As Crónicas de Hermione escrita por Khaleesi Dracarys


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Esta é a minha primeira fic, por isso perdoem-me se não estiver perfeita. Depois de ler muitas fics no Nyah! finalmente tive um golpe de inspiração e vontade de escrever. Espero que vocês gostem da minha estória. Leiam e digam-me no final o que acharam!

Capítulo betado pela minha querida Eileen MalfoyRiddleSnape, que aceitou ser minha beta. Obrigada, Eileen!

Leiam as Notas Finais, POR FAVOR, são importantes! Tem uns links para verem.



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Era véspera de 1 de Setembro de 2012, a jovem morena aproximou-se, pensativa, da grande janela da sua sala de estar que abria sobre a cidade, mostrando uma paisagem urbana cheia de movimento. Ela observou as luzes da cidade, umas quietas nas ruas e nas casas, outras irrequietas de automóveis que iam e vinham ou anúncios que piscavam, e acima de tudo uma neblina que reflectia um tom alaranjado, que se dissipava por vezes para mostrar a lua cheia. Esta fazia-a sonhar, e lembrar da véspera de 1 de Setembro de 2002, quando ela ainda tinha dúvidas sobre aquela sua decisão de voltar à antiga escola. Pegou num livro ao acaso, entre os muitos que descansavam na estante, e começou a folheá-lo mas depressa se cansou, e o largou em cima da mesa.

Hermione Granger virou costas à paisagem que já conhecia de cor, e que tanto adorava. Afinal tinha sido aquela paisagem de toda a cidade de Londres que a tinha feito escolher aquele apartamento, na cobertura daquele magnifico edifício londrino. Saiu da sala onde podia ver a cidade em todo o seu esplendor, e dirigiu-se ao quarto onde tinha uma vista privilegiada sobre Hyde Park. Vista essa que lhe trazia calma na hora de descansar. Era impossível não adorar aquela vista que a janela estilo bay window lhe proporcionava. Pelo menos, todo o dinheiro que tinha recebido como prémio por ser uma heroína de guerra, tinha servido para alguma coisa. Aquele apartamento trazia-lhe toda a paz que ela procurava.

A jovem apanhou o seu longo cabelo de modo informal e vestiu um casaco folgado, por cima da sua roupa de andar por casa. Apesar de ainda ser verão, o anoitecer já trazia um frio agradável, e afinal Londres não era particularmente a cidade mais quente do mundo mesmo durante o Verão. Mas isso também fazia parte dos encantos da cidade que Hermione adorava. Ao contrário da maioria das pessoas que conhecia, ela sempre preferira o frio, a neve, os dias chuvosos e tempestuosos do inverno. Hermione sabia que tinha ainda de trabalhar, mas os pensamentos corriam soltos e não permitiam que se concentrasse, por isso decidiu preparar um bom café que a manteria quente e acordada para escrever durante toda a noite se fosse preciso.

Hermione tinha escolhido viver como muggle, não que tivesse excluído a magia da sua vida, pelo contrário, visitava frequentemente o mundo mágico. Mas era entre os muggles e o seu trabalho de cronista que se sentia realizada. No seu último ano em Hogwarts descobriu, quase que por acaso, o prazer da escrita e por isso quando as aulas terminaram, optou por escolher algo ligado a essa prática. Inicialmente tornou-se jornalista num pequeno jornal londrino, mas depressa conseguiu chamar a atenção de um grande jornal nacional, onde passou a escrever uma crónica diária, sobre assuntos mais adultos, e uma crónica semanal em que reunia pequenos contos.

Naquele dia, ela tinha a crónica de sexta-feira em atraso e não tinha nenhum conto para o fim-de-semana que chegava. Tudo porque se encontrava distraída com as suas memórias, e por isso resolvera fechar-se no apartamento, de modo a trabalhar sem parar, até tudo estar concluído. Mas não estava fácil, não se conseguia concentrar.

Hermione passeava pelas divisões com a chávena de café na mão e com ela, os seus pensamentos também passeavam, aliás, eles viajavam para um outro mundo, para outros tempos. Acabou por se sentar na bay window do seu quarto, admirando a escuridão que reinava sobre o parque. Podia ver vultos de pessoas que passeavam ou que corriam no final da tarde.

Por momentos, viu um vulto extremamente familiar, mas quando piscou os olhos para se recompor, o vulto tinha desaparecido e ela não tinha como confirmar se o que tinha visto era real ou não. Hermione abanou a cabeça. Não era possível que dez anos depois ela ainda o procurasse em vultos desconhecidos, mas ali estava ela, de olhos postos no imenso jardim à procura daqueles cabelos loiros, quase brancos, que o tornavam reconhecível em qualquer parte do mundo. Teve de se render às evidências. Ele não estava lá, não tinha como estar ali tão perto do seu apartamento, tão perto dela, e porque haveria de estar?! Eles nunca tiveram nada, ou quase nada, ela sabia. E mesmo que estivesse não podia ser por ela, já que não saberia que ela morava ali.

Hermione inspirou fundo, e não permitiu a si própria lembrar-se, negou as suas memórias, e admitiu que era impossível. E era melhor assim, ela estava bem, no fim de tudo.

Pegou no seu portátil (laptop) e tentou digitar a sua crónica. Inicialmente as palavras pareciam presas e não saíam, os seus dedos corriam o teclado, e nada. Depois, as ideias começaram a fluir, mas tão depressa escrevia como a seguir apagava tudo quando relia as linhas que tinham acabado de ser digitadas. Mas quando finalmente uma das ideias estava firmada no seu cérebro, e ela escrevia rápido fazendo a crónica começar a ficar composta, a campainha da porta tocou.

Hermione levantou a cabeça irritada com o barulho e ainda mais com a pessoa que o provocara, e por isso resolveu ignorar, fingir que não estava em casa e continuar o seu trabalho.

Silêncio. A jovem respirou fundo, sorriu e retomou o texto que escrevia.

TRIMMMM!

A campainha tocou novamente, uma, duas, três vezes. Agora não tinha como ignorar. Quem quer que fosse não ia desistir, e o barulho irritante já a tinha desconcentrado outra vez. Levantou-se rapidamente, quase atirando com o portátil para o chão, mas conseguindo segurá-lo a tempo e colocá-lo sobre a cama, saindo furiosa para abrir a porta. Queria saber quem era a pessoa que resolvera incomodá-la, sem avisar antes. Ela era uma pessoa sozinha, raramente recebia visitas, e quando as tinha eram combinadas antecipadamente. Presumiu assim que seria um daqueles vendedores porta-a-porta, e já estava pronta para o destratar quando abriu a porta, sem sequer ver primeiro de quem se tratava.

Hermione abriu a boca, mas nenhum som foi emitido. Ela tentava falar mas parecia que estava sob um qualquer feitiço que lhe retirara a voz.

“Não era possível”, ela pensava. Era impossível, ela repetiu para si mesma. Mas diante de si estava um homem jovem, bem vestido, com um sorriso lindo nos lábios, olhos cinzas tempestuosos e os cabelos loiros platinados, que ela há tanto tempo procurava. À sua frente estava Draco Malfoy, e não o vendedor que ela estava à espera de encontrar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. A partir de agora a estória vai se passar entre o passado e o presente.

Expressões: *muggle = trouxa

Links:
Look da Hermione: http://www.polyvore.com/hermione_at_home/set?id=103920486

Tumblr da Fic onde irei publicar todas as imagens do mundo de Hermione que eu imaginei: http://ascronicasdehermione.tumblr.com/

Qualquer dúvida, deixem review!