Pov’s Percy

“O QUE ER ISSO?”

Ótimo! Agora eu to frito com manteiga. Depois de hoje de manha quando a loirinha foi ao meu quarto, eu sabia que ela não me deixaria em paz pelo resto da minha existência! Mas eu nunca pensei que chegaria a esse ponto.

A única coisa que eu estava fazendo era que eu estava deitado no sofá assistindo tv. Alguém pode me dizer onde esta o problema nisso?

– O que? – eu perguntei confuso olhando pra trás.

– “O QUE?” – ela disse indignada – Como assim “O Que?”? Você ta ficando maluco er?

– Eu não! Mas você ta com um parafuso frouxo!

– Ora, como pode fazer o que esta fazendo?

– O que eu estou fazendo?

Ela andou ate mim e ficou na frente da tv. Rache ficou parada onde estava sem expressão.

– Você ainda pergunta “O Que Eu Estou Fazendo?”? – ela disse.

– Aham! – eu disse.

Ela bufou, pôs a mão na testa e fez cara de “Dai-me paciência, senhor!”.

– Meu Quiridinho Percy – disse ela, pacientemente – Se não percebeu, você esta com O PE EM CIMA DO MEU SOFA!

Ai meu São Francisco da Paciência, ela disse mesmo isso? Ate com isso ela vai implicar comigo? Olhei para Rachel em pedido de ajuda, mas ela estava com a mão na testa e outra na cintura com cara de “Essa ai não tem jeito” e apenas observava a cena.

– PARA TUDO! – eu disse – Serio isso?

– Muito serio! – ela disse cerrando os punhos e batendo o pé esquerdo no chão.

– Ah, para! – disse levantando-me do sofá.

– Para nada! Não é você que limpa aqui! Sou eu e a Rachel! E eu não vou ser escrava de um playboyzinho metido não. Okay?

– Não. Chega! – disse eu – não vale a pena discutir.

Saio da sala e vou pro meu quarto. Me jogo em cima da cama. Cara, que garota chata e encrenqueira! Será que eu nunca vou ter paz? Caramba, desde que eu cheguei aqui, mesmo sendo ontem, ela só implicou comigo, fez perguntas esquisitas e nada lucrativas e me julgou sem ter me conhecido ainda. Eu tenho certeza que ela vai fazer de tudo pra me fazer brigar com a Rachel.

Afasto esse pensamento quando a porta se abre. Rachel entra no quarto e senta em cima da cama, ao meu lado e olha pro nada a frente. De primeiro ela não fala nada. Depois suspira e olha pra mim.

– Tudo bem? – ela pergunta.

– Claro! – disse eu, sinceramente – Mas... Ela vai ser sempre assim?

– Não sei! – admitiu ela – Annabeth é bem imprevisível!. Mas dessa vez ela exagerou.

– Olha só, eu não quero causar brigas entre vocês, okay? Eu sei que ela só quer te proteger!

– Ela tem que aprender que eu sei me cuidar sozinha. E mesmo que eu não soubesse, ela...

– Não se preocupe Rachel. Eu vou tentar fazer o máximo pra não brigar com ela. Só não garanto. Prometo! Mas, cá entes nos, de onde ela tira toda essa birra?

Ela riu.

– Eu também queria saber! Sempre que ela emburra com alguma coisa, é melhor deixar que ela tenha razão! Mas, dessa vez, ela vai ter que contentar em ser contrariada – ela disse deitando-se do meu lado.

– Vai mesmo – eu disse colocando a mão no seu rosto – Não se preocupe – dei um selinho nela – vou tentar não deixa-la estressada.

– Sabe que eu não te mereço?

– Sei!

– Convencido!

– Minha ruiva.

Ela riu e me beijou. Mas logo se afastou e se levantou a camae eu a segui.

– Eu vou falar com ela – disse Rachel.

– Não, acho melhor ela se acalma...

– Percy eu vou falar com ela.

Ela disse com tanta ordem que fingi fazer uma cara de medo. Ela riu.

– Tudo bem – eu disse. – Só não briguem.

