Mirrors

Aren't you somethin' to admire

Cause your shine is somethin' like a mirror

And I can't help but notice

Mas não é que você é algo para admirar?

Porque o seu brilho é algo como um espelho

E eu não posso deixar de reparar

Ela estava sentada num dos bancos brancos, da praça que ele costumava ir. Pra falar a verdade, ela estava no banco que ele costumava sentar, sentada da mesma forma que ele, com um livro e fones de ouvido.

Por incrível que pareça, ele também tinha um livro em mãos e também tinha fones de ouvido, que tocavam uma música que no momento ele não conseguia distinguir qual era. Sorte a dele, que o banco era grande o suficiente para que duas pessoas se sentassem com as pernas cruzadas para aproveitar o clima da tarde.

Sentou-se e ajeitou os fones, antes de se concentrar em sua leitura. Droga, por mais que quisesse se concentrar, algo nela lhe chamava a atenção e ele tinha a certeza de que não eram os cabelos... Excêntricos.

- Mas que droga... – olhou para o lado e viu a garota murmurando sozinha. – Ele não pode ter feito isso... – observou o livro que ela tinha em mãos. – Catherine é uma fofa, linda, divosa, mas...

- Muito bondosa. – completou sem querer e eles se entreolharam e depois, quase que automaticamente ergueram as capas dos livros que estavam lendo e riram. – Você também está lendo isso? – perguntou sem acreditar.

- Como não ler? – ela rebateu dando um sorriso. – São vampiros, numa geração futura, que resgata parte do passado e que...

- Envolve um sobrenatural tentador. – ele completou novamente. Já estava começando a se achar um idiota por sempre completar as frases dela.

- Exatamente isso, dude. – ela puxou um dos fones e ele fez o mesmo, esquecendo-se do livro que estava em suas mãos e iniciando uma conversa divertida com a moça dos cabelos rosados.

Aquela havia sido a primeira vez que haviam se visto, a primeira vez que seus olhares haviam se encontrado... A primeira vez, que ele, havia esquecido de lhe perguntar o seu nome.

Havia ficado somente com a imagem da garota de cabelos róseos e olhos esmeraldinos, que costumava chama-lo de ‘dude’. Quer dizer, quantas pessoas de cabelo rosa deviam existir no mundo?

Quase nenhuma, ela era única... Bem, isso foi o que ele pensou, até ir um dia no salão de sua mãe, que era cabelereira por sinal, e encontrar pelo menos umas cinco garotas pintando o cabelo da mesma cor que a garota.

A opção de colar cartazes na cidade a procura da garota de cabelo rosa, havia ido por água abaixo depois dessa.

- Fala sério, cara, como você ia descrevê-la nesse cartaz? – Gaara disse, bagunçando os próprios cabelos.

- Desenhando. – Sasuke falou pensativo, enquanto apoiava o queixo na mão. – Um retrato em forma de desenho...

- Você não sabe nem desenhar bonecos de palitinho. – Naruto falou enquanto colocava uma batata frita e mais uma, seguida de mais uma, na boca. – Sabifria meo qui tosbo. – disse com a boca cheia.

- O que? – Sasuke perguntou confuso. – Para de falar com a boca cheia, seu animal.

- Que agressividade. – o loiro resmungou. – Pera, ali não é uma garota de cabelo rosa? – apontou para a rua, através do vidro da lanchonete em que eles estavam. Pra falar a verdade, a mesa deles era em frente ao vidro, mas não falemos de mesas.

- Ela tem o cabelo rosa! – Gaara falou levantando-se animado.

- É ELA! – o moreno levantou-se em um pulo e se dirigiu rapidamente para a saída do estabelecimento.

- SASUKE A CONTA! – Naruto gritou alarmado, enquanto recebia um olhar reprovador de duas garçonetes.

- NÓS NÃO TEMOS DINHEIRO, DROGA! – Gaara falou da mesma forma, olhando desesperado. – SASUKE!

- Paguem tudo, depois eu devolvo o dinheiro pra vocês. – Sasuke falou não prestando muita atenção no que eles haviam dito. Aquela era a vez dele de pagar a conta.

- Estamos ferrados. – Naruto murmurou.

- Moça, quantos pratos vamos ter de lavar? – Gaara perguntou sorrindo amarelo, enquanto uma mulher, “mal encarada”, se postava a frente deles. – Sasuke, seu maldito.

