New Beginning for Love -HIATUS INDETERMINADO escrita por allurye


Capítulo 12
Capítulo 12 - After a love, always comes another love




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Caroline

O dia já estava amanhecendo quando finalmente voltei para casa e única coisa que tinha em mente agora era dormir. Estava exausta depois de tentar ensinar Aron a caçar coelhos, mas ele tinha uma péssima coordenação motora assustando os animais. Depois de muito tentar ele conseguira pegar um coelho, que por sinal estava velho.

Acabei rindo muito ao ver a expressão dele ao sugar o sangue do pequeno animalzinho pela primeira vez. E mesmo com seu novo aluno sendo um resmungão, pessimista. Ela sentiu-se bem em ajudá-lo. Ela podia se ver em Aron, desesperado e confuso. Depois da caça ela se pegou mais determinada a ajudá-lo. Ela faria de tudo para ensiná-lo a se adaptar nessa fase tão difícil e surreal.. Ela seria seu Stefan.

Entrei em meu quarto e encontrei uma cena que mesmo não querendo inchou meu coraçao de ternura. Lily dormia serena com a cabeça apoiada no peito de Stefan, que dormira com um livro aberto entre as pernas. Olhando aquela imagem, toda a raiva que sentia parecia ter derretido um pouco. Tirei o livro de sua perna e cobri Lily, mas meu movimento acordou Stefan que piscou confuso ao me ver.

— Caroline — ele espreguiçou olhando para Lily que virou para o outro lado.

— Oi — guardei o livro em cima da penteadeira. Sentou-se no lado da cama em que Lily dormira e beijou sua testa.

Stefan a seguiu para fora do quarto em silêncio, olhou para a luz alaranjada que adentrara pela sala. Ele foi até a cozinha e voltou com dois sacos de sangue estendeu para mim que neguei com a cabeça.

— Não obrigada, já cacei hoje.

— Já? Mas são cinco da manhã

— É o melhor horário se quer saber — rebati e ele sentou-se a meu lado cruzando os braços — Lily dormiu bem?

— Sim, é não — franzi a testa confusa e Stefan suspirou maneando a cabeça — Ela acordou no meio da noite querendo você. Bateu o pé quando disse que eu a colocaria para dormir. Ela disse que você cantava para ela todas as noites e quando eu tentei o mesmo… Ela quase teve um surto de novo — ele desviou olhos para chão por um segundo e quanto ergueu a cabeça e seus olhos se encontraram nós meus ele sussurrou — Acho que não canto tão bem quanto você.

— Isso com toda certeza — concordei.

Ficamos em silêncio olhando para o nada. Um silêncio diferente daquele que sempre compartilhávamos, era silêncio cortante e desconfortável.

— Caroline, me desculpe.

— Pelo que? Você só disse o que pensava. Não é primeira vez que me dizem aquilo.

— Não, nada do que disse é a verdade sobre você.

— Ah não, então qual é verdade sobre mim? – fechei os olhos me encostando no sofá, senti os olhos de Stefan sobre mim

— A verdade é que em muito tempo. Eu não conhecia alguém tão especial…

— Sabe, bajulação até pode me fazer perdoá-lo, mas vai precisa muito mais do que isso — rebati impaciente e ele sorriu

— É claro que tem mais. E estranho te dizer isso Caroline. A verdade é que eu me desacostumei com isso — desabafou

— Com o que? Alguém controlando sua vida? — ele negou com a cabeça

— Eu não quis dizer aquilo. Eu não penso assim.

— Será mesmo que não?

— Não, não penso — afirmou — Eu não estou acostumado com isso. Com alguém se preocupando comigo, alguém que teme que eu me machuque. Faz muito tempo desde que ouve alguém que realmente se importasse.

— Lexi — murmurei. Adivinhando que se tratava dela pelo olhar saudoso e melancólico dele.

— Sim — ele acenou com cabeça mantendo os olhos no chão — Ela assim como você… Se importava.

— Não acho que seja apenas ela, Stefan — ele arqueou a sobrancelha em descrença

— Damon e Elena se importam com você — ele negou com a cabeça prestes a rebater, mas continuei — Eles tem uma maneira estranha de demostrar isso, mas eles se importam

— Claro que se importam. Me deixar três meses dentro de um cofre agonizando em vida foi a prova que esperava — rebateu irônico.

Não tive argumentos para rebatê-lo. Sabia que a mágoa sobre isso ainda persistia, não tive coragem de tentar defendê-los por isso, eu mesma me culpava por negligenciá-lo. Fitei o chão sentindo o peso da culpa e vergonha me dominando. Eu não era nada como Lexi. Stefan ergueu a cabeça e manteve seus olhos em mim, não tive coragem de erguer a cabeça e encará-lo depois disso. Ele estendeu a mão e pegou a minha. Entrelaçou nossos dedos e massageou as costas da minha mão com ponta do dedo, mantive meus olhos em nossas mãos unidas.

— Eu não sou muito melhor que eles — murmurei — Eu também deixei você sofrendo por três meses — ele apertou meu queixo me forçando a encará-lo.

— Você não é nada como eles Caroline. Você é pessoa mais leal e altruísta que já conheci. Você apenas me deu espaço. Você me conhece o suficiente pra não me odiar por simplesmente ter ido embora para longe sem ao menos me despedir

— Eu nunca odiaria você por isso. E no seu lugar já teria ido embora há muito tempo.

