Dramione - O amor do Bruxo e da Sangue-Ruim escrita por Charlotte


Capítulo 6
A Patrulha


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas! Acordei bem cedo hoje com milhões de ideias, e nem dividindo o cap ficou proporcional... Está gigantesco! Até que não demorei muito, né? Bom, espero que gostem!
LEIAM AS NOTAS FINAIS!
Beijos e boa leitura! :)



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Pov Draco

O dia demorou a passar, e por fim a hora da patrulha chegou. Fui para o dormitório, tomei um banho e vesti uma roupa limpa. Arrumei mais meu cabelo do que de costume, e passei um perfume que eu sabia que a Granger gostava. Mas quando fui colocar meu distintivo... Onde estava?

Revirei o quarto, gritei Accio distintivo muitas vezes, mas ele não estava em lugar nenhum. Fiquei um pouco desesperado, afinal eu precisava daquele distintivo para ter autoridade. Depois de muito tentar, procurar e gritar feitiços de convocação, acabei desistindo e indo para o meu posto.

Caminhando pelos corredores escuros, ouvi um barulho. Já fiquei estressado por ter que começar o trabalho mais cedo, mas mesmo assim fui ver o que era.

–- Lumus. – murmurei.

Procurei a fonte do barulho, mas não vi ninguém. Até que uma mão segura meus ombros. Virei para trás e com um movimento rápido e certeiro, segurei o braço da pessoa, que prendeu a respiração. Aproximei minha mão do rosto da pessoa, e a luz de minha varinha revelou Granger na minha frente. Suspirei aliviado e a soltei.

–- Está maluca? Avisasse, pelo menos!

–- Calma, só não quis fazer muito barulho. Já é tarde, não vou ficar gritando nos corredores, não?

–- Vai saber...

–- Muito engraçadinho... – ela revirou os olhos, e eu pude ver seu rosto melhor. Estava ainda mais bonita do que de costume. – Aqui, você esqueceu seu distintivo na masmorra. Estava, hã... Perto da sua... Amortentia...

Corei violentamente, e graças a Merlin ela não podia ver.

–- Era um cheiro bom... Não sabia que gostava de livros e shampoo de camomila...

–- Eu... hã... é, eu gosto...

–- Tem bom gosto...

–- Sei disso.

–- E modéstia também.

–- É, também. E tem uma coisa que eu tenho ainda mais que bom gosto ou modéstia... – falei, me aproximando.

–- Acredito que eu não queira descobrir... – ela deu um sorrisinho encantador, e segurou meu pulso. Senti um arrepio por meu corpo todo, mas disfarcei. – Vamos, está na hora da patrulha.

Pov Hermione

As horas passavam muito devagar nesse dia, e quando finalmente acabou, eu ainda tinha a patrulha para fazer.

Passei pela Sala Comunal, e fui para o dormitório. Tomei meu banho, e quando fui colocar a roupa, Gina apareceu. Ela me olhou de cima a baixo, com uma cara de desprezo parecida com a que Malfoy costumava fazer, e cruzou os braços.

–- Você não vai assim, vai?

–- E qual é o problema? É só uma patrulha. Não um desfile de moda!

–- Hermione Granger, eu já te expliquei milhões de vezes... – antes que Gina pudesse terminar de falar, o distintivo caiu no chão, tilintando levemente. Ela me olhou, curiosa, e abaixou para pegar, mas eu fui mais rápida. – O que foi isso?

–- Nada, Gina. Nada... – eu disse, tentando disfarçar o rubor de minhas bochechas.

Gina pegou o distintivo da minha mão e o analisou, e logo depois arqueou as sobrancelhas, incrédula.

–- O distintivo do Malfoy? O que faz com você?

–- Ah, ok, ok... Você venceu. Hoje na aula de poções estávamos preparando a Amortentia. Quase que eu dou uma bola fora...

–- O que aconteceu?

