Dramione - O amor do Bruxo e da Sangue-Ruim escrita por Charlotte


Capítulo 21
Romeu e Julieta


Notas iniciais do capítulo

Hello sweeties! Capítulo gigaaante hoje, espero que gostem! Sobre a pergunta do capítulo passado, a maioria prefere o Harry com a Gina, mas só pra não deixar na mão os que gostam de Harry e Pansy, eu vou colocar um momento com os dois nesse capítulo. Ai fica todo mundo feliz, hahah!
Beijos para Tamiresdr, Littlered7, DudaDudix, Srta Morgenstern Longbottom, Isa, Sarah, Clara, Isabella B M Lupin, Lady of the Moon e Pandiinhaa Filha de Atena. Obrigada pelos reviews, gente linda! :3
Boa leitura :)



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Draco caminhava lentamente até o local da patrulha. Sua cabeça estava a ponto de explodir. Seus sentimentos estavam todos embaralhados, confundindo-o e o deixando com ódio.

No entanto, sentia mais ódio de si mesmo do que da própria Granger. Sabia que não conseguiria sustentar sua mentira por muito mais tempo. Ela despertava algo estranho dentro dele (no sentido inocente da coisa, na maioria das vezes), um misto de atração e raiva. Odiava-a, com todo o seu amor. Era o sentimento mais confuso e irônico de todos.

Odiava o modo como ela o encantava e hipnotizava. Odiava o modo como ela direcionava seus olhos castanhos para ele, odiava seu sorriso tímido, seu cheiro (shampoo de camomila), sua pele, seus lábios rubros, tudo. Odiava dizer que a odiava, também.

–- De todas as garotas de Hogwarts, por que você? – Draco perguntou a si mesmo, em voz alta, mas uma voz sarcástica respondeu:

–- Falando sozinho?

Hermione estava incrível. E Draco se odiou mais uma vez por perceber que estava completamente preso a ela.

–- Muito engraçadinha. – Draco resmungou.

–- Por que demorou tanto? – ela resmungou.

O loiro riu pelo nariz.

–- Só se passaram três minutos desde que deu o horário. Não precisa se desesperar. Eu sei que você sofre toda vez que eu estou longe, mas não precisa fazer tanto drama. – Draco disse, sorrindo. Adorava deixar Hermione desconcertada.

–- Ah, claro... – ela revirou os olhos. – Sinto sua falta vinte e quatro horas por dia. Mal podia esperar para vir para cá e deixar que você me agarre...

Draco riu, surpreso.

–- Certo, acho que já temos o resultado da aposta... Eu sempre soube.

–- Existe uma coisa chamada ironia, não sei se você sabe o que é. – Hermione resmungou.

–- Como não saberia... Ironia é o meu sobrenome...

–- Não, seu sobrenome é Malfoy.

Draco revirou os olhos.

–- Mas falando sério agora, Granger, já chega disso, não? Eu já sei que sou seu sonho de consumo, você pode admitir.

Hermione riu.

–- Está mais para pesadelo. Eu não vou admitir nada!

–- O que quer dizer que você me ama, mas é orgulhosa demais para assumir.

–- O mesmo vale para você. Está cansativo fingir que acredito que você só me agarra porque quer me fazer falar. É claro que você se aproveita da situação para realizar seu desejo sem ter que assumir seus sentimentos por mim.

Draco riu, um pouco apreensivo.

–- Depois eu que sou metido.

–- Mas eu duvido que você não sinta nada quando me aproximo de você.

–- Não sinto.

–- Ah é? Podemos tirar a prova agora, se quiser.

Draco sorriu sugestivamente.

–- Acho que alguém está inventando uma desculpa para me agarrar.

Hermione cruzou os braços, encarando-o ferozmente.

–- E eu acho que alguém está inventando desculpas para não se deixar seduzir.

–- Você, me seduzir? Tem que comer muito arroz com feijão ainda...

Hermione arqueou as sobrancelhas.

–- Será que preciso mesmo? – ela se aproximou, ainda encarando-o. Seus lábios se roçaram, e Draco se controlou para não agarrá-la. Dessa vez, tinha que resistir. Mas quando se deu conta, já estava com as mãos segurando a cintura da morena.