— Eu sei – ele acariciou meu queixo, deslizando a mão para meu pescoço, seus olhos iam seguindo a onde a pontas de seus dedos iam. Ele brincou com uma mecha do meu cabelo e sorriso se formou em seus lábios

— Você pode não ter me salvado daquele cofre. Pode não ter adivinhado o que aconteceu… Mas quando eu sai de lá e perdi minha memória… Você esteve lá por mim. Você me impediu de perder a mim mesmo no processo, você me trouxe de volta e me lembrou que aquele cara sedento por sangue que não se importaria em tirar uma vida inocente por pura frustração não era eu. Você tem estado ao meu lado, cuidado de mim por tanto tempo…

Ele apertou minha mão e enquanto sua outra mão acariciava minha nuca, brincava com meus cabelos me causando arrepios involuntários por todo meu corpo. Tentei desviar minha mente daquelas sensações novas e inapropriadas. Tentei me concentrar em seus olhos e percebi que cometi um erro. Quando encontrei o brilho de devoção e gratidão refletidos nós olhos dele. Engoli seco quando senti aquela sensação na boca do estômago, um calor dominado cada célula do meu corpo. Desviei meus olhos dos dele a pulso tentando lembrar meu corpo que sentir aquilo por ele era proibido e errado em muitos níveis.

Ele franziu a testa quando notou meu olhos no chão, ele agarrou meu rosto e mais uma vez sorriu. Aquele sorriso que me roubava o folego. Aquele Stefan despreocupado e leve que tive o privilegio de conhecer surgindo de novo. De repente aquela nuvem de tensão parecia maior, me tornei mais alto consciente que ela sempre esteve ali. Presente, escondida atrás de todos os olhares e sorrisos.

— Eu desaprendi o que é ser… cuidado. A ter alguém olhando por mim… Eu sinto tanto por ter dito tanta bobagem ontem.

— Não se desculpe. Eu também disse coisas que não deveria – forcei um sorriso e tentei me desprender dele, mas ele não soltou minha mão. Sua mão deslizou por meu braço e ele parecia fascinado vendo os pelos do meu braço se arrepiarem no processo. Prendi a respiração quando sua mão chegou no meu ombro, tentei dizer algo… Mas nada saiu. Ele puxou-me suavemente e me abraçou. Encostei a cabeça na curva de seu pescoço e soltei a respiração. Fechei os olhos por segundo, apreciando o calor de seu corpo. Ele esfregou minhas costas e beijou o topo de minha cabeça, abri os olhos sentindo aquelas sensações explodirem dentro de mim. Foi quando meus olhos se fixaram no porta-retratos e enfeites caídos no chão, como tivesse acontecido uma briga

— Aconteceu alguma briga por aqui? — me levantei pegando as coisas do chão. Encarei Stefan esperando uma resposta, mas ele abaixou os olhos. — Stefan o que aconteceu? Meu deus, não me diga que tentaram pegar a Lily....

— Não, não foi isso — Stefan colocou a mão em meu rosto tentando me acamar — Não foi nada com a Lily, foi comigo…

— Com você? Como assim, foi o Damon?

— Não.

— Então Stefan, o que ouve, quem esteve aqui? — Ele desviou os olhos para chão por um segundo e quando abriu a boca para responder eu já sabia. O olhar culpado e atormentado o denunciou — Não, não me diga que foi ela....

— Sim, foi.

— Ela esteve aqui? — inquiri indignada — O que exatamente estavam fazendo... – ele mais uma vez desviou os olhos dos meus e não precisei que respondesse. Senti a raiva borbulhando dentro de mim me afastei dele me sentindo subitamente enjoada com imagens surgindo em minha cabeça – Ah, meu deus Stefan.

Ele tentou me tocar mas me esquivei de seu toque sentindo vontade de empurrá-lo porta fora.

— Espera, Care.

— Esperar? O que vai me dizer.... Anda Stefan me explique o que ouve aqui na minha casa, o que você e Katherine faziam?

— Ela veio, aqui disse que estava com saudade de mim...

— Ah claro, isso é lindo Stefan – bati palmas – Por que não a convidou para dormir aqui ei, quem sabe morar no meu quarto?

— Caroline, por favor, não é para tanto.

— Não? Então eu estou exagerando de novo? Você e ela…

— Não aconteceu nada disso.

— E por que não? Vai me dizer que de repente sua consciência adormecia despertou e você…

— Sim, exatamente! Eu percebi…

— Qual errado e torcido e fazer sexo com ela na minha casa… Com a Lily dormindo no quarto ao lado — manei a cabeça me sentindo tonta — Eu realmente tenho que felicitá-lo por isso. Você realmente sabe evoluir e escolher bem…. Quem sabe agora que ela é humana ela não se torne menos egoísta ou psicopata e vocês vivam feliz para sempre, levando a vida normal que você tanto deseja. Agora que ela é humana nós todos podemos esquecer todo o mal que ela fez e fazê-la parte da família. Já imagino um encontro duplo entre vocês dois e Elena e Damon – ri com escarnio.

— Caroline eu te amo, você é minha melhor amiga. Mas o que faço é com quem faço, não é um problema seu.

Fiquei calada sentindo uma pontada no peito, como se tivesse levado uma bofetada ou algo semelhante, mas ele estava certo.

— Está certo Stefan, como sempre — disse desapontada — De agora em diante, nos não daremos mais palpite na vida um do outro.

Fui até estante endireitei o porta-retratos em seu devido lugar. E sai em direção ao quarto.

