Uncontrollable ('The Orphan' – Season 3) escrita por Stéfane Franco
Notas iniciais do capítulo
Como eu sei que estão todos ansiosos, não vou demorar muito aqui em cima... rsrsrs
Boa leitura!!!
Capítulo 9 - Meeting The Family
“Conhecendo a família”
– Violet -
Todos os alunos estavam eufóricos e tensos, reunidos em massa no pátio da escola. A Profª Trelawney estava parada bem no centro, e ao seu lado, suas malas.
– Há 16... 16 anos que moro e leciono aqui... Hogwarts é a minha casa... – começou ela assim que Umbridge aproximou-se com uma expressão vitoriosa. – Por favor, não me expulse... – choramingou
– Sabe que eu posso... – respondeu com um sorriso falso levantando um pedaço de pergaminho velho nas mãos.
– Umbridge vai expulsar a Profª Sibila? – perguntei à Sophie ao meu lado.
– Sim... – lamentou
– Mas ela não pode fazer isso... Apenas o diretor tem o poder de expulsar alguém do território de Hogwarts... – respondi.
Nesse momento Minerva apareceu com um semblante extremamente preocupado e abraçou Sibila carinhosamente, acalmando-a.
– Algo a dizer? – perguntou Dolores com aquele sorriso irritante
– Há várias coisas que eu gostaria de dizer... – ironizou
Por que será que tenho a impressão de que essas “coisas” seriam ofensas e xingamentos?
Antes que Minerva pudesse expor seu descontentamento, as longas portas de madeira do pátio abriram-se abruptamente, revelando um Dumbledore evidentemente irritado.
– Professora Minerva, poderia levar a Professora Sibila lá para dentro, por favor?
Minerva mais do que depressa atendeu ao pedido, arrastando uma Sibila extremamente agradecida e em prantos para dentro.
– Dumbledore, devo lembrá-lo que segundo o regulamento de educação número 23 prorrogada pelo Ministério, eu...
– Tem o direito despedir professores, entretanto não tem autoridade para bani-los do local. Esse poder pertence ao diretor.
– Por enquanto... - murmurou insatisfeita
– Bem feito para ela... – debochou Mary
– E vocês? Não deveriam estar estudando? – exclamou Dumbledore deixando o pátio.
– Só eu queria que a Minerva dissesse o que tinha vontade? – perguntei
– Com certeza não... – riu Sophie
– Violet – 29 de novembro de 1995 -
Finalmente o fim de semana tinha chegado e, com ele, a visita à Hogsmead. Seria a oportunidade perfeita para eu me distrair das injustiças que Umbridge praticava em Hogwarts.
Assim que chegamos Alessa arrastou-me para o ‘Três Vassouras’. Ela e as meninas estavam estranhas e pareciam ansiosas com algo, porém, decidi ignorar, afinal, estávamos em Hogsmead para esquecer que Dolores Umbridge existia!
Permanecemos ali por um bom tempo, e novamente ansiosa, Alessa fez-me sentar de costas para a porta com o apoio das meninas.
– O que vocês têm hoje? – perguntei
– Nada... – sorriu Alessa
– Violet, pega mais um copo para mim, por favor? – pediu Sophie.
– Tudo bem... Mas não pensem que vão escapar...
Levantei-me e segui para o balcão, onde pedi dois copos e esperei.
Nesse momento duas mãos pousaram em meus ombros e estranhamente fizeram-me arrepiar. Virei-me e não pude acreditar no que via.
– Eu disse que nos veríamos em breve... – disse ele.
– Vitor! – exclamei surpresa – Eu não acredito... O que faz aqui? Não deveria estar na Bulgária?
– Os finais de semana são livres... E digamos que recebi alguns convites para vir à Hogsmead... – falou.
– Alessa. – concluí - Eu sabia que ela estava ansiosa demais...
– Suas amigas são bem persuasivas quando querem... – riu.
– Nem me diga... – concordei.
– Meus pais e minha irmã vieram também... Quer conhecê-los? Estão na loja ao lado... – sugeriu.
– Ah... Tem certeza? Sem ofensas, mas todos sabem que Durmstrang só aceita alunos puro-sangue... Eles...
– Não se preocupe, meus pais não ligam para isso. Estou em Durmstrang apenas pela qualidade de ensino, tanto que minha irmã estuda em Beauxbatons e o David quer ir para Hogwarts quando tiver 11 anos... – riu.
– E ele veio também?
– Claro... Ele e minha irmã são mais grudados que chiclete... – debochou. – E então, vamos?