–- Eu estava dizendo ao professor que o aroma da Amortentia varia de pessoa para pessoa, de acordo com o que ela gosta. E enquanto eu estava dando o meu exemplo, quase falei o cheiro que o... que o Malfoy tem...

–- Isso porque você não está apaixonada por ele, não? – ela ironizou.

–- N-não estou...

–- Não... Mione, a poção do amor mais poderosa do mundo. Se você sente o cheiro do Malfoy nela, acha que sente o que por ele? Dã!

–- E o pior ainda não chegou. Saindo da masmorra, passei pela mesa dele, que exalava um forte cheiro de livros e shampoo de camomila. O meu cheiro, Gina!

Ela assobiou.

–- E eu que achava que ele não fosse capaz de sentir nada sério por alguém... Principalmente você...

–- O que quis dizer com isso?

–- Quis dizer que pra quem passou a vida inteira feito cão e gato, isso é realmente inusitado!

–- Eu sei...

Ficamos em silêncio por alguns segundos, e logo Gina bateu as mãos.

–- Bem, já que você gosta dele, eu não posso fazer nada a não ser apoiar, mesmo que seja errado e perigoso. Mas existe razão nas coisas feitas pelo coração?

–- Nossa, acordou inspirada hoje!

–- Hahaha! Sim, muito! Então vamos lá!

Gina começou a agitar sua varinha, e esponjas de pó de arroz, pincéis de blush e escovas de cabelo começaram a me rodear, e em pouco menos de um minuto, eu estava irreconhecivelmente bonita.

Ela caminhou até mim, e prendeu o distintivo da Grifinória em minhas vestes.

–- Agora sim, você pode ir. – ela disse, sorrindo.

–- Obrigada. – murmurei e a abracei, e saí correndo para o meu posto.

Os corredores estavam mais escuros nessa noite, e mal conseguia enxergar. Ouvi um barulho de passos, e fui ver o que era. Mas antes que pudesse mover um centímetro, vi uma varinha acesa no fim do corredor, revelando os cabelos louros quase brancos dele. Andei em sua direção e segurei seus ombros. Ele se virou e agarrou meu braço, e apontou a varinha na minha cara. Quando reconheceu meu rosto, suspirou aliviado e me soltou.

–- Está maluca? Avisasse, pelo menos!

–- Calma, só não quis fazer muito barulho. Já é tarde, não vou ficar gritando nos corredores, não?

–- Vai saber...

–- Muito engraçadinho... – revirei os olhos – Aqui, você esqueceu seu distintivo na masmorra. Estava, hã... Perto da sua... Amortentia... – senti meu rosto esquentar gradualmente, e dei graças a Merlin que ele não pudesse ver. – Era um cheiro bom... Não sabia que gostava de livros e shampoo de camomila...

–- Eu... hã... é, eu gosto... – ele disse, e eu imaginei que também estivesse corado.

–- Tem bom gosto...

–- Sei disso.

–- E modéstia também.

–- É, também. E tem uma coisa que eu tenho ainda mais que bom gosto ou modéstia... – ele disse, sorrindo cinicamente.

–- Acredito que eu não queira descobrir... – sorri e segurei seu pulso. – Vamos, está na hora da patrulha.

Andamos em silêncio por um tempo, e ele quebrou o gelo.

–- Você chegou a gostar mesmo de Weasley?

–- E-eu... hã...

–- Pare de gaguejar. Gostou ou não?

–- E o que te interessa saber disso?

–- Curiosidade...

–- A curiosidade matou o gato...

–- Hã? – Malfoy me olhou, confuso, e lembrei que talvez ele não conhecesse aquele dito popular trouxa.

–- Nada, esqueça.

–- Fiquei preocupado com essa frase, afinal, se a curiosidade mata o gato, eu corro sérios riscos de vida! – ele ironizou e eu revirei os olhos.

–- Cale a boca e ande logo.

