Remember Me escrita por Tamy Black


Capítulo 20
Dúvidas & Certezas


Notas iniciais do capítulo

Tenho uma notícia não muito boa para vocês.
Leiam a nota final, tá?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/43665/chapter/20

No capítulo anterior:

Mas foi Bella que o terminou, tão depressa... Abri os olhos e encontrei a confusão estampada em sua face. Bufei frustrado e antes que pudesse dizer alguma coisa, ela soltou:

- O que estamos fazendo? – sussurrou.

-x-

Bella POV.

Fiquei imensamente feliz com a notícia do novo casamento de meus pais. Eu sabia que eles se amavam mesmo separados. Sei que eu não reagi muito bem no início, mas agora eu tenho outra mentalidade, eu só quero a felicidade dos dois. E vê-los juntos, casados novamente, é uma imensa alegria pra mim.

Também fiquei emocionada com as palavras de Edward. Significou muito saber que ele pensava que a minha irmã iria me aceitar e também aceitaria o relacionamento de nossos pais. O jantar foi amigável, tranqüilo e cheio de conversas paralelas. Depois de todos satisfeitos, Emmett e Rose levaram a pequena Anna pra casa, pois a loirinha dormia tranqüila no colo do pai. Alice e Jasper foram os próximos, pois a baixinha já estava entrando no quinto mês de gestação e a barriga já estava começando a pesar. James foi em seguida, pois ele tinha plantão logo cedo no dia seguinte.

Carlisle e Esme foram os próximos, e Edward decidiu ir em seguida. Meus pais ficaram ajudando as duas empregadas a arrumar as coisas e eu fui levar Edward até a porta. Até aí tudo tranqüilo, o problema de tudo foi na hora de se despedir. Trocamos algumas palavras, eu o agradeci pelo que ele disse.

E sem que eu percebesse, fui me aproximando dele, ele de mim, e tudo aconteceu. Ele estava me beijando, e por mais que minha razão gritasse loucamente: SE AFASTE! SE AFASTE! Meu coração batia desesperado e o que ele mais queria era aprofundar aquele beijo, trazê-lo pra mim e que se danasse a consciência.

Nossas línguas se encontraram e eu estava praticamente desfalecendo em seus braços. As mãos dele estavam protetoramente em minha cintura e eu já tinha enlaçado meus braços em seu pescoço.

Minha mente gritava, meu coração reagia, eu já não sabia o que pensar. Mas tão rápido como começou, tão rápido terminou. Num resquício de consciência que me restava, interrompi nosso contato e nos fitamos.

- O que estamos fazendo? – indaguei, chocada, num sussurro.

A expressão de Edward era de confusão, e eu estava do mesmo jeito. Ele abriu a boca algumas vezes para tentar se explicar, mas nada disse. Suspirou pesadamente, afagou minhas bochechas coradas e me deu um beijo na testa.

- Me desculpe – isso foi tudo que ele conseguiu proferir naquele momento.

Vi-o entrar em seu carro e dar partida no mesmo, acompanhei-o até virar a rua da casa de meus pais. Bufei frustrada, irritada, confusa e tudo o mais. Dei meia volta e entrei em minha casa. As empregadas disseram que meus pais já tinham subido e eu resolvi fazer o mesmo.

Deixei algumas roupas minhas para o caso de querer dormir aqui, então não houve problema. Tomei um bom banho e coloquei um pijama qualquer, deitei-me em minha cama e tentei dormir. Mas não consegui, pois toda a vez que fechava os olhos me lembrava dos beijos que eu e Edward trocamos, e uma coisa leva a outra, minha mente – traidora, diga-se de passagem – me fazia recordar das duas noites em que eu fui dele.

Tanto a vez que não foi nada carinhosa em meu consultório no hospital, tanto a vez que em meu apartamento, começando na cozinha e terminando em meu quarto. Bufei irritada – pela milionésima vez – e então decidi deixar o sono pra lá, levantei-me da cama e saí de meu quarto. Sem pensar caminhei até o quarto de minha irmã e lá fiquei. Observei todo o quarto, não sei porque, mas aquele lugar me transmitia uma calma...

Sem que eu percebesse, acabei dormindo ali, na cama dela. Acordei no dia seguinte com a minha mãe me chamando, ela se sentou ao meu lado e sorria docemente pra mim.