– Seus copos senhorita... – disse o atendente.
– Obrigada – agradeci – Tudo bem... Só vou levar esses copos para as meninas... Não posso demorar...
– Claro... – respondeu Vitor – Se quiser depois posso retribuir... – sorriu.
– Seria ótimo – falei aproximando-me das meninas - Vitor me chamou para conhecer algumas pessoas, você não tem nada a ver com isso não é Alessa?
– Claro que não... – respondeu Alessa com um olhar malicioso – Fiquem à vontade...
– Conversamos depois Srta. Chambers... – falei afastando-me.
Assim que cheguei à porta do ‘Três Vassouras’ Vitor me esperava e, logo que me aproximei, estendeu o braço como um cavalheiro, ao qual aceitei de bom grado.
– Desculpe a pergunta, mas... Como é morar com um ex-auror e dois professores? – perguntou fazendo-me rir.
– No início eu pensei que seria assustador, mas não é nem um pouco... – respondi – É totalmente diferente, claro, mas também é maravilhoso... Meu pai e meu padrinho são velhos amigos, e a Minerva também. Acredite ou não, morar com aqueles três é muito divertido
– E seu coraçãozinho, como está? Da última vez que conversamos você parecia bem abatida com tudo que aconteceu no Torneio... - falou puxando-me para um dos bancos da rua.
– Estou melhor, obrigada... – respondi sentando-me – Eu realmente me senti muito culpada por um tempo e tive vários pesadelos à noite... Mas depois do que está acontecendo em Hogwarts eu percebi que não adiantava nada ficar me culpando... O único culpado é Voldemort.
– Fico feliz que esteja melhor... – respondeu olhando-me nos olhos – E o que está acontecendo em Hogwarts?
Antes que eu respondesse, avistei uma linda garotinha andando sozinha na rua e abraçando um ursinho vermelho.
Seus fios loiros brilhavam ao sol e a pele branquinha contrastava com a bochecha rosada. Porém, o que mais chamou minha atenção foi seu semblante de medo. Seus olhinhos estavam vermelhos e observavam todos os lugares como se procurasse por alguém.
– Eu já volto... – falei ao Vitor e aproximei-me da garota, abaixando-me ao seu lado – Olá... Por que está triste?
– Eu me perdi da minha mamãe... – respondeu soluçando e apertando ainda mais o ursinho.
– Qual seu nome princesa?
– Ellizabeth... Ou Lizzie – respondeu encarando-me. – E essa é a Coral...
– O meu é Violet... – falei limpando suas lágrimas – Não precisa mais chorar, eu vou te ajudar a encontrar sua mãe tudo bem?
– Obrigada Violet... – respondeu abraçando-me pelo pescoço.
– Muito bem... Agora preciso que me diga como é sua mãe... – falei segurando-a no colo, com o ursinho preso em uma de minhas mãos.
– Ela é uma mulher muito bonita... – respondeu passando uma das mãozinhas nos olhos
– Então já sabemos de onde vem esse rostinho lindo... – brinquei – Como é o cabelo dela?
– Bem macio... É de duas cores... Eu gosto bastante do cabelo dela...
– Duas cores?? Deve ser bem bonito... Quais são as cores?
– Preto e loiro...
– E a roupa... Qual roupa ela está vestindo hoje? – perguntei olhando ao redor à procura da mulher
– Um vestido preto. Ela fica muito bonita com ele... Quando eu crescer quero ser igual a ela...
– Lizzie, você se lembra de onde estava quando viu sua mãe pela última vez?
– Hum... – disse ela parando para pensar
Merlin, que garotinha fofa!!
– Não... Mas ela e meu irmão estavam brigando... Eu não gosto quando brigam, então parei para ver alguns brinquedos... Quando eu percebi eles não estavam por perto...
– Então seu irmão também está aqui? Como ele é?
– É um pouco mais alto que você... E mesmo sendo chato às vezes é muito legal comigo...
– E ele é loiro como você?
– Sim... Ele é muito bonito, puxou o papai... – respondeu com o olhar sonhador – Eu quero a minha mãe... – falou choramingando e agarrando em meu pescoço.
– Shhh, está tudo bem boneca, nós vamos encontrar sua mãe...
– Violet? O que aconteceu? – perguntou Vitor parando ao meu lado
– Ela se perdeu da mãe... Você é mais alto que eu, está vendo alguma mulher com cabelo preto e loiro, de vestido preto e muito bonita? Ou um garoto loiro da minha altura?
