Céu e Inferno escrita por HR


Capítulo 2
Capítulo 1- Se aliando ao irmão


Notas iniciais do capítulo

Agora que a história começa.. Tomara que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/444179/chapter/2

Stanford, Califórnia (EUA).

Num Impala 67 preto, ao som de AC/DC, Dean vagueia por Stanford até a universidade onde seu irmão frequenta. É uma cidade estranha com gente esquisita, mas com certeza, já vira coisa pior na vida. Afinal, com apenas 9 anos de idade já ajudava seu pai a caçar espíritos malignos. E era justamente por causa de seu pai, John, que estava indo atrás do irmão.

Estaciona seu carro em uma vaga livre perto de um grupo de moleques. Ajeita sua jaqueta de couro, põe seus óculos escuros, trancando o carro, vendo as pessoas ficarem boquiabertas. Um carro desses é quase uma relíquia ultimamente. Em questão de segundos, os garotos veem em sua direção com os celulares em mãos, tirando fotos.

–Caramba! Um Impala 67! – Um grandalhão se aproxima do veículo e alisa a mão sob o capô.

–Não encosta, - Dean bate na mão do garoto - acabei de polir.

–Mas...

–Quer fazer um favor pra mim? Fica de olho no meu carro. Eu te pago depois.

–Claro!

Mesmo um pouco desconfiado, continua seu trajeto à procura do irmão. Caminha pelos largos corredores da universidade, sobe escadas longas e ao chegar ao último andar, já está arfando. E como recompensa, avista seu irmão entrar na biblioteca. Entra silenciosamente logo atrás. A biblioteca está vazia. Pelo menos é o que achava, antes de encontrar seu irmão beijando uma garota às escondidas. Em vez de apenas chama-lo, prefere pregar uma peça no mesmo. Então, derruba um grosso livro num piso oco da biblioteca e se esconde atrás de uma estante.

–O que foi isso? – Ouve o irmão perguntar quase num sussurro.

Então, ele pisca as luzes, escutando o tremor na voz da garota, finalizando com a luz acesa. Silenciosamente, se aproxima dos dois, e aproveitando que estavam de costas, toma uma postura mais séria.

–Que pouca vergonha é essa?!

Os dois dão um pulo, e arfando, viram-se ainda assustados. Dean por outro lado, cai na gargalhada, enquanto Sam o encara furiosamente. A garota fica sem reação e parece um pouco constrangida com o tal acontecimento.

–Não teve a menor graça, Dean! O que está fazendo aqui? – Sam esbraveja.

–Foi hilário... – Diz Dean respirando fundo – Tinha que ver a cara de vocês foi tipo... AH! – Dean faz uma careta de espanto exagerada.

–É o seu irmão? – Pergunta a garota.

–Dean, essa é a minha namorada, Jéssica. Jéssica, esse é o meu irmão, Dean. – Sam diz simplesmente.

–Prazer em conhecê-lo. – Diz Jéssica sutilmente.

–Vai me dizer por que está aqui? – Sam arqueia as sobrancelhas.

–Ah, claro. Preciso falar com você em particular... Preciso da sua ajuda.

–Pode falar na frente dela, não me importo.

–É sobre o papai.

–Jéssica, - Sam diz num tom sereno e um tanto cauteloso – é melhor você ir para o dormitório, encontro você lá.

Jéssica beija-o na frente de Dean, que desvia o olhar para apreciar as belas pinturas penduradas nas paredes da biblioteca. Pinturas abstratas e algumas até um pouco medonhas. O lugar era realmente grande e repleto de cultura, assim como fotos de antigos diretores da universidade grudados na parede.

–O que houve com o papai? – Pergunta Sam, agora só.

–Ele desapareceu...

–Isso é normal, ele desaparece de vez em quando.

–Ele nunca esteve tanto tempo fora!

–E quer minha ajuda para encontra-lo?

–Para brincar de bonecas é que não seria. Sam, precisamos ir atrás dele. Sozinho eu não consigo.

–Você consegue, sim.

–Tudo bem, eu até consigo. Mas eu não quero.

–Dean... – Sam esfrega os olhos em agonia. – Eu posso até te ajudar, mas não posso ficar fora por muitos dias. Estou numa universidade agora.

–Então é isso?! Quer levar uma vida normal?! Sam...

–Não, eu não quero levar uma vida normal. Eu quero levar uma vida segura.

–Tudo bem, você é quem sabe.

Dean desapontado, encara os olhos do irmão por um breve tempo e depois dá de ombros, dando as costas, querendo que seu irmão o chame de volta e diga que aceita ir junto procurar seu pai, mas isso não acontece. Dean, ao contrário do irmão, já estava decidido a ir; com ou sem ele.

Sam vai para o quarto, atrás de Jéssica. Ele a chama algumas vezes e nada. Decide então espera-la na cama. Quando Sam olha para o teto, vê sua namorada Jéssica, com a barriga ensanguentada e com os olhos sem vida. Logo, seu corpo entra em chamas. Sam pula da cama, apavorado e procura algo para apagar o fogo. O alarme de incêndio é acionado imediatamente. Quando Dean chega ao carro...

