Dream 3.0 escrita por Lady
Notas iniciais do capítulo
Yooo.
Essa one da continuação a Dream e Dream 2.0. Espero que gostem.
Boa leitura
Dream 3.0
No Limite do Auto-Controle
“Ás vezes, sonhos tornam-se reais.”
Era um idiota.
Essa era a única opção mais viável que pode encontrar para se definir naquele momento.
Total, inteira e completamente idiota e egoísta. Ok, não tão egoísta assim.
Mas oficialmente havia raptado uma maga, ou melhor, A maga. Ok, talvez tenha exagerado novamente já que ela estava ali por que queria. Apesar de que tudo o querer da mesma veio junto a algumas garrafas de bebida e uma embriaguês exagerada, não que o moreno também estivesse tão são quando a loira.
Mais a pior parte de tudo isso nem mesmo era a maga adormecida totalmente despida, enrolada em seus lençóis, sobre a sua cama. Na verdade essa era a mínima questão naquele momento.
A plena certeza que Rogue possuía era a de que estava morto, mortinho, completamente morto. E creio que ninguém seria capaz de salva-lo das garras da Fairy Tail, não depois disso.
Tornou a suspirar, massageando as têmporas.
Não podia negar que a noite fora boa. Oh e como fora boa, ou melhor, maravilhosa, tão quanto à companhia. Só teria de se lembrar para que na próxima vez que visse Lucy Heartphilia num bar convidando-o para beber, negar a oferta e sair o mais rápido possível; isto é, se houvesse uma próxima vez depois que ela acordasse.
Mordeu o lábio fortemente, parando a soleira da porta e permitindo-se contemplar a figura inerte.
Era bela, mesmo quando dormia, e mais do que nos sonhos do moreno.
Suas curvas eram delineadas pelo lençol fino e tornavam-se tentadoras demais para o Cheney. Inconscientemente a figura loira lhe custava o auto-controle, ainda mais naquela forma inocente e indecente que se encontrava.
Respirou fundo e calmamente. Tinha plena consciência de que Lucy acordaria o mais breve possível e que – provavelmente – faria um escândalo. Bom, ao menos havia preparado o café da manha da loira para se redimir.
Despertou dos devaneios quando o remexer das cobertas lhe chamou a atenção. Ergueu a sobrancelha ao ver a loira apalpar a cama em busca de algo, ou melhor, de alguém.
Mordeu o lábio, retornando para a cozinha a fim de ocupar-se com algo. Ao menos assim não a constrangeria devido à nudez da mesma.
E mais uma vez respirou profundamente enquanto recordava-se da prazerosa noite que tivera. Em meio à parcial embriaguez conseguia recordar-se dos gemidos dela, do toque de seus dedos quentes na pele gelada que possuía.
Ofegou, trincando o maxilar logo em seguida. A loira tinha a capacidade única de deixá-lo louco – mesmo esta não tendo a mínima consciência disso.
Suspirou, ouvindo os passos suaves da mesma pelo corredor – vindo m sua direção.
- Bom dia. – a voz suave e calma ecoou por seus ouvidos, e logo o Cheney pode sentir os braços finos da maga envolver-lhe a cintura.
Surpreendeu-se por tal ato, e quando virou-se fora apenas para sentir os lábios finos e delicados tocar os seus – e também para constatar que tudo o que cobria o corpo da maga era uma camisa negra sua.
- Obrigado por fazer meu café da manha Rogue-kun. – sorriu-a por mais uma vez deixando o moreno atordoado. O Cheney tinha quase plena certeza de que Lucy faria um escândalo quando acordasse, afinal ela estava bêbada quando veio para sua casa e dormiu consigo, certo?
Certo?
- Lucy-san v-você está bem? – indagou, esforçando-se ao máximo para manter-se calmo. – Quero dizer, ontem você bebeu e...
E assim a risada da loira fez-se presente.
- E você imaginou que eu estava tão bêbada que não sabia o que estava fazendo e também que eu teria uma ressaca das piores? – questionou-a risonha.
O moreno limitou-se a um aceno enquanto a surpresa lhe era explicita.
- Rogue-kun eu sou da Fairy Tail, o que todos mais fazem por lá é beber. – anunciou passando geléia em uma torrada.
O Dragon Slayer não deixou de ficar boquiaberto. Afinal Lucy recordava-se de tudo o que aconteceu ontem à noite. TUDO.
Corando de forma intensa e estúpida o tigre apenas cruzou os braços e desviou o olhar da figura loira que deliciava-se com seu café da manha.
- A sim, sobre o que você disse ontem... – logo pode ouvir os passos da fada se aproximando de si. Sentiu-a puxar sua face para encará-la nos olhos, e novamente pode senti-la tocar leve e docemente os lábios nos seus. – Eu também amo você.
...
Um bip irritante lhe chegou aos ouvidos, não demorou muito para pegar o maldito despertador e arremessá-lo na parede fazendo-o despedaçar-se.
Resmungou qualquer besteira e virou-se sobre a cama, buscando adormecer mais uma vez, o que já era impossível.
Desistiu de tentar voltar a ter o mesmo sonho de antes.
Suspirou, mas antes de se quer sentar-se sobre a cama dois pesos incomuns caíram sobre si.
- Acoorda!! – o grito infantil fez seus ouvidos doerem, mas não pode deixar de sorrir ao fitar o casal de loiros de olhos avermelhados que estavam jogados sobre si na cama.
- Eu disse para deixarem seu pai dormir mais, ele chegou da missão pela madrugada. – a voz pela qual sempre fora apaixonado chegou a si, deixando-o quase bobo de amor.
- Mas mãe...
- Sem mais.
Riu. Pegando a garotinha sobre si nos braços e pondo-se de pé.
- Deixe-os Luce.
A loira limitou-se a rodar os olhos.
- Baka, desde quando é tão coração mole? – questionou arrancando um bico do Cheney.
- Eu não sou coração mole...
- Sei, sei. – interrompeu-o logo beijando-o nos lábios.
De seus lugares as crianças – estas de aparente dez anos – fizeram caretas e mais caretas.
- Troca de saliva, éca! – gritaram juntas.
- Layla, Sky. Vão para o banho logo. – resmungou a loira arrancando risos do trio de olhos vermelhos. E quando a loira cerrou o olhar para o casal de crianças pode vê-los apenas correr com medo do que poderia acontecer.
O Cheney ainda ria quando puxou novamente a loira para si e tomou-lhe os lábios.
- Sonhou com algo bom amor? – indagou a Cheney logo após ter seu parado seus lábios dos do marido.
- Sonhei com aquela noite. – murmurou-o ao ouvido da loira, esta que não reprimiu o sorriso.
E ainda com o sorriso proeminente nos lábios Lucy apenas encostou sua testa na do Cheney, agradecendo ao destino e as estrelas por terem lhe dado a chance de se apaixonar e ser correspondida.
Fim.
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Beijos, Ree ♥