A Promessa escrita por Maisa Cullen


Capítulo 14
Capitulo 13 - O lago


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores, já estou de volta! Demorei só um pouquinho, então nada de drama (indiretas.com pra você, Lu).
Parece que apenas minhas lindas, Lu e Eileen estão se manifestando. A fic anda precisando de mais comentários porque às vezes eu me sinto meio pra baixo aqui, mas as minhas lindas não me deixam desanimar e me incentivam a postar, por isso eu estou aqui mais uma vez.
Fiz o capítulo meio que... Bem, acho que eu andei tomando a mesma droga que a Lu. kkk
Espero que gostem, nos vemos nas notas finais!



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Lúcia deixou que sua mente se concentrasse em analisar o lugar em que se encontrava. Estava em uma espécie de clareira a alguns metros da floresta assassina, que era mais clara por não ter árvores bloqueando a claridade, mas mesmo assim ela não conseguia ver o sol oculto sob uma camada pesada de nuvens no céu.

A pouca grama no chão parecia tão morta quanto tudo ao seu redor. O verde acinzentado estava em toda parte e parecia tão melancólico que fez a garota encolher suas pernas mais junto ao corpo, puxando a barra de seu vestido já meio puído à essa altura até os tornozelos e repousando os braços sobre os joelhos.

–Vai ficar tudo bem, Lu. –Ela se espantou quando ouviu a voz de Peter e só então percebeu que havia deixado algumas lágrimas escaparem.

–Eu sei. –Ela disse enxugando o rosto apressada.

–Não precisa ser destemida o tempo todo, sabia? –O garoto brincou.

–Na verdade eu preciso. Susana está em algum lugar desse mundo e eu tenho que encontrá-la. –Ela disse abrindo um pequeno sorriso triste.

–Você não é a única que quer poder fazer alguma coisa, porém por mais que eu queira enfrentar outro perigo maluco precisamos descansar um pouco. –Peter disse com um sorriso divertido e conseguiu fazer com que Lúcia sorrisse também.

–Tudo bem. –Ela assentiu.

Então Peter se levantou e ajudou Lúcia a fazer o mesmo. A garota soltou um resmungo por estar dolorida depois de ter permanecido na mesma posição por tempo demais, o que fez com que Peter soltasse uma risada baixa.

Toda a cena não passou despercebida por Edmundo, que esteve apenas observando os dois e não pôde evitar sentir uma ponta de ciúme da irmã. Displicentemente, Edmundo se levantou e se dirigiu até a irmã, ficando entre ela e Peter.

–Vamos ter que acampar aqui. –Ele falou para Lúcia, ignorando Peter, que precisou conter o riso com o claro ataque de ciúme do moreno.

–Acha que é seguro? –Ela perguntou.

–Se ficarmos longe das árvores, talvez. –Por cima do ombro de Edmundo ela pôde ver Peter imitando o irmão gesticulando e fazendo careta.

–Claro. –Ela falou levando uma mão à boca para disfarçar o riso.

–Acho que é uma boa ideia fazer uma fogueira antes que anoiteça. –Edmundo disse e se virou para Peter, que foi pego imitando-o. –E você vem comigo. –Disse com uma carranca.

Edmundo marchou com a espada ainda em mãos em direção à floresta com uma cara não muito amigável e Peter foi logo atrás, sem deixar de erguer um dos braços para fingir que segurava uma corda invisível e com a mão livre envolver o próprio pescoço, como se estivesse sendo enforcado.

Lúcia deixou o riso escapar assim que os perdeu de vista e negou levemente com a cabeça. Não deveria estar rindo, mas não podia ignorar as palhaçadas de Peter e a carranca do irmão.

Sentindo-se mais leve resolveu prender o cabelo em uma trança e olhou em volta procurando algo para fazer. Mesmo sabendo que não era a melhor das ideias, caminhou um pouco na direção contrária à que os dois garotos tomaram, tendo o cuidado de evitar as árvores.

A clareira se estendia por mais alguns metros e terminava em um pequeno lago, que incrivelmente não parecia combinar com aquele local. A água parecia um espelho que refletia o céu e a garota observou que havia pequenas plantas de aparência normal ao redor do lago.

Ajoelhando-se no chão ela tocou a água com a posta dos dedos e recuou quando viu sua imagem tremeluzir. O seu reflexo sorria, mas ela não estava sorrindo.

–Olá. –Escutou seu reflexo dizer usando a sua voz.

–Q-Quem é você? –A garota gaguejou.

–Eu sou o espírito do lago. –Respondeu o espírito.

–E por que você se parece comigo? –Indagou Lúcia.

–Porque eu não tenho forma e precisava de uma imagem para poder me espelhar. –O espírito respondeu.

–Certo. –Lúcia assentiu um pouco contrariada.

–Qual é o seu nome? –Perguntou o espírito em tom suave.

–Lúcia. –Disse a garota.

–Você pode me chamar de Aila. Era o meu nome antes de ser aprisionada no lago. –Explicou Aila.

–Aprisionada? Por quem? –Lúcia espantou-se com tal afirmação.

–Por Duman. Ele destruiu ou aprisionou todos aqueles que não ficaram ao seu lado quando chegou neste mundo. –Aila contou.

–Mas isso é horrível. –Lúcia não pôde deixar de se sentir mal por Aila.

–Eu tive sorte de não ser transformada em um de seus seguidores. –Falou o espírito.

–Aquelas criaturas peludas, você quer dizer? –A garota perguntou se lembrando do monstro que atacou Susana.

–Sim. –Respondeu Aila.

–Mas afinal, que lugar é esse? –Lúcia questionou.

–Estamos em Ódin... –Respondeu Aila.

–Lúcia! –A garota ouviu o chamado às suas costas e se virou.

Edmundo corria em sua direção acompanhado de Peter, ambos com expressões preocupadas. Ela se levantou da margem do lago, onde esteve sentada por um tempo que ela não percebeu passar.

–Lúcia. –Disse seu irmão assim que parou a sua frente. –Por que não ficou na clareira?

–E-Eu... –Ela gaguejou. Não conseguia pensar em uma boa explicação.

–Você quase me mata de susto. –Edmundo dizia em tom repreensivo.

–Mas... –Ela tentou se explicar.

–Nada de “mas”. –Edmundo falou.

–Pega leve com ela. –Peter disse para Edmundo.

–Ela podia ter sido atacada. –Edmundo disse tentando controlar seu tom.

–Tá, mas ela não foi. –Peter revidou.

Os dois pareciam travar uma batalha se encarando de uma forma que fez Lúcia se encolher um pouco. Ela sabia que Edmundo não estava realmente zangado, que estava apenas preocupado. Já Peter esteve tentando levar no bom humor as reações do garoto, porém sentia que não iria funcionar daquela vez.

–Ei, por favor, parem com isso. –Pediu Lúcia finalmente ficando entre os dois.

Eles desistiram de comprar briga e se viraram em direção à clareira sem dizer nada. Lúcia apenas os seguiu em silêncio, pois sentia que era melhor esperar ambos se acalmarem antes de contar sobre sua conversa com Aila.


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Notas finais do capítulo

Tenso. O Ed e o Peter estão meio que se estranhando igual cachorro (olha as minhas analogias malucas). Enfim, eu não quis pegar muito pesado pra que não saísse numa briga, mas o climinha ficou tenso. kkkk
Quanto aos novos nomes... Aila é um nome turco que "lua" ou "luz da lua". E Ódin é o nome de um deus nórdico que eu achei interessante.



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