— Espera, Care — parei sem olhá-lo — Eu não quis dizer….

— Você nunca quer — rebati — Mas parece que tocar no nome dela é proibido. Mas não precisa mais se preocupar com isso. Chega de brigas de agora em diante. E só seguimos essa simples regra. Não se meter na vida um do outro. Eu não dou mais a mínima para o que você faz ou deixa de fazer com ela… Isso não é problema meu.

Stefan abriu a boca apara rebater mais a porta se abriu revelando minha mãe que sorriu brilhantemente para mim.

— Bom dia, já acordados tão cedo — ela entrou com uma sacola de compras — Está tudo bem?

— Sim mãe está, tudo bem ótimo. Eu vou dormir.

— Mas são seis da manha Caroline, eu trouxe pães quentinhos.

— Mãe, eu estou morta. Não preciso me alimentar direito – retruquei impaciente e me arrependi no segundo seguinte quando notei aquela expressão triste de sempre voltar para o rosto da minha mãe – Desculpe mãe. É que ainda não dormi, sabe como fico quando não durmo. Basicamente uma idiota – dei um beijo em seu rosto – Eu estou sem fome agora. Vou verificar a Lily.

Sem esperar que ela respondesse, segui para meu quarto ignorando Stefan que permaneceu petrificado na mesma posição, seguindo cada passa meu com os olhos. Entrei no quarto e me deitei ao lado de Lily, me concentrando nela, Aron. Qualquer coisa para ignorar aquela dor chata no peito. Tentando apagar a imagem dele e Katherine fazendo no meio da minha sala de estar.

 

Stefan

 

Fiquei paralisado por um ou dos minutos, olhando para porta do quarto de Caroline. Me sentindo o ser mais estúpido da fase da terra. Outra vez nós brigamos, outra vez disse coisas que não queria e que ela nunca mereceu ouvir. Não conseguia entender o que estava acontecendo comigo, porque estava agindo feito idiota com a única pessoa que se preocupava comigo. Lexi provavelmente teria me dado um soco e me chamado de idiota se estivesse naquela sala agora. Me perguntei se ela não estaria naquele momento me observando e revirando os olhos com minha estupidez.

Magoar Caroline nunca esteve nos meus planos, ela de todas as pessoas não merecia isso. Sai de casa quando percebi que ela não sairia do quarto enquanto eu estivesse ali. Fui para Grill tentando meu melhor para não voltar e bater em sua porta e implorar seu perdão. Eu a conhecia bem demais para saber que ela abriria a porta, que provavelmente ela o perdoaria. Ela colocaria um sorriso em seu rosto, um sorriso falso que ele odiaria que fosse direcionado a ele. Ele odiaria que ela precisasse fingir com ele novamente para manter a paz por Lily. Ele odiava a si mesmo por estar destruindo a única relação verdadeira em sua vida.

— Oi, Stefan — Matt cumprimentou-me, me despertando da minha miséria.

— Matt… Oi.

— Está tudo bem?

— Sim, está — menti. Matt arqueou a sobrancelha desconfiado, mas para minha sorte não insistiu no assunto — E Caroline como esta?

— Acho que bem — menti outra vez. Sentindo meu estômago se contrair ao lembrar da mágoa, raiva borbulhando em seu olhos. Matt acenou com a cabeça, foi até o balcão e lhe entregou um copo

— Aqui, vai te fazer bem — assenti com a cabeça aceitando de bom grado, entornei em só gole fazendo Matt arregalar os olhos

— Obrigado, eu estava mesmo precisando.

— Eu percebi — ele acenou com a cabeça, pensei que ele sairia e voltaria com seu serviço, mas ele manteve os olhos no meu corpo vazio — Stefan, posso te perguntar uma coisa? 

— Claro.

— O que está acontecendo entre você e a Caroline?

Encarei Matt surpreso pela pergunta. Um nó se formou na minha garganta. Desviei meus olhos para copo vazio em minha mão sem saber o que dizer. Aquela pergunta começou a incomoda-lo, apesar de escutá-la com frequência agora.

— Ela é minha melhor amiga Matt, alguém que amo e me importo muito…. É apenas isso.

Matt deu um sorriso enigmático e me deu um tapinha nas costas

— Fico feliz em ouvir isso. Mas eu quero te dar um aviso — ele aproximou me encarando com olhar duro — Caroline é muito especial para mim. Ela é mulher mais forte e altruísta que conheço. Mas mesmo sendo forte não quer dizer que ela não se magoe fácil.

— Eu sei disso — rebati cerrando os dentes. Eu conhecia melhor do que ninguém, Matt não precisa lembrar-me disso

— E bom que saiba mesmo e não pise na bola com ela. Porque ela não merece isso. Mesmo você sendo um vampiro, eu te mato se um dia machucá-la.

Matt deu outro tapinha na minha costa e encheu o copo antes de voltar para balcão. Demorei a assimilar a ameaça vinda de Matt e acabei rindo vendo o mesmo se afastar. Mas a verdade que aquilo, aquela pergunta já estava começando a incomodá-lo muito, todas aquelas insinuações não ajudavam nada principalmente agora que ele e Caroline brigavam só de olharem um para outro. O que era estranho porque Caroline era única pessoa no mundo que lhe fazia sorrir, se sentir bem consigo mesmo… Ela fazia sentir-se em casa. Era tudo confuso e novo que o assustava, alias ele tinha medo de pensar demais no assunto. Entornou o copo sentindo o líquido amargo descendo por sua garganta.

