Fire and Ice escrita por Rayssa


Capítulo 9
Passado


Notas iniciais do capítulo

Hey hey hey, gostaria de agradecer a pessoa que favoritou e eu não consigo descobrir quem é O.O Espero que gostem e LEIAM AS NOTAS FINAIS! PAdM!



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Tudo bem, aquilo havia sido só falta de ar, eu não havia percebido que ela não estava respirando, mas eu estava realmente preocupado, apesar de Teddy ser medi-bruxo, eu não confiava muito nele, não depois de Dominique, não mais.

– Você tem certeza que está bem? – ela revirou os olhos, eu estava a acompanhando até a estufa, onde ela teria uma reunião com o Neville, nós ainda não estávamos em aula, como Rose passou mal, decidiram que era melhor ela ficar em hogwarts enquanto eles iriam para a Romênia, eu decidi ficar por ela, não queria que nenhum mal lhe acontecesse.

– Pela milésima vez, estou. – estávamos mais próximos que o normal, as coisas estavam diferentes, digamos que estavam insinuativas, nós não eramos só amigos, também não eramos namorados, tínhamos algum relacionamento entre essas duas coisas.

– Qualquer coisa... – eu não precisei terminar.

– Eu sei Scorpius, eu sei. – quando chegamos em frente a estufa, retirei meu braço dos seus ombros e entreguei seu material. – Obrigada. – ela murmurou.

– Boa reunião Rose. – beijei sua bochecha. – Se cuida pequenina. – toquei seu nariz com o polegar.

– Tenha um bom dia. – ela suspirou. – nos vemos depois do almoço, não esqueça. – assenti.

– Não vou esquecer. – ela sorriu e entrou, suspirei, era estranho ficar sem ela, estávamos passando tanto tempo juntos, já que não tínhamos aulas, que eu me sentia vazio quando ela saia.

– Scorpius. – ouvi a voz de Neville e virei para onde ele estava. – Posso falar com você? – assenti e aproximei-me.

– Diz professor. – Neville revirou os olhos.

– Não estou como professor, estou como família. – assenti. – é sobre a Rose... – senti meu corpo gelar.

– O que tem com ela? – ele tocou meu ombro.

– Relaxe, eu só gostaria de agradecer. – franzi o cenho. – O que você tem feito pela Rose, desde que vocês ficaram mais próximos, ela esta... – hesito – feliz outra vez, é como se ela voltasse a ser quem era antes. – um sorriso tomou conta dos meus lábios.

– Obrigado Neville. – ele riu.

– Bem, eu tenho que conversar com a Rose sobre plantas que a ajudaram, caso aconteça de novo.. – ele deu um leve tapa em meu ombro e adentrou, enquanto eu ia até o salão comunal de sonserina.

...

Ela estava vermelha e seus cabelos estavam assanhados, o que era relativamente engraçado, se eu não estivesse preocupado com o bem estar dela.

– Tudo bem, paramos por hoje. – eu disse por fim, e ela me fuzilou com o olhar. – O que?

– Não precisa agir como se fosse meu pai. – ela falou de forma grosseira, percebi que o pingente em seu pescoço estava na cor vermelha-escura, isso só significava uma coisa, raiva.

– Não precisa ficar brava. – caminhei até a sacada da torre de astronomia, colocando meus cotovelos sobre a grade de segurança.

– Desculpe-me. – eu não estava com raiva, só que ela estava muito volúvel ultimamente e isso me preocupava mais ainda, ou será que ela sempre foi assim?

– Tudo bem. – pela visão periférica notei que ela estava ao meu lado, fazendo o mesmo que eu.

– É sério, eu realmente não queria falar daquela formar. – ela suspirou ao meu lado.

– Tá tudo bem pequena. – eu olhava de soslaio para ela.

– Não, não tá. – ela negou com a cabeça. – É só que estou com muita coisa na cabeça, e meus pais não ajudaram muito no feriado. – assenti.

– Entendo. – ela negou com a cabeça de novo.

– Dessa vez você não entende. – ela mordeu o lábio. – minha mãe passou todo o feriado, basicamente, jogando em minha cara que meu irmão é um garoto normal porque ele beija outras pessoas. – eu ri ao ouvir isso, não era bem o que uma mãe falaria para a filha. – E meu pai ficava a repreendendo, dizendo que eu sou muito jovem para namorar. – eu franzi o cenho.

– Rose, você tem 17 anos, é normal namorar. – dessa vez, ela que riu.

– Eu sei Scorpius, sei bem disso, e meu pai também. – suas mãos apertaram a grade. – Ele só fica do meu lado, porque sabe que não gosto de falar no assunto. – ela suspirou. – Mamãe acha que eu deveria arrumar um namorado, ou pelo menos beijar garotos. – a ideia de Rose beijando garotos ou namorando alguém me doeu a alma, eu não a queria com ninguém, eu a queria comigo, e eu percebi isso no natal.