Hermione enrolou os braços delicadamente em volta do pescoço dele, o que causou um grande arrepio em ambos. E então, os dois se esqueceram de tudo. Por um segundo, não havia mais aposta, não havia mais raiva, ódio ou rixa. Não havia Malfoy, Granger, sangue-puro ou sangue-ruim. Só havia Draco e Hermione.

Os dois ficaram por longos segundos, apenas observando cada detalhe do rosto do outro, até que uma voz irritantemente familiar interrompeu.

–- Draco!

Os dois se soltaram imediatamente.

–- Fique aqui, vou ver onde ela está. – Draco disse para Hermione, e mergulhou na escuridão do corredor.

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Quando Pansy se descontrolou e saiu da capa, berrando o nome de Malfoy, Harry pensou que fosse morrer. Ele a puxou de volta, e pôs a mão em sua boca, para calá-la. Nem se importava a posição em que os dois tinham ficado para caber na capa. Contanto que Malfoy não descobrisse que eles estavam ali em hipótese alguma, estaria tudo bem.

–- Puta que pariu, Parkinson, olha o que você fez! Se a fuinha nos pega aqui, estamos perdidos! – Harry disse, num misto de sussurro e grito.

Ele não deu a ela chance de responder, porque Draco Malfoy já se arrastava pelo corredor.

–- Lumos. – a ponta da varinha dele acendeu. – Quem está aí?

Pansy tentou gritar, mas a mão de Harry pressionou sua boca ainda mais.

–- Corremos no três, certo? – Pansy assentiu, assustada. – Um, dois... três! Vamos!

Os dois correram o mais rápido que puderam, e graças ao abaffiato lançado anteriormente, Malfoy não ouviu nada. Assim que estavam longe o suficiente, Harry retirou a capa, e puxou o pulso da garota, conduzindo-a aleatoriamente pelos corredores. Pansy protestava e praguejava, mas era inútil. Harry era muito mais forte do que ela.

–- Potter! Me solta! Onde você está indo? Potter!

–- Dá pra calar a boca?

–- Não, não dá. Você está me machucando!

Harry virou-se e soltou o pulso da garota, que o massageou, com uma carranca.

–- Parkinson, olha a merda que você fez! Se não tivesse surtado, a gente poderia ter certeza! Só conseguimos ver a sombra!

–- Quer certeza maior do que aquela sombra?

–- Sim. Quero. Porque ele podia muito bem estar se aproveitando dela, e a gente nem ia saber!

–- Por que só o Draco se aproveitaria dela? Como se ela fosse santa!

Harry semicerrou os olhos, mas ponderou sobre a questão. E se estivesse sendo injusto com Malfoy? Logo depois, agitou aquele pensamento para fora da mente. Era o Malfoy.

–- Não... A Mione não faria uma coisa dessas...

–- Até ai, eu não pensei que o meu Draquinho tivesse coragem de sequer tocar em uma sangue-ruim, mas percebi que estava errada. – Pansy bufou.

–- Você fala como se o seu sangue te fizesse superior a ela...

–- E faz. E você, que tem sangue puro, é tão inferior quanto a Granger. Traidores do sangue são ainda piores.

Harry revirou os olhos. Estava cansado daquele discurso patético.

–- Quer dizer que se o seu “Draquinho” – Harry fez sinal de aspas com as mãos. – não fosse um sangue-puro e rico, você nem olharia para ele?

Pansy não sabia o que dizer, pela primeira vez na vida.

–- Responda, Parkinson! É só uma interesseira? Realmente gosta dele, ou só não admite que uma “sangue-ruim” seja melhor e mais atraente que você?

A garota esqueceu-se de tudo. Dispensou a varinha, e deu um tapa forte no rosto de Harry, fazendo seus óculos voarem. Harry, atordoado, demorou alguns segundos para dizer accio, e os óculos voltarem para seu rosto.

Ele pôde vê-la claramente naquele momento, e percebeu que haviam lágrimas em seu rosto. Ela apontava sua varinha no peito dele.

