Um novo conto da Bela e a Fera escrita por Dani Silva


Capítulo 4
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora!
Não vou abandonar a fic jamais! Só estou um pouco enrolada, mas logo vou arrumar tudo em minha vida e darei mais atenção a fic.
Comentem!



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Olhei para os lados, não havia ninguém então corri para a cozinha. Olhei em volta e vi uma fruteira, peguei uma maça, limpei em meu vestido e mordi logo em seguida. Não havia descido para jantar com ele. Minha mãe sempre me disse que eu era do tipo de menina que amava rápido, que se apegava rápido. Eu não queria ser assim.

– Você esta com fome? - perguntou Alice. Dei um grito alto o suficiente para que fosse ouvido até na província mais distante.

– ALICE! Quer me matar?

– Descupe, não era minha intenção. Mais se esta com fome por que não me chamou? - perguntou.

– Perdão, me deu fome apenas agora e eu... - não terminei a frase pois ouvimos um uivo que vinha da janela.

A Fera. Edward deve estar lá. Um medo tomou conta do meu corpo. Alice viu meus olhos aterrorizados e correu me socorrer.

– Você tem que se acalmar... Ele não vai... Ele não é assim! - disse ela. Neguei com a cabeça. Lagrimas brotaram em meus olhos.

Eu precisava sair daqui, correr. Me soltei de Alice e sai tropeçando pela sala, quando a porta foi aperta e por lá vi o enorme lobo. Parecia um urso de pelo branco, o luar o fazia prateado. Ele levantou as orelhas e me encarou nos olhos.

Tremi e dei um passo para trás. Só podia ser Edward, os olhos eram os mesmos. O lobo rosnou e começou a se aproximar.

Alice estava atrás de mim, me impedindo de correr para o lado contrario, só me restava ficar ali parada, esperando meu destino.

Como pude ser tão tola? Ele era a Fera, tudo, a poesia, a gentileza e o amor era apenas eu. Era apenas eu que via.

Olhei para o lado. A escada estava perto, se eu conseguisse correr, pularia a janela e sairia daqui eu conseguiria. Peguei a barra do meu vestido e corri escada a cima. O segundo andar estava perto eu só precisava encontrar um quarto aberto.

Fui correndo de porta em porta. Consegui uma abriu. Entrei no quarto e fui direto para a janela, a abri e uma correndo de ar passou me fazendo estremecer. Meu vestido não me esquentaria na noite em meio a nevasca. Mais nunca fui de desistir.

Passei uma perna pela janela e olhei para baixo. No máximo teria alguns aranhóis, mas cairia em uma camada de neve.

Então pulei. Assim que aterrissei sobre meus pés corri o máximo que consegui. Olhei para trás a Fera não estava aqui, talvez conseguisse me salvar.

Abri os enormes portões e continuei a correr. Meus cabelos se enroscavam em alguns galhos e a noite estava incrivelmente escura, olhei para os lados assustada. Para onde iria? Para que lado era minha casa?

Pense Isabella, você vai conseguir. Parei e soltei meu vestido no chão, olhei para os lados, só a via neve e arvores, somente isso. Para todos os lados.

Ao longe ouvi um uivo. Peguei meu vestido novamente e sai correndo para o lado contrario imaginei. Ouvi passos ao meu redor, eram muitos. Olhei para uma arvore e peguei um galho.

Meia dúzia de lobos me encaravam rosnando e de orelhas em pé, o pelo negro me fez estremecer. Eles começaram a se aproximar. Quando um deles pulou em minha direção, bati com o tronco o que o fez cair para o lado, mas logo se recompôs e se levantou voltando a rosnar.

Olhei para os lados novamente a procura de ajuda.

– Socorro! Alice! Por favor alguém! – choraminguei. Uma sombra passou por mim e se colocou a minha frente, era o lobo branco. Era Edward.

Levei um susto e pulei para trás, bati minha cabeça em um tronco. Não consegui ver mais nada além de sombras e borrões negros. Assim apaguei.

***

Minha cabeça doía muito. Gemi e coloquei a mão sobre minha cabeça. Senti uma mão em minha testa. Abri os olhos e encarei a Fera. Instantemente me afastei gemendo de dor logo em seguida.

– Qual o seu problema? – rosnou ele. Senti lagrimas em meus olhos.

– Ela deve estar em estado de choque senhor. – disse Alice.

– Deveria mesmo. Sair correndo daquela maneira, pular uma janela e para completar seu total estado de falta de sorte, ser perseguida e atacada por lobos. – disse ele.

Eu encarava a Fera, ele parecia pior que eu. Seu braço estava sangrando e provavelmente ele não deixou Alice cura-lo. Suspirei.

– Obrigada. Por me ajudar e me trazer de volta, depois de minha falta de palavra e educação. – sussurrei. Alice sorriu aliviada.

– Você foi descuidada também não se esqueça. – disse ele rudemente. E se levantou indo embora.

Alice me encarou sorrindo.

– Qual o problema dele? – perguntei.

– Ele esta meio mal humorado, ele não perde o controle... Hum... Ele não me deixa ajuda-lo será que você pode? – perguntou ela.

Assenti. Alice pegou uma bacia com agua quente e algumas ervas medicinais e um pano branco.

Peguei tudo e desci as escadas meio atrapalhada. Minhas pernas estavam aranhadas, sei disso por que sinto o vestido enroscando neles. A Fera estava sentada em uma poltrona vermelha perto do fogo, seu braço continuava sangrando. Suspirei e me aproximei dele.

Sem encarar seus olhos ou pedir permissão puxei seu braço em minha direção e comecei a limpar. Seu braço se contraiu.

– Desculpe. – sussurrei. Meus olhos começaram a se encher de lagrimas, que foram caindo a medida que cuidava dos ferimentos dele.

– Ai. – rosnou ele. Consegui parar de chorar e sorrir.

– Não doeria tanto se você ficasse parado. – disse.

– Não estaria machucado se você tivesse ficado. – disse ele.

– Não estaria machucado se você não tivesse me assustado. – disse. Levantei a cabeça e o encarei em desafio. Ele apenas suspirou e olhou para mim. – Aproposito. Obrigada, por... hum... Salvar a minha vida. – disse envergonhada. Ele sorriu.

– Disponha. – sussurrou.

***

Eu estava sentada na mesa da cozinha. Escrevendo em meu diário.

“Ele não é bom... Mas não consigo imagina-lo sendo ruim. Estou louca? Talvez o meu problema não tenha solução, talvez tudo que preciso fazer é me isolar do mundo e de todos, fingir que nada disso é real. Mais de que adiantaria? O mundo não é o paraíso que imaginávamos.

Eu só queria fechar os meus olhos e ve-lo do jeito que sonhei. Um príncipe encantado perfeito, eu só queria me apaixonar pelo homem certo... Se ele não é o homem certo para mim, por que não paro de arrumar formas de faze-lo parecer certo?

Por que não consigo para de pensar em seus olhos? Ou no cheiro fresco que ele tem quando meche nos cabelos bagunçados? Ou como anda de um lado para o outro nervoso? Por que quero tanto entrar em sua mente e acabar com seus problemas, ou até mesmo saber o que ele pensa de mim... Será que sou algo para ele? Será que pensa em mim?

Por que eu insisto em quer chama-lo de Edward? Sabendo que ele odeia? Talvez pelo simples fato de querer esquecer que ele é a Fera”.


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