Ele decidiu empurrar aquela pergunta para fundo, tentou ignorar aquela pergunta por mais tempo, porque ainda não estava pronto para saber a resposta que ele temia já saber há algum tempo. Permaneceu no bar, olhando para ponto qualquer na mesa tentando calar aquelas vocês dentro de sua cabeça, mas estava tão absorto nelas que se assustou quando sentiu uma mão tocar seu ombro.

— Olá irmão, no bar tão cedo?

— Damon — ele não esperou o convite se sentou na mesa.

— Com problemas?

— Por quê? Preocupado em ajudá-los a se resolverem.

— Mas é claro! Você é meu irmãozinho casulo tenho que cuidar de você.

— Claro, posso ver essa vontade toda em você.

— Sempre desconfiado. Isso não vai te levar ao lugar algum, irmão mais novo.

— Confiar em você evitara que eu me meta em confusão. Já é o suficiente para mim por agora.

— Então voltamos aquela antiga relação instável de desconfiança e ódio? — ele zombou — Mesmo que uma parte de mim sinta saudade de brincar de gato e rato com você, eu achava que já tínhamos passado dessa fase. E além do mais você está com a Barbie agora… Ela sempre trouxe esse lado mais suave seu… Ou será que estou errado? Será que é a Elena que tem te ajudado.

Ignorei a sutil insinuação com Caroline e suspirei quando entendi para onde aquela conversa se encaminhava. Pedi que trouxessem outra dose. Damon e eu permanecemos nós encarando em absoluto silêncio até que Matt lhe servirem outra dose. Damon bebeu em um só gole o fuzilando com os olhos.

— Por que essa pergunta agora? — inquiri quebrando o silêncio de vez.

— Nada. Só uma pequena curiosidade. Na verdade estava vendo quanto tempo demoraria até você correr atrás dela — debochou, brincando com os copos entre as mãos.

— Eu correndo atrás dela? — indaguei não contendo um sorrindo, divertindo-me com a insegurança do irmão

— Sim, é pelas minhas contas foi um recorde, quatro semanas! — Damon bateu palmas sorrindo – Parabéns Stefan, imagino que tenha sido difícil esperar quase um mês para correr atrás da sua “alma gêmea”.
Apenas sorri em resposta e voltei a beber meu drinque devagar.

— Eu pensando que eu, fosse o irmão Salvatore patético… Fico feliz em ver que não.

— Patético? Sou eu que está correndo atrás da namora que te trocou pelo seu irmão mais bonito e interessante….

— Se você é tudo que diz, por que ela não está com você, afinal?

— Você acha que foi ela que terminou com tudo? — Damon se endireitou na cadeira e lhe lançou seu sorriso mais convencido — Fui eu maninho, eu terminei.

— Se isso te faz sentir melhor – dei ombros.

— Não te irrita nem um pouco, ela correr para você como prêmio de consolação? Pensei que tivesse mais brio do que isso, mas pelo visto… Estava enganado. Não existe orgulho ou vergonha quando si trata de rastejar pelo amor dela…

— Eu nunca pensei que te veria assim — balancei a cabeça em negação — Meu irmão mais velho… O mais bonito dos Salvatore, sendo tão inseguro….

— Não estou inseguro, se eu estalar os dedos a tenho de volta.

— Então por que não faz isso?

— Isso o que?

— Estale os dedos. Traga de volta a mulher que ama. Porque tenho que admitir que fico intrigado com você. Depois de tudo que fez, de tudo que passou por cima por Elena, terminar com ela não faz sentido algum. Por que maninho? Por quê terminou com ela?

Observei o olhar perdido e derrotado de Damon. E de repente todo o prazer em vê-lo no lugar que um dia foi meu, sumiu. Ele estava sofrendo por ela, temendo que ela corresse para meus braços e achando que como ele, eu estaria asseado por isso. Mas ele não podia estar mais enganado.

— Eu não deveria dizer nada sobre isso, eu si quer deveria me dar ao trabalho depois de tudo… Mas aqui vai um conselho – suspirei exasperado – Se a ama mesmo, vá atrás dela. Pode ficar tranquilo em relação a mim, eu não quero mais nada com ela. Eu não estou mais apaixonado por ela Damon… E mesmo que ainda estivesse, eu nunca faria como você. Nunca atropelaria seus sentimentos e ficaria com ela. Então o seu único obstáculo no momento… E você mesmo.

Dei um aceno rápido a Matt que observava Damon sorrindo e fui embora. Feliz por não estar destruído como ele, feliz por não estar mais preso naquele triângulo doentio.


Caroline

Demorei a conseguir pegar no sono. Primeiro: porque era de manha e segundo; porque estava com, muita raiva. Era difícil relaxar assim quando minha vontade era de estapear Stefan e esfregar a cara de Katherine no asfalto. Quando finalmente conseguiu dormir, acordei com Lily me encarando

— Bom dia, Lily.

— Bom dia — me levantei um tanto surpresa ao pôr ela me responder. Fazia uma semana que ela não lhe dizia nada.

— Dormiu bem? — Lily assentiu com a cabeça — Isso é ótimo — beijei sua testa e me levantei — Eu vou fazer seu café…

— Vovó, já me deu.

— Vovó? — ela assentiu com cabeça e não pude evitar de rir. Será que sua mãe havia gostado disso?

— Está bem então… O que quer fazer hoje?

