva e pontinhos negros dançavam em sua vista.A sua frente,algo brilhava.Ele avançou para aquilo,ainda com a visão ruim,cambaleando.Quando chegou quase em frente aquilo,a apenas alguns metros,algo o deteve.Uma barreira invisível.Sua visão foi clareando e ele pôde ver que havia grades à sua frente.Algo estava encolhido no fundo da cela.Algo não,alguém;Percy forçou a vista e pôde ver os cabelos loiros,a blusa vermelha e o casaco azul.A calça de moletom também azul e seus tênis.Annabeth.Ela estava encolhida,com as mãos na barriga.Faltava bem pouco para o 7 º mês de gravidez.
Percy gritou o nome dela mas era como se ele não estivesse ali.Ela não o ouvia.Percy bateu o mais forte que pôde na barreira.Annabeth se mexou.Ela levantou a cabeça e olhou para a frente.Seus olhos estavam vermelhos e inchados,sua boca seca e levemente rachada.O brilho divertido de seus olhos,sumira.
Percy caíra de joelhos.Vê-la naquele estado sem,aparentemente poder fazer nada,o destruíra.Ele forçou-se a levantar-se,para procurar uma solução.Primeiro procurou os amigos pelo pavilhão,eles não estavam lá.Quis desviar o olhar de Annabeth pois vê-la assim acabava com ele mas ao mesmo tempo não conseguia tirar os olhos dela.Ele teve a impressão de que,se não olhasse mais para ela,a perderia.Ele estava com contracorrente em mãos.O pavilhão estava parcialmente iluminado.Ele tentou abrir a porta de entrada,não conseguira.Também não conseguiu abrir a porta anexada.Ele já sabia quem estava fazendo tudo aquilo pois reconhecera a voz.Ele pensou em vários inimigos,menos nele.Nem lhe passara pela cabeça que ele faria isso.
Lucas e Luize haviam recebido comida.Água,pão e frutas.Néctar e ambrosia.Eles ficaram com receio em comer e beber aquilo mas a fome e a sede os venceram.As correntes das mãos haviam sido soltas mas as dos pés permaneceram.Eles dormiram.Os dois sonharam com si mesmos lutando contra os deuses pelo Olimpo.No sonho estavam os dois,Annabeth,Percy e um homem misterioso.
Ao anoitecer todos estavam no pavilhão.Percy destruído por dentro e por fora,olhando para Annabeth ali,desolada,tristemente.
Lucas sentado em um canto e Luize no outro.
O homem entrou.
–Prometeu. -Rosnou Percy.
Prometeu abriu um sorriso maldoso e ergueu os braços ao lado do corpo,em sinal de vitória.