Duas semanas depois:

Aqui estou eu no aeroporto internacional do Rio de Janeiro, esperando meu voo.

– Pegou tudo mesmo, Clary? – minha mãe perguntou pela sexta vez.

– Sim mãe. Peguei. Até parece que não quer mais que eu volte! - falei e meu voo foi anunciado.

Me despedi rapidamente de minha mãe, embarquei minhas malas e entrei no avião.

Me joguei na poltrona que seria a minha, conectei meus fones no celular e coloquei o volume no máximo, começou a música American Idiot (Green Day).

Don't wanna be an American idiot

(Não quero ser um americano idiota)

Don't want a nation under the new midia

(Não quero uma nação sob a nova mídia)

And can you hear the sound of hysteria?

(E você pode ouvir o som da histeria?)

The subliminal mind, fuck America

(A mente subliminar, fode a América)

Dormi no meio da música. Uma aeromoça me cutucava.

– Mocinha, coloque o cinto de segurança. Vamos pousar. – avisou e passou para a poltrona da frente.

Me concertei na poltrona, guardei meus fones e meu celular na mochila.

Desembarquei e fui direto para uma lanchonete. Me sentei e esperei minha tia chegar.

Quando sai do avião, eu lhe mandei uma mensagem, avisando onde eu estaria.

– Clary! Como você cresceu! – minha tia falou assim que me viu.

– Não tia. Faz menos de um ano que eu vim aqui. – falei rindo e abraçando ela fortemente.

– Vamos pra casa, você deve estar cansada. – minha tia falou colocando as malas no carro. – Estão todos muito ansiosos para te conhecer.

– E se não gostarem de mim? – perguntei enquanto minha tia dirigia.

– Eles vão te amar! - minha tia falou e passamos o resto do caminho falando banalidades.

A casa (não, pera, isso é uma mansão!) estava do mesmo que eu me lembro que estava da ultima vez que eu estive aqui (tá ok. Parei de conjugar o verbo estar).

Um jardim grande na frente, um gramado perfeitamente cuidado, algumas árvores, plantas para todos os lados, e o muro que cercava a casa era uma cerca viva (coberta de folhas). A casa ainda é pintada em tons claros, tinha 2 andares, um porão e um sótão (da última vez que eu vim passar as férias, deixei duas guitarras e um violão no sótão). No quintal dos fundos tinha uma piscina grande, uma churrasqueira, um banheiro externo, uma área para quem não quisesse tomar sol, e tinha uma árvore grande, onde eu costumava me esconder.

– Vem, vamos entrar. – minha tia falou me puxando junto com as malas. – Querido! Chegamos! – minha tia chamou.

Um homem saiu da sala. Ele era alto, cabelos pretos, barba feita e vestia roupas informais. Era bonito para a idade dele. Parecia ter entre 35 e 40 anos. Ele realmente combinava com minha tia.

– Oi Julie. – falou, beijando os lábios dela. – E você deve ser Clarissa. Sou o Luke. Ouvi muito sobre você. – Luke falou e me abraçou.

– Espero que tenham sido coisas boas. – falei e todos rimos.

– Querido, cadê o Jace? – minha tia perguntou.

– Vou chamar. – respondeu e se aproximou das escadas. – Jhonatan Christopher! Desça agora. – gritou.

Depois de um tempinho, um garoto de uns 17 anos apareceu.