– Não se preocupe – ela disse e me beijou – Não vamos brigar.

E assim saiu do quarto.

Pov’s Annabeth

Depois da pequena discursão com o Sobrinho do Michael, eu fui pro meu quarto. Deitei na cama e refleti sobre o assunto. Ok, talvez eu tenha exagerado um pouquinho. Só um pouquinho. Mas, poxa, o meu sofá é difícil de limpar, sabia? E vendo aqueles pezinhos em cima dele me deu raiva e eu não pude evitar! Só euposso colocar o pé no meu sofá. Rum!

Mas o que será que ele pensa de mim quando eu faço meus showzinhos? Ah, quer saber? Eu não ligo! Eu só não quero que ele fique com a minha ruiva! E ponha o pé no meu sofá!

Saio dos meus pensamentos quando Rachel entra no meu quarto. Ela estava seria e de braços cruzados. Ela para.

– Annie, o que houve? – ela pergunta.

– Não houve nada – eu disse, simplesmente.

– Serio? Ata! Desculpe, eu me enganei! Você quase cortou fora a cabeça do meu namorado só por que ele estava com o pé em cima do sofá. Ops! Não houve nada! – disse ela, irônica.

– Assim você faz parecer idiota! – eu disse cruzando os braços.

– Mas é idiota!

– Annie – ela disse delicadamente, sentando-se na cama –Por que você esta agindo assim com o Percy? Ele não te fez nada!

– Só pôs o pé no meu sofá!

– Annie – disse ela seria.

Eu ri.

– Tudo bem – disse eu – Eu exagerei um pouquinho.

– Annie – ela disse mais seria.

– Ok. Um pouco.

– Annie.

– Ok. Exagerei!

– Annabeth Chase.

– TA BOM, MERDA! EU EXAGEREI MUITO!

Ela riu.

– Melhor assim – disse ela.

Eu ri.

– Bem que você poderia pedir desculpas... – disse ela.

Eu a olhei incrédula.

– RACHEL! – disse eu.

– O que? – ela disse inocentemente.

– RACHEL ELIZABETH DARE, VOCÊ TA EXAGERANDO NÃO?

– Não! Ele merece!

– Mas...

– ANNABETH CHASE, VOCÊ VAI PERDIR DESCULPAS A ELE AGORA!

Eu ri da careta de Sra. Dodds que ela fez.

– Tudo bem, Sra. Dodds.

– Muito bem, Srta. Chase.

Eu ri.

Rachel me encarou por um tempo.

– O que foi? – eu perguntei.

– Não vai não?

– Agora?

– Sim!

– Aff!

– Vai logo!

– Tudo bem, estou indo!

***

Chegando no quarto do garoto (que er o quarto ao lado) eu não bati na porta. Entrei com tudo querendo assusta-lo. Não deu certo. Ele estava deitado ouvindo musica em fones de ouvido vestindo apenas calça e estava sem camisa.

Quando me viu, tirou os fones e se sentou na cama.

– O que você esta fazendo aqui? – disse ele.

– Eu vim falar... Uma coisa. – consegui dizer.

– Hum. Então fale.

Pov’s Percy

Eu definitivamente estava curioso pra saber o que ela iria me falar. Se não fosse pra me bater, chingar ou começar outra briga, ela podia dizer qualquer coisa.

Ela sentou-se bem afastada de mim na cama e deu um longo suspiro.

– Não vai dizer não? – perguntei.

– Eu vim... Pedir... Desculpas – ela disse como se doesse cada palavra.

– O que? – me aproximei dela.

Ela se afastou.

– Eu vim... Te pedir desculpas – ela repetiu mais rápido.

– Eu não ouvi direito – me aproximei dela novamente.

Mais uma vez ela se afastou.

– Você é surdo ou o que? – ela disse.

– Nem um e nem outro.

Me aproximei mais.

– Eu vim te pedir descuuuuuuuuuuuuuuuuuulpas! – ela disse enquanto ela se afastava de mim e caia de bunda no chão.

Eu não pude evitar de gargalhar.

– Ai! – ela reclamou ainda no chão – Viu o que você fez?