- Bom dia, querida – disse.

- Bom dia, mãe – respondi, sentando-me e coçando os olhos.

- É a segunda vez que dorme aqui, não é? – indagou.

- Sim – falei, reprimindo um bocejo – Pode parecer estranho, mas... Esse lugar me transmite calma, paz.

- Sinto o mesmo que você – disse, sorrindo – Eu sinto como se a Elizabeth estivesse aqui.

- É... Algo assim. – suspirei.

- Mudando de assunto – falou, alargando o sorriso – Fiquei surpresa com a sua reação a notícia de ontem a noite... – acariciou meus cabelos – Não pensei que você reagiria tão bem ao saber que eu e seu pai nos casamos novamente.

- Mãe... Tudo que aconteceu ficou no passado – disse, sincera – Sei que vocês eram muito novos, era inexperientes e tudo mais. Não me adianta ser contra, eu quero que vocês sejam felizes acima de tudo.

- Obrigada, carinho – agradeceu, com lágrimas nos olhos.

- De nada – dei de ombros e sorri.

- Outra coisa – suspirou – Você e o Edward estão se tratando melhor... Quando você chegou, eu senti que ele não te suportava. – sorriu sonhadora.

- Ah... – murmurei, incerta do que falar – Acho que foi a convivência – inventei uma resposta.

- Pode ser... – mamãe falou com ar de dúvida – Independente do que houve, assim é melhor... Acredito que a Lizzie gostaria que vocês se desse bem.

“Ah tá... Não tão bem quanto estamos, eu acredito.” − pensei.

Apenas esbocei um sorriso forçado. Minha mãe se levantou e disse que o café estava na mesa. Tomei um banho rápido e vesti uma roupa para ir ao trabalho. Desci as escadas e encontrei meu pai tomando café da manhã e minha mãe ao seu lado. Interessante era que nós três trabalhávamos no mesmo recinto. Papai tinha algumas cirurgias marcadas pra hoje e mamãe trabalhava como enfermeira-chefe da pediatria do hospital.

Eu tinha apenas alguns pacientes pela manhã e daria plantão a noite. Tomei café com meus pais e depois disso fui com eles para o hospital. Eu estava sem carro, mas não me importei. Depois de atender meus pacientes iria pra casa mesmo...

Assim que entrei no recinto hospitalar fui direto para a minha sala e trombei com Edward saindo de seu consultório e chamando um paciente seu. Ele sorriu timidamente pra e eu retribuí seu sorriso. Edward entrou em sua sala com seu paciente e eu fiz o mesmo.

Tirei o suéter que vestia e coloquei um jaleco. Liguei o computador, abri o programa que usava para organizar meus pacientes e então comecei a atender.

[...]

Tinha acabado de atender o último paciente quando bateram a minha porta, murmurei um “entre” e fiquei surpresa ao ver Edward Cullen entrar em meu consultório.

- Oi – disse.

- Olá.

- Er... Alice me ligou ainda a pouco, ela está nos convidando para almoçar – falou, coçando a cabeça.

- Hm... É uma ótima idéia – falei, sorrindo – Mas eu estou sem carro, pode me dar uma carona?

- Claro, você já está pronta? – indagou.

- Só vou pegar minha bolsa.

- Então eu te espero aqui fora, ok?

Eu assenti com a cabeça e ele saiu.

“Mas que merda você tem na cabeça, Isabella Swan?” – berrava minha mente.

Bufei irritadiça e então arrumei tudo. Saí de minha sala e encontrei Edward conversando animadamente com a nossa secretária, Angela.

- Vamos? – indaguei.

Edward assentiu com a cabeça, despedimo-nos de Angela e então saímos. Chegamos à garagem e o Volvo dele estava bem próximo do elevador. Ele destravou o alarme do carro, eu entrei e ele também. Sem demora Edward já dirigia pelas ruas calmas de Forks.

Ele estacionou o carro em frente a um restaurante que vim outra vez com Rosalie e Alice. Nós saímos e entramos no recinto, logo avistamos os dois casais: Alice e Jasper, e Rosalie e Emmett. Andamos até eles, que nos cumprimentaram com sorrisos, beijos e abraços. Sentamo-nos e então pedimos os cardápios.