— Não sei — ela deu ombros fitando a parede

— O que acha de ir ao parque?

— Parque… O que é isso? — ela franziu a testa confusa e me comovi por isso, ela parecia não fazer ideia do que era um parque.

— Parque é um lugar mágico cheio de brinquedos legais e pipoca doce, eu ia lá quando tinha sua idade. Você gostaria de conhecer? — Lily assentiu com a cabeça — Mas primeiro a gente precisa fazer umas comprinhas.

Depois de me alimentar e arrumar Lily e estávamos prestes a sair quando Stefan voltou, respirei fundo tentando empurrar a raiva para dentro e evitar outra discussão estúpida. Não queria que Lily presencia-se nada daquilo. Por esse motivo contei até dez mentalmente enquanto terminava de abotoar o casaco de Lily, quando finalmente me voltei para ele e dei o melhor dos meus sorrisos

— Bom dia.

— Ah… Bom dia — Stefan respondeu surpreso, olhando para uma Caroline sorridente — Está tudo bem?

— Claro, tudo bem — forcei outro sorriso acenando solenemente — Então preparada? — Lily assentiu sorrindo.

Peguei na mão de Lily para iremos embora, de preferência correndo, mais ela permaneceu parada olhando para Stefan.

— Lily, o que foi? Nós temos que ir.

— Por que ele não vem com gente? — inquiriu ela alternando o olhos entre mim e ele. Abri e fechei a boca sem saber o que dizer. Stefan permanecia com olhos arregalados olhando para Lily

— Porque ele acabou de chegar Lily. Ele deve estar querendo descansar agora, não está?

— Na verdade não — ele rebateu me fazendo serrar os dentes e forçar um sorriso que me doeu as bochechas — Eu posso ir com vocês, não estou cansado. Se você não se importar, eu adoraria ir.

— Você nem sabe para onde estamos indo — rebati não escondendo minha irritação. Porque diabos ele não ficava em casa ou ia atrás de Katherine.

— Estamos indo ao parque — Lily anunciou animada. Resolvendo ser toda falante justo quando eu menos queria. Mas minha raiva se dissolveu um pouco vendo o brilho de animação nos olhos dela — Caroline disse que é diverto lá, tem brinquedos e pipoca doce.

— Ela está certa e muito diverto lá. Você vai adorar — Stefan e Lily encaravam-me agora, esperando pacientemente minha decisão. Bufei derrotada. Não tinha coragem de dizer não é mandá-lo para inferno na frente de Lily.

— Tá legal, mas já avisando. Eu e mocinha aqui, vamos fazer compras então e provável que demoremos muito… Tipo, muito mesmo!

— Por mim tudo bem — ele deu ombros. Lily estendeu a outra mão para Stefan que sorriu brilhantemente agarrando a mãozinha dela — Então, vamos?

Apenas forcei um sorriso irritado para ele que pareceu não importar-se com meu olhar assassino. Seguimos para alguma loja infantil no carro dele e durante a viagem decidi esquecer todas as pendências com ele por Lily, ela merecia um dia incrível no parque, mesmo que ela tivesse que fingir estar tudo bem entre ela e Stefan, era prezo razoável a si pagar para fazer sua menininha sorrir.

Joey

Sai do campus aliviada. Não aguentava mais ouvir o lenga-lenga entediante de Elena. Enquanto era forçada a escutar toda aquela baboseira não podia evitar de se perguntar como Damon e Stefan podiam se apaixonar por alguém tão sem graça e estúpida. Segui Caroline que pela primeira vez em muito tempo levou Lily consigo. Observei de longe a loira comprando roupas e brinquedos para ela na companhia de Stefan, que estava sentando em um banco rindo da animação de Caroline.

Um sorriso involuntário se formou em seus lábios quando notou que Lily sorria. Tentou puxar na memória qual foi a última vez que viu a garota sorrir e se deu conta que nunca tinha presenciado esse feito. Sentiu uma dor incomoda no peito olhando Lily se divertir com eles…. Como nunca aconteceria, se ela estivesse com ela porque mesmo gostando de Lily, nunca teve dom algum para ser mãe, para cuidar ou fazê-la sorrir como agora. Era egoísta demais para se doar para outra pessoa mesmo que fosse sua própria filha. Mesmo tendo ordens expressas de pegar Lilith de volta, não conseguiu. A filha sorria com as brincadeiras que Stefan lhe fazia. Não podia tirá-la deles, não podia. Talvez amasse a criança mais do que julgara para levá-la de volta aquele inferno que ela tinha como lar. Lily estava melhor sem ela, muito melhor. Sequei a lágrima teimosa que insistia em cair e me afastei deles antes que alguém notasse.


Bonnie

Entrei em meu quarto. Elena lia um livro concentrada, nem si quer notou quando eu e Jeremy entramos.

— Elena

— Bonnie… Jeremy oi.

— Oi – Jeremy respondeu sem expressão alguma.

— Você perdeu algumas aulas hoje.

— Eu sei, depois eu reponho.

— Bonnie vamos, logo.

— Calma Jer, acabamos de chegar – Jeremy lhe fuzilou com o olhar. Ele a conhecia bem demais para saber que ela planejava algo.

— Onde vão com tanta presa?

— Eu vou na casa da Caroline.

— Você realmente gosta daquela menina não é? – Elena perguntou sorrindo

— Sim, eu gosto – respondeu polidamente. Jeremy olhou para o lado e Bonnie já não estava no quarto – Eu vou indo…

— Espera – Elena segurou em seu braço – Jeremy, por favor, conversa comigo.