– Você que não viu que a cama acabou – disse deitando-se de barriga para baixo no lado onde ela caiu.

– Claro! Você veio chegando perto. Vai saber o que você iria fazer comigo se si aproximasse de mais!

Eu ri.

– Nem se eu fosse um estuprador, você não valeria a pena.

Ela me olhou incrédula e baixou o olhar.

– Idiota! – disse ela, constrangida.

Eu ri.

– Vai ficar ai no chão? – perguntei.

– E se eu quiser? – ela disse, grossa.

– Tudo bem. Eu não ligo! Você disse que veio me pedir desculpas?

– Sim – ela revirou os olhos.

– Por que?

– Por que eu exagerei hoje quando cheguei da escola.

– Serio?

– Não! Só estou aqui porque a Rachel me pediu.

– Vocês brigaram?

– Não!

– Ufa!

– Por que “Ufa”?

– Por que eu não quero que vocês briguem por minha causa.

– Ai meu Deus, como ele é fofo! – disse ela, com uma falsa voz de maravilhada – Pena que eu não acredito em você!

– Problema seu!

Ela bufou.

– Vai me desculpar? – ela pediu.

– Não sei... – fingi estar pensativo.

– Caramba Jackson! Deixa de ser chato!

– Eu? Chato? – disse irônico – você arruma um escanda-lo por que eu estava com o pé em cima da um sofá e eu sou o chato?

– Exatamente! E não é um sofá, éo sofá!

– Aff – revirei os olhos.

– Vai ou não me desculpar?

– Quais são as palavrinhas magicas?

– OMZ! Para com isso!

– Palavrinhas. Magicas. – disse com pausa entre cada palavra.

Ela deu um longo suspiro e disse:

– Por... Favor.

– Por favor o que?

– Por favor, dono do mundo, me desculpe! – disse forçadamente.

– Pelo que?

– Aff!

– Aff nada!

Ela deu outro suspiro.

– Por favor, me desculpe por ter exagerado hoje quando eu cheguei da escola?

Bati palmas.

– Agora sim! Viu como é fácil?

–Aff! Qual a resposta?

– Sim, eu te desculpo!

– Aleluia!

Levantei-me da cama rindo.

– Viu? Não é tão difícil! – ofereci a mão para ajuda-la a se levantar. Acredita que ela ainda estava no chão?

– Fale por você! – ela disse e aceitou a mão.

Eu a puxei e ela ficou de pé

– Saiba que eu só fiz isso por causa da Rachel – disse ela – Se fosse por mim, você estaria limpando o sofá agora mesmo!

– Não teria o que limpar, já que eu não sujei nada!

– Sei...

Percebi que ainda estávamos de mãos dadas e ela também. Então, nos soltamos.

– Bem, eu já fiz o que tinha que fazer – disse ela.

– Eu também acho – disse eu.

– Certo, eu estou indo – ela foi andando ate a porta.

Enquanto ela andava, eu percebi o quanto foi difícil pra ela vir aqui me pedir desculpas e que eu abusei da boa vontade dela, mesmo ela dizendo que só veio aqui por causa da Rachel. Esse não era eu. Que se aproveita dos outros. E é isso o que ela pensa. E vai continuar pensando. Então vi que pela amizade da Rachel, ela fez o que tinha que fazer. Isso significa que ela era uma boa amiga, apesar de tudo o que diz ou faz. Será que essas duas passaram por mais que situações simples de amizade? Eu não queria tirar a Rachel dela, mas também não queria deixa-la. Então a única forma de eu ter meu namoro tranquilo, era me tornando amigo da loirinha implicante.

– Annabeth – eu disse antes que ela chegasse na porta – Desculpe por abusar da sua boa vontade.

Ela virou-se e sorriu. Um sorriso simples, bonito e sincero. Nada falso. Foi quando percebi que era a primeira vez que ela sorria de verdade pra mim. Ela assentiu e saiu do quarto.

– É – eu disse pra mim mesmo sozinho em voz alta – Acho que ainda vamos ser amigos Annabeth.