Minha cabeça ainda latejava com as informações que havia acabado de receber, enquanto subíamos um túnel desconhecido rumo á Hogwarts.

Após termos nos certificado que estávamos seguros, iniciamos uma conversa que, no mínimo, me deixou desconcertada.

O barman era o irmão de Alvo Dumbledore. E não era só isso.

Ele havia dito que o Dumbledore que havíamos conhecido nunca existiu, e que não acreditava mais na Ordem da Fênix.

O que ele disse ainda fazia minhas veias latejarem de um modo estranho. Era algo entre raiva e imponência.

Raiva por que a minha desesperança de conseguir sair viva daquela situação minguava á cada hora, e por Aberforth ter insinuado que o nosso maior modelo de justiça era uma farsa.

E imponência por que, mesmo que tudo fosse verdade, eu não ia desistir do caminho que escolhera. Eu ia lutar até o fim.

E salvar quem eu amava, se assim fosse preciso.

A chegada de Neville no Cabeça de Javali havia sido ainda mais surpreendente. Neville estava péssimo, o que era um prelúdio do que haviam feito com nossa escola nos últimos meses. Meu coração doía ao ouvir Neville descrevendo o que acontecera durante nossa ausência.

Voldemort havia corrompido Hogwarts. A escola que fora meu lar estava sendo destruída.

O calor em minhas veias aumentou. Eu estava definitivamente furiosa.

Por minha família, por meus amigos, por Harry e Rony, e por todos os outros bruxos e trouxas anônimos que eu não conhecia, Voldemort tinha que morrer.
Se eu tivesse tido alguma chance, eu mesma teria feito isso.

Mas quem eu era, afinal? Só mais uma bruxa tentando encontrar seu lugar e seu objetivo no mundo...

Um sorriso indiscreto cortou minha boca.
Aquele era meu objetivo. Lutar para livrar o mundo de todo aquele mal que encobria nosso povo.

Eu era mesmo só mais uma. Mas um grão de terra faz diferença numa montanha.
A luz que saía de uma fresta adiante de nós me pareceu a luz da esperança.