Haviam muitas pessoas na calçada em que ele estava, mas ao longe, com os mesmos fones brancos, com o cabelo preso em um coque mal feito, estava a garota.

- Desculpa. – falava enquanto esbarrava nas pessoas. – AI MEU DEUS, DESCULPA! – falou desesperado quando pisou na patinha de um cachorro, era um monstro sem coração.

Mas não tinha tempo pra compaixão, o amor da sua vida... Não, amor não, mas a garota sem nome havia virado em uma esquina.

- HEY! – praticamente gritou correndo o mais rápido que podia. A garota, parou e olhou para os lados confusa. Tirou o fone de ouvido direito e depois o esquerdo, para enfim olhar para trás.

- Hey, dude. – ela sorriu. – Que cê ta fazendo por aqui? – perguntou confusa.

- Eu er... – coçou a nuca, pensando em uma desculpa qualquer. Não poderia dizer que estava correndo atrás dela feito um louco, poderia? Isso o faria parecer um louco. – Eu tava correndo, malhando... É. – tentou parecer convincente.

- De calça jeans? – a garota franziu o cenho e se escorou em uma parede. – Sério mesmo?

- É uma nova modalidade. – balançou a mão displicentemente. – Apenas os fortes tentam...

- Tá um calor do caramba, você realmente deve ser forte. – disse dando um sorriso debochado.

Cause with your hand in my hand

And a pocket full of soul

I can tell you there's no place we couldn't go

Porque com a sua mão na minha mão

E um bolso cheio de alma

Posso dizer, não há lugar aonde não podemos ir

- Senti a sua ironia do Acre. – Sasuke balançou a cabeça negativamente.

- O Acre não existe, cara. – a rosada brincou enquanto voltava a caminhar e ele a acompanhou. – Ali é uma base marciana. – ao longe ele via um ponto de ônibus, com aquela cobertura pintada de azul, com frases em branco, que provavelmente indicavam até onde as linhas que passavam ali iriam, mas ninguém nunca parou para prestar atenção nisso. Pra falar a verdade, seria hipocrisia, dizer que o próprio Sasuke havia reparado nisso.

- Minha vida inteira foi uma mentira, vou ali me jogar em frente a um ônibus. – brincou e fingiu que iria se afastar, mas a rosada impulsivamente segurou a sua mão.

- Pobre criança. – ela disse. – Mal sabe que... – um ônibus passou ao lado dela, fazendo com que ela parasse. – 6125? – pronunciou pensativa. – DUDE, AQUELE É O MEU ONIBUS! – então soltou a mão dele e começou a correr.

- Qual o seu nome? – perguntara ele. Já estavam próximo ao ponto, e o ônibus estava quase saindo quando a adolescente o alcançara. – HEY! GAROTA!

- ESPERO PODER TE VER OUTRA VEZ, DUDE! – falou ela entrando no ônibus correndo e esse havia começado a fechar as portas.

- O SEU NOME! – Sasuke gritou mais uma vez, mas o ônibus havia partido e com ele a garota do cabelo cor de rosa. – AH FALA SÉRIO!

Quais eram as chances dele conseguir alcançar o ônibus? E pior ainda, quais eram as chances dele voltar a ver a garota de cabelos róseos novamente? A protagonista sem nome, que havia feito a curiosidade de conhece-la aumentar cada vez mais. Sasuke tinha a vontade de desvendar todos os mistérios que ela possuía, de saber os seus hobbes, dos seus sonhos, das suas teorias malucas e porque ela o chamava tanto de “dude”.

Por que ela nunca perguntara o seu nome? Será que havia se esquecido disso também, tão como ele?

Ou será que...

Ela simplesmente não estava tão interessada em conhece-lo, como ele em relação à ela? Talvez ela apenas o respondesse por mera educação, para não deixar um estranho falando sozinho.

Era uma opção bem... Realista.

Mas que ele preferia ignorar, porque era algo cruel, particularmente desanimador, em sua opinião.

- Preciso de Toddynho. – murmurou assentindo. – Uma dose Dupla.

Por que Toddynho cura qualquer depre, certo?

E aquela, havia sido a segunda.