– Ainda bem que não sou filho dela, então. – murmurei, e Rose levantou uma sobrancelha em indagação. – Ela provavelmente tentaria me ensinar como falar com garotas quando soubesse quantas garotas eu já beijei, ou que eu nunca namorei. – a pequena revirou os olhos, abriu a boca para perguntar alguma coisa, mas logo fechou.

– Você é homem, é normal você não ter namorado ainda. – levantei as sobrancelhas, só então percebi que eu não a olhava de soslaio, e sim, encarava-a abertamente, assim como ela fazia.

– Rose, você provavelmente já beijou mais garotos do que eu beijei garotas. – dei de ombros, mas ela já estava balançando a cabeça em negação. – Se eu fosse como o Albus ou o James, seria normal, mas eu não sou, não saio por ai beijando qualquer garota. – um sorriso tímido surgiu em seus lábios.

– Eu nunca beijei. – eu pensei que era brincadeira, quando vi que seu colar estava branco, ela estava em paz, então percebi que era verdade.

– Sério? – seu rosto corado assentiu, um grande sorriso se abriu em meus lábios, mesmo eu tentando controlar, eu simplesmente não consegui, eu quase fui o primeiro beijo dela. – Por que? – eu era curioso.

– Primeiro me responde uma coisa... – ela falava baixo, parecia curiosa. – quantas garotas você já beijou? – eu realmente senti vontade de rir, porém, consegui me controlar.

– Duas garotas, três beijos. – seus olhos se arregalaram, se antes eu achava Rose inocente, agora ela me parecia a garota mais pura de todo o universo.

– Só? – eu assenti, ela mordeu o lábio. – Nunca tinha tido vontade de beijar alguém, nunca havia gostado de alguém o suficiente para isso. – notei uma coisa muito interessante no que ela falava, suas frases estavam no passado, como se agora ela gostasse de alguém o suficiente para ter vontade de beija-lo. – e você, por que beijou tão poucas garotas? – ela mordia os lábios.

– Bem, meu primeiro beijo, você sabe com quem foi... – ela assentiu e um sorriso brincalhão estava em seu rosto. – Eu e a Lanna nos beijamos apenas porque ela queria que meu primeiro beijo fosse com alguém que se importasse comigo. – sua mão estava sobre a testa.

– Lanna é bem engraçadinha quando quer. – assenti.

– Meu segundo e o terceiro beijo foi com a Ems. – suspirei, os olhos de Rose ficaram opacos por alguns segundos. – Rose? Você está bem? – meu coração acelerou, com medo de que ela caísse novamente, inerte, em meus braços.

– Estou sim. – a mandíbula dela estava apertada. – Como aconteceu? – continuou entredentes.

– Bem, depois que você se afastou, eu fiquei muito mal... – passei a encarar o céu, não queria que ela pudesse ver a dor em meus olhos. – eu não queria sair da cama, não queria comer, não queria fazer nada, eu só pensava no que eu poderia ter feito para você passar a me odiar e chorava – deixei que minha mente voltasse as lembranças. – Quando eu finalmente criei coragem para ir falar com você, pedir desculpas, você me tratou com tanta indiferença, aquilo foi pior, eu fiquei quebrado, eu não tinha mais chão. – senti meus olhos lacrimejarem, respirei fundo, eu já havia chorado de mais por causa daquilo. – Aquele dia foi a ultima vez que eu chorei. – admiti – eu estava chorando, escondido no salão comunal da sonserina, e então, ela apareceu. – a ruiva ao meu lado não me interrompeu em nenhum momento.

“Ela veio com compaixão, e então, ela ficou comigo, ajudou-me, não me deixava ficar sozinho, estava sempre comigo, até que um dia, no mesmo dia em que a Lanna e eu nos beijamos, eu tomei coragem e a beijei, eu meio que tinha uma paixão por ela, só que foi estranho, foi a mesma coisa de beijar a Lanna, não havia nada mais, somente um beijo, como se eu não sentisse nada por ela, estávamos no quarto ano, então, ela começou a namorar, e eu fiquei desolado, nos afastamos bastante.

Foi quando eu decidi que iria voltar a ser seu amigo, porque eu sabia que você nunca faria aquilo comigo, se eu te beijasse, eu sabia que você não deixaria para lá, eu sabia que você não iria aparecer namorando outro garoto do nada, então, eu tentei forçar a barra, eu te seguia, tentava conversar com você de qualquer formar, até que você disse: Eu não tenho o mínimo interesse em ser sua amiga, deixe-me em paz. Eu nunca esqueci essas palavras, eu achei que eu nunca iria sobreviver ao quarto ano, mesmo assim, eu não chorei, nunca mais, desde aquele dia.” – Quando eu a olhei, de seus olhos saíam muitas lágrimas, levei meu braço até seus ombros e a puxei até mim.

– Desculpe-me. – ela soluçou. – eu realmente não... – não deixei que ela terminasse.

– Ei, calminha pequena, tá tudo bem. – toquei seus cabelos com meus lábios. – você está aqui agora. – minha boca ainda estava em seu cabelo, apertei seu corpo contra o meu, e coloquei meu queixo no topo de sua cabeça. – Quer que eu continue? – ela assentiu.

