A Garota escrita por Carolina Fernandes


Capítulo 5
Capítulo 5 - Momentos na sala de música e conversa!




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–Então a gente ficou falando sobre tudo que se pode imaginar, e quando o sol começou a se por o Jazz se declarou para mim, e eu comecei a chorar, também com uma declaração daquelas... Voltando ele secou as minhas lagrimas e me beijou e, eu claro que correspondi e falei que também gostava dele - Alice suspirou, ela estava nos contando como foi o seu encontro com Jasper a praticamente uma hora, contando detalhadamente desde o convite até eu sei lá.

–E...? - perguntou Rose.

–E, ele me pediu em namoro e eu asseitei. Depois disso fomos ver um filme, mas eu nem prestei muita atenção nele sabe eu só pensava no Jazz e como sua...

–Beleza, já deu por aqui - disse interrompendo-a me levantando da cadeira, e Rose deu uma risadinha. Olhei para Alice - fico muito feliz por você, então não o perca e se ele te magoar me avisa e considere Jazz um cara morto - elas riram e apontaram para trás.

Jasper estava atrás de mim e provavelmente escutou minha ameaça de morte, então aproveitei para colocar mais medo no fantasminha camarada.

–Eu posso muito bem ser a favor desse namoro de vocês, porque vocês são como minha família. Mas, isso não significa que se você - apontei o dedo para ele que estava cada vez mais branco e eu segurava o rio - aprontar alguma sairá impune, pode se considerar um homem morto. E você sabe do que sou capaz.

Ele apenas assentiu e eu sorri.

–Agora que a faze da bronca passou... Me dá um abraço - ele riu, e me abraçou - já estava na hora.

–Nem me diga - sussurrou de volta e depois piscou para mim indo em direção a Alice dando-lhe um beijo.

DIIIINNNNGGGG!

Era o sinal da próxima e ultima aula, mas agora era livre para mim. Então me joguei no sofá da sala de jogos em quanto ouvia meus amigos resmungarem.

–Veja o lado bom - disse.

–E tem lado bom? - perguntou Rose.

–Tem, você vai estar perto do Emm - Alice e Jazz riram e Rose me atacou um travesseiro.

–Idiota! - ela disse mas ria também.

–Me ame menos, agora vão antes que percam a última aula.

–Não é uma má ideia... - disse Alice e Jazz a a puxou fazendo-a puxar Rose.

Ri mas logo parei pensando no que fazer agora, então me lembrei de um lugar que eu já queria ter ido desde que me mostraram. Me levantei igual ao Flash dos Incríveis peguei minha mala e comecei a correr.

(...)

Assim que entrei na sala de música joguei a mala em algum lugar e observei aquele lugar tinha carteiras em uma ponta, e em outra os instrumentos menores, na outra os instrumentos grandes, no meio dois microfones ao lada de um piano e a mesa do professor. Caminhei em direção ao microfone e o liguei, peguei meu celular e procurei a melodia de alguma música até que meu dedo parou na música "Impossible" da Shontelle, conectei-o ao amplificador e comecei a cantar.

"Tell them all I know now
Shout it from the roof tops
Write it on the sky line
All we had is gone now"

Pra mim essa parte tem grande significado, porque realmente as vezes temos vontade de subir no telhado tudo.

Assim que acabei de cantar ouvi um assubiu e me virei assustada dando de cara com Edward que tinha um sorriso no rosto e batia palmas, me deixando corada.

–Parabéns Bella, você realmente mandou bem! Você canta muito bem, mesmo - ele disse se aproximando de mim. E se sentando no piano.

–Obrigada. Eu estava cantando muito alto, ou você por acaso veio para cá? - disse me sentando ao seu lado.

–Na verdade esse é o meu refugio, toda vez que eu quero esquecer as coisas eu venho aqui tocar piano. Isso me faz não cometer uma loucura - ele disse encarando os meus olhos.

–Sei como é: querer fugir da realidade pra apenas esquecer as coisas que te cercam, pra poder respirar um pouco - disse encarando o piano.

–Exatamente isso - ele disse tocou na minha mão, nessa hora meu coração acelerou e eu me senti de alguma forma... Protegida.

–Então você toca piano? - perguntei divertida.

–Sim, mas nunca toquei para ninguém, só meu professor já me ouviu. Porque quando toco sou só eu e o piano.

–Você não me mostraria? - perguntei com um biquinho nos lábios.

–Só se você me pegasse de surpresa me vendo tocar - disse com a voz um pouco baixa se aproximando de mim.