A conversa fluía facilmente, eu me sentia muito bem com os cinco. Eu ria das bobagens de Emmett, tagarelava com Alice e Rosalie, e Jasper tinha a capacidade de acalmar qualquer um. Edward ria com o irmão mais velho e o cunhado, e percebi uma coisa diferente nele. Não sabia bem o que era, mas eu o sentia diferente... Mais ele mesmo do que antes. Será que era porque eu o conhecia melhor? Sinceramente não sei, mas apesar de Edward aparentar uma diferença, era algo bom.

Nossos pedidos já haviam chegado e comíamos enquanto conversávamos. Até que um celular começou a tocar, não era o meu porque eu conhecia o meu toque. Era o de Jasper, ele pediu licença e se levantou. Voltamos à conversa, e poucos minutos depois Jasper voltou a mesa, com uma expressão preocupada e tensa.

- O que houve, amor? – Alice indagou o marido.

- Nossa avó, Rose – olhou para a irmã mais velha – Ela entrou em coma.

Rosalie largou os talheres e ofegou, Alice fez o mesmo.

- Mamãe acabou de ligar – recomeçou Jasper – Ela já estava no hospital, por causa do enfarto... E teve mais um.

- Ai meu Deus, Jazz! – exclamou Rosalie – E agora? Temos que ir pra lá!

- Sim, pensei nisso – suspirou o loiro – Mamãe está com o tio George e a tia Roxanne... Mas não estão esperançosos.

Eu não estava entendendo nada. Mas o almoço perdeu a alegria. Rosalie e Jasper perderam o apetite, Emmett pediu a conta e os três homens a dividiram. Jasper iria com Rosalie até Seattle, era onde a avó deles morava. Emmett deixaria Alice em casa e então os quatro se foram.

- O que realmente está acontecendo? – perguntei a Edward, já no carro.

- A avó deles, a Sra. Diane Collins, tem problemas no coração. – começou a explicar – Ela teve um ataque do miocárdio em casa e se a Roxanne, filha mais velha dela, e irmã da mãe do Jasper e da Rose, não estivesse em casa, ela teria morrido – suspirou – Ela já está há dias internada num dos melhores hospitais de Seattle, e agora sofreu mais um enfarto.

- Nossa, que barra. – falei.

- É – Edward concordou – Jasper e Rosalie são os netos “preferidos” dela, e os dois amam bastante a senhora – sorriu – Anna é a primeira bisneta mulher dela, e é adorada pela Sra. Collins.

- Espero que ela sobreviva – eu disse.

- Eu também. – ele disse, e suspirou em seguida.

Edward deu partida no carro e sem demora estava me deixando em casa.

- Obrigada pela carona, Edward – agradeci.

- De nada – deu de ombros – Er... Bella?

- O que?

- Estive pensando... – hesitou – Nunca te retribuí pelo jantar de ano novo – coçou os cabelos – O que acha de ir jantar na minha casa qualquer dia desses?

Olhei-o incrédula. Edward, chamando-me para jantar?

Fiquei tão sem reação, que a única coisa que fiz foi assentir com a cabeça. Ele me deu um grande sorriso e então saí de seu carro, entrando em meu prédio atônita em seguida.

Passei a tarde arrumando o apartamento, estava uma bagunça. Depois da pequena faxina, descansei até dar a hora de me arrumar para o plantão noturno, o que não demorou muito. Então eu saí para trabalhar.

[...]

O plantão estava tranqüilo. Não havia muitas emergências, eu estava saindo do meu consultório, quando vi Alice − chorando compulsivamente − entrar numa cadeira de rodas, sendo empurrada por um maqueiro e seus pais atrás delas.

- Bella! – ela gritou, aos prantos.

- O que houve? – indaguei, preocupada.

Alice não conseguiu dizer nada, apenas chorava. Olhei para Carlisle, ele suspirou e começou a falar.

- Alice passou o dia inteiro apreensiva com a avó de Jasper e há algumas horas recebemos a notícia que ela faleceu – passou a mão por seus fios loiros – E então começou a se sentir mal, quando foi ao banheiro percebeu que estava sangrando.

- Preencha a ficha dela enquanto eu a examino, ok? – pedi, ele assentiu.

