Céu e Inferno escrita por HR


Capítulo 23
Capítulo 22 - Fome




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/444179/chapter/23

Ariel, Bonnie e Sam estão fazendo um lanche numa lanchonete da esquina. Um lugar movimentado, aconchegante, bem iluminado e com uma pequena televisão na parede por onde passam os noticiários. A programação de repente é interrompida para uma manchete urgente. Há uma cidade completamente destruída por fenômenos da natureza. A televisão roda cenas do fogo que atingiu boa parte das florestas, o tsunami e o tornado; tudo a uma distância segura e de helicóptero. Sam se engasga com o suco ao reconhecer a cidade.

–O que foi? – Ariel pergunta, preocupado.

–É a cidade em que nós estávamos! Dean está lá! – Sam fica boquiaberto.

–Não é o mesmo lugar, tem certeza? Não lembro de...

–Quietos! – Sam pede ao ver uma entrevista.

Há uma mulher e uma criança pequena de frente para as câmeras, com as roupas encharcadas e com alguns machucados no corpo. A mulher explica para o repórter do momento em que o tsunami começou na praia e explica que foi salva por um homem, que as protegeu dentro de um restaurante.

E como ele se chamava? Já o viu depois dessa catástrofe? - Pergunta o repórter.

–O nome dele era Stefan Salvatore, tinha cabelos negros, olhos claros e... Infelizmente foi a última vez que eu o vi. Quando o tornado começou, eu descobri um esconderijo na parede do restaurante e me abriguei lá com a minha filha.

E a reportagem sai do ar. Sam olha para os lados e repara que todos sumiram. Agoniado, grita pelo nome de Bonnie e Ariel, que não o respondem. Logo, seu pensamento se foca em apenas um desejo: Encontrar Dean. Então vê uma mulher desconhecida entrar no estabelecimento. Sam corre até ela.

–Você viu Dean?! Onde ele está?! Eu preciso encontrar ele! Por favor, me ajude! Onde ele está?! – Sam está se descabelando. – Você tem que me ajudar! Pelo amor de Deus! É um caso de vida ou morte! Eu não aguento mais ficar sem ele! Por favor, me ajuda!

E ao tocar os ombros da mulher, ela simplesmente some feito um pó que se espalha no ar. Sam está com o coração a mil por hora e dá de cara com um homem de pele morena na porta da lanchonete usando um anel prata e seu carro é um Cadillac Escalade preto estacionado em frente à porta. Sam por um momento relaxa a mente.

–Desculpe te causar toda essa loucura em cima de seu desejo, é o que eu faço. – O homem sorri elegantemente – Prazer eu me chamo Fome.

–F-Foi você que fez isso comigo? – Sam fica assustado – Isso é loucura...

–Loucura é o meu instinto me mandar atrás de você. O que você é? Ou o que você quer?

–Bom... Libertei lúcifer sem querer do inferno e agora... Bom... Eu preciso de ajuda para coloca-lo de volta, lá pra baixo. Topa?

Uma risada maléfica ecoa pelo local, desmanchando a empolgação de Sam.

–E o que eu ganho em troca? – Pergunta, cruzando os braços.

–A paz mundial. Ou então... Desculpe a piada, mas eu poderia pedir uma pizza pra você. – Sam sorri.

**

Elena está num sono profundo, deitada no peito de Damon, enquanto ele acaricia os cabelos da garota, vendo Stefan se recuperar aos poucos e a se regenerar sozinho. Dean está sentado num canto, agarrando as próprias pernas, preocupado e agoniado demais pensando no que fazer a respeito de Ana que pode estar com alguma doença letal. Ana, que dorme de olhos abertos, deitada no chão ao lado de Dean.

–O que vamos fazer agora? Será que o tornado foi para longe? – Stefan pergunta em baixo tom para não acordar ninguém.

–Não tenho nenhum plano em mente. Você tem? – Pergunta Damon, olhando seu irmão que parece estar bem melhor.

–Querem que eu dê uma olhada lá fora? – Dean pergunta.

–Antes eu do que você. – Damon o olha.

–Você ainda me odeia? Qual é, não há razões pra isso. Há?

–Você é um idiota sem cérebro, isso conta como algo.

–O que eu fiz?

–Dean? – Ana o chama, colocando a mão na barriga enquanto parece que vai vomitar.

Dean rapidamente vai até Ana, que agora cospe sangue. Ela levanta seus olhos agora completamente amarelos. Dean congela ao lembrar-se daqueles olhos e rapidamente se afasta. Todos permanecem instáveis, até o momento que Ana começa a andar de maneira estranha, se contorcendo e fazendo ruídos não compatíveis com a sua beleza.

–Quanto tempo, Dean. – Ana sorri e torce a cabeça de modo brusco, estralando o pescoço.

–Deixe Ana em paz! – Dean suplica.

Damon deita Elena nos braços de Stefan e se levanta pronto para lutar com o que seja que está a sua frente. Dean dá um passo para trás a medida que Ana se aproxima. Ana rasteja pela parede agora e num movimento muito rápido, está atrás de Dean, sussurrando em seu ouvido.

–Como vai a família? Ah, esqueci. Eu acabei com eles... – Ana sorri, com sangue por todo o rosto agora.

Damon tenta entender e acompanhar tudo com os olhos, mas os movimentos são ainda mais rápidos que de um vampiro. Damon ouve o coração de Dean que está acelerado e pode ver os seus músculos tensos. Dean prende Ana com força contra a parede da caverna, mas o demônio mentalmente causa uma dor horrível nos órgãos de Dean, que se joga no chão, berrando. Ana agora olha malignamente para Damon, que continua parado.

–E você? – Ana sorri.

–Eu não tenho nada a ver com isso, resolvam vocês. – Damon ergue as mãos em defesa e percebe que Elena acordara, sentindo certo receio de acontecer algo com a mesma.

–Você gosta dela não é? – Pergunta, mas Damon não responde, pois Elena agora o olha – Seria uma pena se algo a machucasse...

–Nem pense! – Damon dispara.

Ana anda lentamente até Elena e Damon rapidamente a impede, enfiando sua mão no peito de Ana, sentindo o coração dela pulsar em seus dedos e o sangue escorrer pelo braço.

–Arranca! E você perde sua amiguinha. Eu continuo vivo, mas ela... Arranca! – Encara os olhos de Damon – Não tem coragem? Ainda sente algo por ela sobre aquela noite? Não deveria... – Ela sorri.

Damon trinca os dentes e tira sua mão, jogando-a do outro lado da caverna e vendo-a cair, desmaiada. Elena franze a testa enquanto olha para Damon e sente o braço de Stefan aconchega-la. Damon senta de maneira brusca no chão, encarando o nada, enquanto Dean se levanta com dificuldade.

–Alguém pode... Me ajudar? – Dean pergunta, se segurando na parede.

–Pede pra tua querida namorada. - Damon diz rigorosamente.

–Não era ela! Era aquele demônio filho da mãe!

–Então mata ela! Queima o corpo dela! Se livra desse demônio! É o único jeito!

–Damon, ela é minha namorada! Você faria o mesmo se fosse com Elena?

–Nós não somos namorados. – Murmura Damon rígido, recebendo olhares de desprezo de Elena. – Espera aí, vocês viram a Katherine? - Damon olha em volta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentários??



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Céu e Inferno" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.