― Vou pegar algo pra gente comer. ― Mel que ja tinha liberdade na casa desceu pra preparar algo.―
― Lua a Sophia fala bastante de você, me contou do jantar que veio aqui. ― Lua riu.―
― Coitada, mal me conheceu e eu ja coloquei ela em enrascada. Liga pra ela, pede pra vir ate aqui, Micael.
― Vou mandar um SMS. E o seu bebê ja sabe o que é? ― Arthur prestava atenção na conversava enquanto mexia no notbook de Lua pesquisando ..―
― Sophia não te contou? São dois ― Arthur arregalou os olhos.―
― Uau, dois? Por isso que sua barriga esta desse tamanho em tão pouco tempo?
― Sim, minha medica diz que vão ser grandes.
― E você quer o que? Menina ou menino?
― Eu peço que venham com saúde e perfeitos. Mas eu rezo pra que sejam meninas, imagino se vier meninos e eles quiserem jogar futebol, ou então soltar pipa e eu não puder fazer isso com eles porque não sei. ― Os olhos dela ja estavam cheio de lagrimas assim como os de Arthur.―
― Eu acho que você e o Arthur estão sendo infantis demais
― Eu infantil?
― Sim, Arthur, você é o mais infantil! Vivem discutindo, brigando, não é assim que funciona.. vocês precisam conversam, chegar a um acordo. Vão mesmo querer que os bebês cresçam no meio dessa baderna toda? Não entendo muito de bebês, mas sei que eles precisam de tranquilidade, amor. Vou descer e ajudar a Mel com o lanche, aproveitem e conversem
― Mas- mas..
― Mas nada. Volto daqui a pouco. ― Micael saiu os deixando sozinhos pra conversar, ambos ficaram em silencio apenas se olhavam de vez em quando.―
― Ainda tem duvidas de que você é o pai, ou de que estou mentindo sobre a gravidez? A Barriga esta aqui pra quem quiser ver!
― E quem garante que eu sou o pai?
― Arthur quando você vai entender que não quero nada de você e muito menos você? ― riu irônica.―
― E porque você me contou da gravidez então?
― Porque você é o pai? ― perguntou obvia.― Eu só achei que você tinha o direito de saber que sera pai, alias, que me engravidou, porque pai desses bebês você deixou bem claro que não quer ser..
― Eu sou novo pra ser pai.
― E eu nova pra ser mãe, mas aconteceu e ai? O que eu vou fazer? Matar os bebês? NUNCA!
― Eu não sou de ninguém, Lua. Gosto de ser de todas
― E dai? Que parte do "EU NÃO QUERO VOCÊ" que você não entendeu? ― Ele abaixou a cabeça, a conversa apesar de tensa fluía tranquilamente.―
― Seus pais aceitaram?
― Minha mãe esta me ajudando com tudo, meu pai viria mês passado mas não deu certo, nesse final de semana ele chega e vou contar a ele.
― Ele ainda não sabe? Ele vai ver sua barriga
― Não, prefiro contar pessoalmente. Arthur posso te pedir uma coisa? ― A olhou―
― Fala!
― Vamos parar de brigar? Se você quiser sair por aquela porta e nunca mais olhar na minha cara pra mim tudo bem, mas eu quero paz, sabe? quero chegar naquele colegio sem ter que ficar ouvindo suas piadinhas e dos seus amigos com a minha gravidez. Só isso, eu quero uma gravidez tranquila, eu preciso de uma gravidez tranquila! Não é facil carregar dois bebês!
― Desculpa por tudo, vou deixar você em paz. E desculpa por eles, vou falar com eles hoje mesmo. ― Encarou a barriga de Lua.― Serio que ai tem dois bebês? Como cabem ai, é tão pequena. ― sorriu sem mostrar os dentes.―
― Sim ― sorriu― meus bebês! Eles me deixam enjoada quase a manha toda, depois param.
― Dói?
― O que? Eles ficarem aqui dentro? Não ― riu― Eu sinto muita fome, náuseas, nada mais que isso. Ah, e vontade de chorar, choro por tudo.
―Chora? ― perguntou interessado.―
― É, minha mãe diz que a gravidez mexe com os hormônios e por isso fico mais sensível, chorona.
― Você me desculpa, Lua?
―Pelo que?
― Por fazer você chorar, pelas piadinhas e por chamar os nenéns de praga.
― Desculpo, só não quero mais que você volte a dizer isso sobre meus filhos. Eles não foram planejados mais são meus! e eu os amo muito. Me doeu muito quando ouvi você os chamarem de pragas quando na verdade ainda são anjinhos, bebês que nem sabe o que esperam eles aqui fora.
― Eu- eu peço perdão, eu fui um idiota, eu estou sendo um verdadeiro idiota desde o dia em que você me contou que estava gravida. Acho que o medo dos meus pais saberem mexeu comigo e ... ― interrompeu―
― Arthur como combinamos ninguem sabe que você é o pai do bebê alem da minha mãe , da Mel e Sophia que sãos minhas amigas e Mika que é o seu amigo. Você não precisa contar pro seus pais e nem precisa ser pai dos meus filhos, eu sei que você não gosta deles. Não quero que você goste ou diga ser pai deles forçadamente. Eu me viro sozinha, eu vou cuidar dos bebês com a ajuda da minha mãe. Eu ate ja estou me acostumando com a ideia de ser mãe.
― Eu tô confuso... Eles ja mexem?
― Não, acho que no mês que vem eles já começam. São pequenininhos ainda! Não te aperta? Deve doer ficar com eles ai dentro. ― Lua ria do modo que Arthur falava, não tinha noção de absolutamente nada relacionada a gravidez.― Me da sua mão ― estendeu a mão e Lua colocou sob a barriga dela.―
― Ta grande e dura ― A Palma de sua mão acariciava cada canto da barriga de Lua.―
― Nossos filhos ― Olharam um pro outro.― É..desculpa, meus filhos. ― Por um momento Lua havia esquecido que ele não queria os filhos.― Arthur continuou com a mão sob a barriga dela, olhou mais uma vez pra Lua e abaixou a cabeça.―
―É, vamos voltar a fazer o trabalho. ― tirou a mão da barriga dela.― Eu- eu vou ter que ir embora rápido, preciso terminar isso logo.
― E ai, conversaram? ― Mel entrou com o lanche de todos.―
― Sim, vamos dar uma trégua um ao outro. ― Lua respondeu.―
― E você vai assumir seus filhos? Eles não apenas bebês e não tem culpa de nada.
― MEL, PARA! Não força a barra.
― Ta desculpa, Lua.
― Vamos terminar esse trabalho porque eu preciso ir pra casa...
― Espero que você tenham entrado em um acordo, não aguento mais vocês se provocando e brigando por tudo.
― MEL, ta tudo bem, pode ficar calma.