Levaram Alice para o meu consultório. Examinei-a com cuidado e logo já estavam levando-a para os procedimentos. Liguei para a obstetra dela e informei o ocorrido, a doutora Baker me orientou e disse que viria vê-la pela manhã, não poderia vir agora, pois iria começar um parto em Port Angeles dentro de alguns minutos.

Alice fez os exames, eu a acompanhei de perto. Pelo ultra-som estava tudo bem com os bebês e o problema todo foi o susto. Ela foi medicada e estava mais calma, deixei-a em observação, pois sua pressão arterial estava alta demais. Esme me agradeceu muito depois que a pequena Hale estava sedada e dormia tranquilamente.

- Esse é o meu trabalho, Esme – sorri – Não fiz nada mais que a minha obrigação.

- Ela estava agitada desde a hora que chegou lá em casa – disse, aflita – Não parava quieta, além de que começou a sentir as famosas contrações de Braxton Hicks – sorriu, ainda nervosa – Então começou a sentir-se mal desde o telefonema do Jasper.

- Compreendo, mas agora ela está medicada e ficará bem – afirmei – Só a deixei em observação porque a Dr. Baker pediu e também por que sua pressão não está estável, e isso faz mal para os bebês.

- Não haveria solução melhor – interveio Carlisle – Quando a Dra. Baker chegar pela manhã, eu estarei aqui.

- Se ela chegar antes do meu plantão terminar também estarei aqui – falei.

- Obrigada por tudo, Bella – disse ele, sorrindo.

- De nada – retribuí ao sorriso.

Despedi-me deles e voltei para o consultório, bem a tempo, pois chegou mais uma emergência.

[...]

Fui avisada que a Dr. Madeleine Baker havia chegado e já estava visitando a Alice. Meu plantão estava no fim, então eu arrumei minhas coisas e fui caminhando calmamente até a observação. Não foi surpresa encontrar Edward pelo caminho.

- Fiquei sabendo hoje de manhã – disse depois de nos cumprimentarmos – Como Alice está?

- Eu passei lá um pouco mais cedo, a pressão se estabilizou e ela ainda dormia – respondi.

- Obrigado por cuidar dela, Bella – falou.

- De nada. – sorri.

Chegamos lá e encontramos a Dra. Baker conversando com os quatro – Jasper havia chegado de madrugada −, Alice estava bem mais calma e quando nos viu, abriu um grande sorriso. Cumprimentamos a todos e a obstetra voltou a falar. Alice teve uma crise nervosa, foram muitas emoções e isso acarretou o sangramento, a doutora recomendou repouso absoluto, afinal a Sra. Hale estava iniciando o sétimo mês da gestação e qualquer momento os pequenos poderiam nascer.

De início a médica queria interná-la, mas a baixinha não quis e então aceitou o convite dos pais para ficar lá até os gêmeos nascerem, assim todos ficariam de olho nela. Contra a sua vontade Alice aceitou e então eu pude lhe dar alta. A doutora Madeleine se despediu e foi para seu consultório.

- Que susto que você nos deu, hein nanica? – ralhou Edward.

- Nem me fale – suspirou Alice, aliviada – Ainda bem que vocês dois estão aqui – sorriu contente – Queria falar com vocês, primeiramente... Obrigada Bella, por ter me socorrido.

- Já disse que não foi nada – dei de ombros.

Todos eles riram de mim, eu realmente não gostava de tanto agradecimento por algo que era o meu dever.

- Tanto faz – disse Alice – Enfim... – suspirou – Eu já havia decidido com Jasper quem seriam os padrinhos dos nossos filhos... – sorriu e fitou os olhos azuis do marido – Emmett e Rosalie aceitaram ser padrinhos da Jenny, eu gostaria de saber se você e o Edward aceitariam ser os padrinhos do David?

Sorri bobamente. Nunca fui muito fã de crianças, mas adorava bebês, só que quando você vai ficando mais velha algumas coisas mudam, e isso é uma das coisas que mudei. Fitei Edward e mordi os lábios, será que ele gostaria de compartilhar isso comigo? Ele sorriu torto e entendi isso como um “sim”.

- Seria uma grande honra pra mim! – disse exultante, estava quase pulando de tão alegre.

- Pra mim também – Edward completou.

Alice sorriu e Jasper também. Abracei os dois e então disse que iria pra casa, descansar. Edward me acompanhou dizendo que tinha que atender seus pacientes. Saímos da observação sorrindo um para o outro.

