A Herdeira dos Riddle escrita por Myla Oliveira


Capítulo 11
Wisky de Fogo


Notas iniciais do capítulo

Oiii kkkk



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/437674/chapter/11

“Nós garotas somos tão mágicas – Katty Perry.”

Já havia se passado quase uns quinze minutos, desde que Alvo fora atrás de mim nos jardins e que eu lhe contara sobre o que teria que fazer e como havia sido criada. Ninguém falava nada, estávamos ambos em um silencio perturbador, mas foi ele o primeiro a falar.

– Acho melhor entrarmos – sussurrou ele e eu desencostei a cabeça de seu ombro – Mack e Tommy devem estar procurando por nós.

– É, você tem razão – disse me levantando e encarando o Lado Negro.

– As coisas vão se ajeitar – disse ele se levantando e colocando uma mecha do meu cabelo para trás. Eu apenas concordei com a cabeça.

Entramos no colégio, percorrendo o caminho em silêncio novamente. Várias pessoas cochichavam e algumas nem se importavam em cochichar e apontar descaradamente, sobre eu estar envolvida com a aparição de Comensais da Morte em povoados trouxas.

– Você será punida, assim como seu amada paizinho! – acusou uma menina e eu mordi os lábios.

– Ela não tem nada haver com isso – disse Alvo revirando os olhos como se estivesse cansado disso.

– Como você pode saber? – perguntou ela com as mãos na cintura.

– Ignore – disse Alvo bufando e puxando-me pela mão para fora dali.

– Certo – disse respirando fundo e ele sorriu de leve.

– Você não vai conseguir nada! – gritou ela enquanto andávamos – Será punida assim como seu pai!

Aquela voz ecoou pelos meus ouvidos e eu apertei os olhos com força, depois apenas continuei andando. Rezando para que ninguém mais nos parasse, mas nada que eu peço da muito certo, então...

Andamos por mais uns dois corredores e já estávamos chegando quando ouvi uma voz atrás de mim.

– Sophia Riddle – eu me virei para trás e me deparei com um garoto de olhos e cabelos igualmente negros. Rodolfo Zabini.

– Oi – disse confusa – Quem é você?

– É verdade sobre os Comensais? – perguntou ele e eu engoli um seco e abaixei os olhos.

– Não – disse confiante. O menino arqueou as sobrancelhas como se duvidasse.

– E eles apareceram assim, do nada? – perguntei ele cruzando os braços.

– Que tal você mesmo ir perguntar a eles? – perguntei com uma confiança que não me pertencia – Pelo que eu saiba, você é um Zabini! Poderia estar os liderando tanto quanto eu, se é para falar em sobrenomes!

– Ora, sua... – disse ele partindo para cima de mim e eu dei um pulo par trás. Alvo se meteu entre a gente e o garoto recuou um passo.

– Sua, o que? – perguntou Alvo e ele riu em deboche.

– Uma Riddle e um Potter? – perguntou ele e eu engoli um seco atrás de Al – Como a sociedade julgaria isso?

– Não sei como ela julgaria, mas não me importo – disse ele entre dentes – O que importa é que eu não vou deixar você falar assim com Soph.

– E você vai fazer o que? – perguntou ele levantando o queixo – Me bater?

– Se for necessário, farei isso como gosto!

– Al, não... – sussurrei atrás dele – Não vale a pena, só vai dar encrenca!

– Tudo bem, você está certa – ele disse se virando para mim e depois para Rodolfo novamente – Saiba que se você sequer olhar feio para ela, está frito!

– Estou morrendo de medo de sua ameaça – disse ele revirando os olhos.

Alvo em um gesto que me deixou surpresa e arrepiada, passou os braços pelo meu ombro e me tirou dali, deixando o garoto para trás.

Andamos para o meu Salão Comunal e Mackenzie e Tommy se beijavam, ou melhor se agarravam.

Mackenzie pareceu escutar nossos passos, pois se separou do moreno e se virou para nós. Ao ver como estávamos ergueu as sobrancelhas e deu um sorriso de lado.

– O que está acontecendo aqui? – perguntou ela e eu corei me separando de Alvo que revirou os olhos.

– Idiotas nos corredores, só isso – disse ele e ela acenou com a cabeça.

