― O que eu ouvi é verdade, Roberta? ― Roberta a olhou assustada.― E o que esse menino faz aqui? Você sabe que seus pais e os dele nao se bicam
― Maria ele veio entregar um trabalho da escola mas ja esta de saída. ― Empurrou ele ate a porta.― Vê se some da minha vida seu mauricinho nojento.
― E você vê se me deixa em paz sua vadia fácil.
― Roberta senta aqui ― bateu no sofá.― Vamos conversar. Você sabe que te considero como uma filha, trabalho nessa casa bem antes de você nascer, vi você crescendo
― Eu sei. ― Mantinha a cabeça baixa.―
― Agora me explica tudo então. Confia em mim, no que puder ajudar eu ajudarei.― Roberta respirou fundo.―
― Eu descobri tem dois dias que estou gravida, eu to sem chão não sei o que fazer, meus pais vão me matar, eu quero esse bebê Maria não vou tira-lo. ― Começou a se desesperar.―
― Calma minha menina, não precisa ficar assim, vamos tentar achar uma solução pra isso. Primeiro e mais importante: Quem é o pai dessa criança?― Roberta coçou a cabeça.― Assim vai ficar difícil de ajudar você.
― Sabe aquele idiota que acabou de sair daqui?
― Sei
― Então, infelizmente aquele jumento é o pai da criança.
― Misericórdia, Roberta, você sabe que a família de vocês são inimigas.
― Eu sei, Maria, eu sei. Mas aconteceu, agora essa criança ja esta aqui não posso fazer nada pra machuca-la.
― Eu sei meu bem, precisamos contar pra sua mãe.
― NÃO ― gritou.― ela não vai aceitar esse bebê. ― começou a chorar de soluçar, Carla desceu as escadas temendo algo.―
― Roberta sua mãe pode ter todos os defeitos do mundo mas de uma coisa eu tenho certeza, ela te ama, e esse amor dela por você é maior que qualquer outra coisa. Ate onde você acha que iria chegar escondendo essa gravidez?
― Maria eu tenho 16 anos, to gravida, o pai do bebê não assumiu e ainda me chamou de menina fácil, minha vida ta uma merda.
― Não fala isso querida, Deus acabou de te presentear com um bebê como você pode falar que sua vida é uma merda?
― Eu tenho 16 ANOS!
― E dai que você tem 16 anos? Eu tive minha filha com 14 anos, não é a idade que importa é a responsabilidade. Eu tenho certeza que você sera uma boa mãe, você é responsável vai se sair bem.
― Obrigada minha segunda mãe. ― A abraçou.―
― Precisamos marcar uma consulta pra você assim a doutora vai pedir alguns exames e você vai saber se o bebezinho esta bem. Deixa eu ver a barriga, ja da pra ver algo? ― Roberta ergueu a blusa.― NOSSA, de quantos meses você disse que esta?
― Pelas contas 1 mês, um mês e uma semana disso não passa.
― Não sei nao, mas... não sei, to achando estranho ― parou de falar.― Deixa pra la. Amanha vamos a medica da sua mãe, ele é uma ótima profissional.Ah, vamos contar pra ela ainda hoje, chega de mentira, de enganação.
― Mas- Mas..
― Mas nada, confia em mim, eu falo com ela amanha. Vai dar tudo certo. Vou ligar agora mesmo pro medico e agendar uma consulta, se sua mãe não for com você eu vou! E você dona Carla ficou quietinha né?
― Maria era uma coisa dela, não podia sair contando.
― Eu sei meu amor, eu sei. Agora vá comer, vou acabar de arrumar a casa e depois que sua mãe chegar vou falar com ela.
Comeram o pão que Maria havia feito, conversaram mais um pouco, Carla foi pra casa e Roberta subiu pra descansar um pouco, a gravidez estava a deixando muito cansada mesmo estando com pouco tempo de gestação. Suas costas doiam, sentia um certo peso na barriga ja.