–Então pode ter certeza, que eu vou ser unica a escutar você tocando - disse com a voz baixa me aproximando também.

Eu queria beija-lo, queria sentir como seria sua pele em contato com a minha, queria entender que droga acontece comigo toda vez que ele está perto de mim que me faz perder a noção de meus atos, e acima de tudo queria poder entender como controlar isso tudo.

Então quando nossos lábios rosaram um no outro... "I just call to say i love you..." a música do meu celular começou a tocar.

–Deixa tocar, por favor - ele disse com a voz cheia de suplica e com um pouco de dor também, mas a música voltou a tocar e por um minuto apenas um minuto, eu pensei em deixar ele tocar. Mas esse era o toque do meu pai.

–Desculpa, mas eu preciso atender - disse me afastando e pegando o celular - é o meu pai, vamos pro Jardim de Inverno como tínhamos combinado - ele apenas assentiu.

–Te encontro lá, Bella - e saiu.

–Aló?

–Oi Bells - disse meu pai.

–Oi pai. Aconteceu alguma coisa?

Não, eu só liguei para saber como você esta... Sabe não nos falamos a quase duas semanas.

–Eu sei pai, e eu também sinto sua falta. Espero que não tenha botado fogo na casa - disse e fui em direção ao jardim. Ele riu.

Relaxa Bella, eu só tenho comido em restaurante ou congelados, não quero me matar.

–Espero que sim - avistei Edward brincando com a neve e apenas de vê-lo meu coração acelerou mais do que deveria - pai, tenho que ir agora.

–Ah, sim claro. Falo com você logo, tchau - e desligou.

Suspirei, eu e meu pai nunca tivemos uma relação muito aberta ele sempre foi um pai presente e tudo isso, mas nunca fomos exatamente como pai e filha e depois que minha mãe morreu ficamos ainda mais distante só depois de um ceto tempo decidimos nos aproximar mais um do outro, mas ainda é um pouco difícil.

Sai de meus pensamentos quando me dei conta que já estava sentada ao lado de Edward encarando o nada igual a ele.

–E então o que você queria me contar ontem? - perguntei tirando aquele silencio de que alguém morreu.

–Na verdade eu queria te perguntar uma coisa.

–Diga!

–O que você acha que leva alguém a namorar outra pessoa mesmo não sentindo nada? - perguntou encarando a neve falsa.

–Eu acho que pra alguém fazer isso tem que ter um motivo muito bom, ou o que é mais comum hoje em dia: popularidade. Talvez ficando com alguém que não goste só ajude nos seus status mas você vai ficar sempre com a mente pesada. Ou pode ser também chantagem ou algo assim. Mas... - eu não consegui terminar porque durante um ano eu namorei o Mike só pela imagem. Um tremendo erro.

–Hummm, e você acha possível alguém que você conhece a pouco tempo te despertar sentimentos estranhos?

Essa pergunta me pegou de surpresa porque essa resposta valia tanto pra ele quanto pra mim, então eu simplesmente esqueci as perguntas que rondavam minha cabeça e disse as palavras mais verdadeiras que pudi encontrar:

–O amor é um sentimento que nem mesmo os filósofos compreendem exatamente porque ele não tem logica. É a coisa mais forte do mundo. Então é capaz que duas pessoas estejam destinadas a ficarem juntas sem ter se conhecido? Eu acredito que sim, porque o amor não tem fronteiras e outra coisa... Não escolhemos por quem, quando, onde, por quanto tempo e como acontece, o coração é quem escolhe e muito menos o tempo é capaz de determinar isso Edward - disse olhando-o, apesar dele não me olhar.

Ele me encarou com um sorriso nos olhos, um sorriso muito lindo que em sempre achei impossível de ver. Olhei para cima e vi que no céu já tinha estrelas então me deitei na grama coberta de neve, e apenas fiquei encarando a lua cheia que parecia mais cheia que o normal e as estrelas que brilhavam de uma maneira diferente.

E eu por alguma rasão me sentia como se tivesse encontrado a resposta de minhas perguntas, e um pouco feliz e triste também. Senti Edward se deitar também ao meu lado e por impulso eu o olhei e ele também me olhava.

–Será que você não percebe? - ele disse um pouco frustrado.

–Percebe o que? - perguntei mais perdida do que bala em tiroteio.

–Eu sinto algo por você Bella! - disse se levantando.

–COMO É QUE É? - me levantei também.


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