— Tá legal, manda.

— O que?

— Chora, pede desculpa. Diz que sente muito...

— Na verdade eu queria dizer que por mais que eu erre na minha vida pessoal, isso não tem nada ver com você – Jeremy olhou surpreso para irmã – Você por acaso, pensou o que foi para mim te perder… Sabe o quanto sofri. Eu queimei nossa casa Jeremy, eu matei pessoas. Porque não podia suportar a dor que era perder você. Desculpe-me, por não agir como a irmã mais velha que você precisa… Ou merecia…. Mas eu estou tentando Jeremy. Eu me perdi nesse caminho e não consigo me encontrar – ela soluçou – Mas eu estou tentando… E não posso fazer isso sem você.

Jeremy suspirou fitando a irmã ele a abraçou, ela chorou em seu peito enquanto ele dava leve tapinhas em seu ombro. Sabia que eles ainda teriam um longo caminho para percorrer para reconstruírem o que sobrou. Mas fiquei feliz de ver que ao menos ele ia dar uma oportunidade a ela.

— Que bom que tudo se resolveu…

— Bonnie.

— Você é seus planos, foi por isso que insistiu tanto em vir aqui não é? – Bonnie deu ombros.

— O que posso fazer, é o meu trabalho. Tem espaço pra mais um nesse abraço? – Jeremy e Elena assentiram e abraçaram

— Está tudo muito ótimo, mas eu prometi a Lily que iria vê-la hoje, então eu já vou indo.

— Acho que estou começando a ficar com um pouquinho de ciúme da Lily.

— Boba, tem Jeremy o suficiente para as duas – Jeremy deu beijo rápido em Bonnie e saiu.

— Bonnie, parece que tudo está voltando ao normal pra mim.

— Eu sei.

— Graças a você

— Modéstia parte, eu sei!

— Tem notícias d....

— Damon, sim. Bebendo e provavelmente fazendo alguma besteira

— Eu ia perguntar da Caroline.

— Ah… Ia mesmo?

— Sim, eu vi o Damon ontem, ele tentou atropelar Stefan e eu.

— O que?

— O bom é que não morreríamos na queda.

— O que exatamente você e Stefan estavam fazendo juntos?

— Nada! Eu fui para ponte para pensar é ele estava lá. Ele também vai lá para pensar — Elena sorriu — É estranho não é?

— E um pouco… Quer dizer, o Stefan e você são muito parecidos, pelo menos eram…

— Ele mudou bastante Bonnie, nem parece o mesmo.

— Ele passou por muita coisa Elena. É normal que não seja mais o mesmo — Elena assentiu — Eu preciso te dizer uma coisa.

— Claro é sobre o Jer?

— Sim, ele…

— Ele o que?

— Elena o Jeremy disse que pensou ter visto seu pai, observando a Lily

— O que?

— Ele disse que foi nítido, eu lhe disse que era uma alucinação… Mas o Jeremy tem um dom, você sabe.

— Você acha que ele está vendo o fantasma do meu pai?

— Pode ser Elena, mas porque só agora, depois de tantos anos? E isso que me intriga, se fosse logo após o acidente… Você se lembra de ele te dizer algo sobre isso?

— Não. Quer dizer você sabe, o Jeremy não era muito de falar naquela época. Se disse algo provavelmente foi com a Vick.

— Ótimo, nunca saberemos.

— Podemos falar com Matt. Quem sabe a Vick tenha comentando algo do tipo.


Stefan

Admirei o sorriso de Caroline enquanto brincava com Lily. Seus olhos, tudo nela parecia se iluminar quando ela estava junto com ela. Lily para sua surpresa estava falando mais do que o normal, estava admirada com o parque. Ele ficou feliz por ter voltado para casa e mesmo que a contragosto ter ido com elas. Porque eram naqueles momentos que tudo fazia sentido, que ele era tirado de sua miséria. Do mar de magoa e confusão que se tornou sua vida.

Caroline e eu ficamos juntos observando-a ir em brinquedos. Ela não teve medo de nenhum, mas sempre olhava para Caroline antes de subir neles. Caroline por sua vez, estava estranha comigo. Agia como se nunca houvéssemos brigados, falava o tempo todo mas não tocava no nome de Katherine ou Elena… Coisa que me incomodou, por algum motivo bizarro que não conseguia compreender.

— Olha Lily, quitão irmos naquele – Caroline sugeriu apontando para o Splash

— Não, ele molha. Detesto água – ela fez uma careta em resposta

— Bem, isso vai ser um pequeno problema quando você ficar mocinha, mas tudo bem — Caroline deu ombros e beliscou o nariz de Lily que riu.

— Se quiser eu fico com ela para vocês irem.

— Jeremy, como sabia que estávamos aqui? — Lily correu abraçando ele que a pegou no colo.

— Eu passei na sua casa é não tinha ninguém. Então fui embora, mas, de repente, encontrei o carro discreto do Stefan estacionado e vim procurar vocês — explicou — E então esta gostando do parque? — Lily assentiu com a cabeça.

— Quero ir no carrossel de novo, me leva?

— Posso?

— Claro — Caroline e eu dissemos ao mesmo tempo. Jeremy franziu a testa para nós dois e riu quando Caroline desviou os olhos para lado.

— Então vão lá, eu fico com ela enquanto isso.

— Ah não, eu nem queria mesmo ir…

— Care, eu vou com você.