– Bom... – falou olhando em volta – O único garoto assim que estou vendo é aquele que você recusou no Baile de Inverno... E tem uma mulher com a mesma descrição que você deu...
– Draco? – perguntei tentando acalmar a garota que chorava no meu colo.
– Você conhece meu irmão?
– Espera, você é uma Malfoy? – perguntei surpresa.
– Sim... Ellizbeth Rosier Malfoy... – respondeu orgulhosa, porém, mantendo seu rosto encaixado no meu pescoço.
Como esse mundo é pequeno não?
– Então vamos lá... – falei.
Vitor abriu caminho por entre as pessoas e logo nos aproximamos da mulher que ele tinha dito. Ela e Draco conversavam com pessoas aleatórias na rua, com certeza pedindo informação.
– Bom dia Malfoy – chamei.
Draco virou-se imediatamente e encarou-me.
– Snape! – surpreendeu-se
– Nunca imaginei que uma garota tão doce e gentil pudesse ser sua irmã... – falei aproximando-me dele com a criança no colo – Lizzie... Olha quem está aqui...
– Quem? – perguntou ela levantando o rosto e encarando o garoto – Draco!!
– O que você fez com ela? – perguntou aproximando-se ameaçadoramente, porém, Vitor colocou-se imediatamente entre nós, deixando claro que Draco não poderia fazer nada contra mim.
– Lizzie! – sorriu a mulher aproximando-se rapidamente.
– Mamãe!! – gritou Ellizabeth assim que a coloquei no chão.
– Olha como fala Malfoy. – rosnei – Ela estava perdida e eu a ajudei... Aliás, não é surpresa que com um irmão como você ela se perca... – ironizei. – Você deveria é agradecer por ter sido eu e não alguém com más intenções...
– Nunca mais faça isso, ouviu Ellizabeth? Você não imagina o quanto fiquei preocupada! – exclamou a mulher ainda ajoelhada abraçando a garota.
– Mamãe, a Violet me ajudou a te encontrar... – respondeu ela andando ao meu encontro e fazendo-me ajoelhar novamente. – Obrigada por encontrar minha mamãe... – falou abraçando-me
– Não precisa me agradecer princesa... Aqui está sua ursinha Coral – respondi entregando-lhe o bichinho vermelho – O importante é que agora vocês estão juntas... Da próxima vez que ficar brava com seu irmão, só ignore... Fugir não vai ajudar em nada...
– E você ainda me culpa Snape? – exclamou Draco ao lado da mãe.
– Agora eu preciso ir... – falei ignorando-o – Comporte-se mocinha
Abracei a garotinha uma última vez e, com um beijo, levantei-me novamente.
– Ela é muito diferente de você Malfoy... – falei encarando-o
– Dizem que somos iguais. – gabou-se
– Ela é gentil, educada, doce e muito fofa, ou seja, o oposto de você.
Seu rosto ficou vermelho de raiva, Vitor não aguentou e acabou gargalhando.
– Obrigada Violet... - disse a mulher encarando-me de um modo diferente. – Por trazer minha filha...
Ela me parece extremamente familiar... Mas de onde?
– Não há de quê... – falei em resposta. – Vamos Vitor? Seus pais devem estar esperando...
– Já namorando Snape? Fico imaginando o que seu pai diria... – debochou.
– Não é da sua conta Malfoy, vá cuidar da sua vida e deixa a minha em paz... – falei sarcasticamente - Sra. Malfoy, Lizzie... – cumprimentei virando-me e logo em seguida aceitando o braço que Vitor estendeu para mim.
– Você é muito boa com crianças... – falou segundos depois
– Eu sei... – ri – Quando a vi sozinha na rua e com aquele olhar perdido eu precisei fazer alguma coisa...
– Como eu disse há meses atrás... Você é muito nobre Violet... – sorriu.
– Alguns entendem por burrice... – falei entrando no jogo
– Eu entendo por coragem... – respondeu parando-nos logo em frente à “Dedos de Mel”
Seus olhos castanhos pareciam querer invadir minha alma e desvendar meus mais profundos segredos. Era como se eu estivesse hipnotizada. Meu coração começou a bater mais rápido e minhas mãos pareciam suadas de repente.
Vitor aproximou-se lentamente ainda me encarando, porém, não consegui mover um músculo sequer, tudo que fazia era encarar seus olhos e acompanhar a aproximação.
– Violet! – exclamou David abrindo a porta da loja.