The vacancy that sat in my heart

Is a space that now you hold

Show me how to fight for now

And I'll tell you, baby, it was easy

Comin' back into you once I figured it out

You were right here all along

It's like you're my mirror

O vazio que se instalou em meu coração

É um espaço que agora você guarda

Mostre-me como lutar pelo momento de agora

E eu vou lhe dizer, baby, foi fácil

Voltar para você uma vez que entendi

Que você estava aqui o tempo todo

É como se você fosse o meu espelho

- DEPRESSÃO NÃO! – Naruto falou animado enquanto arrastava o moreno dentro parque de diversões. – AGORA É HORA DO SASUKE PEGADOR VOLTAR. – deu um empurrão em Sasuke, fazendo com que seu corpo desse um ‘tranco’ para frente.

- Se minha coluna ainda estiver no lugar... – Sasuke falou ironicamente. – Olha aquela ali... – murmurou vendo uma garota ruiva não muito distante. Ela estava usando shorts desfiados e uma blusinha cor de rosa. – Gata! – os dois falaram após se entreolharem.

- Vai lá, garanhão! – Naruto falou erguendo o polegar em um joinha. – Daqui a pouco temos que encontrar a minha prima e as amigas gatas dela. – acrescentou olhando um relógio imaginário em seu pulso.

- AH MOLEQUE TRANSÃO. – Sasuke deu risada e bateu a mão na de Naruto em um “toque”. – Agora é sério, Naruto, menos fogo.

- Veadão.

- Gay.

- Tá eu perdi a mina de vista. – Sasuke falou procurando a moça de cabelos ruivos novamente. Na verdade, ele se ‘amarrava’ em garotas ruivas, mas não tanto quanto as garotas de cabelos róseos.

É, elas tinham conquistado o coração conquistador do nosso Uchiha e ele se sentia meio gay por isso. Rosa? Fala sério, cor de menininha.

- Ah, Dane-se não quero mais. – jogou os braços pra cima. – A onde tu marcou de encontrar sua prima?

Naruto o encarou e abriu um sorriso amarelo, sem mostrar os dentes. Colocou as mãos atrás da nuca e deu uma risadinha, antes de dizer:

- Na Casa dos Espelhos.

Sasuke adorava aquele lugar. Era tão fantástico se perder entre seus próprios reflexos distorcidos, que lhe confundiam a todo o momento. A Casa dos Espelhos era mágica e de todo o parque, era o seu brinquedo favorito.

- VOCÊ TEM ALGUM PROBLEMA, SEU IDOTA? – gritou nervoso. – EU ODEIO AQUELE LUGAR! – Sasuke deu um soco no ombro de Naruto.

Opa, acho que tivemos um erro de descrição.

- Brigue com a minha prima, Dude. – Naruto deu ombros e começou a andar, deixando-o estático.

Dude?

- Cumé?

Quando que Naruto havia aprendido isso?

O Cara não sabia nem soletrar Lámen, sem se confundir.

- Como você aprendeu isso? – perguntou desconfiado, correndo um pouco para alcança-lo.

- Eu sempre disse isso, cara, onde você estava? No Acre? – Cara? Acre?

- Você... Ela... Rosa...

- Ãhn? – Naruto franziu o cenho confuso, enquanto os dois entravam na fila do brinquedo. Eles eram os próximos, a prima de Naruto, de acordo com ele, já estava dentro do local, já que podiam entrar até 10 pessoas dentro da casa, mas eles deixavam entrar apenas em pequenos grupos, a cada 2 minutos, para que houvessem mais encontros inusitados lá dentro.

Pura sacanagem, na opinião do Uchiha. – É a nossa vez. – o loiro anunciou trocando a confusão por animação.

- A gente tem mesmo que entrar nessa droga? – Sasuke perguntou esquecendo-se por um momento dos seus devaneios. – MERDA DE BRINQUEDO FLOPADO, NINGUÉM GOSTA DISSO, CARA. É TÃO DIVERTIDO, QUE A GENTE CHEGOU AQUI AGORA E JÁ VAMOS ENTRAR. – acrescentou ironicamente.

- Já acabou com o seu ataque de frescura? Tá de chico, porra? – Naruto revirou os olhos.

- Delicado que nem um boi, pota que o partiu. – Sasuke balançou a cabeça negativamente.

O loiro o ignorou e entrou, sendo seguido pelo amigo, que continuou resmungando.

Sasuke entrou e sentiu sua mente começar a ‘bugar’ com a quantidade de “eu’s” que ele via.

