Blood Slaves escrita por Jéssica Aurich


Capítulo 27
Seu mais novo pesadelo - Edward/Bella's P.O.V.


Notas iniciais do capítulo

hey meus amores! Capítulo novo saído do forno para vocês.

Boa leitura ;*

Lembrando: as partes em itálico são os pensamentos que o Edward pode ler!



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Edward’s P.O.V.

— Licença, ela está necessitando urgentemente de ajuda. — Bella fez cara de desespero, saindo com a tal Ângela.

— Vai lá — respondi rindo.

A mente dos humanos sob o efeito do álcool era uma coisa interessante. Ao mesmo tempo em que os pensamentos ficavam confusos e desorganizados, apresentavam uma clareza e certeza que a sobriedade não apresentava. Passou uma ideia em minha cabeça, um pequeno experimento com alguns humanos levemente alcoolizados, mas logo deixei essa ideia de lado, Bella não ia gostar.

Além disso, agora eu era um bom samaritano.

— Vou procurar meus amigos — disse o cachorro sarnento, fazendo careta.

— Por favor. — Totó. Outra coisa que era melhor deixar no plano das ideias. Dessa vez por causa de Alice. A pequena ia detestar que eu bagunçasse sua festinha. Mas que eu ia adorar achatar o focinho daquele fedido, eu ia.

Lembrei que o tal de Sam havia ido atrás de Carlisle e passei a prestar atenção na conversa. Devia ser algo importante.

—... Nós já o procuramos por todos os lugares e nada. Existem vários rastros, a maioria recentes, mas não dão em lugar nenhum. — A mente de Sam se fixava na imagem de um garoto, pelo tom de pele e traços do rosto, devia ser um quileúte. Seus pensamentos então partiram para a figura de um lobo. O menino era um deles. — Eu não estaria buscando a ajuda de vocês se nossos recursos já não estivessem esgotados. Sei que alguns de vocês têm poderes ou algo do gênero...

— Realmente, alguns de meus filhos são dotados de capacidades fora do comum. — Se a Alice pudesse ver os lobos seria tão mais fácil. — E estamos mais que dispostos a ajudar. Esse assunto é realmente preocupante.

— Tem mais uma coisa: os rastros mais recentes estão espalhados por toda Forks, principalmente pela escola local. Mas quando chegamos na casa de vocês essa noite... O cheiro de Seth está espalhado por todo o redor.

— Será que algum vampiro pegou Seth? Mas por quê? — A mente de Carlisle disparou a tentar se lembrar de alguém que poderia ter problemas conosco, mas não encontrava ninguém. Aliás, nenhum clã além do nosso tinha conhecimento sobre os lobos.

— Não sei. Não sei nem mesmo se foi um vampiro, mas há grandes chances. Vamos continuar procurando.

— Nós também vamos. Vou avisar a Edward que fique atento a qualquer suspeito. Ele lê mentes, então deve ser de grande ajuda.

— Obrigado. Já vou então. Fiz questão de vir apenas para falar com você e não fazer desfeita ao convite. — Sam estava realmente preocupado com o garoto. Sua mente estava focada em continuar as buscas imediatamente. Eu podia perceber todo o cansaço físico e psicológico que estava sentindo.

— Imagine, é sempre bem-vindo em minha casa.

Carlisle foi até a porta com Sam e como em um comando mudo, todos os lobos já estavam ali, prontos para seguir seu alfa. Ali estava outra coisa interessante, a maneira como funcionava a cadeia de obediência dos lobos. Se eu não tivesse ficado tão intrigado com o desaparecimento, teria prestado um pouco mais de atenção àquilo.

Que ligação o nosso clã poderia ter com os quileútes?

— Carlisle, peça desculpas à Bella por mim, por não me despedir.

— Sem problemas. — Aquele lobo fedorento, sempre querendo marcar território na...

Bella! Como eu pude ser tão lerdo? Bella era o elo entre nós. Passava tanto tempo na reserva quanto em Forks, tanto tempo com os lobos quanto conosco! Mas quem poderia ter algum problema com a minha Bella? Se é que minha teoria estava certa.

Enquanto os lobos partiam porta a fora, procurei pela mente dopada de sua amiga (já que a da própria Bella era um livro fechado para mim). Não demorei a encontrar a garota. Argh, os efeitos psicológicos do álcool em humanos podiam ser interessantes, mas os físicos eram nojentos. E claro, ela tinha que estar logo no meu banheiro.

Corri para o andar de cima, prendendo a respiração para poder me focar no que realmente interessava. Entrei no meu quarto, mas ninguém estava lá. Com toda a certeza não estava no banheiro segurando o cabelo da amiga.

— Bella?

Voltei para o andar de baixo, procurando minha Bella por todos os lugares e nada. Perguntei a minha família se alguém a havia visto, perguntei ao pessoal da escola e nada. Nem sinal dela.

— Ela com toda a certeza não foi embora, ia passar a noite aqui — falou Alice, que também estava começando a se preocupar.

— Vou rondar a casa dela mesmo assim, verificar se voltou — falou Emmett, correndo porta a fora.

Todo o barulho daquela festa, o pensamento fútil daqueles adolescentes começou a me irritar. Por que Alice teve que dar uma festa para todos aqueles insignificantes? Já era hora de todos irem embora.