Virei-me rapidamente em sua direção, o que contribuiu para uma vermelhidão apoderar-se de meu rosto. Abaixei-me imediatamente e abri os braços, onde o garoto jogou-se em questão de segundos.
– David! Como é bom te ver... – falei sorrindo – Você cresceu! – falei analisando-o.
– Eu sei... Em pouco tempo te passo... – respondi.
– Hey, vai com calma garoto! – falei – Posso ser um pouco baixa, mas vai demorar muito ainda para você me passar... – ri. - Vitor, eu já disse para não dizer essas coisas para ele... – brinquei levantando-me.
– Uma vez que ele aprende nunca mais esquece... – comentou uma moça loira aproximando-se – Sou Saoirse Ronan Krum, irmã desses dois... – apresentou-se.
– Ah, é um prazer conhecê-la... Sou Violet Eileen – respondi amigavelmente. – Desculpa o comentário, mas vocês não são parecidos... Você é tão... linda... E loira...
– Obrigado por me chamar de feio... – comentou Vitor.
– Oh meu Deus, desculpa, não foi minha intenção... – tentei me desculpar – Você não é feio...
– Então me acha bonito? – perguntou com um ar divertido.
– E-eu... Bom eu... – falei sentindo minhas bochechas ferverem de vergonha
– Não precisa responder. Vitor tem o dom de nos envergonhar... – disse Saoirse. –
– Onde estão nossos pais? – perguntou ele
– Pagando os prejuízos do David... – riu – É melhor eu ir até lá... Devem estar pensando seriamente em deixar metade do que ele pegou. Vamos David? – falou para o pequeno, que seguiu-a imediatamente.
– Desculpa Vitor... Eu não queria... – tentei
– Não se preocupe, eu entendi... – riu levando-me para dentro da loja – Todos falam a mesma coisa. Mas, eu tenho uma explicação para isso.
– E qual seria? – perguntei.
– Saoirse é uma veela.
– Veela? – perguntei
– Você nunca ouviu falar em veela? – perguntou incrédulo.
– Já ouvi, mas não sei o que significa...
– Bom, veela é um ser feminino capaz de enfeitiçar os demais com a sua beleza. A veela nasce mulher e tem pele lisa e cabelos dourados que esvoaçam atrás dela mesmo na ausência de vento... Acho que você percebeu isso quando ela chegou. – falou pegando um dos bombons do arranjo ao lado - Geralmente têm um temperamento muito forte e até esnobe, mas felizmente minha mãe é uma das criaturas mais doces do mundo e minha irmã puxou essa qualidade... – riu.
– Isso explica muita coisa... – falei – Por isso ela é loira de olhos azuis... Você e o David têm cabelo e olhos escuros... Foi isso que eu quis dizer àquela hora Sr. Krum...
– Eu sei, só estava te importunando... – riu colocando o bombom na minha boca.
– Violet? – chamou Saoirse acompanhada por David e um casal.
Corei imediatamente com o “flagra” da família Krum.
Como eu consigo passar tanta vergonha num dia só?
– Estes são nossos pais... – falou rindo de meu embaraço.
– Olá querida, sou Vyola Ronan Krum, é um prazer finalmente conhecê-la... – disse a mulher aproximando-se para me cumprimentar.
Vyola tinha cabelos escuros e levemente encaracolados na altura dos ombros, seus olhos escuros contrastavam com a pele clara característica da Bulgária e um tom vermelho enfeitava os lábios carnudos.
– É um prazer conhecê-la Sra. Krum... – respondi sorrindo. – Desculpe, mas por que “finalmente”?
– Os meninos falam muito de você... Principalmente o Vitor... – respondeu o homem. – Sou Marcus Krum, é um prazer senhorita... – falou pegando minha mão e beijando-a delicadamente.
– O prazer é meu Sr. Krum... – respondi corada.
Marcus era um homem alto e claramente imponente. Seu cabelo era escuro como o de Vitor e exatamente no mesmo corte.
– Vitor foi fiel quando te descreveu... – comentou Vyola
– E como ele me descreveu? – perguntei encarando Vitor de soslaio.
– Mãe... – pediu Vitor
– Ele disse que você tinha olhos maravilhosos e um senso de humor incrível... – riu - Também nos disse que você salvou a vida dele no ano passado... Obrigada – falou ela sorrindo.
– Eu apenas segui meus princípios... Nunca iria deixar alguém morrer sendo que eu poderia ajudar... E quanto aos olhos... O mérito é de minha avó... – ri levantando o punho para arrumar meu cabelo.