- Veja só, eu sou gato. – acenou para seu reflexo, que por incrível que pareça lhe retribuiu. – E estiloso, sexy e... CARALHO! – gritou quando esbarrou em um dos espelhos. Aquele não era um corredor? – Por isso que eu odeio essa porra. – então começou a apalpar os espelhos, em busca do verdadeiro corredor.

Havia se perdido de Naruto e aquilo já deixava seus momentos ali dentro incrivelmente divertidos.

O Lugar era meio estranho e isso estava fazendo com que ele lembrasse de todos os filmes de terror/séries que havia visto em toda a sua vida. E isso não era bom, pois ele começava a ouvir barulhos e a pensar que realmente tinha alguém atrás de si.

You reflect me, I love that about you

And if I could, I

Would look at us all the time

Você me reflete, amo isso em você

E, se eu pudesse, eu

Olharia para nós o tempo todo

Seu celular, porém, não estava descarregado, sem crédito e nem sem sinal, mas ele se sentiria frouxo e seria zoado eternamente, caso ligasse para Naruto dizendo que havia se perdido.

Entrou em outra sala e começou a achar que ficaria perdido ali pelo resto da vida... Nem se quer encontraria a garota de cabelos róseos, pela ultima vez.

- Hey cara. - Aquilo devia ser alguma coisa de sua mente delirante e paranoica, então ele ignorou.

Saiu da sala e continuou a procurar uma maldita saída entre seus reflexos. – Cê tá surdo? – a voz repetiu e ele a ignorou novamente. – HEY!

- Você é um delírio, da minha mente psicopata. – resmungou Sasuke virando-se para trás e encontrando a garota de cabelos róseos. – Quantas vezes vou ter que dizer que você não é real?

A verdade, ou o obvio, era que ele não havia conseguido esquecer aquela moça, nem havia encontrado-a novamente... E já haviam se passado um mês desde que a vira pela primeira vez, assim, de acordo com sua “Lógica Uchiha”, sua mente havia começado a criar ilusões, que tinham feito com que ele confundisse várias pessoas com a moça. Só porque elas tinham uma mecha, ou o cabelo totalmente rosa.

Ele era um louco. Tinha quase certeza disso.

- Você tem problema? – ela perguntou arqueando as sobrancelhas e colocando as mãos na cintura. - Tá me achando com cara de ilusão de ótica, dude? – aproximou-se dele e lhe deu tapa na cabeça. – Isso te pareceu real? – estreitou os olhos verdes.

- Isso dói. – ele resmungou passando a mão no local em que ela havia batido. – O que você tá fazendo aqui? – perguntou confuso, aquele era o ultimo lugar que esperava encontra-la.

- To tirando foto nos espelhos pra postar no meu facebook. – Respondeu ela seriamente.

- Você é tão engraçada que devia ir pra praça é nossa. – Sasuke deu um risinho forçado.

- Idiota. – suspirou. – Não pensei que fosse te ver de novo. – comentou distraidamente.

- Estou sendo um incomodo?

- Se fosse, eu me esconderia de você. – ela deu ombros e enrolou os cabelos nos dedos. – Mas não daria muito certo, já que aqui tudo é refletido e... – então, sem notar, eles estavam se encarando.

-Seus olhos são tão brilhantes que...

- Eu me vejo refletida nos seus. – disse calmamente, como se estivesse tentando ter certeza do que falava. – Pode achar que é loucura, mas eu imaginei diversas vezes como seria te encontrar novamente. Eu nem te conheço, mas...

- Não consigo parar de pensar em você. – Sasuke sentia seu coração bater fortemente contra o peito, numa sensação de expectativa que crescia a cada segundo. – E agora estamos completando as frases. – acrescentou perplexo.

It's like you're my mirror

My mirror staring back at me

I couldn't get any bigger

With anyone else beside me

And now it's clear as this promise

That we're making

Two reflections into one

É como se você fosse o meu espelho

Meu espelho olhando de volta para mim

Eu não poderia ficar maior

Com mais ninguém ao meu lado

E agora está claro como esta promessa

Que estamos fazendo

Dois reflexos em um

Era algo que não conseguiam explicar, eram estranhos,que sentiam a necessidade de se conhecer. Que haviam se interessado por encontros rápidos do destino, que haviam sido colocados nessa situação e que agora não tinham mais escolhas, a não ser 'se deixarem levar'.
- Qual o seu nome? - Sasuke perguntou aproximando-se da garota,que fez o mesmo que ele.
Finalmente havia feito a pergunta que atormentara ambos por tanto tempo.
- Sakura Haruno - respondeu ela dando um risinho. - E o seu é...
- Sasuke Uchiha. - apertou a mão da garota. - Er.... Sabe...
- O quê? - Sakura incentivou,segurando a mão dele firmemente,mesmo que houvesse percebido isso.
Ele aproximou-se dela e colocou a mão livre delicadamente sobre o queixo de Sakura,fitando-a por um longo período de tempo.