— Não precisa Stefan.

— Caroline, vamos — entendi a mão para ela que revirou os olhos e seguiu para fila, ignorando minha mão.

— Enquanto ao seu cabelo, vai desmanchar — ela provocou, fazendo uma careta para as pessoas que saim molhadas do brinquedo

— Caroline, eu passei três meses dentro de um cofre me afogando, e quando sai… Bem ele estava perfeito — brinquei, ela revirou olhos mais riu e aquilo já era um começo. Agarrei sua mão, ignorando suas reclamações correndo para fila.


Caroline

O estranho de se andar de mão dadas com alguém num belo fim de tarde, com um belo por do sol cobrindo tudo. Indo em direção ao túnel escuro e divertido que te molha. Seria romântico e divertido se a pessoa em questão não fosse meu melhor amigo.

Stefan e eu ficamos na fila, ele puxou assunto comigo e tentei me concentrar na raiva que senti dele logo cedo para não ficar nervosa, nem hipnotizada por ele como estava ocorrendo com frequência. O bom é que ele nunca parecia notar. Eu definitivamente, estava fora do radar amoroso de Stefan. É isso é algo bom! Não é?

— Caroline – ele me chamou a realidade passando a mão em frente aos meus olhos.

— Oi

— Nossa vez, vem – ele agarrou minha mão de novo, ignorando meus protestos. Entramos no maldito brinquedo
Fiquei observando os casais de adolescentes que gritavam animados. Sem preocupações aparentes a não se se divertirem. Suspirei me lembrando da minha versão humana que assim como eles preocupava-se apenas com roupas, festas e diversão. Olhando para eles agora parecia ter sido há tanto tempo. Outra vida… Outra Caroline.

— Você não parece estar muito animada…

— Não, eu estou. Só estou me lembrando, como era ser assim — olhei saudosa para uma loira e seu namorado com sua jaqueta do time rindo uma para outro, trocando beijos e declarações apaixonadas.

— Saudade do Tyler?

— Ei, estipulamos uma regra entre nós caso tenha se esquecido. Nada de citar ex ou atuais.

— Okay — ele assentiu levantando as mãos em sinal de rendição — Mas então o que esta....

Stefan riu quando agarrei seu braço após levar um susto

— Não é tão engraçado quanto me lembrava, acho que esse túnel está maior, ou estou ficando velha demais pra isso — confessei e ele riu passando o braço em volta do meu ombro

— É um efeito colateral de envelhecer. Tudo passa a ser diferente após os anos.

Tentei me afastar do braço que a segurava com força, tentei desviar minha atenção para os sustos e decidas repentinas para não pensar no seu corpo pressionado contra o meu. Quando tempo demoraria para aquele túnel idiota acabar? Na última curva antes da decida, água veio com força molhando os dois.

— Tá legal, estou mesmo velha para isso! — afirmei estremecendo de frio. Stefan passou a mão nos cabelos, tirando o excesso de água e fiquei parada olhando para sua camisa molhada que se colara seu corpo — Droga, está acontecendo de novo.

— Disse alguma coisa?

— Não, nada! Eu vou atrás da Lily.

— Espera, ela está se divertindo com o Jeremy – Stefan apontou para outro brinquedo e Jeremy sorria ao lado de Lily – Por que não vamos em outro?

— Qual?

— Temos a roda gigante…

— Montanha-russa, com certeza – completei ignorando seu olhar de confusão, correndo para maldito brinquedo desejando que Lily e Jeremy voltassem logo.

 

Stefan

Eu não me lembrava qual foi a última vez em que me diverti tanto. Depois daquela noite de brigas e beijos confusos, não passou pela minha cabeça que o dia pudesse terminar daquele jeito. Caroline, estava fazendo aquilo de novo. Fugindo de mim, desviando os olhos enquanto falava. O estranho era o rubor em seu rosto que a deixava ainda mais bonita. Fomos na montanha-russa ainda molhados, ela quis ir na frente. Ela levantou os braços gritando enquanto subia, mas na metade do percurso se arrependeu e fechou os olhos.

— Não vale Caroline, abre os olhos — gritou me divertindo com situação

— Não obrigada — sussurrou com a voz falhada. Na descida que se seguia, ela segurou minha mão com força, sem se dar conta ela encostou a cabeça em meu ombro abrindo outro olho. Quando a descemos ela fechou os olhos e gritou.

O mais estranho foi quando paramos e ela soltou minha mão. Não queria soltá-la. Desejei que o percurso fosse maior, desejei que durasse mais.

— Isso definitivamente não é mais para mim

— Agora que fomos no seu, vamos no que eu quero.

— É qual você quer? — sorri para ela agarrando sua mão e maneou a cabeça protestando — Ah não!

— Por que não?

— Roda-gigante é a coisa mais sem graça do mundo.

— Ah é?

— É!

— Mesmo assim nós vamos!

— Stefan, não. Eu te espero aqui.

— Caroline, vai mesmo me deixar ir sozinho? — fiz minha melhor cara de cachorro e ela revirou os olhos para mim.

— Você é um péssimo ator sabia? — Caroline entrou na cabine a contragosto. Não pude conter o sorriso olhando-a. Caroline lhe lembrou uma criança emburrada, ela cruzou os braços e fechou a cara.

— Que bonitinha, parece até que tem seis anos — apertei sua bochecha

— Vai ver eu tenho mesmo!