Voltei para o meu quarto. A tal Ângela ainda estava lá no meu banheiro, desmaiada em um canto. Como pude sequer imaginar que um ser humano naquele estado poderia ser interessante?

— Ei, a bolsa dela está aqui — Alice pegou a pequena bolsa azul, jogada perto da minha cama. — Eu sei que Bella não é tão ligada em moda como eu, mas não faz sentido a bolsa estar jogada assim no chão. — Ela abriu o zíper. — Tudo aqui, celular, dinheiro, documentos.

Respirei fundo, frustrado, e senti o cheiro de morango dela, mas seu cheiro não estava isolado. Era um fedor de... mato?

— Alice, está sentindo esse cheiro estranho? — Ela respirou fundo.

— Estou. Parece ser algum tipo de erva.

Foi então que reparei na porta da sacada aberta. A última peça do quebra cabeça se encaixou. E de alguma forma aquela história fazia ainda menos sentido.

— Levaram a minha Bella.

Bella’s P.O.V

Minha cabeça parecia pesar uma tonelada. O mesmo valia para os meus olhos, que se recusavam a abrir. Pisquei um pouco, o ambiente ao meu redor ainda embaçado. Minha respiração estava pesada e meus pensamentos um pouco confuso.

Aos poucos o ambiente começou a tomar forma e meus pensamentos começaram a fazer algum sentido. Fui lembrando o que aconteceu. Ângela, a festa, Raven e então nada. Raven. Aquela devia ser a mesma doadora do Edward. Aquilo não fazia sentido algum, Raven era humana e a mulher da festa era uma vampira.

O que me lembrou... Eu não estava mais na casa dos Cullen. Tentei me levantar, mas quando puxei os braços para me apoiar, alguma coisa não deixou. Olhei para os meus pulsos. Uma algema prata estava fechada em torno deles e bem presa a uma parede de pedra. Meu coração disparou. Não, eu não podia estar à mercê de uma vampira louca.

Seu mais novo pesadelo. Suas palavras ecoaram em minha mente. Puxei meus braços novamente e nada. As algemas estavam bem presas. Já era hora de começar a me desesperar?

Isabella Marie Swan, acalme-se. Não era hora para desespero e sim de encontrar uma saída. Pela primeira vez prestei atenção no ambiente ao meu redor. Eu estava no que parecia ser uma caverna e tinha uma pedra bloqueando a saída. Alguns objetos estavam espalhados, como um colchão e alguns alimentos e uma única lamparina servia para iluminar todo o ambiente. Foi então que percebi uma coisa jogada do outro lado da caverna.

Espera, aquilo não era uma coisa, era uma pessoa. Apertei meus olhos, tentando enxergar melhor. Eu conhecia aquela pessoa, aquele era o...

— Seth? Seth! — gritei. Ai meu Deus, ele estava morto? Não, não podia ser! Senti meus olhos embaçarem com as lágrimas que ameaçavam cair.

— Você conhece o filhotinho? — Dei um pulo com o susto. A mesma vampira da outra noite apareceu, saída de um canto escuro que ainda não tinha olhado. — Isso está ficando cada vez mais interessante.

— O que você quer? Olha, o que quer que seja, já me tem, solte o Seth, por favor!

— Você se importa com o filhotinho! — Seu tom de voz era de deboche. — Desculpa, não posso deixar meu filhotinho ir. Sabe, ele é minha capa da invisibilidade, igual à do Harry Potter. A diferença é que o nosso filhotinho aqui me deixa invisível para sua amiguinha vidente.

Alice. É claro, Alice jamais nos encontraria. Seth era um lobo. Meu desespero começou a aumentar. Lembrei então que fazia mais de uma semana que Seth estava desaparecido. Aquela louca devia ter encontrado alguma maneira de cobrir seus rastros.

— Sabe, você é muito sem sal... Isabella, não é mesmo? — Eu só conseguia encará-la. — Eu não entendo como o Edward pode ter me trocado por você. Seu cheiro nem é tão bom assim.

— Então você realmente é a antiga doadora do Edward! Mas como... Você deveria ser humana.

— Eu era, sua burrinha! Não sou mais. Quando Edward me trocou por você — Encarou-me com o olhar carregado de desprezo. — sem cumprir nosso acordo fiquei carregada de ódio. Felizmente esse ódio me fez ver as coisas com mais clareza. Edward não é o único vampiro desse mundo, e obviamente encontrei alguém com disposição para me transformar. O problema é que, mesmo com a transformação, não consegui deixar esse ódio de lado. Precisava fazer alguma coisa.

— E o que eu tenho a ver com isso? — Puxei as algemas mais uma vez, inutilmente, detestando o rumo daquela conversa.

— Ah, minha querida garotinha sem sal, essa história toda se resume a você. Tenho certeza de que sua burrice não é tão grande a ponto de não conseguir fazer as ligações.

— O que quer comigo? — choraminguei. Estava querendo ganhar tempo, só não sabia exatamente para quê.

— Ora essa, quero me vingar, é claro. E pode parar de puxar essas algemas. — Deu um pequeno sorrisinho assustador. — Melhor guardar suas energias, porque ainda nem comecei a me divertir.


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