- Sabe o que sempre acontecia quando eu imaginava o nosso reencontro? – murmurou.

- Acho que sim. – Sakura respondeu da mesma forma que ele.

Sasuke colocou uma das mãos na cintura dela. Sakura, entrelaçou seus dedos nos dele, numa cena tipicamente clichê.

Yesterday is history

And tomorrow's a mystery

I can see you lookin' back at me

Keep your eyes on me
Ontem é história

E amanhã é um mistério

Posso ver você olhando de volta para mim

Mantenha seus olhos em mim

Ficaram se encarando por mais um tempo. Era a verdade, eles viam uma parte de si mesmos, a parte que faltava em si, em um estranho.

Aproximaram os rostos lentamente, seus narizes se acariciaram, antes que seus lábios finalmente se juntassem.
Deixo vocês pensarem que, foi amor a primeira vista, ou que pode ter sido somente o encontro de duas almas gêmeas. Talvez o cupido houvesse aparecido no momento exato em que eles se encararam pela primeira vez.

Mas uma coisa, deixo-lhes com certeza... Ele era o que faltava nela e vise versa, eles se refletiam e com o tempo descobriram que haviam encontrado, ali, o amor de suas vidas.

You are, you are the love of my life

Você é, você é o amor da minha vida

Fim(?)

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- Eu me perdi do meu amigo. – Sasuke comentou enquanto ambos saiam de dentro da casa dos espelhos.

- Então você não estava sozinho? – Sakura perguntou fingindo surpresa. – Seu amigo é gay? VOCÊ É GAY?

- Quer mesmo que eu te mostre quem é o Gay, Garota? – Sasuke fez uma voz afetada, enquanto mexia a mão esquerda.

- Não precisa, eu já to vendo um na minha frente. – Sakura deu ombros. – Ai minha paçoca, eu me perdi da Hinata e da Ino, porque vi você. – ela acrescentou alarmada, enquanto colocava a mão no bolso da calça e pegava o celular.

- Duas de uma vez? – ele tentou zoa-la da mesma forma que a garota havia feito.

- Sou tipo a Charlie, do Supernatural, meu bem.- Sakura piscou.- Aqui é oxtentação’.

Ele iria retrucar, mas ouviu a voz de Naruto.

COMO ELE A CONHECIA?

- SAKURA! – o loiro praticamente o empurrou e abraçou a rosada, girando-a no ar. – EU PERDI O SASUKE, ACREDITA?

- COMO É? – Sasuke gritou se recuperando do choque. – Da onde vocês se conhecem?

- ENTÃO VOCÊ É O SASUKE?! – Sakura perguntou surpresa, quando se soltou do abraço de Naruto.

- Por que você não me contou que conhecia ele/ela? – perguntaram juntos.

- E eu ia lá ter ideia de que vocês se conheciam? – Naruto perguntou confuso. – Sasuke, essa é a Sakura, minha prima.

- SUA PRIMA? – O Uchiha gritou e algumas pessoas o encararam. – SEU IDIOTA, ELA TEM CABELO ROSA, ELA É A GAROTA DO CABELO ROSA! COMO VOCÊ NÃO ME CONTOU ISSO! – deu um tapa na cabeça dele.

- E EU LÁ IA ADIVINHAR QUE ERA ELA, TEME? – Naruto retrucou irritado. – Quantas garotas de cabelo rosa existem no mundo? – deu ombros.

- QUANTAS GAROTAS DE CABELO ROSA EXISTEM NA SUA FAMILIA? – Sakura e Sasuke gritaram ao mesmo tempo. – IDIOTA! – dessa vez foi a rosada que lhe bateu. – Agora nós temos que procurar a Ino e a Hinata... – murmurou pensativamente.

- Ué, por quê?

- Por que eu quero manda-las pra marte, imbecis. – Sakura revirou os olhos e começou a andar, sendo seguida pelos dois... Que demoraram um tempo, até entender a ironia.