— Provavelmente tem mesmo, desfaz esse bico…

— Não!

— Caroline, eu estou avisando

— Vai fazer o que, me jogar daqui de cima?

— Bem essa é minha segunda opção.

— É qual é a primeira?

— A primeira… É essa — fiz cócegas em Caroline, que tentou ficar seria mais não conseguiu

— Para Stefan — pediu entre risos — Sério Chega…

— Não, paro não — teimei adorando o som de sua risada. Seus olhos lacrimejavam e seu rosto estava erubescido enquanto ela se contorcia, implorando que eu parasse.

Caroline

Eu implorei que ele parasse, mas ele ignorou-me e continuou a fazer-me cocegar. Segurei uma de suas mãos e podia pará-lo se quisesse, mas estava com dor na barriga de tanto rir. De repente nossos olhos se encontraram, os risos cessaram. Nossos rostos estavam próximos agora. Tanto que podia sentir seu hálito contra meus lábios, suas mãos ainda estavam em minha cintura, seus dedos finos contra minha pele. Por um segundo imaginei feito uma adolescente. O momento em que ele me beijaria e o resto do mundo pararia. Mas foi exatamente nesse mesmo momento que o condutor nos chamou

— Vão sair, ou vão ficar?

— Vamos sair — pulei para fora da cabine encontrando Jeremy e Lily

— Se divertindo muito?

— Sim — Stefan respondeu ainda olhando para mim com olhar intenso que preferi ignorar.

— Mais ou menos, detesto roda gigante — menti e peguei Lily pela mão — Vamos no banheiro.

 

(…)

 

Fiquei parado olhando Caroline se afastar, ainda atordoado com que aconteceu… Ou estava prestes acontecer se o maldito condutor não tivesse parado a roda. Caroline saiu correndo arrastando Lily a tira colo para o banheiro, Jeremy estava encostado na parede, me olhando com sorriso no rosto, o mesmo que Matt lhe dava.

— O que é tão engraçado?

— Nada.

— Nada?

— Eu nunca pensei em vocês dois desse jeito.

— Nós dois? Do que está falando? — inquiri fingindo não entender aquela insinuação, tentando meu melhor para não pensar naquilo. Tentando não lembrar de qual rosado os lábios dela eram, quais azuis seus olhos eram visto de perto.

— Para um cara de cem anos, você é meio lerdo né.

— É você parece que sempre vai ser um adolescente?

— Que seja — Jeremy apoiou o braço, na cerca — Eu vi vocês na roda gigante.

— Nós somos amigos — repeti, dando ênfase no amigo tentando rotular o que eu e Caroline eramos. Precisa urgentemente lembrar do status de melhor amigos para sempre… Como ela sempre dizia.

— Eu e Bonnie também eramos amigos no começo.

— Jeremy, você também com isso?

— Eu e todo mundo — ele sorriu — Sabe, meu primeiro amor foi a Vicki. Eu era perdidamente apaixonado por ela. Eu sentia que por ela seria capaz de tudo, eu fiz muita coisa estúpida enquanto estava apaixonado por ela. Quando eu a perdi para o Tyler, eu pensei que nunca mais ia amar de novo. Quando ela morreu, pensei que morreria. Dai veio a Ana, acho que ela preparou meu coração para algo melhor. Sabe aquele alguém especial que aparece rápido e te prepara para o melhor… Ai veio a Bonnie. Eu nunca pensei que ela, minha amiga… A melhor amiga da minha irmã seria a mulher da minha vida.

Olhei para Caroline voltando com Lily e não pude conter aquela sensação crescendo dentro de mim. Malditas borboletas que não deveriam surgir quando olhava para ela… Minha melhor amiga. Não pude evitar de relembrar cada momento com ela, de reviver cada deles em câmera lenta. Lembrando dos sorrisos, silêncios e olhares que se perduravam por mais tempo do que o necessário.

— As vezes não nós damos conta que podemos amar outra pessoa, ate estarmos apaixonados de novo… E geralmente isso sempre acontece sem que percebemos.

“Sem perceber” aquela frase se repetindo em minha cabeça enquanto olhava para ela e imagem dela deslumbrante em seu vestido de formatura se repetia em minha cabeça. A pequena centelha de esperança que ela acendeu naquela festa, durante aquela dança que eles partilharam tornando-se uma chama, incendiando-o por inteiro.

— Uau, como você cresceu, me sinto....

— Velho! É isso você é!

— Do que estão falando?

— Nada! — dissemos em uníssono e rimos da expressão desconfiada de Caroline.

— Tá bem, então vamos embora? A Lily já está cansada – Jeremy pegou Lily no colo que encostou a cabeça em seu ombro fechando os olhos pesados de sono, ela bocejou antes de enrolar os bracinhos envolta do pescoço dele.

— Vamos.

— Podemos pedir uma pizza, eu e a Lily ainda somos humanos aqui.

— Pizza não é saudável pra criança Jeremy — Caroline ralhou. Enquanto seguíamos de volta para casa meus olhos se perduraram nela, e de repente as palavras de Jeremy estranhamente começava fazer todo o sentido.




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Notas finais do capítulo

Queria indicar essa serie do Jorge ( mais como eu sou chegada é o Jorgito kkk) para quem é Steferine de Não importa o quanto eu negue, eu te amo!!! Jorge Pierce Forbes
(Steferine) http://fanfiction.com.br/historia/454201/Nao_importa_o_quanto_eu_negueeu_te_amosteferine/
Xoxo



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