–Você não vai me pagar? Não deixei ninguém encostar! – Esbravejou o garoto.

–Tudo bem, pegue. – Dean diz convincente, entregando secretamente dinheiro falso.

... Ouve o sinal de incêndio no prédio da universidade e volta correndo, vendo seu irmão ser carregado para fora do quarto à força, enquanto ele grita desesperadamente. Dean vê o incêndio vindo de seu quarto e então descobre que a namorada de seu irmão foi morta. Não era a melhor hora para conversar com seu irmão sobre isso, então não tocou no assunto. Mas Sam fez questão de ir até o irmão e dizer entredentes.

–Nós vamos achar o papai e acabar com esse demônio!

***

Mystic Falls, Virgínia (EUA).

Os dias tranquilos na casa dos Salvatore começaram a chegar ao fim. O silêncio já se tornara raro por ali, e pra aproveitá-lo, Damon vagueia pela sala com seu copo de uísque em mãos, desfrutando da paz no interior da casa. Deita-se no sofá e apoia seus pés na mesa de vidro do centro da sala, fitando o fogo da lareira, quando Stefan chega.

–Conseguiu descobrir algo? – Damon pergunta ao irmão, que chega com um livro em mãos.

–Mais ou menos... Mas eu consegui pegar o diário dele, o que já é grande coisa. – Ele foleia o diário. – Mas e você, encontrou algo?

–Eu não precisei enfiar minha cara em livro nenhum, somente juntei os fatos. – Damon se levanta e fica de frente para o irmão, remexendo seu uísque no copo – Pense comigo... Isobel veio para Mystic Falls para se vingar de alguém, que suponhamos ser do marido, já que ele a deixou de um jeito cruel. Há dezoito anos, houve um escândalo por aqui, sobre um bebê ter sido salvo, por você, num acidente de carro que afundou nas águas da ponte Wickery. A mulher no carro morreu, mas o pai havia sido levado ao hospital ainda com vida. O engraçado é que no dia seguinte, ele sumiu do hospital. E esse mesmo homem está procurando por Elena. O que você tem a dizer?

–Então está me dizendo que o John... – Stefan faz uma expressão pensativa, enquanto Damon o olha apreensivo – É o pai da Elena?

–Din din din! – Damon imita um sino.

–É tão óbvio... – Stefan diz indignado, jogando o diário no sofá.

–De nada. – Damon sorri tomando seu último gole do uísque – Está pronto para cair na estrada?

–Como vamos acha-lo? Você simplesmente acha que ele vai estar numa casa abandonada não querendo ser encontrado?

–Eu estava pensando em visitar um bar, mas a casa abandonada me parece um bom palpite.

Damon joga sua jaqueta de couro por seu ombro e pega a chave do seu Chevy Camaro Convertible 69. Stefan acompanha os passos do irmão e entra no lado do passageiro, procurando algum CD bom na pilha de velharias no porta-luvas.

–Não acha que está na hora de comprar CDs realmente bons? – Pergunta Stefan incrédulo. – Queen, Aerosmith, Bon Jovi, Sex Pistols, Kansas,... – Stefan joga os CDs dentro do porta-luvas novamente.

–Hei! – Damon o encara e pega um CD – Seja mais delicado com as minhas preciosidades.

Damon coloca um CD no rádio do carro e então Stefan se choca contra o banco, entediado, enquanto Damon da a ré no carro, cantando a letra da música e fazendo pequenos gestos como coreografia. Stefan está o olhando indignado, quando Damon dá um sorriso sarcástico.

–O que foi?

–Você sabia que está ridículo fazendo isso, não é? E o que é essa música?

–O motorista escolhe a música e o artilheiro fica de boca fechada. – Damon diz. Stefan sorri e o seu celular começa a tocar. Olhando pelo visor, vê ser Elena. Damon olha para o celular do irmão e dá de ombros, diminuindo o volume da música enquanto dirige.

–Elena? – Ele atende o celular.

Stefan? Pensei que iria vir almoçar comigo...

–Elena, sabe o que é? Eu gostaria de estar aí com você, mesmo. Eu fiquei a semana toda pensando nisso, mas houve um contratempo.

Damon cansado da conversa melosa aumenta o volume da música, atrapalhando a ligação de Stefan que agora procura o botão de volume desesperadamente, enquanto Elena o enche de perguntas no celular. Damon apenas ri da situação.

–Onde desliga essa coisa?!

–Eu até falaria, mas... – Damon diz num tom superior.

Stefan? O que está acontecendo aí? Onde você está?

–Elena, me desculpe, mas vou ter que desligar. Prometo que ligo mais tarde amor, te amo. – Stefan desliga o celular e encara Damon – Damon! Isso não teve graça.

–Eu achei hiper engraçado. Você todo desesperado, sem conseguir ouvir a namorada... – Damon abaixa o volume por fim.

–Isso não vai ficar assim... – Stefan encara a paisagem pela janela do carro.

–Vamos lá, faça o seu melhor. – Damon sorri, gostando do desafio.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então ?