–- Eu vou fazê-lo engolir essas palavras! Traidor do sangue maldito! Testa rachada! Você deveria ter morrido com aquela merda de Avada Kedav...

Harry a calou selando seu lábios nos dela. Foi um beijo raivoso, desesperado, selvagem. Os dois encostaram-se na parede com certa violência.

As mãos de Pansy serpenteavam pelo pescoço de Harry, desgrenhando seus cabelos. Pansy tinha aberto os primeiros botões da camisa de Harry, deixando parte de seu peitoral definido exposto, enquanto ele acariciava delicadamente as costas dela, e segurava uma de suas coxas. O moreno sinceramente não sabia por que tinha feito aquilo, mas parecia ser um bom jeito de fazê-la usar a boca para outra coisa senão falar. Calá-la definitivamente.

No entanto, Harry sabia que era extremamente errado. Não sabia o que era aquele desejo repentino, e, naquele estado em que ela estava depois de ter visto só a sombra de Draco e Hermione, ele temia estar aproveitando-se da quase fragilidade da garota.

Antes que pudesse fazer qualquer coisa, Pansy se afastou, com os olhos arregalados. Ela passou as mãos pelos cabelos, com a expressão incrédula. Seu batom, antes perfeito, agora não passava de resquícios borrados em volta da boca de ambos. Ela fitou Harry por longos segundos, ofegando, antes de sair correndo para as masmorras.

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Draco voltou ao local da patrulha extremamente irritado. Sabia que não estava louco. Ele ouvira a voz de Pansy claramente, ainda mais com aquele silêncio que fazia nos corredores durante a noite, e sabia que Hermione também o fizera.

–- Onde ela estava? – Hermione perguntou, apressada.

–- Não estava. Ou nós simplesmente enlouquecemos, ou Pansy sabe se esconder muito bem. – Draco resmungou. – Talvez ela tenha se tornado invisível sem eu saber.

Um arrepio correu pelo corpo de Hermione. O pensamento que martelava em sua cabeça não era nada, nada bom, e ela torcia com todas as suas forças, pela segunda vez na vida, que estivesse errada. Draco percebeu seu desconforto, e franziu o cenho.

–- O que foi?

–- O que foi o que? Não foi nada! – Hermione disse a frase com tanta rapidez, que qualquer tentativa de disfarçar dali para frente seria inútil. Burra, burra! Agora ele vai te infernizar até descobrir o que é, Hermione pensou.

–- Granger, por mais que você discorde, eu não sou estúpido. Você vai falar por bem ou vai precisar de uma forcinha? – Draco perguntou, com seu sorriso zombeteiro.

–- Vá para o inferno! – ela disse, virando-se de costas para ele. Irritada, e precisando espairecer, Hermione sentou-se, encostando-se na parede, e pegou um livro em sua bolsa.

Draco arqueou as sobrancelhas.

–- Como era mesmo? Ah sim... “Você precisa cumprir com a sua responsabilidade!” – Draco disse, numa imitação muito mal feita da garota.

Hermione bufou, revirando os olhos.

–- Eu sempre cumpro, querido. Preciso de um momento de descanso.

–- Querido? – Draco perguntou, rindo. – Já estamos assim então? Como quer ser chamada, sangue-ruim?

–- Não quero ser chamada, obrigada. – ela respondeu, rispidamente, muito embora reprimisse uma risada.

Draco riu pelo nariz e se aproximou.

–- Quem é William Shaperskeare?

–- Shakespeare. – Hermione corrigiu, rindo. – Um autor trouxa. Essa é a minha obra preferida dele.

Draco debruçou-se para ver a capa.

–- Romeu e Julieta... Do que se trata?

Hermione não sabia de onde vinha o interesse repentino em coisas trouxas, mas não questionou.

–- Descubra... Sente-se. Vou ler para você.

Draco obedeceu, e Hermione leu até que os olhos de ambos se fechassem.


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Notas finais do capítulo

Eu tive que encaixar Shakespeare em algum lugar nessa fic :3
HarryxPansy shippers, felizes?
HarryxGina shippers, não se preocupem, foi só esse capítulo.
O que acharam? Reviews!



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