- Nossa... Nunca pensei que seria madrinha de alguém – comentei.

- Nem eu – ele riu – O que você acha de comemorarmos isso com um jantar hoje à noite?

- Ah... – murmurei, incerta do que responder – Pode ser. – acabei me traindo novamente.

Edward abriu um sorriso largo, minhas pernas – pra variar – ficaram bambas, e então nos despedimos. Voltei pra casa me xingando por ser tão boba em relação a Edward Cullen.

Edward POV.

Não sei o que estava havendo comigo.

Primeiro: eu beijava Bella, sem motivo nenhum, e pedia desculpas pelo meu ato impensado. Segundo: não conseguia me afastar dela, por mais que quisesse parecia que algo me prendia aquela mulher. Terceiro: ultimamente eu prestava atenção demais nela, não me importando se ela estava saindo com o meu melhor amigo. Quarto: eu estou mais confuso do que sei lá o que!

Nunca me senti com tantas dúvidas assim. Não sei que merda tinha na minha cabeça ao convidar Bella para jantar em minha casa. Seria um modo de retribuir o jantar que ela havia feito no ano novo, ou seria mais uma forma de tê-la próxima a mim? Nem eu mais sabia o que fazer.

[...]

Tomei um susto quando mamãe me ligou de manhã cedo para avisar que Alice tinha passado mal e que ela e papai estavam com ela. Tomei um banho e me vesti, iria ver minha irmã antes de começar atender meus pacientes de hoje. Encontrei Bella caminhando para lá e fomos conversando, ela me contou o que havia acontecido com a nanica, já que foi a mesma que a atendeu.

Fiquei mais calmo quando a obstetra da Alice disse que havia sido um susto, e que era para nós ficarmos de olho na pressão arterial da nanica, pois estava oscilando muito. A médica queria deixá-la internada, mas a pequena não quis e mamãe disse que era preferível que Alice ficasse com ela e o papai na mansão até os gêmeos nascerem. A Sra. Hale ficou mais calma e aceitou a contragosto, até a médica achou bom já que papai estaria lá e qualquer coisa eles a trariam para o hospital.

E também fiquei maravilhado com o convite que Alice e Jasper fizeram a mim e a Bella. Eles nos convidaram para sermos os padrinhos do David, enquanto Rose e Emmett seriam os padrinhos da Jennifer.  Lógico que aceitei, mas antes de dizer isso Bella me olhou receosa. Acho que ela pensou que eu não gostaria de dividir essa obrigação consigo, mas eu sorri para ela de modo que entendesse que por mim tudo estava bem. Então aceitamos esse fardo com toda a alegria do mundo!

Surpreendi-me quando insisti no convite do jantar, dizendo que esse era um motivo para comemorarmos. E para a minha surpresa, Bella aceitou prontamente. Definitivamente, eu estava ficando maluco.

[...]

 Depois de atender meus pacientes, fui até o supermercado e comprei os ingredientes para fazer uma massa. Sabia que Bella adorava qualquer tipo de massa, assim como eu. Voltei pra casa e fiz um almoço rápido para mim. E passei o dia jogado no sofá da sala, assistindo algum programa bobo na TV.

Já no final da tarde comecei a preparar o jantar, pois tínhamos marcado às sete da noite. Fiz um delicioso Penne à Carbonara. (n/a: foto do prato) Deixei a mesa pronta e fui tomar um banho, pois estava realmente precisando. Vesti uma roupa casual e dei uma última olhada na casa, tudo estava arrumado.

Push (Acoustic Version) – Avril Lavigne

(n/a: escutando galera)

Alguns minutos mais tarde, a campainha tocou. Olhei rapidamente as horas e sorri, Bella era realmente pontual. Abri a porta e a vi, Bella sorriu timidamente e retribuí, convidei-a para entrar e ela o fez.

Bella retirou seu casaco e eu o guardei. Andamos até a sala no mais absoluto silêncio.

Tenho visto muito você ultimamente
E você está começando a me tirar do sério
É exatamente o que aconteceu da última vez e não é que merecemos
Isso é um desperdício do meu tempo ultimamente
E eu estou ficando sem palavras
Se é realmente pra ser, então você pode achar uma maneira de ver

- Sua casa é linda – elogiou.