– Bom, já que nossa Sophzinha aqui não pode ir a sua primeira visita a Hogsmeade, eu decidi trazer algo para ela – ela me amostrou uma bolsa e eu arqueei as sobrancelhas.

– O que é isso?

– Wisky de Fogo – disse ela e eu bufei – Você vai gostar, acredite.

– Tudo bem – disse indo para frente do quadro e dizendo a senha.

Entrei no Salão, sendo seguida pelos outros.

– Legal – disse Mack rodopiando pelo Salão e depois sentando-se.

– Você bebeu antes mesmo de vir? – perguntei sentando ao seu lado e ela negou com a cabeça, um sorriso brincando em seu rosto.

– Vamos lá – disse ela tirando a garrafa e quatro copos de dentro da bolsa, eu arqueei as sobrancelhas e ela riu – É um feitiço, foi a tia de Alvo quem me ensinou. Ela disse que já foi muito útil para ela.

– Okay – disse e ela encheu um copo entregando a mim, eu olhei o conteúdo e cheirei. Tinha o cheiro forte – Não tenho certeza se quero beber isso.

– Você quer – ela avisou.

– O que vai acontecer quando eu beber? – perguntei mordendo os lábios.

– Nada que você não queira fazer e não tem coragem quando está sã.

– É, não tenho certeza – constatei e ela revirou os olhos e bebeu a sua de uma só vez.

– Hey! Vocês – disse ela apontando para os meninos – Não vão beber?

– Vou – disse Tommy se aproximando e pegando um copo cheio de sua mão. Assim como ela virou tudo de uma só vez.

– Não vou beber – disse Al se aproximando – Acho melhor alguém ficar sã.

– Senhorzinho chato – resmungou Mack bebendo mais.

– Não me deixe fazer nada – pedi e ele concordou com a cabeça.

– Pode deixar.

Olhei o conteúdo uma ultima vez antes de virar também.

*****

Havia se passado meia hora e Mack não parava de beber e encher o meu copo.

– Vem comigo! – disse ela me puxando para o meu da sala.

– O que vai fazer? – perguntei erguendo as sobrancelhas.

– Us girls we are so magical.Soft skyn, red lips, so kissable. Hard to resist so touchable. Too good to deny it. Ain't no big deal, it's innocent – ela começou a cantarolar com a língua enrolada e começou a rir.

– Eu hein – resmunguei me afastando e tropecei caindo no chão, eu não estava muito diferente de Mack. Minha língua também estava enrolada e eu comecei a rir.

– Você está bem? – perguntou Alvo e eu olhei para cima.

– É – respondi me levantando – Eu to bem, bem bêbada.

– Percebi – ele disse me levando até um sofá e me sentando, ficou em pé de frente para mim – Você não devia ter bebido tanto.

– Devia sim – disse rindo e ele me encarou – O que?

– Você não está bem – disse ele negando com a cabeça.

– Eu hein, você que não quer me beijar e eu que não estou bem? – soltei e me impressionei com minhas próprias palavras, só não me importei. Estava bêbada demais para isso.

– O que? – perguntou ele se abaixando a minha frente.

– Que foi? – perguntei revirando os olhos – Não contei nenhuma mentira.

– Contou sim – ele falou e eu o encarei – Eu quero muito te beijar, mas não sei se é certo nas circunstâncias atuais.

– Circunstâncias atuais, é? – perguntei confusa.

– Com você bêbada – ele explicou e eu bufei.

– Mas eu quero te beijar agora – disse batendo o pé no chão e olhando para os lados, Tommy e Mck sumiram.

– Soph, não – disse ele e eu dei de ombros.

– Não gosta de mim é só falar – respondi e ele puxou meu rosto para perto.

– A questão não é essa – ele disse e eu franzi o cenho.

– Qual é então?

– Você está bêbada e provavelmente só vai me beijar por isso – ele disse e eu sorri.

– Nada que eu não queira fazer sã e só tenho coragem – disse e ele me encarou surpreso, mas sorriu também.

– Tem certeza disso? – perguntou ele e eu sorri uma ultima vez.

Enlacei meus dedos em seus cabelos e o puxei para perto, juntando nossos lábios.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!