“Então, pouco após o natal, mamãe veio atrás de mim, disse que havia deixado o papai, e pedindo perdão por ter me abandonado e tudo mais, eu a perdoei com facilidade. Minha mãe me dava forças para continuar a estudar, para lutar pelas coisas que eu amava, durante todo o quinto ano, ela me apoiou, mesmo assim, eu nunca fui lá um aluno exemplar, eu só passei no NOMs porque a Minerva me passou, isso é um fato, eu e Ems nos reaproximamos, ela estava namorando um garoto novo, eu ainda era afim dela, e isso doía bastante, quase no final do ano, eu descobri que o namorado dela batia nela, e foi a primeira grande briga que eu peguei na escola, ninguém sabe dela, porque era madrugada. Ela enfim criou coragem de terminar com ele, e quando estávamos indo embora, eu a beijei, foi então que eu percebi que tudo aquilo havia sido porque ela era como uma irmã para mim, assim como Lanna.” – os braços de Rose estavam apertando a minha cintura, o que era fofo da parte dela, ela tentava me dar apoio.

– Você está bem? – ela perguntou levantando o rosto, seus olhos ainda estavam marejados, e eles pareciam realmente preocupado.

– Estou sim. – dei de ombros. – Sabe o que é ridiculo? – ela negou. – Eu ter beijado duas garotas, e considerar as duas minhas irmãs. – suspirei – acho que eu sou incestuoso. – a risada de Rose foi alta.

– Você é bobo. – sua voz era suave. – Como seus pais ficaram juntos de novo? – franzi o cenho.

– Está mesmo interessada em me ouvir falar? – ela assentiu e colocou novamente a cabeça embaixo da minha, aquela posição era confortável, dava para ficar daquele jeito por muito tempo, talvez para sempre. – Tudo bem... – suspirei – no inicio do sexto ano, papai veio atrás de mim e da mamãe, pediu perdão aos dois, e eu não perdoei, eu fiquei irado, mamãe disse que só o perdoava se eu o perdoasse. Eu só consegui perdoar quando a vovó morreu, uma parte de mim acreditava que se eu voltasse para casa com aquela mulher, eu viveria um inferno.

– Eu te entendo. – ouvi o suspiro de Rose.

– Foi naquele ano que eu comecei a ver tutores, obviamente, nenhum foi tão bom quanto você. – senti que ela sorria. – De todo jeito, quando a vovó morreu, eu voltei para casa, meu pai se tornou um bom pai, mamãe é a melhor mãe que eu poderia ter. – sussurrei. – Naquele ano, eu descobrir porque ela era daquele jeito. – a ruiva afastou-se novamente para me encarar.

– Por que?

– Ela não queria deixar a lembrança do vovô morrer, não queria esquecê-lo, ela o amava de mais para deixá-lo se perder no passado. – os olhos de Rose brilharam, como se aquilo fizesse muito sentido, se ela entendia a minha avó ou não, ela não se pronunciou sobre isso.

– Você fica muito bonito desse ângulo. – seu comentário me pegou de surpresa, ela tinha um sorriso leve.

– Obrigado. – aproximei meu rosto do dela. – Você fica linda de todos os ângulos. – seu rosto ficou vermelho escarlate, tentei olhar para seu pingente, mas esse estava escondido em seus cabelos.

– Obrigada. – ela soltou-se de mim. – Acho melhor irmos Scorp, precisamos descansar se quisermos continuar com essa história de animagia. – eu assenti.

– Rose... – ela virou-se em minha direção.

– Gostaria de passar o ano-novo comigo? – por conta do incidente de Rose, os Weasleys decidiram que era melhor ela não viajar para a Romênia passar o ano-novo por lá, e eu fiquei por ela, um sorriso surgiu em seus lábios, um sorriso que eu raramente via, seu pingente estava amarelo.

– Sim, eu adoraria. – ela andou até mim, e abraçou-me. – Obrigada. – afastou-se.

– Ei... – protestei, e ela me olhou confusa, aproximei-me e passei o braço pelo seus ombros. – assim é melhor, nós vamos voltar para cá de todo jeito. – ela riu, mas não se afastou.

– Vamos logo.

*


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Notas finais do capítulo

Oi oi gente.
Estão gostando do relacionamento da Rose e do Scorpius? Eu, particularmente, amei escrever esse capítulo :3
Bem, agora é o assunto sério, eu já estou terminando de escrever essa fic, weeeeeee! E quero fazer uma continuação, mas, não exatamente uma continuação. Já viram aqueles livros que o primeiro é na narrativa da garota e no segundo é do garoto? Ou visse e versa? Bem, eu estava pensando em fazer várias continuações, uma para cada primo deles, o que vocês acham? Hein hein?
Se gostaram da ideia, gostaria de saber quem vocês querem primeiro..
( ) Dominique
( ) Albus
( ) Lucy
Eu já tenho uma ideia de toda a parada das estórias, então, eu só poderia continuar com uma dessas. Qualquer dúvida, só perguntar ai, weeeeeeee, ou pode usar as MPs, fiquem a vontade.
Beijos ;*