- Obrigado – sorri – Foi a Elizabeth que a escolheu.

- Ela chegou a morar aqui? – indagou.

- Infelizmente não. – suspirei e ela me fitou como se pedisse desculpa, eu dei de ombros. – Com fome?

- Um pouco – respondeu.

Sentamo-nos no sofá e começamos a conversar sobre assuntos diversos. Abri um vinho e servi para nós. Começamos a beber e a tagarelar. O engraçado de tudo isso é que eu me sentia bem com Bella, era estranho, mas era bom. Depois de quatro taças e de rirmos de algumas besteiras, resolvemos jantar.

Talvez você deveria calar a boca
Mesmo quando fica difícil
Baby, porque isso é amor
E você sabe que quando a coisa ficar feia
Será preciso nós dois
Querido, isso é o amor
Querido, isso é o amor

Comemos em meio a risadas, ela me contava de algumas peripécias suas na universidade. Depois de nos saciarmos com o delicioso prato de macarrão, peguei as sobremesas que havia comprado mais cedo. Pavê de Nutella com Morangos (n/a: foto do pavê), uma das minhas sobremesas favoritas.

Bella se esbaldou, disse que morangos era a sua fruta preferida. Continuamos bebendo o vinho e comendo a sobremesa. Sem que a própria Bella percebesse, estava completamente suja de chocolate e morangos. Eu ri e me aproximei dela, limpei com o polegar o canto de sua boca e depois lambi meu dedo.

Amor
Amor
Amor

Vi a bela mulher a minha frente corar, era lindo ver suas bochechas vermelhas. Eu ri apenas. Ela colocou uma mecha de seu cabelo castanho atrás da orelha e me encarou, seus orbes tão verdes brilhavam de uma forma tão intensa... Ela fez um bico de frustração, e eu mordi os meus lábios, vê-la fazendo aquele simples gesto era demais pra mim.

E lá ia eu... Mais uma vez... Sem que eu percebesse, já estava bem próximo de seu rosto, acariciei suas bochechas ainda coradas e toquei seus doces lábios com os meus. Foi apenas um encostar de lábios, afastei-me um pouco e nos encaramos.

É realmente bom estar com você
É assim que eu passo a vida
Mas eu sou capaz de tomar conta de mim mesma
Então se você for foder isso, vá dar uma volta
É um desperdício do meu tempo
Sacudindo
Saindo para conferir se é realmente destino
Então você poderia achar uma maneira de ver

Segundos, minutos, horas, não sei dizer quanto tempo se passou... E ainda mantínhamos aquela troca intensa de olhares. Então, Bella me surpreendeu. Puxou-me pela nuca e devorou meus lábios com fúria.

Sua língua ia de encontro com a minha, sem pudores e com urgência. Parecia que o mundo iria acabar... Puxei-a para o meu colo, Bella sentou-se ficou com uma perna de cada lado, suas mãos estavam enterradas em meus cabelos, enquanto eu segurava firmemente sua cintura, nossas intimidades se roçavam por cima das roupas, mas não estávamos nem ligando.

Talvez você deveria calar a boca
Mesmo quando fica difícil
Baby, porque isso é amor
E você sabe que quando a coisa ficar feia
Será preciso nós dois
Querido, isso é o amor
Querido, isso é o amor

Eu queria beijá-la até o ar faltar em nossos pulmões, queria me perder no sabor de seus lábios... Talvez a culpa fosse do álcool que ingerimos, talvez fosse do momento, talvez fosse à carência, na verdade não me importava o motivo, a única coisa que me importava era beijá-la.

Sem que eu notasse – mais uma vez – já estávamos em minha cama. As peças de roupas foram tiradas com pressa e jaziam largadas em qualquer canto. A única coisa que se ouvia eram nossos gemidos abafados com beijos, suspiros altos e o batimento acelerado de nossos corações.

Você e eu
Nós dois podemos começar de novo
Apenas nós dois
Podemos ficar um pouco mais perto

Com pressa e muito desejo, Bella colocou o preservativo em meu membro e voltou a me beijar de forma quente e ousada. Sem pudores eu a penetrei, e um gemido alto escapou de sua boca. Começamos a nos movimentar devagar, apenas para nos provocar...