– Violet, o que aconteceu com seu punho? – perguntou Vitor encarando-me.
Droga, esqueci a luva!
– Não foi nada... – tentei contornar
– Isso não parece ter sido nada... – comentou Saoirse pegando minha mão e encarando a cicatriz recém-feita.
– Eu tive alguns problemas com a nova professora... – admiti soltando meu punho suavemente, porém, Vitor foi mais rápido e o segurou antes que eu escondesse.
– Ela fez isso? – perguntou Vitor analisando a cicatriz com os dedos.
– Detenção. – confirmei.
– Pensei que Dumbledore fosse contra castigos físicos... – disse Marcus.
– Ela não é...
– E por que não contou a ele?
– Porque isso acabaria piorando as coisas...
– Mas ela é uma simples professora... Dumbledore pode despedi-la a qualquer momento.
– Acontece que ela não é uma simples professora. O Ministério decidiu intervir em Hogwarts e ela foi a escolhida para acabar com qualquer rumor de que Voldemort esteja de volta... De acordo com ela, devemos “cortar o mal pela raiz”...
– Era de se esperar que o Ministério não acreditasse que ele está de volta... As evidências são claras! – disse Marcus – Está tudo como era antes... Os desaparecimentos, as mortes repentinas, ataques de quem deveria nos proteger...
– Corrija-me se eu estiver errada... Você seria a raiz, não é? – disse Saoirse.
– Exato. – sorri - Eu posso até respeitar que o Ministério não acredite, mas me tachar de “adolescente perturbada, rebelde e mentirosa” já é demais... Sem contar nas regras absurdas que imporam em Hogwarts...
– É bem típico do Ministério. – disse Vyola – Que tipos de regras?
– É estritamente proibido usar feitiços defensivos nas aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas. Segundo a Umbridge, “não há nada lá fora com que devam se preocupar... Ninguém irá atacá-los”. – falei – Como eu não consigo ficar quieta, discordei da professora na frente da sala...
– Do jeito que você é deve ter discutido com ela... – corrigiu Vitor ainda segurando minha mão.
– Nós já discutimos várias vezes nos corredores e nas aulas... O que me rendeu um número recorde de detenções no primeiro mês...
– Umbridge... – repetiu Vyola – Por acaso seria Dolores Umbridge?
– A própria... A senhora conhece? - Infelizmente. – respondeu – Ela é bem temperamental e extremamente mandona. Não admite que discordem dela em hipótese alguma...
– Uma vez eu falei isso para ela...
– Detenção? – adivinhou Saoirse.
– “Eu não admito que me desrespeitem Srta. Snape, essa é a terceira detenção que recebe, na quarta será expulsa!” – imitei – Obviamente ela não pode me expulsar sem motivos aparentes, e eu tenho a escola toda de testemunha que eu não faltei com respeito em momento algum. Desde então ela me persegue... Sempre procurando algum motivo para me aplicar suas delicadas detenções... – falei apontando para meu punho. – Principalmente agora que sou Monitora...
– É melhor ter cuidado... O Ministro confia nela cegamente.
– Eu não tenho medo de uma mulher que só usa rosa e adora gatinhos coloridos... – rolei os olhos – Ela que venha...
– Você tem atitude, é determinada... Já gostei de você – riu Saoirse.
– Faço o que posso... – levantei os ombros.
– Violet! – gritou alguém fazendo-me virar e soltar minha mão rapidamente
– Alastor... – murmurei sem graça – O que faz aqui?
– Imagine a surpresa que tive quando encontrei suas amigas no ‘Três Vassouras’ sem você... – falou encarando-me – Algo a dizer em seu favor?
– Eu... – comecei.
– Eu a convidei para conhecer meus pais... – interrompeu Vitor.
– Exatamente, eles...
– Já estão apresentando a família um ao outro? Imagine quando seu pai souber disso... – debochou
– Alastor! – repreendi vermelha como um pimentão - Esses são Marcus e Vyola Krum e os filhos, Saoirse, David e o Vitor, que você já conhece... – falei recompondo-me – Este é Alastor Moody, só me faz passar vergnha e é meu padrinho. – apresentei.
– É um prazer conhecê-lo Sr. Moody, tenho grande admiração pelo seu trabalho... – disse Saoirse.
– Meu trabalho? – perguntou aproximando-se.
– Sim... O senhor é o melhor auror que o Ministério já teve! – respondeu sorridente.
– Faço o que posso...
