A Rosa e O Escorpião escrita por Lari


Capítulo 26
Crucio


Notas iniciais do capítulo

Acho que esse é o capitulo que sai mais rápido que saiu nos últimos tempos, que milagre é esse!! *--* o milagre é que eu to de férias e me deu vontade de escrever, to meio nostálgica ultimamente, assistindo High School Musical, vendo as cenas românticas e suspirando, isso me da um pouco de inspiração shuashasuhauhas
Então, espero que gostem!! =)



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–Rose! Rose, não! – Scorpius grita tão desesperadamente que meu coração dói apenas por ouvi-lo.

Estou amarrada em uma árvore com as mãos para trás, e vejo Scorpius lutando sem sucesso contra os comensais para não ser amarrado também.

–Sua namorada, filhote traidor? – diz um deles, que está ao meu lado, à Scorpius. Um comensal que ainda não havia sabido de toda a história. O mesmo encosta a ponta de sua varinha em meu queixo, me fazendo levantar a cabeça.

–Não! – Scorpius grita e eu quase peço a ele que cale a boca, ele tem que ser tão obvio assim?

Engulo em seco quando Draco Malfoy aparece do meio das árvores indo em direção ao filho.

–Sim, ela é. Não é filhinho? – diz o loiro. – Podem matar, mas torturem-na primeiro. Quero ensinar uma lição a meu filho.

–Não pai, por que não me afeta diretamente? Por que não pode simplesmente me matar e não a ela?

Draco ri maleficamente e eu percebo que meus pulsos começaram a doer.

–Porque eu sei que é assim que lhe afeto mais, meu caro filho. Sua amada, seu tesouro mais precioso sendo torturada e morta na sua frente. Se você morresse seria fácil demais. Faça seu trabalho corretamente, Alexander.

Dizendo isso ele desapareceu entre as árvores novamente.

O comensal da morte chamado Alexander, de cabelos negros e olhos da mesma cor, se voltou para mim com a varinha apontada para o meu coração. Olho para Scorpius desesperada, embora eu saiba que ele não possa fazer nada, mesmo que lute bravamente para se soltar das cordas.

Nossos olhares se cruzam e eu sussurro bem devagar: Eu te amo. Ele balança a cabeça negativamente, lagrimas escorrendo de seus olhos.

–Não! – foi o berro mais alto e desesperador que eu já o ouvi dar.

Mas logo depois disso eu não ouvi mais nada além de um “crucio” sendo lançado em minha direção. Era a maior dor física que eu já havia sentido na vida, eu me contorci e gritei o máximo que consegui.

Ao longe, mesmo não conseguindo pensar em mais nada além da dor, pude escutar gritos, berros agudos e vindos da pessoa que eu menos queria ver sofrer.

–O que foi isso? – alguns minutos depois, Alexander parou de me lançar a maldição e se voltou para as arvores.

Eu me senti ao mesmo tempo aliviada e dolorida, olhei em direção à Scorpius, a minha visão embaçada só conseguiu enxerga-lo chorando e gritando algo.

De repente todos os comensais da morte se dispersaram dali em direção ao lugar onde eu presumi que eles escutaram o barulho desconhecido.

Minha respiração estava diminuindo o ritmo, na minha visão agora haviam pontos pretos e eu temia desmaiar ali mesmo.

Senti uma mão me desamarrando da arvore e logo depois braços fortes me pegando no colo, e a voz conhecida de Scorpius que dizia:

–Rose, meu amor não desmaie, por favor, aguente firme.

–Temos que leva-la à sala precisa, tem gente que está tratando dos feridos lá, por incrível que pareça, isso porque a guerra ainda nem começou direito – ouvi a voz conhecida Alvo dizendo.

–Scorp – consegui sussurrar baixo. Ele me olhou aturdido. – Dói.

–Eu sei meu anjo, mas já vamos leva-la à enfermaria, continue conversando comigo.

–Eu quero dormir.

–Não Rose, não desmaie, aguente firme.

Toquei sua mão com a minha e tentei olhar em seus olhos, embora os meus já não mais abrissem corretamente.

Chegamos à enfermaria o mais rápido possível, e eu ainda estava lutando para não desmaiar.

–Coloque-a na cama, por favor – ouvi uma voz desconhecida.

Scorpius me colocou em uma das camas e se abaixou ao meu lado, segurando uma de minhas mãos.