Mas eu não conseguia me controlar, em questão de segundos Bella cavalgava sobre mim enquanto eu abocanhava um de seus seios fartos e belos. Eu a segurava pela cintura com força, e provavelmente ficaria a marca depois. Sua intimidade apertava meu membro e eu ia à loucura, literalmente.

Então me siga
Honestamente
E você verá

Nossas bocas estavam grudadas uma na outra. Gemíamos descontrolados, as palavras eram desconexas e eu estava amando toda aquela sensação que só Bella me proporcionava. Estocava forte e fundo como ela me pedia, ficava ainda mais louco quando ela gemia meu nome.

Seu sexo apertava ainda mais o meu, estava ficando difícil. Bella era absurdamente apertada e muito gostosa. Senti-a tremer e ofegar, sua respiração estava falha, então ela gemeu alto e fechou os olhos, gozou deliciosamente em mim. Estoquei rapidamente e então senti o meu clímax chegar.

Talvez você deveria calar a boca
Mesmo quando fica difícil
Baby, porque isso é amor
E você sabe que quando a coisa ficar feia
Será preciso nós dois
Querido, isso é o amor
Querido, isso é o amor

Bella tombou para o lado, saindo de mim e ficamos assim... Nus e de barriga pra cima, fitando o teto, tentando acalmar nossa respiração e nossos batimentos cardíacos. Eu não sabia o que estava acontecendo entre nós, à dúvida ainda tomava conta de mim, mas seja lá o que era aquilo que estava sentindo, era bom e eu não queria que terminasse.

Fitei-a e a encontrei me olhando. Seu olhar era indecifrável, Bella mordeu os lábios e suspirou. Fechou os olhos, passou a mão na testa e voltou a me encarar.

Talvez você deveria calar a boca
Mesmo quando fica difícil
Baby, porque isso é amor
E você sabe que quando a coisa ficar feia
Será preciso nós dois
Querido, isso é o amor
Querido, isso é o amor

- E assim que nós vamos parar? – indagou, risonha – Fazendo isso toda a vez que estamos sozinhos?

- É difícil de dizer o que se passa conosco – falei – Mas só sei que é bom e que eu não quero parar. – confessei.

Bella me encarou lívida.

Amor
Amor
Amor

- Eu... – hesitou – Preciso ir. – levantou-se da cama de pressa e começou a catar suas roupas.

Bufei frustrada e me sentei na cama.

- Sério que você vai embora? – perguntei.

- É preciso. – disse, fitando-me seriamente.

- Bella, por favor...

- Não! – exaltou-se, interrompendo-me – Como já dissemos várias vezes, isso é errado!

Cocei a cabeça, tenso. Podia até ser errado, mas isso já não me importava mais. Não sabia mais o que dizer, então resolvi me calar. Vi Bella se vestir apressada e ir até a sala pegar sua bolsa e casaco. Coloquei uma cueca e uma calça de moletom que havia por ali, e fui atrás dela.

- Bella, por favor... Não vá! – pedi.

- Sinto muito, Edward – falou, chorosa – Isso tudo é muito confuso, existem pessoas no meio de nós dois que não sabem o que se passa conosco. Eu ainda estou com o James... E você ainda não está pronto para se esquecer da Lizzie. – disse séria.

Vestiu seu casaco e pegou sua boca. Olhou para mim de uma forma que doeu em meu coração e se foi, deixando-me ainda mais confuso do que já estava.

-x-


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oi meus lindos! Desculpa pela demora, mas esse último mês foi uma loucura pra mim.

Bem, nesse capítulo não deu pra colocar tudo o que eu pensava, mas foi melhor assim... No próximo capítulo vai acontecer algo muito legal e que vocês vão adorar. (:

Agora, eu preciso dar uma notícia não muito legal. TODAS as minhas fanfics entrarão em HIATUS até junho ou julho, ainda não sei ao certo. Aconteceram algumas coisas que não posso entrar em detalhe agora, eu só queria terminar esse capítulo da RM e postá-lo para dizer isso. Vou ficar sumida por uns tempos, vou até entrar aqui e verificar reviews e coisas assim, mas postar mesmo, não.

Desculpa galera, mas é necessário. EU VOLTAREI, não estou abandonando ninguém. Estamos claros?

Beijos meus lindos,
Tamy Black.