– Já percebi que o humor é de família... – disse Marcus – Olá Moody...
– Marcus. – acentiu.
– Vocês se conhecem? – perguntei
– Nos esbarramos há um tempo... Moody estava atrás de um Comensal que se refugiou na Bulgária... – explicou Marcus.
– Bons tempos... – disse Moody – Temos que ir pirralha, despeça-se de seus ‘amigos’... – insinuou.
– Eu agradeceria se não me chamasse assim em público... – ironizei.
– Não precisa agradecer. – respondeu no mesmo tom.
– Ah, obrigada pela consideração... – rolei os olhos – Foi um prazer conhecê-los Sr e Sra. Krum... – falei apertando a mão de ambos.
– O prazer foi nosso – respondeu Vyola.
– Quando eu disse que gostei de você, eu estava falando sério... – brincou Saoirse. – Foi bom conhecê-la Violet...
– Digo o mesmo Saoirse. – respondi recebendo um abraço. – David!
– Até mais Violet... Talvez eu esteja maior eu você da próxima vez...
– Não precisa me lembrar que sou pequena... – ironizei – É sério Vitor, pare de encher a cabeça do garoto com esses detalhes... – brinquei abraçando o garoto – Até mais David.
– Dizem que nos menores frascos é que contém os melhores perfumes... – comentou Vitor
– Acho que quem criou essa frase não pensou em Dolores Umbridge – respondi corada abraçando-o – Foi bom revê-lo Vitor...
– Foi bom revê-la Violet... – respondeu num sussurro que mal dava para ouvir.
– Pronto, agora vamos. – disse Moody indicando a saída e encostando uma das mãos em minhas costas para conduzir-me até a saída. – Até mais família feliz... – ironizou
– Calma Alastor! – falei assim que deixamos a loja – Por que essa pressa toda?
– Encontre suas amigas na Casa dos Gritos, elas têm algo importante para dizer. – murmurou.
– Espera... Você me arrastou daquela loja para mandar um “recado” das minhas amigas? Quem é você e o que fez com meu padrinho rabugento? – debochei
– Rabugento é o seu pai... – respondeu.
Assim que nos aproximamos da Casa dos Gritos Moody mandou-me entrar e desapareceu. Fiz como pediu e logo que abri a porta da Casa abandonada encontrei inúmeras cabeças.
– Mas o que...
– Finalmente! – disse Alessa – O encontro estava tão bom assim que esqueceu que marcamos uma reunião?
– Encontro? – perguntou Harry.
– Alessa! – repreendi - E eu nem sabia que tínhamos marcado uma reunião... – falei sentando-me ao seu lado e de frente para os demais alunos.
Luna, Neville, Fred & Jorge, Harry, Rony, Hermione, Sophie, Mary, Alessa, Cho, Gemma... Como coube tanta gente aqui dentro? A maioria eu nem conheço!
– Ah é... Esqueci de te avisar... – disse Alessa – Bom, mas isso não importa agora. Eu e Hermione marcamos essa reunião com o intuito de ajudar todos nós.
– Ajudar de que modo? – perguntei.
– Já que a Umbridge não irá nos ensinar a nos defender, precisamos de alguém que ensine. – explicou Hermione.
– E quem seria esse alguém? – indaguei.
– Você.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
*o*
Não foi dessa vez que certo casal se beijou... Mas não fiquem tristes, no próximo teremos uma conversinha entre as meninas e o assunto central será: Vitor!!!!
Até lá quero saber o que acharam do capítulo... Me contem TUDO!!
E a Ellizabeth?? Uma gracinha não?? Ela fará parte de muitas conversas daqui pra frente... Inclusive de uma aproximação surpreendente...
—--------------------------------------
Capítulo 10 – Perhaps...
(...)
— Own!!!!! – exclamaram juntas
— Parem com isso! – reclamei jogando almofadas nas três.
— Ta, agora continua...
(...)
— Uau... Agora eu tenho certeza que ele gosta de você – disse Sophie – E não apenas como amigo...
— E você também gosta dele – disse Alessa – Não é?
(...)
—-------------------------------------
Será que ela admite?? Só lendo o próximo capítulo para saber... :D
—-------------------------------------
Boas notícias!!! Eu já defini a maior parte do baile e uma coisa eu garanto: quem gosta da Violet irônica, sarcastica e "insolente" vai AMAR!!! Muitas confusões vem por aí e alguns reencontros... ^^ Mas até lá é surpresa!!!
—-----------------------------------
Não deixem de comentar!!
Bjss!!!