Chegamos no lugar onde deveríamos fazer a patrulha, um corredor isolado e muito frio do castelo. Não havia som de uma viva alma naquele lugar, o que me fez ter pensamentos muito pervertidos, que repreendi logo de cara. Malfoy deitou no chão, com os braços atrás da cabeça e deu um suspiro. Fiquei pasma com a cara de pau dele e lhe dei um breve chute.

–- O que pensa que está fazendo, sangue-ruim? – ele esbravejou.

–- Faço da sua pergunta a minha. Está louco? Você precisa cumprir com a sua responsabilidade!

–- E quem é você para falar alguma coisa?

–- Hermione Granger. – eu disse, com superioridade.

–- Como se isso fosse um grande título, não?

–- Melhor que “Malfoy”. Adianta muito ser sangue-puro e ser hipócrita, mau caráter e irritantemente ridículo.

Ele se levantou, com a varinha em punho, apontando-a para a minha cara. Não fiquei atrás, peguei minha varinha também e apontei para ele. Logo estávamos rodando em círculos como animais, prontos para atacar a qualquer sinal de reação do outro.

–- Lave sua boca para falar de mim, sua sangue-ruim nojenta!

–- Não me chame de sangue-ruim! – minha raiva estava aumentando cada vez mais.

–- Chamo como quiser, Granger! Você não é digna de ser chamada pelo primeiro nome.

–- Nem você! Aliás, como estão seus amiguinhos Comensais da Morte? Muito trabalho ultimamente, huh?

–- Estupefaça!

–- Expelliarmus!

A varinha de Malfoy voou para longe, mas ele logo avançou sobre mim e atirou a minha no chão. Ele me empurrou para a parede, e prendeu meus pulsos. Eu fazia força para me soltar, mas nada adiantava.

–- Agora repita o que disse, sangue-ruim. Está desarmada, derrotada. O que pode fazer agora?

Apesar de não querer admitir, ele estava certo. Eu não tinha forças contra ele. Ele se aproximou ainda mais, e nossos corpos ficaram completamente colados. Nos encaramos, e eu não conseguia olhar para outro lugar que não fosse a boca dele. Voltei à realidade, e em um movimento surpresa, eu reverti a situação, dessa vez com ele prensado na parede. Aproveitei para pegar com o pé a minha varinha do chão.

–- O que está fazendo? – ele arquejou, me olhando surpreso.

–- Surpresa, filho da mãe! – meti-lhe um tapa muito forte na cara, e o impedi de se soltar.

–- Pare de ser ridícula! Eu sou mais forte que você, não vai me prender por muito tempo.

–- Se é tão forte assim, por que não se solta agora? Está com medo?

–- Hah! Medo? O que você poderia fazer?

–- Oh, eu vou te mostrar o quão uma “sangue-ruim imunda” eu posso ser...

Não sei o que estava acontecendo comigo, mas apenas uma palavra descrevia o meu sentimento naquela hora: selvageria. Eu não pensava em mais nada a não ser tê-lo. Minha consciência gritava para que parasse, mas meu corpo não obedecia.

–- E eu vou te mostrar o quão impuro eu posso ser também, Granger... – e ele me puxou com força pela cintura e me beijou.

A varinha que eu tinha conseguido pegar logo caiu o chão de novo. Nos beijávamos com tanto desejo e volúpia, que nada parecia estar ao nosso redor. Ele me puxou para mais perto, emaranhando suas mãos em meus cabelos, e eu pude sentir o cheiro da minha Amortentia. O perfume dele... Nossas línguas entraram em tal ritmo que pareciam uma só.

–-HERMIONE? – uma voz ecoa atrás de nós, e eu desejei nunca ter nascido.

Agora eu realmente estava encrencada.


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Notas finais do capítulo

Reviews? :3
Então, gente, não deixem de fazer comentários, críticas ou dar ideias nos caps. É sempre bom saber como a sua fic está indo, e sem isso eu não posso saber. Agradeço desde já,
Lottie



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