–Você é forte minha flor, vai aguentar firme.

–Scorpius – sussurrei. – Cale a boca.

Pude sentir o sorriso em seu rosto e também tentei sorrir.

–E fique comigo, se você sair daqui eu juro que...

–Não jure por nada – ele disse. – Eu vou ficar aqui ao seu lado, não sairei um só segundo.

–Rose – Al disse. – Você... Sabe o que aconteceu com a Molly?

Ele ainda não sabia... E eu não sabia como contar a ele, engoli em seco e fiz sinal para ele se sentar ao meu lado, então eu vi um olhar preocupado em seu rosto.

Puxei-o para um abraço forte e acho que ele entendeu, pois começou a chorar no mesmo instante.

–Sinto muito, eu não consegui salvar ela... – sussurrei ao seu ouvido. – Ela me pediu pra te dizer que você a fez o mais feliz que um dia alguém poderia ter feito, e que ela o amou tanto Al, que ela o amou demais.

Eu estava chorando junto a ele, os dois abraçados, caindo em lágrimas, e eu completamente zonza e atordoada, ainda assim sentia a enorme necessidade de reconforta-lo. Porque Al era além de meu primo, meu melhor amigo e eu sempre estaria ao seu lado.

–Perdão Al, perdão por não ter conseguido salva-la.

–Não foi culpa sua – ele dizia soluçando, depois se levantou e foi para o canto mais afastado da enfermaria.

Scorp se sentou ao meu lado, eu ainda estava chorando com a lembrança de Molly, ver Al sofrer também não era nada fácil. Ele me abraçou e eu não consegui aguentar, estávamos em meio a uma guerra e eu estava ali, chorando tanto que não conseguia parar, chorando porque perdi uma pessoa querida, e porque ainda perderia sabe-se lá mais quantas.

Eu parei então, e decidi que não podia mais chorar, pelo menos não naquela hora, que precisava me recuperar e lutar para que a morte de minha prima ao menos tenha valido a pena.

Vi que algumas lágrimas também haviam caído dos olhos de Scorp, afinal ele também conhecia Molly e ela era com certeza, muito adorada por nós todos.

Limpei os resquícios de lágrimas no seu rosto e em meio aquilo tudo, mesmo sabendo que aquela atitude poderia ser considerada egoísta e que aquilo não era hora, eu o puxei para um beijo longo e coberto de uma energia triste que havia ali, afinal. Mas ainda assim era reconfortante sentir seus lábios nos meus.

E foi então que de repente algo aconteceu, e de alguma forma os comensais da morte invadiram a sala precisa, e tudo virou uma bagunça, de gente morrendo e de gente fugindo. Não havia tempo para pensar, Scorpius me pegou no colo antes que eu pudesse protestar e dizer que poderia muito bem andar, ele correu o mais rápido que pode para nos tirar dali. Mas meu peso o deixava mais lento, e eu sabia muito bem que se eu andasse seriamos muito mais rápido.

Eu desci do seu colo, ele sabia que não havia tempo para discussões, então nós corremos, e corremos, e corremos muito, tentando fugir e sem nunca olhar para trás. E foi então que comecei a me perguntar: como essa guerra acabaria, se nós nem combatendo os comensais estávamos? Eu parei de correr, Scorpius me olhou confuso.

–Scorpius, isso me parece covardia, acho que deveríamos enfrenta-los e não correr deles, afinal não é pra isso que estamos aqui?

–Rose, você não está em condições...

Realmente, eu havia caído pelo menos quatro vezes enquanto corríamos, de tão zonza e fraca.

–Eu me sinto impotente em não poder ajudar, mas me sinto pior ainda quando sei que estou lhe prendendo a ajudar também, eu posso me virar, vou me esconder e você vai ajudar a todos, ok?

–Mas Rose você... Tudo bem, você pode se cuidar, não é mesmo?

Ele me abraçou rapidamente e disse:

–Procure um lugar seguro, por favor, não se meta a ajudar quando não está em condições, se algo acontecer a você eu juro... Juro que não vou poder viver.

Assenti e nós nos despedimos finalmente.


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Notas finais do capítulo

Acho que o cap não ficou muito grande, mas eu espero que tenham gostado, estou tentando entrar nesse clima de guerra e não focar tanto no romance, mas é difícil e eu não estou acostumada :s kkkkk comments please!



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